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Simulado PND 2025: Ciências Biológicas

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Simulado PND 2025: Ciências Biológicas

🧬 Simulado PND 2025

Prova Nacional Docente – Ciências Biológicas

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A Apostila Prova Nacional Docente – Professor – Biologia

Simulado PND 2025: Ciências Biológicas

🧬 Apostila PND 2025

Prova Nacional Docente – Ciências Biológicas
📚 Módulo 1: Biologia Celular e Molecular
⏱️ Atualizado 2025
🎯 7 Tópicos Principais

🏗️ Estrutura e Função de Organelas Celulares

Núcleo Celular

Estrutura Nuclear

O núcleo é o centro de controle da célula eucariota, delimitado por uma dupla membrana nuclear (envelope nuclear) perfurada por poros nucleares que regulam o transporte de moléculas entre o núcleo e o citoplasma.

  • Envelope nuclear: Dupla membrana contínua com o retículo endoplasmático
  • Poros nucleares: Complexos proteicos que controlam transporte bidirecional
  • Nucleoplasma: Matriz aquosa rica em íons, metabólitos e proteínas
  • Cromatina: Complexo DNA-proteína em diferentes estados de condensação
  • Nucléolo: Região especializada na síntese de rRNA e montagem ribossomal

Funções Nucleares

O núcleo coordena as atividades celulares através do controle da expressão gênica e replicação do DNA.

  • Armazenamento e proteção do material genético
  • Regulação da transcrição gênica
  • Processamento de RNA (splicing, capping, poliadenilação)
  • Replicação do DNA durante a fase S
  • Montagem de subunidades ribossomais no nucléolo
💡 Conceito Chave

O transporte núcleo-citoplasma é altamente seletivo. Proteínas com sinais de localização nuclear (NLS) são importadas, enquanto RNAs maduros são exportados através dos poros nucleares.

Mitocôndrias

Estrutura Mitocondrial

As mitocôndrias são organelas de dupla membrana especializadas na produção de ATP através da respiração celular.

  • Membrana externa: Permeável a pequenas moléculas, rica em porinas
  • Espaço intermembranas: Região entre as duas membranas
  • Membrana interna: Impermeável, forma cristas, contém complexos respiratórios
  • Matriz mitocondrial: Contém DNA circular, ribossomos 70S, enzimas do ciclo de Krebs
  • Cristas: Invaginações que aumentam a superfície da membrana interna

Função Energética

A cadeia respiratória na membrana interna acopla a oxidação de substratos à síntese de ATP.

  • Complexo I (NADH desidrogenase)
  • Complexo II (Succinato desidrogenase)
  • Complexo III (Citocromo bc1)
  • Complexo IV (Citocromo c oxidase)
  • ATP sintase (Complexo V)
🔬 Evidência Endossimbiótica

Mitocôndrias possuem DNA circular próprio, ribossomos 70S (similares aos bacterianos) e se reproduzem por fissão binária, evidenciando origem endossimbiótica.

Cloroplastos

Estrutura dos Cloroplastos

Organelas exclusivas de plantas e algas, responsáveis pela fotossíntese e síntese de diversos metabólitos.

  • Envelope: Dupla membrana com transportadores específicos
  • Estroma: Matriz aquosa com enzimas do ciclo de Calvin
  • Tilacoides: Sistema de membranas internas organizadas em pilhas (grana)
  • Lúmen tilacoidal: Espaço interno dos tilacoides
  • Plastoglóbulos: Gotículas lipídicas com carotenoides e tocoferóis

Fotossíntese

Processo que converte energia luminosa em energia química através de duas fases interconectadas.

  • Reações luminosas: Nos tilacoides, produzem ATP e NADPH
  • Fotossistema II: Oxida água, libera O₂
  • Fotossistema I: Reduz NADP⁺ a NADPH
  • Ciclo de Calvin: No estroma, fixa CO₂ em carboidratos
  • RuBisCO: Enzima chave da fixação de carbono

Sistema Endomembranar

Retículo Endoplasmático (RE)

Sistema de membranas interconectadas que se estende por todo o citoplasma.

  • RE Rugoso: Com ribossomos, síntese de proteínas secretórias e de membrana
  • RE Liso: Sem ribossomos, síntese de lipídios e detoxificação
  • Translocon: Canal para inserção de proteínas nascentes
  • Chaperonas: Auxiliam no enovelamento proteico

Complexo de Golgi

Organela polarizada responsável pela modificação, processamento e direcionamento de proteínas.

  • Face cis: Recebe vesículas do RE
  • Cisternas mediais: Modificações enzimáticas
  • Face trans: Empacotamento e direcionamento
  • Glicosilação: Adição de carboidratos às proteínas

Lisossomos

Organelas digestivas contendo enzimas hidrolíticas ativas em pH ácido.

  • Digestão intracelular de macromoléculas
  • Autofagia: reciclagem de componentes celulares
  • Fagocitose: digestão de material externo
  • Apoptose: morte celular programada

📚 Referências Principais

  1. Alberts, B. et al. (2022). Molecular Biology of the Cell. 7th ed. W.W. Norton & Company.
  2. Cooper, G.M. & Hausman, R.E. (2023). The Cell: A Molecular Approach. 9th ed. Oxford University Press.
  3. Lodish, H. et al. (2021). Molecular Cell Biology. 9th ed. W.H. Freeman.
  4. Bruce, T.F. et al. (2024). Essential Cell Biology. 6th ed. W.W. Norton & Company.

🧱 Estrutura e Função de Membranas Biológicas

Modelo Mosaico Fluido

Composição Molecular

As membranas biológicas são estruturas dinâmicas compostas principalmente por lipídios, proteínas e carboidratos.

  • Fosfolipídios: Componente estrutural principal, formam bicamada
  • Colesterol: Modula fluidez e permeabilidade
  • Proteínas integrais: Atravessam completamente a membrana
  • Proteínas periféricas: Associadas à superfície
  • Glicocálice: Carboidratos ligados a lipídios e proteínas

Propriedades Físicas

A fluidez da membrana é crucial para suas funções e é influenciada por diversos fatores.

  • Temperatura: afeta mobilidade molecular
  • Composição de ácidos graxos: saturados vs insaturados
  • Conteúdo de colesterol: estabiliza a bicamada
  • Assimetria: distribuição diferencial entre folhetos
🔄 Dinâmica Membranar

As membranas são estruturas fluidas onde lipídios e proteínas podem se mover lateralmente, mas raramente fazem flip-flop entre os folhetos da bicamada.

Transporte Através de Membranas

Transporte Passivo

Movimento de substâncias a favor do gradiente de concentração, sem gasto de energia.

  • Difusão simples: Moléculas pequenas e apolares
  • Difusão facilitada: Através de canais ou transportadores
  • Osmose: Movimento de água através de aquaporinas
  • Canais iônicos: Seletivos e regulados por voltagem ou ligantes

Transporte Ativo

Movimento contra gradiente de concentração, requer energia (ATP ou gradientes iônicos).

  • Primário: Usa ATP diretamente (Na⁺/K⁺-ATPase)
  • Secundário: Usa gradientes iônicos (simporte, antiporte)
  • Bomba de prótons: Estabelece gradientes eletroquímicos
  • ABC transportadores: Família de proteínas ATP-dependentes
⚡ Potencial de Membrana

A distribuição assimétrica de íons cria diferenças de potencial elétrico essenciais para excitabilidade celular e transporte acoplado.

Endocitose e Exocitose

Mecanismos de Endocitose

Processos pelos quais a célula internaliza material do meio externo.

  • Fagocitose: Ingestão de partículas grandes
  • Pinocitose: Ingestão de fluidos e solutos
  • Endocitose mediada por receptor: Específica e eficiente
  • Clatrina: Proteína que forma revestimento de vesículas

Exocitose

Liberação de material celular para o meio externo através da fusão de vesículas.

  • Secreção constitutiva: contínua e não regulada
  • Secreção regulada: controlada por sinais específicos
  • Complexo SNARE: medeia fusão de membranas
  • Reciclagem de membrana: manutenção da área superficial

🔄 Ciclo Celular

Fases do Ciclo Celular

Interfase

Período de crescimento e preparação para divisão, compreende cerca de 90% do ciclo.

  • Fase G1: Crescimento celular, síntese de proteínas e organelas
  • Fase S: Replicação do DNA, duplicação dos centrossomos
  • Fase G2: Continuação do crescimento, síntese de proteínas para mitose
  • G0: Estado quiescente, células diferenciadas

Fase M (Mitose)

Divisão nuclear seguida de citocinese, resulta em duas células filhas idênticas.

  • Prófase: Condensação cromossômica, formação do fuso
  • Prometáfase: Fragmentação do envelope nuclear
  • Metáfase: Alinhamento cromossômico na placa equatorial
  • Anáfase: Separação das cromátides irmãs
  • Telófase: Descondensação, reforma do envelope nuclear

Regulação do Ciclo Celular

Ciclinas e CDKs

Sistema molecular que controla a progressão através das fases do ciclo.

  • Ciclinas: Proteínas regulatórias com níveis oscilantes
  • CDKs: Quinases dependentes de ciclina
  • Complexos ciclina-CDK: Fosforilam proteínas-alvo
  • Inibidores de CDK: p21, p27, p53

Checkpoints

Pontos de controle que garantem integridade da divisão celular.

  • Checkpoint G1/S: Verifica condições para replicação
  • Checkpoint intra-S: Monitora replicação do DNA
  • Checkpoint G2/M: Confirma replicação completa
  • Checkpoint do fuso: Garante ligação correta dos cromossomos

Meiose e Apoptose

Meiose

Divisão reducional que produz gametas haploides com variabilidade genética.

  • Meiose I: Divisão reducional, separação de homólogos
  • Crossing-over: Recombinação genética na prófase I
  • Meiose II: Divisão equacional, separação de cromátides
  • Variabilidade: Segregação independente e recombinação

Apoptose

Morte celular programada essencial para desenvolvimento e homeostase.

  • Via extrínseca: Receptores de morte (Fas, TNF)
  • Via intrínseca: Mitocondrial, liberação de citocromo c
  • Caspases: Proteases executoras da apoptose
  • Fagocitose: Remoção de corpos apoptóticos

⚛️ Moléculas Biológicas

Carboidratos

Classificação e Estrutura

Moléculas orgânicas compostas por carbono, hidrogênio e oxigênio, com múltiplas funções celulares.

  • Monossacarídeos: Glicose, frutose, galactose
  • Dissacarídeos: Sacarose, lactose, maltose
  • Oligossacarídeos: Cadeias curtas, glicoconjugados
  • Polissacarídeos: Amido, glicogênio, celulose, quitina

Funções Biológicas

  • Fonte primária de energia (glicose)
  • Reserva energética (glicogênio, amido)
  • Componente estrutural (celulose, quitina)
  • Reconhecimento celular (glicocálice)
  • Sinalização celular (glicoproteínas)

Lipídios

Classes de Lipídios

Moléculas hidrofóbicas ou anfipáticas com diversas funções estruturais e regulatórias.

  • Ácidos graxos: Saturados e insaturados
  • Triacilgliceróis: Reserva energética
  • Fosfolipídios: Componentes de membrana
  • Esteroides: Colesterol, hormônios esteroidais
  • Eicosanoides: Moléculas sinalizadoras

Metabolismo Lipídico

  • β-oxidação: degradação de ácidos graxos
  • Síntese de ácidos graxos: acetil-CoA carboxilase
  • Síntese de colesterol: via mevalonato
  • Lipoproteínas: transporte de lipídios

Proteínas

Estrutura Proteica

Macromoléculas formadas por aminoácidos com estrutura hierárquica complexa.

  • Estrutura primária: Sequência de aminoácidos
  • Estrutura secundária: α-hélices e folhas-β
  • Estrutura terciária: Enovelamento tridimensional
  • Estrutura quaternária: Associação de subunidades

Funções Proteicas

  • Catálise enzimática
  • Transporte (hemoglobina)
  • Estrutural (colágeno, queratina)
  • Defesa (anticorpos)
  • Regulação (hormônios proteicos)
  • Motilidade (actina, miosina)

Ácidos Nucleicos

DNA – Ácido Desoxirribonucleico

Molécula que armazena informação genética em todos os organismos vivos.

  • Estrutura: Dupla hélice antiparalela
  • Bases: Adenina, Timina, Guanina, Citosina
  • Pareamento: A-T (2 pontes H), G-C (3 pontes H)
  • Empacotamento: Nucleossomos, cromatina

RNA – Ácido Ribonucleico

Moléculas versáteis envolvidas na expressão gênica e regulação.

  • mRNA: Mensageiro, template para tradução
  • tRNA: Transportador, carrega aminoácidos
  • rRNA: Ribossomal, componente dos ribossomos
  • microRNA: Regulação pós-transcricional
  • lncRNA: Regulação epigenética

🧬 Síntese e Expressão Gênica

Replicação do DNA

Mecanismo de Replicação

Processo semiconservativo que duplica o DNA durante a fase S do ciclo celular.

  • Origem de replicação: Sequências específicas onde inicia
  • Helicases: Desenrolam a dupla hélice
  • DNA primase: Sintetiza primers de RNA
  • DNA polimerase: Adiciona nucleotídeos na direção 5’→3′
  • Ligase: Une fragmentos de Okazaki

Fidelidade e Reparo

  • Atividade 3’→5′ exonuclease (proofreading)
  • Reparo de mismatch (MMR)
  • Reparo por excisão de base (BER)
  • Reparo por excisão de nucleotídeo (NER)
  • Reparo de quebras duplas (NHEJ, HR)

Transcrição

Processo Transcricional

Síntese de RNA a partir de template de DNA pela RNA polimerase.

  • Iniciação: Reconhecimento do promotor
  • Elongação: Síntese do transcrito primário
  • Terminação: Liberação do RNA maduro
  • Fatores de transcrição: Regulam especificidade

Processamento de RNA

Modificações pós-transcricionais em eucariotos.

  • 5′ capping: Adição de 7-metilguanosina
  • 3′ poliadenilação: Cauda poli-A
  • Splicing: Remoção de íntrons
  • Splicing alternativo: Diversidade proteica

Tradução

Síntese Proteica

Decodificação do mRNA em sequência de aminoácidos pelos ribossomos.

  • Código genético: Tripletos de nucleotídeos
  • Iniciação: Reconhecimento do códon AUG
  • Elongação: Adição sequencial de aminoácidos
  • Terminação: Códons de parada

Modificações Pós-Traducionais

  • Clivagem proteolítica
  • Fosforilação/desfosforilação
  • Glicosilação
  • Ubiquitinação
  • Acetilação

Regulação da Expressão Gênica

Regulação Transcricional

Controle da síntese de RNA através de elementos regulatórios.

  • Promotores: Sequências de iniciação
  • Enhancers: Elementos potenciadores
  • Silencers: Elementos repressores
  • Fatores de transcrição: Proteínas regulatórias

Regulação Epigenética

Modificações hereditárias que não alteram a sequência de DNA.

  • Metilação do DNA
  • Modificações de histonas
  • Remodelamento da cromatina
  • RNAs não codificantes

⚗️ Bioquímica Básica Aplicada à Célula

Metabolismo Energético

Glicólise

Via metabólica que converte glicose em piruvato, gerando ATP e NADH.

  • Fase preparatória: Fosforilação da glicose
  • Fase de pagamento: Geração de ATP
  • Regulação: Hexoquinase, PFK-1, piruvato quinase
  • Rendimento: 2 ATP, 2 NADH por glicose

Ciclo de Krebs

Via central do metabolismo oxidativo na matriz mitocondrial.

  • Oxidação completa de acetil-CoA
  • Produção de NADH, FADH₂, GTP
  • Regulação alostérica
  • Integração metabólica

Cadeia Respiratória

Sistema de transporte de elétrons acoplado à síntese de ATP.

  • Complexos I-IV da cadeia respiratória
  • Bombeamento de prótons
  • Gradiente eletroquímico
  • ATP sintase

Enzimologia

Cinética Enzimática

Estudo da velocidade das reações catalisadas por enzimas.

  • Modelo de Michaelis-Menten: Km, Vmax
  • Inibição competitiva: Inibidor compete com substrato
  • Inibição não-competitiva: Inibidor liga em sítio diferente
  • Regulação alostérica: Modulação por efetores

Classificação Enzimática

  • EC 1 – Oxidorredutases: Reações redox
  • EC 2 – Transferases: Transferência de grupos
  • EC 3 – Hidrolases: Hidrólise
  • EC 4 – Liases: Adição/remoção de grupos
  • EC 5 – Isomerases: Rearranjos intramoleculares
  • EC 6 – Ligases: Formação de ligações

🔬 Biotecnologia e Aplicações

PCR e Amplificação

Reação em Cadeia da Polimerase

Técnica fundamental para amplificação específica de sequências de DNA.

  • Desnaturação: 94-96°C, separação das fitas
  • Anelamento: 50-65°C, ligação dos primers
  • Extensão: 72°C, síntese pela Taq polimerase
  • Aplicações: Diagnóstico, clonagem, sequenciamento

Variações da PCR

  • RT-PCR: Amplificação de RNA via transcriptase reversa
  • qPCR: PCR quantitativa em tempo real
  • Multiplex PCR: Múltiplos alvos simultaneamente
  • Digital PCR: Quantificação absoluta

Clonagem Molecular

Vetores de Clonagem

Moléculas de DNA que carregam genes de interesse para células hospedeiras.

  • Plasmídeos: Vetores circulares para bactérias
  • Fagos: Vetores virais para grandes inserções
  • Cosmídeos: Híbridos plasmídeo-fago
  • YACs/BACs: Cromossomos artificiais

Processo de Clonagem

  • Isolamento e purificação do DNA
  • Digestão com enzimas de restrição
  • Ligação com DNA ligase
  • Transformação de células competentes
  • Seleção de clones recombinantes

Edição Gênica e CRISPR

Sistema CRISPR-Cas9

Tecnologia revolucionária para edição precisa do genoma.

  • gRNA: RNA guia que direciona Cas9
  • Cas9: Endonuclease que corta DNA
  • PAM: Sequência motivo adjacente ao proto-espaçador
  • Reparo: NHEJ ou recombinação homóloga

Aplicações da Edição Gênica

  • Terapia gênica para doenças hereditárias
  • Desenvolvimento de modelos animais
  • Melhoramento genético de plantas
  • Produção de proteínas recombinantes
  • Pesquisa funcional de genes
🚀 Inovações 2024-2025

Prime editing, base editing e sistemas CRISPR de nova geração oferecem maior precisão e menor toxicidade para aplicações terapêuticas.

📚 Referências Principais

  1. Watson, J.D. et al. (2023). Molecular Biology of the Gene. 8th ed. Cold Spring Harbor Laboratory Press.
  2. Brown, T.A. (2024). Gene Cloning and DNA Analysis: An Introduction. 8th ed. Wiley-Blackwell.
  3. Jinek, M. et al. (2024). CRISPR-Cas: Biology, Mechanisms and Relevance. Nature Reviews Molecular Cell Biology, 25(3), 180-200.
  4. Green, M.R. & Sambrook, J. (2023). Molecular Cloning: A Laboratory Manual. 5th ed. Cold Spring Harbor Laboratory Press.

O Caderno de Questões PND (CNU Professores) – 300 Questões Gabaritadas traz questões cuidadosamente selecionadas pela nossa equipe editorial, de acordo com o edital mais recente do con.


Simulado PND Ciências Biológicas

🧬 Apostila PND 2025

Prova Nacional Docente – Ciências Biológicas
📚 Módulo 2: Genética
⏱️ Atualizado 2025
🎯 6 Tópicos Principais

🧬 Princípios da Hereditariedade

Leis de Mendel

Primeira Lei de Mendel (Lei da Segregação)

Cada característica é determinada por um par de fatores (alelos) que se separam durante a formação dos gametas, de modo que cada gameta recebe apenas um fator de cada par.

  • Alelos: Formas alternativas de um gene
  • Homozigoto: Indivíduo com alelos iguais (AA ou aa)
  • Heterozigoto: Indivíduo com alelos diferentes (Aa)
  • Dominância: Alelo que se expressa em heterozigose
  • Recessividade: Alelo que só se expressa em homozigose
📝 Exemplo Clássico

Cruzamento: Ervilha lisa (AA) × Ervilha rugosa (aa)

F1: 100% Aa (todas lisas – fenótipo dominante)

F2: 1 AA : 2 Aa : 1 aa (proporção genotípica 1:2:1)

Fenótipo F2: 3 lisas : 1 rugosa (proporção fenotípica 3:1)

Segunda Lei de Mendel (Lei da Segregação Independente)

Os fatores para duas ou mais características segregam-se independentemente durante a formação dos gametas, combinando-se ao acaso.

  • Aplica-se a genes localizados em cromossomos diferentes
  • Ou genes no mesmo cromossomo, mas muito distantes
  • Proporção fenotípica F2: 9:3:3:1 (diibridismo)
  • Número de gametas diferentes: 2ⁿ (n = número de pares de alelos)
Proporção F2 (diibridismo): 9 A_B_ : 3 A_bb : 3 aaB_ : 1 aabb
Gametas ♀\♂ABAbaBab
ABAABBAABbAaBBAaBb
AbAABbAAbbAaBbAabb
aBAaBBAaBbaaBBaaBb
abAaBbAabbaaBbaabb

Herança Ligada ao Sexo

Cromossomos Sexuais

Genes localizados nos cromossomos X e Y apresentam padrões de herança específicos devido à diferença entre os sexos.

  • Sistema XY: Machos XY, fêmeas XX (mamíferos)
  • Sistema ZW: Machos ZZ, fêmeas ZW (aves)
  • Hemizigose: Machos possuem apenas um alelo para genes do X
  • Compensação de dose: Inativação do X em fêmeas

Herança Ligada ao X

Características controladas por genes no cromossomo X mostram padrão de herança cruzada.

  • Pai afetado × Mãe normal: todas filhas portadoras, todos filhos normais
  • Pai normal × Mãe portadora: 50% filhas portadoras, 50% filhos afetados
  • Maior frequência em machos (hemizigose)
  • Transmissão de avô materno para neto
🩸 Exemplo: Hemofilia A

Gene: Fator VIII da coagulação (cromossomo X)

Cruzamento: XHY (normal) × XhXh (hemofílica)

Descendência: 50% XHXh (portadoras) + 50% XhY (hemofílicos)

Herança Ligada ao Y (Holândrica)

Genes exclusivos do cromossomo Y são transmitidos apenas de pai para filho.

  • Região não homóloga ao X
  • Herança patrilinear
  • Exemplos: gene SRY (determinação sexual), genes de fertilidade

Interações Gênicas

Epistasia

Interação entre genes não alelos onde um gene (epistático) mascara a expressão de outro (hipostático).

  • Epistasia recessiva: 9:3:4 (gene recessivo epistático)
  • Epistasia dominante: 12:3:1 (gene dominante epistático)
  • Epistasia dupla recessiva: 9:7 (dois genes recessivos epistáticos)
  • Epistasia dupla dominante: 15:1 (dois genes dominantes epistáticos)
🐕 Exemplo: Cor da Pelagem em Cães

Gene B: Produção de pigmento (B = sim, b = não)

Gene E: Deposição de pigmento (E = sim, e = não)

Epistasia: ee é epistático sobre B (proporção 9:3:4)

Fenótipos: 9 coloridos : 3 marrons : 4 brancos

Genes Complementares

Dois ou mais genes cooperam para produzir uma característica, sendo todos necessários.

  • Proporção F2: 9:7 (complementação)
  • Ambos os genes devem estar presentes em forma dominante
  • Exemplo: síntese de antocianinas em flores

Genes Modificadores

Genes que alteram a expressão de outros genes sem mascarar completamente.

  • Intensificadores (enhancers)
  • Supressores (suppressors)
  • Modificam penetrância e expressividade

Herança Quantitativa (Poligênica)

Características controladas por múltiplos genes com efeitos aditivos.

  • Distribuição normal (curva de Gauss)
  • Variação contínua
  • Influência ambiental significativa
  • Exemplos: altura, peso, cor da pele
Número de classes fenotípicas = 2n + 1 (n = número de pares de genes)

📚 Referências Principais

  1. Griffiths, A.J.F. et al. (2024). Introduction to Genetic Analysis. 12th ed. W.H. Freeman.
  2. Klug, W.S. et al. (2023). Concepts of Genetics. 13th ed. Pearson.
  3. Hartwell, L.H. et al. (2022). Genetics: From Genes to Genomes. 7th ed. McGraw-Hill.
  4. Snustad, D.P. & Simmons, M.J. (2023). Principles of Genetics. 8th ed. Wiley.

⚛️ Genética Molecular

Estrutura do DNA

Composição Química

O DNA é um polímero de nucleotídeos, cada um composto por três componentes principais.

  • Base nitrogenada: Adenina (A), Timina (T), Guanina (G), Citosina (C)
  • Açúcar: Desoxirribose (pentose)
  • Fosfato: Grupo fosfato ligado ao carbono 5′ da desoxirribose
  • Ligação fosfodiéster: Une nucleotídeos adjacentes

Estrutura Tridimensional

Modelo da dupla hélice proposto por Watson e Crick em 1953.

  • Dupla hélice: Duas fitas antiparalelas enroladas
  • Pareamento de bases: A-T (2 pontes de hidrogênio), G-C (3 pontes)
  • Sulco maior e menor: Espaços entre as fitas
  • Diâmetro: 2 nm, passo da hélice: 3,4 nm
  • Direção: Fitas orientadas 5′ → 3′ e 3′ → 5′
🔬 Regra de Chargaff

Em qualquer amostra de DNA de dupla fita: [A] = [T] e [G] = [C]. A quantidade de purinas (A+G) é igual à de pirimidinas (T+C).

Organização do DNA

O DNA está organizado em diferentes níveis estruturais nas células.

  • Procariotos: DNA circular, nucleoide, plasmídeos
  • Eucariotos: DNA linear, histonas, nucleossomos
  • Cromatina: Complexo DNA-proteína
  • Cromossomos: Estruturas condensadas durante divisão

Estrutura do RNA

Características Estruturais

O RNA difere do DNA em composição e estrutura, permitindo maior versatilidade funcional.

  • Açúcar: Ribose (com grupo OH no carbono 2′)
  • Bases: Adenina, Uracila, Guanina, Citosina
  • Fita simples: Permite formação de estruturas secundárias
  • Pareamento: A-U, G-C (em estruturas secundárias)

Tipos de RNA

Diferentes classes de RNA desempenham funções específicas na célula.

  • mRNA (mensageiro): Carrega informação genética para síntese proteica
  • tRNA (transportador): Transporta aminoácidos para os ribossomos
  • rRNA (ribossomal): Componente estrutural e catalítico dos ribossomos
  • miRNA (micro): Regulação pós-transcricional
  • lncRNA (longo não codificante): Regulação epigenética
  • siRNA (pequeno interferente): Silenciamento gênico

Estruturas Secundárias do RNA

O RNA pode formar estruturas complexas devido ao pareamento intramolecular.

  • Hairpin loops: Estruturas em grampo
  • Bulges: Alças laterais
  • Pseudoknots: Estruturas terciárias complexas
  • Ribozimas: RNAs com atividade catalítica

Código Genético

Características do Código

O código genético é o conjunto de regras que relaciona sequências de nucleotídeos com aminoácidos.

  • Tripleto: Cada códon possui 3 nucleotídeos
  • Degenerado: Múltiplos códons para o mesmo aminoácido
  • Não ambíguo: Cada códon especifica apenas um aminoácido
  • Universal: Mesmo código na maioria dos organismos
  • Sem vírgulas: Leitura contínua sem espaços

Códons Especiais

Alguns códons têm funções específicas na tradução.

  • Códon de iniciação: AUG (metionina)
  • Códons de parada: UAG (âmbar), UAA (ocre), UGA (opala)
  • Wobble: Flexibilidade na terceira posição do códon
  • Códons sinônimos: Códons diferentes para o mesmo aminoácido
64 códons possíveis = 4³ (4 bases em grupos de 3) 61 códons para aminoácidos + 3 códons de parada

Variações do Código Genético

Algumas organelas e organismos apresentam códigos genéticos alternativos.

  • Mitocôndrias: UGA codifica triptofano (não parada)
  • Cloroplastos: Pequenas variações em relação ao código universal
  • Alguns protozoários: UAG e UAA codificam glutamina
  • Mycoplasma: UGA codifica triptofano
🧬 Dogma Central da Biologia Molecular

DNA → RNA → Proteína. O fluxo da informação genética segue esta direção, com exceções como a transcriptase reversa em retrovírus.

🔄 Mutações Gênicas e Cromossômicas

Mutações Gênicas (Pontuais)

Substituições de Bases

Alterações que envolvem a troca de uma base por outra na sequência de DNA.

  • Transições: Purina → Purina (A↔G) ou Pirimidina → Pirimidina (C↔T)
  • Transversões: Purina → Pirimidina ou vice-versa
  • Mutação silenciosa: Não altera o aminoácido (degeneração do código)
  • Mutação missense: Altera um aminoácido
  • Mutação nonsense: Cria códon de parada prematuro
🩸 Exemplo: Anemia Falciforme

Mutação: GAG → GUG (ácido glutâmico → valina)

Posição: 6ª posição da cadeia β da hemoglobina

Consequência: HbS polimeriza em baixo O₂, deforma eritrócitos

Inserções e Deleções (Indels)

Adição ou remoção de nucleotídeos na sequência de DNA.

  • Frameshift: Indels não múltiplos de 3 alteram quadro de leitura
  • In-frame: Indels múltiplos de 3 mantêm quadro de leitura
  • Consequências: Proteínas truncadas ou não funcionais
  • Hotspots: Sequências repetitivas propensas a indels

Causas das Mutações Gênicas

Fatores que podem induzir alterações na sequência de DNA.

  • Espontâneas: Erros de replicação, desaminação, tautomerização
  • Físicas: Radiação UV, raios X, radiação ionizante
  • Químicas: Agentes alquilantes, análogos de bases, intercalantes
  • Biológicas: Vírus, transposons, stress oxidativo

Mutações Cromossômicas

Aberrações Estruturais

Alterações na estrutura dos cromossomos que podem afetar múltiplos genes.

  • Deleção: Perda de segmento cromossômico
  • Duplicação: Presença de segmento em duplicata
  • Inversão: Segmento invertido (paracêntrica ou pericêntrica)
  • Translocação: Transferência entre cromossomos não homólogos
  • Inserção: Segmento inserido em posição diferente
🧬 Exemplo: Leucemia Mieloide Crônica

Translocação: t(9;22)(q34;q11) – Cromossomo Philadelphia

Gene fusão: BCR-ABL1 (tirosina quinase constitutivamente ativa)

Consequência: Proliferação descontrolada de células mieloides

Aberrações Numéricas

Alterações no número de cromossomos em relação ao cariótipo normal.

  • Euploidia: Múltiplos exatos do número haploide (3n, 4n)
  • Aneuploidia: Número alterado de cromossomos específicos
  • Monossomia: Perda de um cromossomo (2n-1)
  • Trissomia: Cromossomo extra (2n+1)
  • Nulissomia: Perda de par homólogo (2n-2)

Mecanismos de Formação

Processos que levam às aberrações cromossômicas.

  • Não disjunção: Falha na separação durante meiose
  • Quebras cromossômicas: Agentes mutagênicos, radiação
  • Crossing-over desigual: Entre sequências repetitivas
  • Replicação desigual: Slippage durante replicação
⚠️ Efeito de Posição

Genes podem ter sua expressão alterada quando translocados para diferentes regiões cromossômicas, mesmo sem alteração na sequência.

Sistemas de Reparo do DNA

Reparo por Excisão de Base (BER)

Sistema que corrige bases modificadas ou inadequadas.

  • DNA glicosilases: Removem bases alteradas
  • AP endonuclease: Cliva sítio apurínico/apirimidínico
  • DNA polimerase: Preenche lacuna
  • DNA ligase: Sela nick remanescente

Reparo por Excisão de Nucleotídeo (NER)

Remove lesões volumosas que distorcem a dupla hélice.

  • Reconhecimento: Proteínas detectam distorção
  • Incisão: Endonucleases cortam ambos os lados
  • Excisão: Remoção do oligonucleotídeo danificado
  • Síntese: DNA polimerase preenche lacuna

Reparo de Mismatch (MMR)

Corrige erros de pareamento que escaparam da revisão da DNA polimerase.

  • Reconhecimento: Proteínas MutS detectam mismatch
  • Recrutamento: MutL e MutH são recrutadas
  • Excisão: Remoção do segmento com erro
  • Ressíntese: DNA polimerase corrige

Reparo de Quebras Duplas

Sistemas para reparar quebras simultâneas em ambas as fitas.

  • Recombinação homóloga (HR): Usa cromátide irmã como molde
  • Junção de extremidades não homólogas (NHEJ): Liga extremidades diretamente
  • Proteínas chave: BRCA1, BRCA2, ATM, DNA-PKcs

👥 Genética de Populações

Frequências Alélicas e Genotípicas

Conceitos Fundamentais

A genética de populações estuda a distribuição e mudança de frequências alélicas em populações.

  • População: Grupo de indivíduos da mesma espécie que se reproduzem
  • Pool gênico: Conjunto de todos os alelos presentes na população
  • Frequência alélica: Proporção de um alelo específico no pool gênico
  • Frequência genotípica: Proporção de cada genótipo na população
Frequência alélica: p + q = 1 (para dois alelos) p = frequência do alelo A; q = frequência do alelo a

Cálculo de Frequências

Métodos para determinar frequências alélicas a partir de dados populacionais.

  • Contagem direta: p = (2×AA + Aa) / 2N
  • A partir de fenótipos: Para alelos recessivos, q² = frequência do fenótipo recessivo
  • Múltiplos alelos: Σpi = 1 (soma de todas as frequências = 1)
🩸 Exemplo: Sistema ABO

População: 1000 indivíduos

Fenótipos: 450 tipo A, 100 tipo B, 50 tipo AB, 400 tipo O

Frequência q (alelo O): √(400/1000) = 0,63

Frequências p (A) e r (B): Calculadas considerando heterozigotos

Equilíbrio de Hardy-Weinberg

Princípio do Equilíbrio

Em condições ideais, as frequências alélicas e genotípicas permanecem constantes através das gerações.

  • Condições: População infinita, acasalamento aleatório, sem mutação, migração ou seleção
  • Equilíbrio em uma geração: Atingido após um ciclo reprodutivo
  • Modelo nulo: Base para detectar forças evolutivas
Equilíbrio H-W: p² + 2pq + q² = 1 AA = p²; Aa = 2pq; aa = q²

Pressupostos do Modelo

Condições necessárias para manutenção do equilíbrio.

  • População infinita: Sem deriva genética
  • Acasalamento aleatório: Panmixia
  • Ausência de mutação: Frequências alélicas estáveis
  • Sem migração: Fluxo gênico zero
  • Sem seleção: Todos os genótipos têm igual aptidão

Teste do Equilíbrio

Métodos estatísticos para verificar se uma população está em equilíbrio H-W.

  • Teste qui-quadrado: Compara frequências observadas vs esperadas
  • Coeficiente de endogamia (F): Mede desvio da panmixia
  • Interpretação: Desvios indicam ação de forças evolutivas
F = (He – Ho) / He He = heterozigosidade esperada; Ho = heterozigosidade observada

Deriva Genética

Conceito e Mecanismo

Mudanças aleatórias nas frequências alélicas devido ao tamanho finito das populações.

  • Amostragem aleatória: Nem todos os indivíduos se reproduzem
  • Intensidade: Inversamente proporcional ao tamanho populacional
  • Direção: Imprevisível, pode aumentar ou diminuir frequências
  • Consequência: Perda de variabilidade genética

Tamanho Efetivo da População (Ne)

Número de indivíduos que efetivamente contribuem para a próxima geração.

  • Nem sempre igual ao censo: Nem todos se reproduzem
  • Razão sexual: Ne = 4NmNf/(Nm + Nf)
  • Variação no sucesso reprodutivo: Reduz Ne
  • Gargalos populacionais: Redução drástica temporária
Variância da deriva: σ² = pq / 2Ne p = frequência alélica; Ne = tamanho efetivo

Efeito Fundador

Deriva genética extrema quando nova população é estabelecida por poucos indivíduos.

  • Amostra não representativa: Frequências alélicas alteradas
  • Perda de alelos: Redução da diversidade genética
  • Exemplos: Ilhas oceânicas, populações isoladas
  • Consequências: Maior frequência de doenças recessivas
🏝️ Exemplo: População Amish

Fundadores: Pequeno grupo de imigrantes europeus

Isolamento: Casamentos dentro da comunidade

Consequência: Alta frequência de síndrome de Ellis-van Creveld

Seleção Natural

Conceitos Básicos

Reprodução diferencial de genótipos baseada em sua aptidão relativa.

  • Aptidão (fitness): Capacidade de sobreviver e reproduzir
  • Coeficiente de seleção (s): Redução na aptidão
  • Aptidão relativa (w): w = 1 – s
  • Direção: Determinística, favorece genótipos mais aptos

Tipos de Seleção

Diferentes padrões de seleção baseados na relação entre genótipo e aptidão.

  • Seleção direcional: Favorece um extremo
  • Seleção balanceadora: Mantém variabilidade
  • Seleção disruptiva: Favorece extremos, elimina intermediários
  • Seleção estabilizadora: Favorece fenótipo médio

Seleção Contra Recessivos

Modelo clássico onde alelo recessivo é deletério.

  • Aptidões: wAA = wAa = 1; waa = 1-s
  • Mudança na frequência: Δq = -spq²/(1-sq²)
  • Eliminação lenta: Alelos recessivos “se escondem” em heterozigotos
Equilíbrio mutação-seleção: q̂ = √(μ/s) μ = taxa de mutação; s = coeficiente de seleção

Vantagem do Heterozigoto

Situação onde heterozigoto tem maior aptidão que ambos os homozigotos.

  • Sobredominância: wAa > wAA e wAa > waa
  • Equilíbrio estável: Mantém ambos os alelos
  • Exemplo clássico: Anemia falciforme e malária
🦟 Exemplo: HbS e Malária

HbA/HbA: Suscetível à malária

HbA/HbS: Resistente à malária, sem anemia

HbS/HbS: Anemia falciforme severa

Resultado: Manutenção do alelo HbS em regiões maláricas

🔬 Engenharia Genética e Melhoramento

Tecnologias de DNA Recombinante

Ferramentas Básicas

Conjunto de técnicas e enzimas que permitem manipular DNA in vitro.

  • Enzimas de restrição: Cortam DNA em sequências específicas
  • DNA ligase: Une fragmentos de DNA
  • Vetores: Plasmídeos, fagos, cosmídeos para clonagem
  • Células hospedeiras: E. coli, leveduras, células de mamíferos

Processo de Clonagem

Etapas para inserir gene de interesse em vetor e expressar em hospedeiro.

  • Isolamento: Extração e purificação do DNA
  • Digestão: Corte com enzimas de restrição
  • Ligação: Inserção do gene no vetor
  • Transformação: Introdução em células competentes
  • Seleção: Identificação de clones recombinantes

Sistemas de Expressão

Plataformas para produção de proteínas recombinantes.

  • Procariotos: E. coli – rápido, barato, sem modificações pós-traducionais
  • Leveduras: S. cerevisiae – eucarioto simples, algumas modificações
  • Células de inseto: Baculovírus – modificações complexas
  • Células de mamífero: CHO, HEK293 – modificações completas
💊 Aplicações Terapêuticas

Insulina humana, hormônio do crescimento, interferons, anticorpos monoclonais e vacinas recombinantes são produzidos usando tecnologia de DNA recombinante.

Edição Genômica

Sistema CRISPR-Cas9

Tecnologia revolucionária para edição precisa do genoma baseada em sistema imune bacteriano.

  • gRNA: RNA guia que direciona Cas9 para sequência alvo
  • Cas9: Endonuclease que corta DNA dupla fita
  • PAM: Motivo adjacente necessário para reconhecimento
  • Reparo: NHEJ (inserções/deleções) ou HDR (edição precisa)

Outras Tecnologias de Edição

Sistemas alternativos para modificação genômica dirigida.

  • TALENs: Nucleases efetoras tipo ativador de transcrição
  • Zinc Finger Nucleases: Proteínas de fusão com domínios de ligação
  • Base editing: Conversão de bases sem quebra dupla
  • Prime editing: Inserções, deleções e substituições precisas

Aplicações da Edição Genômica

Usos atuais e potenciais da tecnologia CRISPR.

  • Pesquisa básica: Knockout/knockin de genes
  • Modelos animais: Criação de modelos de doenças
  • Terapia gênica: Correção de mutações causadoras de doenças
  • Agricultura: Melhoramento de culturas
  • Biotecnologia: Produção de compostos de interesse
🩸 Exemplo: Terapia para Anemia Falciforme

Estratégia: Edição de células-tronco hematopoiéticas do paciente

Alvo: Correção da mutação no gene da β-globina

Resultado: Produção de hemoglobina normal após transplante

Melhoramento Genético

Melhoramento Clássico

Métodos tradicionais baseados em seleção e cruzamentos dirigidos.

  • Seleção massal: Escolha de indivíduos superiores
  • Hibridização: Cruzamento entre variedades/espécies
  • Retrocruzamento: Introgressão de características
  • Seleção recorrente: Ciclos de seleção e recombinação

Melhoramento Molecular

Uso de marcadores moleculares para acelerar o processo seletivo.

  • MAS: Seleção assistida por marcadores
  • QTL mapping: Mapeamento de locos quantitativos
  • GWAS: Estudos de associação genômica ampla
  • Seleção genômica: Predição baseada em genoma completo

Organismos Geneticamente Modificados (OGMs)

Organismos com genes introduzidos de outras espécies.

  • Plantas transgênicas: Resistência a herbicidas, pragas, doenças
  • Animais transgênicos: Modelos de pesquisa, produção de proteínas
  • Microrganismos: Produção industrial de compostos
  • Regulamentação: Avaliação de segurança e impacto ambiental
🌽 Exemplo: Milho Bt

Gene inserido: cry1Ab de Bacillus thuringiensis

Proteína produzida: Toxina específica para lepidópteros

Benefício: Resistência à broca-do-colmo

Impacto: Redução no uso de inseticidas

Gene Drive

Tecnologia para propagar genes modificados através de populações selvagens.

  • Mecanismo: Sistema que se copia preferencialmente
  • Aplicações: Controle de vetores de doenças
  • Exemplo: Mosquitos resistentes à malária
  • Preocupações: Impacto ecológico, reversibilidade

🏥 Genética Humana e Doenças Hereditárias

Padrões de Herança

Herança Autossômica Dominante

Doenças causadas por alelos dominantes localizados em autossomos.

  • Características: Afeta ambos os sexos igualmente
  • Transmissão vertical: Pais afetados → filhos afetados
  • Penetrância: Nem sempre 100%
  • Expressividade: Variável entre indivíduos
  • Exemplos: Huntington, Marfan, hipercolesterolemia familiar

Herança Autossômica Recessiva

Doenças que se manifestam apenas em homozigotos recessivos.

  • Transmissão horizontal: Pais normais → filhos afetados
  • Consanguinidade: Aumenta risco
  • Portadores: Heterozigotos assintomáticos
  • Exemplos: Fibrose cística, anemia falciforme, fenilcetonúria

Herança Ligada ao X

Doenças causadas por genes no cromossomo X.

  • Predominância masculina: Homens hemizigóticos
  • Transmissão cruzada: Mãe portadora → filho afetado
  • Inativação do X: Mosaicismo em mulheres
  • Exemplos: Hemofilia A e B, distrofia muscular de Duchenne
🧬 Exemplo: Distrofia Muscular de Duchenne

Gene: DMD (distrofina) no cromossomo X

Mutação: Deleções, duplicações, mutações pontuais

Fenótipo: Degeneração muscular progressiva

Incidência: 1:3500 meninos nascidos vivos

Herança Mitocondrial

Doenças causadas por mutações no DNA mitocondrial.

  • Herança materna: Mitocôndrias do óvulo
  • Heteroplasmia: Mistura de mitocôndrias normais e mutantes
  • Efeito limiar: Sintomas aparecem com alta proporção de mutantes
  • Exemplos: LHON, MELAS, MERRF

Doenças Monogênicas

Erros Inatos do Metabolismo

Deficiências enzimáticas que afetam vias metabólicas específicas.

  • Fenilcetonúria (PKU): Deficiência de fenilalanina hidroxilase
  • Galactosemia: Deficiência na via da galactose
  • Doença de Tay-Sachs: Deficiência de hexosaminidase A
  • Tratamento: Dieta restritiva, reposição enzimática

Hemoglobinopatias

Doenças que afetam a estrutura ou produção de hemoglobina.

  • Anemia falciforme: Mutação na β-globina (HbS)
  • Talassemias: Redução na síntese de globinas
  • α-talassemia: Deleções no cluster α-globina
  • β-talassemia: Mutações no gene β-globina

Doenças de Depósito Lisossomal

Acúmulo de substratos devido à deficiência de enzimas lisossomais.

  • Doença de Gaucher: Deficiência de glicocerebrosidase
  • Doença de Pompe: Deficiência de α-glicosidase ácida
  • Mucopolissacaridoses: Deficiências em enzimas de GAGs
  • Terapia: Reposição enzimática, chaperonas
🧪 Triagem Neonatal

Teste do pezinho detecta precocemente várias doenças metabólicas, permitindo tratamento antes do aparecimento de sintomas.

Doenças Complexas

Características Gerais

Doenças resultantes da interação entre múltiplos genes e fatores ambientais.

  • Herança multifatorial: Múltiplos genes de pequeno efeito
  • Agregação familiar: Maior risco em parentes
  • Herdabilidade: Proporção da variância genética
  • Modelo limiar: Manifestação acima de determinado limiar

Exemplos de Doenças Complexas

Principais doenças multifatoriais na população humana.

  • Diabetes tipo 2: Genes + dieta + exercício
  • Hipertensão: Múltiplos genes + sal + stress
  • Doenças cardiovasculares: Lipídios + inflamação + coagulação
  • Câncer: Oncogenes + supressores tumorais + ambiente
  • Doenças psiquiátricas: Esquizofrenia, depressão, autismo

Estudos de Associação (GWAS)

Metodologia para identificar variantes genéticas associadas a doenças complexas.

  • SNPs: Polimorfismos de nucleotídeo único
  • Casos vs controles: Comparação de frequências alélicas
  • Correção múltipla: Ajuste para múltiplos testes
  • Limitações: Missing heritability, efeitos pequenos
Odds Ratio (OR) = (a×d) / (b×c) a = casos com alelo; b = casos sem alelo c = controles com alelo; d = controles sem alelo

Aconselhamento Genético

Princípios Básicos

Processo de comunicação sobre riscos genéticos e opções reprodutivas.

  • Não diretivo: Informação sem imposição de decisões
  • Confidencialidade: Proteção da informação genética
  • Autonomia: Respeito às decisões do paciente
  • Beneficência: Maximizar benefícios, minimizar danos

Cálculo de Riscos

Métodos para estimar probabilidades de recorrência.

  • Risco empírico: Baseado em dados populacionais
  • Análise de segregação: Padrão de herança na família
  • Teorema de Bayes: Atualização de probabilidades
  • Testes genéticos: Confirmação molecular

Diagnóstico Pré-natal

Métodos para detectar anomalias genéticas durante a gravidez.

  • Ultrassonografia: Detecção de malformações
  • Amniocentese: Análise do líquido amniótico
  • Biópsia de vilo corial: Análise da placenta
  • DNA fetal livre: Análise no sangue materno
👶 Exemplo: Síndrome de Down

Causa: Trissomia do cromossomo 21

Risco materno: Aumenta com idade (1:1000 aos 30, 1:100 aos 40)

Triagem: Ultrassom + marcadores bioquímicos

Confirmação: Cariótipo ou array-CGH

Terapias Gênicas

Estratégias para tratar doenças genéticas através da modificação genética.

  • Terapia gênica somática: Correção em células não reprodutivas
  • Vetores virais: Adenovírus, lentivírus, AAV
  • Edição in vivo: CRISPR aplicado diretamente no paciente
  • Terapia celular: Células modificadas ex vivo

📚 Referências Principais

  1. Nussbaum, R.L. et al. (2024). Thompson & Thompson Genetics in Medicine. 9th ed. Elsevier.
  2. Strachan, T. & Read, A.P. (2023). Human Molecular Genetics. 5th ed. Garland Science.
  3. Jorde, L.B. et al. (2022). Medical Genetics. 6th ed. Elsevier.
  4. Turnpenny, P.D. & Ellard, S. (2024). Emery’s Elements of Medical Genetics. 16th ed. Elsevier.
  5. Hartwell, L.H. et al. (2022). Genetics: From Genes to Genomes. 7th ed. McGraw-Hill.


Simulado PND Ciências Biológicas

🐾 Apostila PND 2025

Prova Nacional Docente – Ciências Biológicas
📚 Módulo 3: Zoologia
⏱️ Atualizado 2025
🎯 5 Tópicos Principais

🐚 Invertebrados – Morfologia e Fisiologia

Poríferos (Esponjas)

Características Gerais

Animais aquáticos sésseis, considerados os mais primitivos do reino animal, sem tecidos verdadeiros.

  • Organização: Nível celular, sem tecidos ou órgãos
  • Simetria: Assimétricos ou radial
  • Habitat: Principalmente marinhos, alguns dulcícolas
  • Esqueleto: Espículas calcárias, silicosas ou fibras de espongina

Morfologia e Fisiologia

Sistema aquífero único para alimentação, respiração e excreção.

  • Coanócitos: Células flageladas que capturam alimento
  • Porócitos: Células perfuradas que formam poros
  • Pinacócitos: Células de revestimento externo
  • Arqueócitos: Células totipotentes na mesogléia
  • Sistema aquífero: Ascon, sícon, lêucon (crescente complexidade)
🌊 Exemplo: Funcionamento do Sistema Aquífero

Entrada: Água entra pelos óstios (poros)

Filtração: Coanócitos capturam partículas alimentares

Saída: Água sai pelo ósculo (abertura maior)

Fluxo: Movimento dos flagelos dos coanócitos

Reprodução

Capacidade notável de regeneração e reprodução assexuada e sexuada.

  • Assexuada: Brotamento, fragmentação, gêmulas
  • Sexuada: Hermafroditas, fecundação interna
  • Desenvolvimento: Larva anfiblástula ciliada
  • Regeneração: Totipotência dos arqueócitos

Cnidários

Características Gerais

Primeiros animais com tecidos verdadeiros e células especializadas para defesa.

  • Organização: Nível tecidual, diblásticos
  • Simetria: Radial
  • Cnidócitos: Células urticantes exclusivas do filo
  • Formas: Pólipo (séssil) e medusa (livre-natante)

Morfologia

Corpo simples com cavidade gastrovascular central.

  • Epiderme: Ectoderme com cnidócitos
  • Gastroderme: Endoderme digestiva
  • Mesogléia: Substância gelatinosa entre as camadas
  • Cavidade gastrovascular: Digestão e circulação
  • Tentáculos: Captura de presas

Sistema Nervoso

Primeira rede nervosa verdadeira no reino animal.

  • Rede nervosa difusa: Sem centralização
  • Neurônios bipolares: Condução em ambas direções
  • Sinapses: Químicas e elétricas
  • Coordenação: Movimentos simples e reflexos
⚡ Cnidócitos

Células exclusivas dos cnidários contendo nematocistos – organelas com filamento urticante que se dispara quando estimulado, injetando toxinas na presa.

Classes Principais

Diversidade morfológica e de ciclos de vida.

  • Anthozoa: Apenas pólipos (corais, anêmonas)
  • Scyphozoa: Medusas verdadeiras (águas-vivas)
  • Hydrozoa: Alternância de gerações (hidras, caravelas)
  • Cubozoa: Medusas cúbicas (vespas-do-mar)

Platelmintos

Características Gerais

Primeiros animais com simetria bilateral e cefalização.

  • Organização: Triblásticos acelomados
  • Simetria: Bilateral
  • Forma: Corpo achatado dorsoventralmente
  • Parênquima: Tecido de preenchimento mesenquimal

Sistemas Orgânicos

Desenvolvimento de sistemas mais complexos.

  • Digestório: Incompleto, cavidade gastrovascular ramificada
  • Excretor: Protonefrídios com células-flama
  • Nervoso: Gânglios cerebrais e cordões nervosos
  • Reprodutor: Hermafroditas com órgãos complexos

Classes Principais

Diversidade de formas de vida e estratégias reprodutivas.

  • Turbellaria: Vida livre, planárias
  • Trematoda: Parasitas com ventosas (esquistossomo)
  • Cestoda: Parasitas intestinais segmentados (tênias)
  • Monogenea: Ectoparasitas de peixes
🪱 Exemplo: Ciclo da Esquistossomose

Hospedeiro definitivo: Humano (verme adulto)

Hospedeiro intermediário: Caramujo Biomphalaria

Larvas: Miracídio → Esporocisto → Cercária

Infecção: Penetração ativa da cercária na pele

Nematelmintos

Características Gerais

Primeiros animais com cavidade corporal e sistema digestório completo.

  • Organização: Triblásticos pseudocelomados
  • Forma: Corpo cilíndrico, afilado nas extremidades
  • Cutícula: Revestimento protetor quitinoso
  • Pseudoceloma: Cavidade corporal não revestida por mesoderme

Sistemas Orgânicos

Avanços evolutivos importantes na organização corporal.

  • Digestório: Completo (boca → intestino → ânus)
  • Excretor: Células renetes ou canais excretores
  • Nervoso: Anel nervoso e cordões longitudinais
  • Muscular: Apenas músculos longitudinais
  • Reprodutor: Sexos separados, dimorfismo sexual

Importância Médica

Muitas espécies são parasitas importantes de humanos.

  • Ascaris lumbricoides: Ascaridíase (lombriga)
  • Enterobius vermicularis: Oxiuríase (oxiúros)
  • Ancylostoma duodenale: Ancilostomíase (amarelão)
  • Wuchereria bancrofti: Filariose (elefantíase)
🔄 Ecdise

Nematelmintos fazem parte do clado Ecdysozoa – animais que trocam periodicamente sua cutícula externa durante o crescimento.

Moluscos, Anelídeos e Artrópodes

Moluscos – Características Gerais

Segundo maior filo animal em número de espécies, com grande diversidade morfológica.

  • Organização: Triblásticos celomados
  • Corpo: Cabeça, pé muscular, massa visceral
  • Manto: Dobra que secreta a concha
  • Rádula: Estrutura raspadora para alimentação
  • Classes: Gastropoda, Bivalvia, Cephalopoda

Anelídeos – Segmentação

Primeiros animais com segmentação verdadeira (metameria).

  • Segmentação: Divisão do corpo em metâmeros
  • Celoma: Cavidade corporal verdadeira
  • Sistema circulatório: Fechado com hemoglobina
  • Excreção: Nefrídios em cada segmento
  • Classes: Polychaeta, Oligochaeta, Hirudinea

Artrópodes – Maior Filo Animal

Mais de 80% de todas as espécies animais conhecidas.

  • Exoesqueleto: Quitina com escleroproteínas
  • Apêndices articulados: Especializados para diferentes funções
  • Ecdise: Troca periódica do exoesqueleto
  • Tagmatização: Fusão de segmentos em regiões especializadas
  • Subfilos: Chelicerata, Myriapoda, Crustacea, Hexapoda
🦗 Exemplo: Adaptações dos Insetos

Voo: Primeiro grupo animal a conquistar o ar

Metamorfose: Reduz competição entre jovens e adultos

Exoesqueleto: Proteção e suporte estrutural

Diversidade: Mais de 1 milhão de espécies descritas

Equinodermos – Simetria Pentarradial

Únicos deuterostômios invertebrados, parentes próximos dos cordados.

  • Simetria: Larva bilateral, adulto pentarradial
  • Endoesqueleto: Placas calcárias com espinhos
  • Sistema ambulacrário: Locomoção e alimentação
  • Regeneração: Capacidade notável de regenerar partes perdidas
  • Classes: Asteroidea, Echinoidea, Holothuroidea

📚 Referências Principais

  1. Griffiths, A.J.F. et al. (2024). Introduction to Genetic Analysis. 12th ed. W.H. Freeman.
  2. Klug, W.S. et al. (2023). Concepts of Genetics. 13th ed. Pearson.
  3. Hartwell, L.H. et al. (2022). Genetics: From Genes to Genomes. 7th ed. McGraw-Hill.
  4. Snustad, D.P. & Simmons, M.J. (2023). Principles of Genetics. 8th ed. Wiley.

🐟 Vertebrados – Diversidade e Adaptações

Peixes – Conquista do Ambiente Aquático

Características Gerais dos Cordados

Características fundamentais que definem o filo Chordata.

  • Notocorda: Estrutura de sustentação dorsal
  • Tubo neural dorsal: Sistema nervoso centralizado
  • Fendas faríngeas: Aberturas na faringe
  • Cauda pós-anal: Extensão além do ânus

Peixes Cartilaginosos (Chondrichthyes)

Esqueleto cartilaginoso e adaptações para vida aquática.

  • Esqueleto: Cartilagem calcificada
  • Escamas: Placoides (dentículos dérmicos)
  • Respiração: 5-7 pares de fendas branquiais
  • Flutuação: Fígado rico em óleos
  • Reprodução: Fecundação interna, ovíparos ou vivíparos

Peixes Ósseos (Osteichthyes)

Maior diversidade de vertebrados aquáticos.

  • Esqueleto: Ósseo com opérculo
  • Escamas: Ctenoides ou cicloides
  • Bexiga natatória: Controle de flutuação
  • Linha lateral: Detecção de vibrações
  • Reprodução: Maioria ovípara com fecundação externa
🐠 Exemplo: Adaptações dos Peixes de Profundidade

Bioluminescência: Produção de luz para comunicação

Olhos grandes: Captação máxima de luz

Boca grande: Captura de presas escassas

Corpo gelatinoso: Redução da densidade

Anfíbios – Transição Água-Terra

Características Gerais

Primeiros vertebrados a colonizar o ambiente terrestre.

  • Pele: Úmida, permeável, com glândulas mucosas
  • Respiração: Pulmonar, cutânea e branquial (larvas)
  • Circulação: Coração com 3 câmaras
  • Reprodução: Dependente da água
  • Metamorfose: Transformação de larva aquática para adulto

Ordens Principais

Diversidade morfológica e ecológica dos anfíbios.

  • Anura: Sapos e rãs – adaptados para salto
  • Caudata: Salamandras – corpo alongado com cauda
  • Gymnophiona: Cecílias – corpo vermiforme, vida fossorial

Adaptações Fisiológicas

Estratégias para sobrevivência em ambientes variáveis.

  • Respiração cutânea: Troca gasosa através da pele
  • Osmorregulação: Controle do balanço hídrico
  • Termorregulação: Ectotérmicos com comportamentos adaptativos
  • Hibernação/Estivação: Dormência sazonal
🐸 Importância Ecológica

Anfíbios são bioindicadores importantes da qualidade ambiental devido à sua pele permeável e ciclo de vida bifásico.

Répteis – Conquista Definitiva da Terra

Características Gerais

Primeiros vertebrados verdadeiramente terrestres.

  • Pele: Seca, queratinizada, com escamas
  • Ovo amniótico: Independência da água para reprodução
  • Respiração: Exclusivamente pulmonar
  • Circulação: Coração com 3 câmaras (4 em crocodilianos)
  • Excreção: Ácido úrico (economia de água)

Ordens Principais

Diversidade adaptativa dos répteis modernos.

  • Squamata: Serpentes e lagartos – maior diversidade
  • Testudines: Tartarugas – carapaça protetora
  • Crocodylia: Crocodilianos – predadores aquáticos
  • Rhynchocephalia: Tuatara – “fóssil vivo”

Adaptações Especializadas

Estratégias evolutivas para diferentes nichos ecológicos.

  • Serpentes: Locomoção sem membros, mandíbulas flexíveis
  • Lagartos: Autotomia caudal, mudança de cor
  • Tartarugas: Retração da cabeça e membros
  • Crocodilianos: Válvulas nasais e auriculares
🐍 Exemplo: Adaptações das Serpentes Venenosas

Presas inoculadoras: Dentes especializados para injeção

Glândulas de veneno: Produção de toxinas específicas

Órgão de Jacobson: Detecção química apurada

Fossetas loreais: Detecção de calor (algumas espécies)

Aves – Mestres do Voo

Características Gerais

Adaptações especializadas para o voo e vida aérea.

  • Penas: Estruturas únicas para voo e isolamento
  • Esqueleto: Ossos pneumáticos (ocos)
  • Músculos de voo: Peitorais altamente desenvolvidos
  • Sistema respiratório: Sacos aéreos e fluxo unidirecional
  • Endotermia: Regulação térmica independente

Sistemas Especializados

Adaptações fisiológicas para alta demanda metabólica.

  • Circulação: Coração com 4 câmaras, alta pressão
  • Digestão: Papo, moela, cecos intestinais
  • Excreção: Rins eficientes, ácido úrico
  • Nervoso: Cerebelo desenvolvido para coordenação

Diversidade Ecológica

Adaptações para diferentes nichos e estratégias alimentares.

  • Bicos especializados: Forma relacionada à dieta
  • Pés adaptados: Natação, predação, empoleiramento
  • Comportamento: Migração, territorialidade, cuidado parental
  • Reprodução: Ovos com casca calcária, nidificação
🦅 Evolução das Aves

Aves são dinossauros terópodes modernos, representando a única linhagem de dinossauros que sobreviveu à extinção do Cretáceo.

Mamíferos – Diversidade e Sucesso Adaptativo

Características Gerais

Grupo mais diversificado de vertebrados terrestres.

  • Pelos: Isolamento térmico e proteção
  • Glândulas mamárias: Produção de leite
  • Endotermia: Regulação térmica precisa
  • Cérebro: Neocórtex desenvolvido
  • Dentes diferenciados: Especializados por função

Grupos Principais

Diversidade reprodutiva e morfológica.

  • Monotremados: Ovíparos primitivos (ornitorrinco)
  • Marsupiais: Desenvolvimento em marsúpio
  • Placentários: Desenvolvimento intrauterino completo

Adaptações Especializadas

Conquista de diversos ambientes e nichos ecológicos.

  • Aquáticos: Cetáceos, sirênios – adaptações hidrodinâmicas
  • Voadores: Morcegos – membranas alares
  • Fossoriais: Toupeiras – adaptações para escavação
  • Arborícolas: Primatas – adaptações para vida nas árvores
🐋 Exemplo: Adaptações dos Cetáceos

Corpo fusiforme: Redução do arrasto hidrodinâmico

Respiração: Espiráculos no topo da cabeça

Ecolocalização: Navegação e caça por ultrassom

Isolamento: Camada de gordura subcutânea

⚙️ Sistemas Orgânicos Comparados

Sistema Digestório Comparado

Evolução do Sistema Digestório

Progressão da complexidade digestiva através dos grupos animais.

  • Poríferos: Digestão intracelular, sem cavidade digestiva
  • Cnidários: Cavidade gastrovascular, digestão extra e intracelular
  • Platelmintos: Sistema incompleto, cavidade gastrovascular ramificada
  • Nematelmintos: Primeiro sistema completo (boca → ânus)
  • Vertebrados: Especialização regional e glândulas anexas

Tipos de Alimentação

Estratégias alimentares e adaptações morfológicas correspondentes.

  • Filtradores: Poríferos, bivalves – filtração de partículas
  • Predadores: Cnidários, cefalópodes – captura ativa
  • Detritívoros: Anelídeos, equinodermos – matéria orgânica em decomposição
  • Herbívoros: Ruminantes – digestão de celulose
  • Carnívoros: Felinos – digestão de proteínas
🐄 Exemplo: Sistema Digestório dos Ruminantes

Estômago tetracameral: Rúmen, retículo, omaso, abomaso

Microbiota: Bactérias e protozoários digestores de celulose

Ruminação: Regurgitação e remastigação do alimento

Adaptação: Aproveitamento de fibras vegetais

Glândulas Digestivas

Estruturas especializadas na produção de enzimas e secreções.

  • Glândulas salivares: Amilase, lubrificação
  • Fígado: Bile, metabolismo, desintoxicação
  • Pâncreas: Enzimas digestivas e hormônios
  • Glândulas gástricas: HCl, pepsinogênio, fator intrínseco

Sistema Circulatório Comparado

Evolução do Sistema Circulatório

Progressão da complexidade circulatória através dos grupos animais.

  • Poríferos/Cnidários: Sem sistema circulatório – difusão simples
  • Platelmintos: Sem sistema – corpo achatado facilita difusão
  • Nematelmintos: Pseudoceloma como sistema hidrostático
  • Anelídeos: Sistema fechado com hemoglobina
  • Artrópodes/Moluscos: Sistema aberto com hemolinfa
  • Vertebrados: Sistema fechado com especializações

Tipos de Sistemas Circulatórios

Diferentes estratégias para transporte de substâncias.

  • Sistema aberto: Hemolinfa banha diretamente os órgãos
  • Sistema fechado: Sangue confinado em vasos
  • Circulação simples: Sangue passa uma vez pelo coração
  • Circulação dupla: Circuitos pulmonar e sistêmico separados
🐙 Exemplo: Sistema Circulatório dos Cefalópodes

Peculiaridade: Únicos moluscos com sistema fechado

Corações acessórios: Corações branquiais bombeiam sangue pelas brânquias

Adaptação: Suporte ao metabolismo ativo e natação rápida

Evolução do Coração nos Vertebrados

Progressão da complexidade cardíaca.

  • Peixes: 2 câmaras (1 átrio, 1 ventrículo)
  • Anfíbios: 3 câmaras (2 átrios, 1 ventrículo)
  • Répteis: 3 câmaras com septo parcial (crocodilianos: 4 câmaras)
  • Aves/Mamíferos: 4 câmaras com separação completa

Sistema Respiratório Comparado

Estratégias Respiratórias

Diferentes mecanismos para troca gasosa nos grupos animais.

  • Respiração cutânea: Poríferos, cnidários, platelmintos
  • Brânquias: Anelídeos aquáticos, moluscos, peixes
  • Sistema traqueal: Artrópodes terrestres
  • Pulmões: Vertebrados terrestres
  • Pulmões em livro: Aracnídeos

Adaptações Aquáticas vs Terrestres

Diferentes desafios respiratórios em cada ambiente.

  • Meio aquático: Baixo O₂, alta densidade, fluxo unidirecional
  • Meio terrestre: Alto O₂, baixa densidade, ventilação bidirecional
  • Brânquias: Grande área superficial, contracorrente
  • Pulmões: Superfície interna, ventilação ativa
🐦 Exemplo: Sistema Respiratório das Aves

Sacos aéreos: 9 sacos conectados aos pulmões

Fluxo unidirecional: Ar sempre flui na mesma direção

Eficiência: Extração máxima de O₂ para voo

Parabronquios: Tubos de troca gasosa com capilares

Pigmentos Respiratórios

Proteínas especializadas no transporte de gases.

  • Hemoglobina: Ferro, vertebrados e anelídeos
  • Hemocianina: Cobre, moluscos e artrópodes
  • Hemeritrina: Ferro, alguns invertebrados marinhos
  • Clorocruorina: Ferro, alguns poliquetas

Sistema Nervoso Comparado

Evolução do Sistema Nervoso

Progressão da complexidade neural através dos grupos.

  • Cnidários: Rede nervosa difusa, sem centralização
  • Platelmintos: Gânglios cerebrais, cordões nervosos
  • Anelídeos: Gânglio cerebral, cadeia ganglionar ventral
  • Artrópodes: Cérebro tripartido, gânglios especializados
  • Moluscos: Gânglios especializados (cefalópodes: cérebro complexo)
  • Vertebrados: Tubo neural dorsal, encéfalo

Padrões de Organização

Diferentes arquiteturas do sistema nervoso.

  • Rede difusa: Sem centro de controle
  • Centralização: Concentração de neurônios
  • Cefalização: Concentração anterior (cabeça)
  • Segmentação: Gânglios repetidos por segmento
🧠 Convergência Evolutiva

Cefalópodes e vertebrados desenvolveram independentemente cérebros complexos, demonstrando convergência evolutiva na inteligência.

Sistemas Sensoriais

Diversidade de órgãos sensoriais nos diferentes grupos.

  • Mecanorreceptores: Tato, audição, equilíbrio
  • Quimiorreceptores: Olfato, paladar
  • Fotorreceptores: Visão (ocelos, olhos compostos, olhos câmara)
  • Eletrorreceptores: Peixes cartilaginosos
  • Magnetorreceptores: Navegação em aves e tartarugas

Sistemas Reprodutor e Excretor

Estratégias Reprodutivas

Diversidade de mecanismos reprodutivos nos animais.

  • Reprodução assexuada: Brotamento, fragmentação, partenogênese
  • Hermafroditismo: Simultâneo ou sequencial
  • Sexos separados: Dioicos com dimorfismo sexual
  • Fecundação: Externa (aquática) vs interna (terrestre)

Desenvolvimento Embrionário

Padrões de desenvolvimento nos diferentes grupos.

  • Ovíparos: Desenvolvimento externo em ovos
  • Vivíparos: Desenvolvimento interno com nutrição materna
  • Ovovivíparos: Ovos retidos no corpo materno
  • Metamorfose: Transformação pós-embrionária

Sistemas Excretores

Diferentes estratégias para eliminação de resíduos nitrogenados.

  • Protonefrídios: Células-flama (platelmintos)
  • Metanefrídios: Nefrídios segmentares (anelídeos)
  • Túbulos de Malpighi: Artrópodes terrestres
  • Rins: Vertebrados (pronefros, mesonefros, metanefros)
🐪 Exemplo: Adaptações Excretoras ao Ambiente

Ambiente aquático: Amônia (tóxica, mas diluível)

Ambiente terrestre: Ureia (menos tóxica, solúvel)

Ambiente árido: Ácido úrico (atóxico, insolúvel)

Economia de água: Rins concentradores, cloaca

🥚 Embriologia e Desenvolvimento

Gametogênese

Formação dos Gametas

Processo de diferenciação celular que produz células reprodutivas especializadas.

  • Espermatogênese: Formação de espermatozoides nos testículos
  • Ovogênese: Formação de óvulos nos ovários
  • Meiose: Divisão reducional que produz gametas haploides
  • Diferenciação: Especialização morfológica e funcional

Espermatogênese

Processo contínuo de produção de espermatozoides.

  • Fase mitótica: Espermatogônias se dividem
  • Fase meiótica: Espermatócitos I e II
  • Espermiogênese: Diferenciação em espermatozoides
  • Duração: ~74 dias em humanos

Ovogênese

Processo cíclico de maturação dos óvulos.

  • Fase de multiplicação: Mitoses das ovogônias (fase fetal)
  • Fase de crescimento: Ovócitos I aumentam de tamanho
  • Fase de maturação: Meiose I e II (ovulação)
  • Parada meiótica: Ovócitos I em prófase I até ovulação
🥚 Exemplo: Ovulação em Mamíferos

Folículo primordial: Ovócito I + células foliculares

Folículo maduro: Ovócito I + múltiplas camadas celulares

Ovulação: Liberação do ovócito II (meiose I completa)

Corpo lúteo: Estrutura endócrina pós-ovulação

Fecundação e Primeiras Divisões

Processo de Fecundação

União dos gametas masculino e feminino formando o zigoto.

  • Reconhecimento: Interação espermatozoide-óvulo espécie-específica
  • Penetração: Reação acrossômica e fusão de membranas
  • Ativação: Ondas de cálcio ativam o óvulo
  • Cariogamia: Fusão dos núcleos haploides

Clivagem

Divisões mitóticas rápidas que fragmentam o zigoto.

  • Holoblástica: Clivagem completa (ovos oligolécitos)
  • Meroblástica: Clivagem parcial (ovos megalécitos)
  • Padrões: Radial, espiral, bilateral
  • Resultado: Formação da blástula

Tipos de Ovos

Classificação baseada na quantidade e distribuição do vitelo.

  • Oligolécitos: Pouco vitelo, distribuição uniforme
  • Heterolécitos: Vitelo concentrado em um polo
  • Megalécitos: Muito vitelo, núcleo deslocado
  • Centrolécitos: Vitelo central (artrópodes)
🔄 Determinação vs Regulação

Desenvolvimento determinado (mosaico) vs desenvolvimento regulativo (capacidade de compensar perdas celulares).

Gastrulação e Formação dos Folhetos

Processo de Gastrulação

Reorganização celular que estabelece os folhetos embrionários fundamentais.

  • Movimentos celulares: Invaginação, involução, epibolia
  • Blastóporo: Primeira abertura do embrião
  • Arquêntero: Cavidade digestiva primitiva
  • Resultado: Gástrula com folhetos definidos

Folhetos Embrionários

Camadas celulares que darão origem aos diferentes sistemas orgânicos.

  • Ectoderme: Sistema nervoso, epiderme, anexos
  • Mesoderme: Músculos, esqueleto, sistema circulatório
  • Endoderme: Tubo digestivo, glândulas associadas
  • Crista neural: Células migratórias do ectoderme

Protostômios vs Deuterostômios

Duas grandes linhagens baseadas no destino do blastóporo.

  • Protostômios: Blastóporo → boca (artrópodes, moluscos)
  • Deuterostômios: Blastóporo → ânus (equinodermos, cordados)
  • Clivagem: Espiral vs radial
  • Celoma: Esquizocélico vs enterocélico
🐸 Exemplo: Gastrulação em Anfíbios

Lábio dorsal: Região organizadora (centro de Spemann)

Invaginação: Células endodérmicas entram no embrião

Involução: Células mesodérmicas migram para dentro

Epibolia: Ectoderme recobre o embrião

Neurulação e Organogênese

Formação do Sistema Nervoso

Desenvolvimento do tubo neural a partir do ectoderme.

  • Placa neural: Espessamento do ectoderme dorsal
  • Dobramento: Formação das pregas neurais
  • Fechamento: Fusão das pregas formando o tubo
  • Regionalização: Diferenciação em encéfalo e medula

Crista Neural

População celular migratória exclusiva dos vertebrados.

  • Origem: Borda da placa neural
  • Migração: Rotas específicas pelo embrião
  • Derivados: Gânglios, melanócitos, cartilagem facial
  • Importância: “Quarto folheto embrionário”

Organogênese

Formação dos órgãos a partir dos folhetos embrionários.

  • Indução: Sinais entre tecidos dirigem diferenciação
  • Morfogênese: Mudanças de forma e estrutura
  • Diferenciação: Especialização celular
  • Crescimento: Aumento de tamanho e complexidade
🧬 Genes Homeóticos

Genes que controlam a identidade segmentar e o plano corporal, altamente conservados entre espécies.

Anexos Embrionários e Metamorfose

Anexos Embrionários

Estruturas temporárias que auxiliam o desenvolvimento embrionário.

  • Saco vitelínico: Nutrição em ovos com vitelo
  • Âmnio: Proteção em meio líquido
  • Córion: Trocas gasosas e proteção
  • Alantóide: Excreção e vascularização
  • Placenta: Nutrição e trocas materno-fetais

Desenvolvimento Direto vs Indireto

Diferentes estratégias de desenvolvimento pós-embrionário.

  • Desenvolvimento direto: Jovem similar ao adulto
  • Desenvolvimento indireto: Estágios larvais distintos
  • Metamorfose: Transformação larva → adulto
  • Vantagens: Redução de competição, exploração de nichos

Tipos de Metamorfose

Diferentes graus de transformação durante o desenvolvimento.

  • Ametábola: Sem metamorfose (crescimento simples)
  • Hemimetábola: Metamorfose incompleta (ninfas)
  • Holometábola: Metamorfose completa (pupa)
  • Hipermetamorfose: Múltiplos estágios larvais
🦋 Exemplo: Metamorfose Completa

Ovo: Desenvolvimento embrionário

Larva: Crescimento e acúmulo de reservas

Pupa: Reorganização corporal (histólise/histogênese)

Adulto: Forma reprodutiva final

🌳 Evolução e Filogenia Animal

Origem e Diversificação Animal

Origem dos Animais

Evolução dos primeiros organismos multicelulares a partir de protistas.

  • Hipótese colonial: Agregação de células flageladas
  • Coanoflagelados: Grupo irmão dos animais
  • Período Ediacarano: Primeiros fósseis de animais (~600 Ma)
  • Explosão Cambriana: Diversificação rápida dos filos (~540 Ma)

Características Derivadas dos Animais

Sinapomorfias que definem o reino animal.

  • Multicelularidade: Células especializadas e organizadas
  • Heterotrofia: Nutrição por ingestão
  • Ausência de parede celular: Flexibilidade morfológica
  • Colágeno: Proteína estrutural exclusiva
  • Junções celulares: Comunicação e adesão

Grandes Transições Evolutivas

Marcos importantes na evolução animal.

  • Multicelularidade: Cooperação celular
  • Simetria bilateral: Cefalização e movimento direcional
  • Celoma: Cavidade corporal e complexidade orgânica
  • Segmentação: Modularidade e especialização
  • Esqueletização: Suporte e proteção
🦴 Exemplo: Evolução do Esqueleto

Esqueleto hidrostático: Pressão de fluidos (minhocas)

Exoesqueleto: Proteção externa (artrópodes)

Endoesqueleto: Suporte interno (vertebrados)

Vantagens: Suporte, proteção, ancoragem muscular

Sistemática e Cladística

Princípios da Sistemática Filogenética

Método científico para reconstruir relações evolutivas.

  • Homologia: Características derivadas de ancestral comum
  • Sinapomorfia: Característica derivada compartilhada
  • Plesiomorfia: Característica ancestral
  • Homoplasia: Semelhança por convergência

Construção de Filogenias

Métodos para inferir árvores evolutivas.

  • Análise cladística: Parcimônia, máxima verossimilhança
  • Dados morfológicos: Características anatômicas
  • Dados moleculares: Sequências de DNA/proteínas
  • Calibração temporal: Relógio molecular e fósseis

Grandes Clados Animais

Principais grupos monofiléticos baseados em filogenias modernas.

  • Parazoa: Poríferos (sem tecidos verdadeiros)
  • Eumetazoa: Animais com tecidos
  • Bilateria: Simetria bilateral
  • Protostomia: Ecdysozoa + Spiralia
  • Deuterostomia: Ambulacraria + Chordata
🧬 Revolução Molecular

Dados moleculares revolucionaram a sistemática, revelando relações inesperadas como a proximidade entre anelídeos e moluscos.

Adaptações aos Ambientes

Conquista do Ambiente Aquático

Adaptações para vida na água – berço da vida animal.

  • Flutuabilidade: Controle de densidade corporal
  • Hidrodinâmica: Formas fusiformes, redução de arrasto
  • Respiração aquática: Brânquias, superfícies especializadas
  • Osmorregulação: Controle do balanço hídrico
  • Locomoção: Natação, jato-propulsão

Transição para o Ambiente Terrestre

Desafios e soluções para a vida fora da água.

  • Dessecação: Tegumentos impermeáveis, comportamentos
  • Suporte corporal: Esqueletos rígidos, músculos
  • Respiração aérea: Pulmões, sistema traqueal
  • Reprodução: Fecundação interna, ovos com casca
  • Locomoção: Membros, músculos especializados

Conquista do Ambiente Aéreo

Adaptações especializadas para o voo ativo.

  • Superfícies de voo: Asas (insetos, aves, morcegos)
  • Redução de peso: Ossos pneumáticos, estruturas ocas
  • Metabolismo elevado: Sistemas circulatório e respiratório eficientes
  • Navegação: Sistemas sensoriais especializados
🦇 Exemplo: Convergência no Voo

Insetos: Asas como extensões da cutícula

Aves: Asas como membros anteriores modificados

Morcegos: Membrana entre dedos alongados

Resultado: Soluções diferentes para o mesmo problema

Padrões Evolutivos

Radiação Adaptativa

Diversificação rápida a partir de um ancestral comum.

  • Explosão Cambriana: Origem dos principais filos
  • Radiação dos mamíferos: Pós-extinção dos dinossauros
  • Diversificação insular: Tentilhões de Darwin
  • Fatores: Novos nichos, baixa competição

Convergência Evolutiva

Evolução independente de características similares.

  • Voo: Insetos, aves, morcegos
  • Ecolocalização: Morcegos, golfinhos
  • Olhos câmara: Vertebrados, cefalópodes
  • Forma corporal: Tubarões, golfinhos, ictiossauros

Coevolução

Evolução recíproca entre espécies interagentes.

  • Predador-presa: Corrida armamentista evolutiva
  • Polinizadores: Flores e insetos
  • Parasita-hospedeiro: Adaptações mútuas
  • Mutualismo: Benefícios recíprocos
⏰ Relógios Evolutivos

Extinções em massa atuaram como “relógios” evolutivos, criando oportunidades para radiações adaptativas dos grupos sobreviventes.

Biogeografia e Dispersão

Padrões Biogeográficos

Distribuição geográfica dos grupos animais e suas causas.

  • Vicariância: Separação por barreiras geográficas
  • Dispersão: Colonização ativa de novos territórios
  • Endemismo: Espécies restritas a regiões específicas
  • Regiões biogeográficas: Neártica, Paleártica, Oriental, etc.

Deriva Continental e Evolução

Impacto da movimentação dos continentes na diversificação animal.

  • Pangeia: Supercontinente e fauna cosmopolita
  • Fragmentação: Isolamento e especiação
  • Pontes terrestres: Intercâmbio faunístico
  • Ilhas: Laboratórios evolutivos

Mudanças Climáticas e Fauna

Influência das variações climáticas na evolução animal.

  • Eras glaciais: Refúgios e recolonização
  • Aquecimento global: Expansão de habitats tropicais
  • Extinções: Perda de diversidade
  • Adaptações: Tolerância térmica, migração
🦘 Exemplo: Fauna Australiana

Isolamento: Separação da Gondwana há ~100 Ma

Marsupiais: Radiação na ausência de placentários

Monotremados: Mamíferos primitivos preservados

Endemismo: >80% das espécies são endêmicas

📚 Referências Principais

  1. Hickman, C.P. et al. (2024). Integrated Principles of Zoology. 18th ed. McGraw-Hill.
  2. Pough, F.H. et al. (2023). Vertebrate Life. 11th ed. Sinauer Associates.
  3. Brusca, R.C. & Brusca, G.J. (2022). Invertebrates. 3rd ed. Sinauer Associates.
  4. Gilbert, S.F. (2024). Developmental Biology. 13th ed. Sinauer Associates.
  5. Nielsen, C. (2023). Animal Evolution: Interrelationships of the Living Phyla. 4th ed. Oxford University Press.

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