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FURB: Simulado Técnico em Enfermagem – Prefeitura de Biguaçu/SC

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FURB: Simulado Técnico em Enfermagem – Prefeitura de Biguaçu/SC

Simulado Técnico em Enfermagem

Prefeitura de Biguaçu/SC – Banca FURB

40 questões de múltipla escolha

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Progresso: 0/40 questões respondidas
1
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pelas Leis 8.080/90 e 8.142/90. Sobre os princípios fundamentais do SUS, analise as afirmativas:

I. Universalidade: garantia de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência.
II. Integralidade: conjunto articulado de ações e serviços preventivos e curativos.
III. Equidade: igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios.

É correto o que se afirma em:
  • (A) I, apenas.
  • (B) I e II, apenas.
  • (C) I, II e III.
  • (D) II e III, apenas.
  • (E) III, apenas.

Gabarito: C

Comentário: Todas as afirmativas estão corretas. Os três princípios fundamentais do SUS são: Universalidade (acesso garantido a todos), Integralidade (ações preventivas e curativas articuladas) e Equidade (tratamento igual respeitando as diferenças e necessidades).

2
Excesso de rastreamento, exames diagnósticos em pessoas assintomáticas e solicitação de exames complementares em demasia são exemplos de eventos que a prevenção _____________ busca evitar.

Assinale a alternativa que corretamente preenche a lacuna no excerto:
  • (A) terciária
  • (B) primária
  • (C) intervencionista
  • (D) secundária
  • (E) quaternária

Gabarito: E

Comentário: A prevenção quaternária busca evitar o excesso de intervenções médicas, incluindo rastreamentos desnecessários, exames em pessoas assintomáticas sem indicação e solicitação excessiva de exames complementares, protegendo os pacientes de iatrogenias.

3
Sobre os níveis de atenção à saúde no SUS, analise as afirmativas:

I. A atenção primária é a porta de entrada preferencial do sistema e deve resolver cerca de 80% dos problemas de saúde.
II. A atenção secundária compreende serviços especializados de média complexidade.
III. A atenção terciária refere-se aos serviços de alta complexidade e alto custo.

É correto o que se afirma em:
  • (A) I, apenas.
  • (B) I e II, apenas.
  • (C) I, II e III.
  • (D) II e III, apenas.
  • (E) III, apenas.

Gabarito: C

Comentário: Todas as afirmativas estão corretas. O SUS organiza-se em três níveis: primário (atenção básica, porta de entrada), secundário (média complexidade, especialidades) e terciário (alta complexidade, procedimentos de alto custo).

4
A Política Nacional de Humanização (PNH) do SUS estabelece diretrizes para humanizar o cuidado. Entre os dispositivos da PNH, encontra-se:
  • (A) Acolhimento com classificação de risco.
  • (B) Programa de Agentes Comunitários de Saúde.
  • (C) Sistema de Informação da Atenção Básica.
  • (D) Programa Nacional de Imunizações.
  • (E) Vigilância Epidemiológica.

Gabarito: A

Comentário: O acolhimento com classificação de risco é um dos principais dispositivos da Política Nacional de Humanização, visando organizar o atendimento por prioridade clínica e não por ordem de chegada, humanizando o cuidado.

5
Sobre os indicadores epidemiológicos, a taxa de mortalidade infantil é calculada pelo número de óbitos de menores de um ano dividido pelo número de:
  • (A) nascidos vivos no mesmo período, multiplicado por 1.000.
  • (B) habitantes menores de um ano, multiplicado por 1.000.
  • (C) nascimentos totais no mesmo período, multiplicado por 100.
  • (D) crianças menores de cinco anos, multiplicado por 1.000.
  • (E) habitantes da população geral, multiplicado por 10.000.

Gabarito: A

Comentário: A taxa de mortalidade infantil é calculada dividindo-se o número de óbitos de menores de um ano pelo número de nascidos vivos no mesmo período, multiplicado por 1.000. É um importante indicador de saúde pública.

6
Na técnica de lavagem das mãos, a sequência correta dos passos é:

I. Friccionar as palmas das mãos entre si
II. Friccionar o dorso da mão esquerda com a palma da mão direita
III. Friccionar as pontas dos dedos e unhas na palma da mão oposta
IV. Friccionar o punho esquerdo com o auxílio da palma da mão direita

A sequência correta é:
  • (A) I, II, III, IV.
  • (B) II, I, IV, III.
  • (C) I, II, IV, III.
  • (D) III, II, I, IV.
  • (E) IV, III, II, I.

Gabarito: A

Comentário: A sequência correta da lavagem das mãos segue a ordem: palmas, dorso, espaços interdigitais, pontas dos dedos/unhas e punhos. Esta sequência garante a limpeza completa de todas as superfícies das mãos.

7
A resolução RDC Nº 15, de 15 de março de 2012, dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde. Sobre as boas práticas, analise as afirmativas e assinale V (verdadeiro) ou F (falso):

( ) Produtos para saúde classificados como não críticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de limpeza.
( ) O processamento de produtos deve seguir um fluxo direcionado sempre da área limpa para a área suja.
( ) Produtos para saúde classificados como críticos devem ser submetidos ao processo de esterilização, após a limpeza.

A sequência correta é:
  • (A) V – F – V.
  • (B) F – F – V.
  • (C) V – V – F.
  • (D) F – V – F.
  • (E) V – F – F.

Gabarito: A

Comentário: V-F-V. Produtos não críticos necessitam apenas limpeza. O fluxo deve ser da área suja para a limpa (não o contrário). Produtos críticos necessitam esterilização após limpeza e outras etapas do processamento.

8
Sobre os métodos de esterilização, o óxido de etileno é indicado para esterilizar materiais:
  • (A) termossensíveis e que não podem ser esterilizados por calor úmido.
  • (B) metálicos e resistentes ao calor.
  • (C) de uso único e descartáveis.
  • (D) líquidos e soluções parenterais.
  • (E) de vidro e cerâmica exclusivamente.

Gabarito: A

Comentário: O óxido de etileno é um método de esterilização química indicado para materiais termossensíveis que não suportam altas temperaturas, como equipamentos eletrônicos, plásticos especiais e materiais que seriam danificados pelo calor úmido.

9
Os sinais vitais são indicadores das funções vitais do organismo. A temperatura corporal normal de um adulto, medida na região axilar, varia entre:
  • (A) 35,5°C a 36,8°C.
  • (B) 36,0°C a 37,4°C.
  • (C) 36,5°C a 37,0°C.
  • (D) 37,0°C a 38,0°C.
  • (E) 35,0°C a 36,5°C.

Gabarito: A

Comentário: A temperatura corporal normal na região axilar varia entre 35,5°C a 36,8°C. Valores acima de 37,0°C na axila são considerados febre, enquanto valores abaixo de 35,5°C indicam hipotermia.

10
Para o tratamento de uma faringite bacteriana de um paciente, foi prescrita a administração de 500mg de amoxicilina suspensão, por via oral. Considerando que na Unidade de Saúde a apresentação disponível é de 250mg/5ml, qual deverá ser o volume de medicamento administrado ao paciente?
  • (A) 12,5 ml.
  • (B) 10 ml.
  • (C) 5 ml.
  • (D) 17 ml.
  • (E) 15 ml.

Gabarito: B

Comentário: Cálculo: Se 250mg estão em 5ml, então 500mg estarão em X ml. Regra de três: 250mg/5ml = 500mg/X ml. X = (500 × 5) ÷ 250 = 10ml.

11
Uma das principais funções da equipe de enfermagem é a administração de medicamentos. Sobre as vias de administração, analise as afirmativas:

I. A via de administração enteral inclui as injeções intramuscular, intravenosa e subcutânea.
II. A via de administração parenteral são as drogas de uso oral e retal.
III. A administração de medicamentos por via oral é a mais utilizada e geralmente não apresenta dor.
IV. Na via subcutânea, os medicamentos são administrados no tecido subcutâneo e a absorção é lenta.

É correto o que se afirma em:
  • (A) I, III e IV, apenas.
  • (B) I, II e III, apenas.
  • (C) III e IV, apenas.
  • (D) I e IV, apenas.
  • (E) I, II, III e IV.

Gabarito: C

Comentário: Apenas III e IV estão corretas. I está errada (enteral = oral, retal; parenteral = injeções). II está errada (inverte os conceitos). III e IV estão corretas sobre via oral e subcutânea respectivamente.

12
Para um paciente com lesão vertebral e em tração cervical é indicado o seguinte posicionamento:
  • (A) SIMS.
  • (B) Decúbito ventral.
  • (C) Trendelenburg reversa.
  • (D) Litotomia.
  • (E) Decúbito dorsal.

Gabarito: E

Comentário: Para pacientes com lesão vertebral e tração cervical, o posicionamento indicado é o decúbito dorsal (supino), mantendo o alinhamento da coluna vertebral e permitindo a efetividade da tração cervical.

13
Analise os itens sobre a realização de curativos:

I. Recomenda-se a limpeza de feridas através de irrigação com solução fisiológica morna e sob pressão.
II. Após a limpeza da ferida, deve-se secá-la, bem como toda a área ao redor e aplicar a cobertura indicada usando técnica asséptica.
III. Para realizar um curativo de ferida limpa, inicie a limpeza de fora para dentro; para ferida contaminada, de dentro para fora.

São CORRETOS os itens:
  • (A) I e III, apenas.
  • (B) II, apenas.
  • (C) I, II e III.
  • (D) III, apenas.
  • (E) I, apenas.

Gabarito: C

Comentário: Todos os itens estão corretos. I: irrigação com SF morna sob pressão remove detritos. II: secagem e técnica asséptica são fundamentais. III: ferida limpa (fora para dentro), ferida contaminada (dentro para fora) para evitar contaminação.

14
A parada cardiorrespiratória (PCR) permanece como uma das emergências cardiovasculares de grande prevalência. O ritmo de PCR mais frequente em ambiente intra-hospitalar é:
  • (A) Fibrilação ventricular.
  • (B) Taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular.
  • (C) Infarto Agudo do Miocárdio.
  • (D) Atividade elétrica sem pulso ou assistolia.
  • (E) Parada cardíaca adjacente.

Gabarito: D

Comentário: Em ambiente intra-hospitalar, os ritmos não chocáveis (atividade elétrica sem pulso e assistolia) são mais frequentes que os ritmos chocáveis (FV/TV), diferentemente do ambiente extra-hospitalar onde FV/TV são mais comuns.

15
A vacina poliomielite (VOP) é administrada exclusivamente por via oral, na dosagem de 2 gotas. O segundo reforço desta vacina deve ser administrado à criança na seguinte idade:
  • (A) 2 (dois) anos.
  • (B) 3 (três) anos.
  • (C) 12 (doze) meses.
  • (D) 18 (dezoito) meses.
  • (E) 4 (quatro) anos.

Gabarito: E

Comentário: Segundo o calendário nacional de vacinação, o segundo reforço da vacina poliomielite (VOP) deve ser administrado aos 4 anos de idade. O primeiro reforço é aos 15 meses.

16
Um paciente internado apresenta distensão do intestino por gases com sonoridade exagerada à percussão e acúmulo de líquido na cavidade peritoneal. Os termos técnicos que serão utilizados pelo profissional de enfermagem no registro são:
  • (A) Flatulência e Caquexia.
  • (B) Fecaloma e Anorexia.
  • (C) Obstipação intestinal e Anasarca.
  • (D) Abdômen timpânico e Ascite.
  • (E) Enterorragia e Edema.

Gabarito: D

Comentário: Abdômen timpânico refere-se à distensão intestinal por gases com sonoridade exagerada à percussão. Ascite é o acúmulo de líquido na cavidade peritoneal. Ambos são termos técnicos precisos para os sinais descritos.

17
Sobre a oxigenoterapia, analise os itens:

I. Durante a nebulização, o paciente deve inspirar pelo nariz e expirar pela boca.
II. O cateter nasal provoca mais incômodo ao paciente que a cânula nasal, mas em ambos o oxigênio é umidificado.
III. Recomenda-se a utilização de solução fisiológica para a realização da inalação, pois propicia maior umidificação da mucosa.

São CORRETOS os itens:
  • (A) I, apenas.
  • (B) III, apenas.
  • (C) I, II e III.
  • (D) I e II, apenas.
  • (E) II, apenas.

Gabarito: E

Comentário: Apenas II está correto. I está errado (nebulização: inspirar pela boca, expirar pelo nariz). III está errado (SF não é recomendado para inalação simples, pode causar broncoespasmo). II está correto sobre cateter vs cânula nasal.

18
Sobre o controle de infecção hospitalar, as precauções padrão incluem:

I. Uso de equipamentos de proteção individual (EPI) para todos os pacientes.
II. Higienização das mãos antes e após contato com paciente.
III. Descarte adequado de materiais perfurocortantes.
IV. Limpeza e desinfecção de superfícies e equipamentos.

É correto o que se afirma em:
  • (A) I, II e III, apenas.
  • (B) II, III e IV, apenas.
  • (C) I, II, III e IV.
  • (D) I e II, apenas.
  • (E) II e III, apenas.

Gabarito: C

Comentário: Todas as afirmativas estão corretas. As precauções padrão incluem uso de EPI, higienização das mãos, descarte seguro de perfurocortantes e limpeza/desinfecção de superfícies, aplicadas a todos os pacientes independente do diagnóstico.

19
Na assistência de enfermagem ao paciente em pré-operatório, é importante:
  • (A) Manter o paciente em jejum por 24 horas antes da cirurgia.
  • (B) Verificar sinais vitais e orientar sobre o procedimento.
  • (C) Administrar medicação pré-anestésica sem prescrição médica.
  • (D) Realizar tricotomia em todos os pacientes.
  • (E) Manter o paciente em decúbito ventral.

Gabarito: B

Comentário: No pré-operatório é fundamental verificar sinais vitais e orientar o paciente sobre o procedimento, reduzindo ansiedade e garantindo segurança. As demais alternativas apresentam condutas inadequadas ou desnecessárias.

20
Sobre a Segurança do Paciente, o Programa Nacional de Segurança do Paciente estabelece metas internacionais. Uma dessas metas é:
  • (A) Reduzir o tempo de internação hospitalar.
  • (B) Identificar corretamente o paciente.
  • (C) Aumentar a rotatividade de leitos.
  • (D) Reduzir custos hospitalares.
  • (E) Melhorar a satisfação dos profissionais.

Gabarito: B

Comentário: A identificação correta do paciente é uma das seis metas internacionais de segurança do paciente, fundamental para prevenir erros e eventos adversos. Deve ser feita com pelo menos dois identificadores.

21
Na assistência à saúde da criança, o aleitamento materno exclusivo é recomendado até:
  • (A) 4 meses de idade.
  • (B) 6 meses de idade.
  • (C) 8 meses de idade.
  • (D) 12 meses de idade.
  • (E) 24 meses de idade.

Gabarito: B

Comentário: A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade, quando deve ser iniciada a alimentação complementar, mantendo o aleitamento até os 2 anos ou mais.

22
Sobre a assistência de enfermagem ao idoso, é importante considerar:
  • (A) O risco aumentado de quedas e necessidade de prevenção.
  • (B) A administração de medicamentos em doses pediátricas.
  • (C) A desnecessidade de atividades físicas.
  • (D) O isolamento social como medida protetiva.
  • (E) A redução da ingesta hídrica.

Gabarito: A

Comentário: O risco aumentado de quedas é uma preocupação importante na assistência ao idoso, devido a alterações do equilíbrio, força muscular, visão e uso de medicamentos. A prevenção de quedas deve ser prioridade no cuidado geriátrico.

23
Na coleta de material para exame de urina tipo I, a orientação correta ao paciente é:
  • (A) Coletar a primeira urina da manhã, desprezando o primeiro jato.
  • (B) Coletar toda a urina de 24 horas.
  • (C) Coletar apenas o primeiro jato de urina.
  • (D) Coletar a urina em qualquer horário, sem cuidados especiais.
  • (E) Coletar a urina após exercícios físicos intensos.

Gabarito: A

Comentário: Para exame de urina tipo I, deve-se coletar preferencialmente a primeira urina da manhã (mais concentrada), desprezando o primeiro jato para evitar contaminação por microrganismos da uretra, coletando o jato médio.

24
Sobre as doenças de notificação compulsória, é correto afirmar que:
  • (A) Devem ser notificadas apenas pelo médico responsável.
  • (B) A notificação deve ser feita em até 30 dias após o diagnóstico.
  • (C) Incluem doenças como dengue, tuberculose e AIDS.
  • (D) São notificadas apenas em casos confirmados laboratorialmente.
  • (E) A notificação é opcional para profissionais de saúde.

Gabarito: C

Comentário: Dengue, tuberculose e AIDS estão na lista de doenças de notificação compulsória. A notificação é obrigatória para todos os profissionais de saúde, deve ser imediata ou em até 24h para algumas doenças, e pode ser feita mesmo com suspeita clínica.

25
Em situações de violência doméstica, o profissional de enfermagem deve:
  • (A) Confrontar o agressor diretamente.
  • (B) Ignorar a situação se a vítima não quiser denunciar.
  • (C) Notificar compulsoriamente e oferecer apoio à vítima.
  • (D) Orientar a vítima a resolver o problema em família.
  • (E) Aguardar que a vítima procure ajuda espontaneamente.

Gabarito: C

Comentário: A violência doméstica é de notificação compulsória. O profissional deve notificar às autoridades competentes, oferecer apoio à vítima, garantir sigilo e segurança, e encaminhar para rede de proteção, independente da vontade da vítima em denunciar.

26
Sobre a educação em saúde, é correto afirmar que:
  • (A) Deve ser realizada apenas por profissionais com formação específica.
  • (B) É um processo unidirecional do profissional para o paciente.
  • (C) Deve considerar o contexto sociocultural da população.
  • (D) Foca exclusivamente na prevenção de doenças.
  • (E) É desnecessária na atenção primária.

Gabarito: C

Comentário: A educação em saúde deve considerar o contexto sociocultural, econômico e educacional da população, sendo um processo dialógico que respeita os saberes populares e promove a autonomia dos indivíduos e comunidades.

27
Sobre os riscos ocupacionais em enfermagem, o risco biológico está relacionado à exposição a:
  • (A) Ruído excessivo e vibrações.
  • (B) Produtos químicos e medicamentos.
  • (C) Microrganismos patogênicos.
  • (D) Posturas inadequadas e esforço físico.
  • (E) Estresse e sobrecarga de trabalho.

Gabarito: C

Comentário: O risco biológico refere-se à exposição a microrganismos patogênicos (vírus, bactérias, fungos, parasitas) presentes em sangue, secreções e outros materiais biológicos, podendo causar infecções ocupacionais.

28
Na assistência de enfermagem à mulher durante o pré-natal, é importante:
  • (A) Realizar consultas apenas no terceiro trimestre.
  • (B) Orientar sobre sinais de alarme na gravidez.
  • (C) Contraindicar atividade física durante toda a gestação.
  • (D) Prescrever medicamentos sem avaliação médica.
  • (E) Desencorajar o aleitamento materno.

Gabarito: B

Comentário: Durante o pré-natal, é fundamental orientar a gestante sobre sinais de alarme (sangramento, dor abdominal intensa, cefaleia, edema súbito, diminuição dos movimentos fetais) para busca imediata de assistência médica.

29
Sobre o processo saúde-doença, é correto afirmar que:
  • (A) É determinado exclusivamente por fatores genéticos.
  • (B) Envolve apenas aspectos biológicos do indivíduo.
  • (C) É influenciado por determinantes sociais da saúde.
  • (D) Independe das condições ambientais.
  • (E) É um processo estático e imutável.

Gabarito: C

Comentário: O processo saúde-doença é multifatorial e dinâmico, sendo influenciado pelos determinantes sociais da saúde como condições socioeconômicas, educação, habitação, saneamento, trabalho e acesso aos serviços de saúde.

30
Na assistência de enfermagem em urgência e emergência, a prioridade no atendimento deve ser dada ao paciente com:
  • (A) Maior idade cronológica.
  • (B) Ordem de chegada ao serviço.
  • (C) Maior gravidade clínica.
  • (D) Melhor condição socioeconômica.
  • (E) Tipo de convênio médico.

Gabarito: C

Comentário: Em urgência e emergência, a prioridade no atendimento deve ser baseada na gravidade clínica do paciente, seguindo protocolos de classificação de risco, independente de idade, condição social ou ordem de chegada.

31
Sobre o registro de enfermagem, é correto afirmar que:
  • (A) Deve ser feito apenas pelo enfermeiro responsável.
  • (B) Pode conter informações subjetivas e opiniões pessoais.
  • (C) Deve ser objetivo, claro e sem rasuras.
  • (D) É opcional para procedimentos de rotina.
  • (E) Pode ser feito a lápis para facilitar correções.

Gabarito: C

Comentário: O registro de enfermagem deve ser objetivo, claro, preciso, sem rasuras, com letra legível, datado e assinado. É um documento legal que comprova a assistência prestada e deve seguir normas técnicas e éticas.

32
Na assistência ao trabalhador, a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) deve ser emitida:
  • (A) Apenas em casos de acidentes graves.
  • (B) Em até 15 dias após o acidente.
  • (C) Até o primeiro dia útil seguinte ao acidente.
  • (D) Apenas quando há afastamento do trabalho.
  • (E) Somente pelo próprio trabalhador acidentado.

Gabarito: C

Comentário: A CAT deve ser emitida até o primeiro dia útil seguinte ao acidente de trabalho, independente da gravidade. É obrigatória para todos os acidentes e doenças ocupacionais, mesmo sem afastamento.

33
Sobre a ética profissional no serviço público, é correto afirmar que:
  • (A) O servidor pode usar informações privilegiadas em benefício próprio.
  • (B) É permitido receber presentes de valor de usuários dos serviços.
  • (C) O servidor deve tratar todos os usuários com igualdade e respeito.
  • (D) A pontualidade é opcional para servidores efetivos.
  • (E) O sigilo profissional pode ser quebrado por interesse pessoal.

Gabarito: C

Comentário: A ética no serviço público exige que o servidor trate todos os usuários com igualdade, respeito e dignidade, sem discriminação, priorizando o interesse público sobre interesses pessoais.

34
Sobre as relações humanas no trabalho, é importante:
  • (A) Evitar comunicação com colegas de trabalho.
  • (B) Manter relacionamento profissional respeitoso e colaborativo.
  • (C) Priorizar interesses pessoais sobre os da equipe.
  • (D) Competir de forma desleal com colegas.
  • (E) Isolar-se da equipe multiprofissional.

Gabarito: B

Comentário: As relações humanas no trabalho devem ser pautadas pelo respeito mútuo, colaboração, comunicação efetiva e trabalho em equipe, contribuindo para um ambiente saudável e produtivo.

35
Sobre a assistência de enfermagem na prevenção de doenças crônico-degenerativas, é importante:
  • (A) Focar apenas no tratamento medicamentoso.
  • (B) Orientar sobre mudanças no estilo de vida.
  • (C) Desencorajar atividades físicas regulares.
  • (D) Ignorar fatores de risco modificáveis.
  • (E) Aguardar o aparecimento de sintomas para intervir.

Gabarito: B

Comentário: Na prevenção de doenças crônico-degenerativas, é fundamental orientar sobre mudanças no estilo de vida, incluindo alimentação saudável, atividade física regular, controle do estresse e abandono de hábitos nocivos como tabagismo.

36
Sobre o Programa Nacional de Imunização (PNI), é correto afirmar que:
  • (A) Oferece vacinas apenas para crianças até 5 anos.
  • (B) Disponibiliza vacinas para todas as faixas etárias.
  • (C) É um programa exclusivo da rede privada.
  • (D) Funciona apenas durante campanhas específicas.
  • (E) Não inclui vacinas para gestantes.

Gabarito: B

Comentário: O PNI disponibiliza vacinas para todas as faixas etárias, desde recém-nascidos até idosos, incluindo grupos especiais como gestantes, imunodeprimidos e profissionais de saúde, funcionando continuamente através do SUS.

37
Na assistência de enfermagem ao adolescente, é importante considerar:
  • (A) Que não há necessidade de sigilo profissional.
  • (B) As particularidades do desenvolvimento físico e emocional.
  • (C) Que devem ser tratados como crianças pequenas.
  • (D) A desnecessidade de orientações sobre sexualidade.
  • (E) Que não precisam de acompanhamento de saúde regular.

Gabarito: B

Comentário: A assistência ao adolescente deve considerar as particularidades do desenvolvimento físico, emocional e social desta faixa etária, respeitando sua autonomia progressiva, mantendo sigilo e oferecendo orientações adequadas sobre saúde sexual e reprodutiva.

38
Sobre a assistência de enfermagem na prevenção de doenças infecto-parasitárias, é correto afirmar que:
  • (A) As medidas de saneamento básico são irrelevantes.
  • (B) A educação em saúde é fundamental para prevenção.
  • (C) O isolamento social é sempre necessário.
  • (D) A vacinação não tem papel preventivo.
  • (E) O controle de vetores é desnecessário.

Gabarito: B

Comentário: A educação em saúde é fundamental na prevenção de doenças infecto-parasitárias, orientando sobre higiene pessoal, saneamento, preparo adequado de alimentos, controle de vetores e importância da vacinação.

39
Sobre o controle social no SUS, é correto afirmar que:
  • (A) É exercido exclusivamente pelos profissionais de saúde.
  • (B) Os Conselhos de Saúde são instâncias de controle social.
  • (C) A participação da comunidade é desencorajada.
  • (D) Não há necessidade de transparência nas ações de saúde.
  • (E) É um mecanismo apenas consultivo, sem poder deliberativo.

Gabarito: B

Comentário: Os Conselhos de Saúde são instâncias colegiadas de controle social, com caráter permanente e deliberativo, compostos por representantes do governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde e usuários, garantindo participação da sociedade na gestão do SUS.

40
Sobre a humanização do cuidado em enfermagem, é correto afirmar que:
  • (A) Foca apenas nos aspectos técnicos do cuidado.
  • (B) Considera o paciente como sujeito ativo do cuidado.
  • (C) Desconsidera as necessidades emocionais do paciente.
  • (D) É desnecessária em procedimentos de rotina.
  • (E) Limita-se ao ambiente hospitalar.

Gabarito: B

Comentário: A humanização do cuidado considera o paciente como sujeito ativo, respeitando sua autonomia, dignidade, necessidades físicas e emocionais, promovendo cuidado integral e relação terapêutica baseada no diálogo e respeito mútuo.



FURB: Simulado Técnico em Enfermagem – Prefeitura de Biguaçu/SC

Sistema Único de Saúde (SUS)

Apostila Completa – Técnico em Enfermagem

Prefeitura de Biguaçu/SC – Banca FURB

Fundamentos, Estrutura e Funcionamento do SUS

📚 Índice do Conteúdo

  • 1. Histórico e Criação do SUS
  • 2. Fundamentos e Princípios
  • 3. Diretrizes Organizativas
  • 4. Níveis de Atenção
  • 5. Gestão e Financiamento
  • 6. Controle Social
  • 7. Humanização do Cuidado
  • 8. Legislação Fundamental
1
Histórico e Criação do SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 e representa uma das maiores conquistas sociais do Brasil. Antes do SUS, o acesso à saúde pública era restrito aos trabalhadores com carteira assinada e seus dependentes.
⚖️ Marco Legal

Constituição Federal de 1988 – Artigo 196:
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”

  • Lei 8.080/90 – Lei Orgânica da Saúde
    Regulamenta o SUS, define seus objetivos, princípios, diretrizes e organização
  • Lei 8.142/90 – Participação Social
    Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e transferências financeiras
💡 Exemplo Prático

Antes do SUS: Um trabalhador rural sem carteira assinada não tinha direito ao atendimento público gratuito.
Com o SUS: Qualquer pessoa, independente de sua condição social ou trabalhista, tem direito ao atendimento gratuito e integral.

2
Fundamentos e Princípios do SUS
O SUS é fundamentado em princípios doutrinários (ideológicos) e organizativos (operacionais) que orientam seu funcionamento e garantem o direito à saúde.
🎯 Princípios Doutrinários

São os fundamentos ideológicos do SUS, baseados no conceito de saúde como direito fundamental.

  • 1. UNIVERSALIDADE
    Acesso garantido a todos os cidadãos, sem discriminação de qualquer natureza
  • 2. INTEGRALIDADE
    Atendimento integral com prioridade para atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais
  • 3. EQUIDADE
    Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios, respeitando as diferenças
💡 Diferença entre Igualdade e Equidade

Igualdade: Tratar todos de forma igual
Equidade: Tratar de forma diferente os desiguais, na medida de suas desigualdades
Exemplo: Gestantes têm prioridade no atendimento (equidade), pois têm necessidades específicas.

3
Diretrizes Organizativas
As diretrizes organizativas definem como o SUS deve ser estruturado e funcionar na prática, garantindo eficiência e qualidade na prestação dos serviços.
  • DESCENTRALIZAÇÃO
    Redistribuição de responsabilidades entre os níveis de governo (União, Estados e Municípios)
  • REGIONALIZAÇÃO
    Organização dos serviços em regiões de saúde, otimizando recursos e garantindo acesso
  • HIERARQUIZAÇÃO
    Organização em níveis de complexidade crescente (primário, secundário e terciário)
  • PARTICIPAÇÃO SOCIAL
    Participação da comunidade na gestão do SUS através de conselhos e conferências
EsferaResponsabilidades PrincipaisExemplos
FederalFormulação de políticas nacionais, financiamento, regulaçãoMinistério da Saúde, ANVISA, ANS
EstadualCoordenação regional, apoio técnico aos municípiosSecretarias Estaduais, hospitais de referência
MunicipalExecução direta dos serviços, atenção básicaUBS, ESF, CAPS, UPA
4
Níveis de Atenção à Saúde
O SUS organiza-se em três níveis de atenção, com complexidade crescente, garantindo integralidade e resolutividade do cuidado.
🏥 Atenção Primária – Porta de Entrada

Deve resolver cerca de 80% dos problemas de saúde da população, sendo a coordenadora do cuidado e ordenadora da rede.

  • ATENÇÃO PRIMÁRIA (Básica)
    UBS, ESF, NASF, ACS – Promoção, prevenção e cuidados básicos
  • ATENÇÃO SECUNDÁRIA (Média Complexidade)
    Especialidades, exames diagnósticos, procedimentos ambulatoriais
  • ATENÇÃO TERCIÁRIA (Alta Complexidade)
    Hospitais especializados, UTI, transplantes, cirurgias complexas
💡 Fluxo do Usuário no SUS

1º: Usuário procura UBS (Atenção Primária)
2º: Se necessário, é encaminhado para especialista (Atenção Secundária)
3º: Em casos complexos, vai para hospital especializado (Atenção Terciária)
4º: Retorna à UBS para acompanhamento (Contrarreferência)

5
Gestão e Financiamento do SUS
O SUS é financiado pelas três esferas de governo e sua gestão é compartilhada através de instâncias colegiadas que garantem participação e transparência.
💰 Financiamento Tripartite

União, Estados e Municípios devem aplicar recursos mínimos em saúde, conforme definido na Emenda Constitucional 29/2000 e Lei Complementar 141/2012.

EsferaPercentual MínimoBase de Cálculo
UniãoValor do ano anterior + variação PIBReceita Corrente Líquida
Estados12%Receita de impostos
Municípios15%Receita de impostos
  • Instâncias de Gestão
    CIT (Tripartite), CIB (Bipartite), CIR (Regional) – Pactuação e decisões
  • Fundos de Saúde
    Fundo Nacional, Estaduais e Municipais – Gestão financeira
  • Blocos de Financiamento
    Atenção Básica, MAC, Vigilância, Assistência Farmacêutica, Gestão, Investimentos
6
Controle Social no SUS
O controle social é a participação da sociedade na gestão pública, sendo um direito da cidadania e um mecanismo de democratização das políticas de saúde.
👥 Lei 8.142/90

Estabelece duas instâncias colegiadas: Conselhos de Saúde (permanentes) e Conferências de Saúde (periódicas).

  • CONSELHOS DE SAÚDE
    Órgãos colegiados permanentes e deliberativos, com representação paritária
  • CONFERÊNCIAS DE SAÚDE
    Reunem-se a cada 4 anos para avaliar e propor diretrizes para a política de saúde
RepresentaçãoPercentualComposição
Usuários50%Associações, sindicatos, movimentos sociais
Trabalhadores25%Conselhos profissionais, sindicatos
Gestores e Prestadores25%Governo e prestadores de serviços
💡 Competências dos Conselhos

• Aprovar o Plano de Saúde
• Fiscalizar a aplicação dos recursos
• Acompanhar a execução da política de saúde
• Propor estratégias de controle da execução da política de saúde

7
Humanização do Cuidado – PNH
A Política Nacional de Humanização (PNH) – HumanizaSUS foi criada em 2003 para efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão.
❤️ Princípios da PNH

Transversalidade, Indissociabilidade entre atenção e gestão, Protagonismo dos sujeitos

  • ACOLHIMENTO
    Recepção do usuário desde sua chegada, responsabilizando-se integralmente por ele
  • CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
    Organização da demanda por critério de risco e não por ordem de chegada
  • CLÍNICA AMPLIADA
    Abordagem que considera o sujeito em sua singularidade e complexidade
  • GESTÃO PARTICIPATIVA
    Inclusão de trabalhadores, usuários e gestores nos processos de tomada de decisão
💡 Cores da Classificação de Risco

🔴 Vermelho: Emergência – Atendimento imediato
🟡 Amarelo: Urgência – Atendimento em até 1 hora
🟢 Verde: Pouco urgente – Atendimento em até 2 horas
🔵 Azul: Não urgente – Atendimento conforme ordem de chegada

8
Legislação Fundamental do SUS
O arcabouço legal do SUS é composto por leis, decretos, portarias e normas que regulamentam seu funcionamento e garantem sua efetividade.
NormaAnoConteúdo Principal
CF/88 – Art. 196-2001988Criação do SUS, saúde como direito de todos
Lei 8.080/901990Lei Orgânica da Saúde – organização e funcionamento
Lei 8.142/901990Participação social e transferências financeiras
NOB 01/961996Gestão plena municipal e estadual
NOAS 01/022002Regionalização e hierarquização
Pacto pela Saúde2006Pacto pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão
Decreto 7.508/112011Regulamenta a Lei 8.080/90, organização do SUS
📋 Decreto 7.508/11 – Principais Definições

Região de Saúde: Espaço geográfico contínuo
Rede de Atenção: Conjunto de ações e serviços articulados
Porta de Entrada: Serviços de atendimento inicial
RENASES: Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde
RENAME: Relação Nacional de Medicamentos Essenciais


A Apostila Prefeitura Municipal de Biguaçu – SC – Técnico em Enfermagem I e II foi organizada para proporcionar um melhor rendimento na sua preparação, abordando cada conteúdo de forma objetiva e direcionada. Estude para o Con da Prefeitura Municipal de Biguaçu – SC com um material de acordo com o Edital oficial para o cargo de Técnico em Enfermagem I e II.


Apostila Epidemiologia – Técnico em Enfermagem

Epidemiologia e Indicadores de Saúde

Apostila Completa – Técnico em Enfermagem

Prefeitura de Biguaçu/SC – Banca FURB

Bases Conceituais, Indicadores e Sistemas de Informação

📊 Índice do Conteúdo

  • 1. Conceitos Fundamentais de Epidemiologia
  • 2. Indicadores de Mortalidade
  • 3. Indicadores de Morbidade
  • 4. Indicadores de Natalidade
  • 5. Medidas de Frequência
  • 6. Sistemas de Informação em Saúde
  • 7. Vigilância Epidemiológica
  • 8. Estudos Epidemiológicos
1
Conceitos Fundamentais de Epidemiologia
A Epidemiologia é a ciência que estuda a distribuição e os determinantes das doenças e agravos à saúde em populações humanas, fornecendo bases científicas para as ações de prevenção e controle.
🔬 Definição Clássica

Epidemiologia: Estudo da distribuição e dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em populações específicas, e a aplicação desses estudos no controle dos problemas de saúde.

  • TRÍADE EPIDEMIOLÓGICA
    Agente + Hospedeiro + Meio Ambiente = Processo saúde-doença
  • HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
    Período pré-patogênico → Período patogênico → Desfecho
  • NÍVEIS DE PREVENÇÃO
    Primária (antes da doença) → Secundária (detecção precoce) → Terciária (reabilitação)
💡 Exemplo: COVID-19

Agente: SARS-CoV-2
Hospedeiro: Ser humano (fatores de risco: idade, comorbidades)
Meio Ambiente: Aglomerações, ventilação inadequada, clima
Prevenção Primária: Vacinação, distanciamento
Prevenção Secundária: Testagem, isolamento de casos
Prevenção Terciária: Tratamento, reabilitação pós-COVID

2
Indicadores de Mortalidade
Os indicadores de mortalidade são fundamentais para avaliar o nível de saúde de uma população e orientar políticas públicas de saúde.
📐 Taxa de Mortalidade Geral
TMG = (Nº total de óbitos / População total) × 1.000

Expressa em óbitos por 1.000 habitantes

🧮 Calculadora – Taxa de Mortalidade Geral
  • TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL
    TMI = (Óbitos < 1 ano / Nascidos vivos) × 1.000
  • TAXA DE MORTALIDADE NEONATAL
    TMN = (Óbitos 0-27 dias / Nascidos vivos) × 1.000
  • TAXA DE MORTALIDADE MATERNA
    TMM = (Óbitos maternos / Nascidos vivos) × 100.000
  • TAXA DE MORTALIDADE ESPECÍFICA
    Por idade, sexo, causa ou local específico
IndicadorFórmulaMultiplicadorInterpretação
TMIÓbitos < 1 ano / Nascidos vivos× 1.000< 10: Baixa; 10-49: Média; ≥50: Alta
TMNÓbitos 0-27 dias / Nascidos vivos× 1.000Qualidade da assistência perinatal
TMMÓbitos maternos / Nascidos vivos× 100.000OMS: < 20 aceitável
💡 Exemplo Prático – TMI

Dados: Em 2023, município X teve:
• 15 óbitos de menores de 1 ano
• 2.500 nascidos vivos

Cálculo: TMI = (15 ÷ 2.500) × 1.000 = 6 óbitos por 1.000 nascidos vivos
Interpretação: Taxa baixa, indicando boa qualidade da assistência materno-infantil

3
Indicadores de Morbidade
Os indicadores de morbidade medem a frequência de doenças e agravos em uma população, sendo essenciais para o planejamento de ações de saúde.
📐 Taxa de Incidência
TI = (Casos novos / População exposta ao risco) × 10ⁿ

Mede o risco de adoecer em um período específico

📐 Taxa de Prevalência
TP = (Casos existentes / População total) × 10ⁿ

Mede a proporção de doentes em um momento específico

🧮 Calculadora – Incidência vs Prevalência
  • INCIDÊNCIA
    Casos novos que surgem em um período determinado
  • PREVALÊNCIA
    Total de casos existentes em um momento específico
  • TAXA DE ATAQUE
    Incidência durante epidemias ou surtos
  • COEFICIENTE DE LETALIDADE
    (Óbitos por doença / Casos da doença) × 100

📊 Diferença entre Incidência e Prevalência

Jan
5
Fev
8
Mar
12
Abr
10

Azul: Casos novos (Incidência) | Total acumulado: Prevalência

💡 Exemplo: Diabetes em uma comunidade

População: 10.000 habitantes
Casos existentes de diabetes: 800
Casos novos no ano: 50

Prevalência: (800 ÷ 10.000) × 100 = 8%
Incidência: (50 ÷ 9.200*) × 1.000 = 5,4 por 1.000
*População sem diabetes no início do período

4
Indicadores de Natalidade
Os indicadores de natalidade avaliam aspectos reprodutivos da população e são fundamentais para o planejamento de serviços materno-infantis.
📐 Taxa de Natalidade
TN = (Nascidos vivos / População total) × 1.000

Expressa em nascimentos por 1.000 habitantes

  • TAXA BRUTA DE NATALIDADE
    Nascidos vivos por 1.000 habitantes
  • TAXA DE FECUNDIDADE GERAL
    Nascidos vivos por 1.000 mulheres de 15-49 anos
  • TAXA DE FECUNDIDADE ESPECÍFICA
    Por faixa etária específica das mulheres
  • TAXA DE FECUNDIDADE TOTAL
    Número médio de filhos por mulher
IndicadorNumeradorDenominadorMultiplicador
Taxa de NatalidadeNascidos vivosPopulação total× 1.000
Taxa de Fecundidade GeralNascidos vivosMulheres 15-49 anos× 1.000
Taxa Específica por IdadeNascidos vivos da faixaMulheres da faixa etária× 1.000
💡 Interpretação das Taxas

Taxa de Fecundidade Total:
• < 2,1: Abaixo do nível de reposição
• 2,1: Nível de reposição
• > 2,1: Acima do nível de reposição

Brasil 2023: Aproximadamente 1,7 filhos por mulher
Indica envelhecimento populacional

5
Medidas de Frequência
As medidas de frequência quantificam a ocorrência de eventos de saúde em populações, sendo fundamentais para comparações e análises epidemiológicas.
  • PROPORÇÃO
    Relação entre parte e todo (0 a 1 ou 0 a 100%)
  • RAZÃO
    Relação entre duas quantidades independentes
  • TAXA
    Mudança de uma quantidade em relação ao tempo
  • COEFICIENTE
    Relação entre eventos e população exposta
⚖️ Medidas de Associação

Risco Relativo (RR): Compara incidência entre expostos e não expostos
Odds Ratio (OR): Compara chances de exposição entre casos e controles
Risco Atribuível: Diferença de incidência entre expostos e não expostos

MedidaFórmulaInterpretaçãoUso
Risco RelativoIe / IneRR > 1: Fator de riscoEstudos de coorte
Odds Ratio(a×d) / (b×c)OR > 1: Associação positivaEstudos caso-controle
Risco AtribuívelIe – IneExcesso de riscoImpacto da exposição
💡 Exemplo: Tabagismo e Câncer de Pulmão

Fumantes: 50 casos em 1.000 pessoas
Não fumantes: 5 casos em 1.000 pessoas

Risco Relativo: 50/5 = 10
Interpretação: Fumantes têm 10 vezes mais risco de câncer de pulmão
Risco Atribuível: 50 – 5 = 45 casos por 1.000
Interpretação: 45 casos por 1.000 são atribuíveis ao tabagismo

6
Sistemas de Informação em Saúde
Os Sistemas de Informação em Saúde (SIS) coletam, processam e disseminam dados sobre saúde, sendo fundamentais para o planejamento, gestão e avaliação das ações de saúde.
💻 Principais SIS do Brasil

O Brasil possui diversos sistemas que integram informações de saúde em nível nacional, estadual e municipal.

  • SIM – Sistema de Informações sobre Mortalidade
    Coleta dados sobre óbitos através da Declaração de Óbito
  • SINASC – Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos
    Coleta dados sobre nascimentos através da Declaração de Nascido Vivo
  • SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação
    Coleta dados sobre doenças de notificação compulsória
  • SIA – Sistema de Informações Ambulatoriais
    Registra procedimentos ambulatoriais do SUS
  • SIH – Sistema de Informações Hospitalares
    Registra internações hospitalares do SUS
  • SI-PNI – Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações
    Controla e avalia as ações de imunização
SistemaDocumento BaseFinalidade PrincipalResponsável
SIMDeclaração de ÓbitoEstatísticas de mortalidadeCartórios/SMS
SINASCDeclaração de Nascido VivoEstatísticas de natalidadeHospitais/SMS
SINANFicha de NotificaçãoVigilância epidemiológicaServiços de saúde
e-SUS ABFichas CDS/PECAtenção básicaUBS/ESF
💡 Fluxo de Informação

1. Coleta: Profissionais de saúde preenchem fichas/formulários
2. Digitação: Dados são inseridos nos sistemas
3. Transmissão: Envio para níveis superiores (municipal → estadual → federal)
4. Processamento: Validação e análise dos dados
5. Disseminação: Relatórios e indicadores para gestores e sociedade

7
Vigilância Epidemiológica
A Vigilância Epidemiológica é um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva.
🔍 Lei 8.080/90 – Art. 6º

“Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva.”

  • COLETA DE DADOS
    Notificação compulsória, investigação epidemiológica, busca ativa
  • PROCESSAMENTO DE DADOS
    Análise, interpretação e linkage de bases de dados
  • ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
    Identificação de padrões, tendências e fatores de risco
  • INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
    Estudo de casos, surtos e epidemias
  • RECOMENDAÇÃO E PROMOÇÃO DE MEDIDAS
    Medidas de prevenção e controle
  • AVALIAÇÃO
    Eficácia e efetividade das medidas implementadas
  • DIVULGAÇÃO
    Informação para profissionais e população
Tipo de VigilânciaCaracterísticasExemplos
PassivaAguarda notificação espontâneaNotificação compulsória rotineira
AtivaBusca ativa de casosInvestigação de surtos
SentinelaUnidades selecionadasSíndrome gripal, violências
SindrómicaBaseada em síndromesSíndrome respiratória aguda
💡 Investigação de Surto – Passos

1. Confirmação da existência do surto
2. Verificação do diagnóstico
3. Definição de caso
4. Busca ativa de casos
5. Descrição epidemiológica (pessoa, tempo, lugar)
6. Formulação de hipóteses
7. Teste das hipóteses
8. Implementação de medidas de controle
9. Avaliação das medidas
10. Relatório final

8
Estudos Epidemiológicos
Os estudos epidemiológicos são investigações científicas que buscam identificar fatores de risco, causas de doenças e avaliar intervenções em saúde pública.
🔬 Classificação dos Estudos

Observacionais: Observam sem intervir
Experimentais: Testam intervenções
Descritivos: Descrevem distribuição
Analíticos: Testam hipóteses

  • ESTUDOS DESCRITIVOS
    Relato de caso, série de casos, estudos ecológicos
  • ESTUDOS TRANSVERSAIS
    Prevalência, inquéritos de saúde
  • ESTUDOS CASO-CONTROLE
    Comparam casos com controles retrospectivamente
  • ESTUDOS DE COORTE
    Seguem grupos expostos e não expostos prospectivamente
  • ENSAIOS CLÍNICOS
    Testam eficácia de tratamentos ou vacinas
Tipo de EstudoVantagensDesvantagensMedida de Associação
TransversalRápido, baratoNão estabelece causalidadeRazão de prevalência
Caso-controleDoenças raras, rápidoViés de seleção/memóriaOdds Ratio
CoorteCausalidade, incidênciaCaro, demoradoRisco Relativo
Ensaio clínicoControle de variáveisQuestões éticasRisco Relativo
💡 Exemplo de Aplicação

Pergunta: Fumar causa câncer de pulmão?

Estudo Caso-controle:
• Casos: 100 pacientes com câncer de pulmão
• Controles: 100 pessoas sem câncer
• Investigar história de tabagismo

Estudo de Coorte:
• Seguir 1.000 fumantes e 1.000 não fumantes
• Por 20 anos
• Comparar incidência de câncer



Apostila Técnicas de Enfermagem – Técnico em Enfermagem

Técnicas Básicas de Enfermagem e Procedimentos

Apostila Completa – Técnico em Enfermagem

Prefeitura de Biguaçu/SC – Banca FURB

Procedimentos Fundamentais e Cuidados Essenciais

🏥 Índice do Conteúdo

  • 1. Sinais Vitais
  • 2. Higiene e Conforto
  • 3. Administração de Medicamentos
  • 4. Curativos e Feridas
  • 5. Coleta de Materiais
  • 6. Sondagens
  • 7. Oxigenoterapia
  • 8. Posicionamento e Mobilização
1
Sinais Vitais
Os sinais vitais são indicadores básicos das funções vitais do organismo e incluem temperatura, pulso, respiração e pressão arterial. São fundamentais para avaliação do estado geral do paciente.
🌡️ Verificação da Temperatura
  1. Higienização das mãos
    Lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool gel
  2. Preparar o termômetro
    Verificar funcionamento e limpar com álcool 70%
  3. Posicionar adequadamente
    Axilar: secar axila; Oral: sob a língua; Timpânica: no ouvido
  4. Aguardar o tempo necessário
    Digital: sinal sonoro; Mercúrio: 3-5 minutos
  5. Registrar o valor
    Anotar temperatura, via utilizada, data e hora
Sinal VitalValores Normais AdultoAlteraçõesFatores que Influenciam
Temperatura36,1°C a 37,2°CFebre > 37,8°C
Hipotermia < 35°C
Exercício, ambiente, idade, medicamentos
Pulso60 a 100 bpmTaquicardia > 100 bpm
Bradicardia < 60 bpm
Atividade física, emoções, medicamentos
Respiração12 a 20 irpmTaquipneia > 20 irpm
Bradipneia < 12 irpm
Exercício, dor, ansiedade, posição
PA Sistólica90 a 140 mmHgHipertensão > 140 mmHg
Hipotensão < 90 mmHg
Posição, estresse, medicamentos
⚠️ Cuidados Importantes

Temperatura: Não verificar após banho, exercício ou ingestão de líquidos quentes/frios
Pulso: Palpar com polpa dos dedos, nunca com o polegar
PA: Paciente em repouso há 5 minutos, bexiga vazia, braço na altura do coração

✅ Checklist – Verificação de Sinais Vitais
Higienizar as mãos antes e após o procedimento
Explicar o procedimento ao paciente
Verificar funcionamento dos equipamentos
Posicionar adequadamente o paciente
Registrar valores com data, hora e observações
Comunicar alterações significativas
2
Higiene e Conforto
Os cuidados de higiene e conforto são fundamentais para o bem-estar do paciente, prevenção de infecções e manutenção da dignidade humana durante a hospitalização.
🛁 Banho no Leito
  1. Preparação do ambiente
    Fechar portas/janelas, reunir material, preservar privacidade
  2. Preparação do paciente
    Explicar procedimento, posicionar adequadamente, retirar roupas
  3. Lavar face e pescoço
    Usar água morna, sabão neutro, movimentos suaves
  4. Lavar membros superiores
    Do centro para extremidades, secar bem entre os dedos
  5. Lavar tórax e abdome
    Movimentos circulares, atenção às dobras cutâneas
  6. Lavar membros inferiores
    Coxas, pernas, pés, secar entre os dedos
  7. Higiene íntima
    Trocar luvas, usar material específico, da frente para trás
  8. Finalização
    Vestir roupas limpas, arrumar leito, posicionar confortavelmente
🚨 Contraindicações e Cuidados

Contraindicações: Pacientes com fraturas instáveis, pós-operatório imediato de cirurgias específicas
Cuidados: Temperatura da água (37-40°C), trocar água quando necessário, observar lesões de pele, manter privacidade

Tipo de HigieneFrequênciaMaterial NecessárioObservações
Banho no leitoDiário ou conforme necessidadeBacia, sabão, toalhas, luvasÁgua morna, preservar privacidade
Higiene oralApós refeições e ao deitarEscova, pasta, copo, toalhaPacientes inconscientes: gaze úmida
Higiene íntimaApós eliminaçõesLuvas, sabão, água mornaSempre da frente para trás
Cuidados com cabelosConforme necessidadeShampoo, toalhas, penteEvitar umidade excessiva
💡 Dicas Importantes

Sequência do banho: Sempre do mais limpo para o mais sujo
Temperatura ambiente: 22-24°C para conforto
Observação: Aproveitar para avaliar condições da pele
Comunicação: Conversar com o paciente durante o procedimento

3
Administração de Medicamentos
A administração de medicamentos é uma das atividades mais importantes e de maior responsabilidade do técnico em enfermagem, exigindo conhecimento, precisão e cuidados específicos.
⚠️ Os 9 Certos da Medicação

1. Paciente certo | 2. Medicamento certo | 3. Dose certa
4. Via certa | 5. Horário certo | 6. Registro certo
7. Orientação certa | 8. Forma certa | 9. Resposta certa

💊 Administração Via Oral
  1. Conferir prescrição médica
    Verificar nome, dose, via, horário e validade
  2. Higienizar as mãos
    Lavar com água e sabão ou usar álcool gel
  3. Preparar medicamento
    Conferir rótulo 3 vezes, não tocar com as mãos
  4. Identificar o paciente
    Confirmar nome completo e data de nascimento
  5. Administrar medicamento
    Oferecer água, observar deglutição
  6. Registrar administração
    Anotar horário, via, dose e observações
Via de AdministraçãoCaracterísticasCuidados EspecíficosContraindicações
Oral (VO)Absorção pelo TGIPaciente consciente, oferecer águaVômitos, disfagia, jejum
Sublingual (SL)Absorção pela mucosaNão engolir, não beber águaLesões na boca
Intramuscular (IM)Injeção no músculoTécnica asséptica, aspirarDistúrbios de coagulação
Subcutânea (SC)Injeção no tecido subcutâneoÂngulo 45°, não aspirarEdema local severo
Endovenosa (EV)Diretamente na veiaVerificar permeabilidadeFlebite, infiltração
🎯 Simulador: Escolha da Via de Administração

Situação: Paciente com dor intensa, consciente, sem acesso venoso, necessita analgesia rápida.

Via Oral – Comprimido
Via Intramuscular – Injeção
Via Sublingual – Comprimido
Via Tópica – Pomada
🚨 Erros Mais Comuns

Identificação incorreta: Sempre confirmar nome e data de nascimento
Dose errada: Conferir cálculos e prescrição
Via incorreta: Ler atentamente a prescrição
Horário errado: Respeitar intervalos prescritos
Medicamento vencido: Sempre verificar validade

4
Curativos e Feridas
O cuidado com feridas e a realização de curativos são procedimentos essenciais que visam promover a cicatrização, prevenir infecções e proporcionar conforto ao paciente.
🩹 Curativo Simples
  1. Preparação
    Reunir material, higienizar mãos, calçar luvas
  2. Remoção do curativo anterior
    Retirar com cuidado, observar características
  3. Limpeza da ferida
    SF 0,9% morno, do centro para bordas
  4. Secagem
    Gaze estéril, movimentos suaves
  5. Aplicação de medicamento
    Se prescrito, aplicar conforme orientação
  6. Cobertura
    Gaze estéril, fixar com micropore
  7. Registro
    Anotar características, evolução, data/hora
Tipo de FeridaCaracterísticasCuidados EspecíficosTempo de Cicatrização
Cirúrgica limpaBordas regulares, sem infecçãoCurativo seco, trocar se necessário7-10 dias
TraumáticaBordas irregulares, contaminadaLimpeza rigorosa, antibiótico tópico10-21 dias
Úlcera por pressãoNecrose, exsudato, profundaDesbridamento, cobertura especialSemanas a meses
QueimaduraDestruição tecidual, dor intensaSF gelado, não romper bolhasVariável
⚠️ Sinais de Infecção

Locais: Rubor, calor, edema, dor, exsudato purulento
Sistêmicos: Febre, mal-estar, leucocitose
Conduta: Comunicar enfermeiro/médico imediatamente

✅ Checklist – Curativo
Material estéril e dentro da validade
Técnica asséptica rigorosa
Avaliação das características da ferida
Limpeza adequada (centro para bordas)
Cobertura apropriada e bem fixada
Registro completo e detalhado
💡 Fatores que Favorecem a Cicatrização

Nutrição adequada: Proteínas, vitaminas A e C, zinco
Hidratação: Manter ferida úmida, mas não encharcada
Oxigenação: Boa perfusão tecidual
Controle de infecção: Técnica asséptica
Repouso: Evitar trauma na área

5
Coleta de Materiais para Exames
A coleta adequada de materiais biológicos é fundamental para garantir a confiabilidade dos resultados laboratoriais e o diagnóstico correto.
🩸 Coleta de Sangue Venoso
  1. Preparação do paciente
    Confirmar jejum, identificar paciente, explicar procedimento
  2. Escolha da veia
    Preferencialmente fossa antecubital, aplicar garrote
  3. Antissepsia
    Álcool 70%, movimentos circulares, aguardar secar
  4. Punção venosa
    Ângulo 15-30°, bisel para cima, aspirar suavemente
  5. Coleta do sangue
    Respeitar ordem dos tubos, homogeneizar
  6. Finalização
    Retirar garrote, comprimir local, identificar tubos
Tipo de ExameMaterialRecipienteCuidados Especiais
HemogramaSangue venosoTubo roxo (EDTA)Homogeneizar 8-10 vezes
GlicemiaSangue venosoTubo cinza (fluoreto)Jejum 8-12 horas
Urina tipo IUrinaFrasco estérilJato médio, higiene prévia
UroculturaUrinaFrasco estérilTécnica asséptica rigorosa
FezesFezesFrasco com tampaEvitar contaminação com urina
⚠️ Ordem de Coleta dos Tubos

Hemocultura (frasco) | Tubo azul (coagulação)
Tubo vermelho (bioquímica) | Tubo roxo (hemograma)
Tubo cinza (glicose) | Motivo: Evitar contaminação cruzada

🚨 Complicações da Punção Venosa

Hematoma: Pressão inadequada, punção arterial
Flebite: Trauma vascular, técnica inadequada
Síncope: Ansiedade, jejum prolongado
Prevenção: Técnica correta, material adequado, orientação ao paciente

🎯 Simulador: Coleta de Urina

Situação: Paciente feminina, suspeita de ITU, primeira urina da manhã.

Coletar toda a urina da primeira micção
Higiene íntima + jato médio em frasco estéril
Coletar em qualquer recipiente limpo
Usar sonda vesical para coleta
6
Sondagens
As sondagens são procedimentos invasivos que requerem técnica asséptica rigorosa e conhecimento específico para prevenir complicações e infecções.
🔧 Sondagem Vesical de Demora
  1. Preparação
    Material estéril, higiene das mãos, posicionamento
  2. Antissepsia
    PVPI tópico, da uretra para períneo
  3. Lubrificação da sonda
    Gel lubrificante estéril com anestésico
  4. Introdução da sonda
    Movimentos suaves, até saída de urina
  5. Inflação do balão
    10ml de água destilada, testar antes
  6. Fixação
    Fixar na coxa, conectar sistema coletor
Tipo de SondaIndicaçõesCalibreCuidados Específicos
Vesical de alívioRetenção urinária aguda12-16 FrRetirar após esvaziamento
Vesical de demoraControle de diurese, cirurgias14-18 FrSistema fechado, fixação
NasogástricaDescompressão, alimentação14-18 FrVerificar posicionamento
NasoenteralNutrição enteral8-12 FrRX para confirmar posição
🚨 Complicações das Sondagens

Infecção do trato urinário: Mais comum, técnica asséptica
Trauma uretral: Força excessiva, calibre inadequado
Obstrução da sonda: Coágulos, sedimentos
Espasmo vesical: Irritação, balão mal posicionado

⚠️ Cuidados com Sonda Vesical

Sistema fechado: Não desconectar desnecessariamente
Bolsa coletora: Abaixo do nível da bexiga
Higiene: Limpeza do meato uretral 2x/dia
Observação: Aspecto, cor, odor da urina
Registro: Volume, características, intercorrências

✅ Checklist – Sondagem Vesical
Material estéril e dentro da validade
Testar balão da sonda antes da introdução
Antissepsia rigorosa da região genital
Lubrificação adequada da sonda
Fixação correta para evitar tração
Sistema coletor em posição adequada
7
Oxigenoterapia
A oxigenoterapia é a administração de oxigênio em concentrações superiores às encontradas no ar ambiente, indicada para pacientes com hipoxemia ou insuficiência respiratória.
DispositivoConcentração O₂FluxoIndicações
Cateter nasal24-40%1-6 L/minHipoxemia leve, conforto
Máscara simples40-60%6-10 L/minHipoxemia moderada
Máscara com reservatório60-90%10-15 L/minHipoxemia grave
Máscara de Venturi24-50%VariávelDPOC, concentração precisa
🫁 Instalação de Cateter Nasal
  1. Verificar prescrição
    Conferir fluxo prescrito e tempo de uso
  2. Preparar equipamento
    Conectar cateter ao fluxômetro, testar fluxo
  3. Posicionar paciente
    Fowler ou semi-Fowler para conforto
  4. Inserir cateter
    Introduzir suavemente na narina até nasofaringe
  5. Fixar cateter
    Micropore na face, sem tracionar
  6. Ajustar fluxo
    Conforme prescrição, observar conforto
⚠️ Cuidados com Oxigenoterapia

Umidificação: Sempre umidificar O₂ para fluxos > 4L/min
Segurança: Evitar faíscas, cigarros próximo ao O₂
Monitorização: Saturação, sinais de melhora/piora
Conforto: Trocar dispositivo se irritação nasal

🚨 Complicações da Oxigenoterapia

Ressecamento mucosas: Falta de umidificação
Toxicidade do O₂: Concentrações altas por tempo prolongado
Depressão respiratória: DPOC com altas concentrações
Atelectasia: Absorção de nitrogênio

🎯 Simulador: Escolha do Dispositivo

Situação: Paciente DPOC, SatO₂ 88%, consciente, necessita O₂ controlado.

Cateter nasal 6L/min
Máscara de Venturi 28%
Máscara com reservatório 15L/min
Máscara simples 10L/min
8
Posicionamento e Mobilização
O posicionamento adequado e a mobilização precoce são fundamentais para prevenir complicações do imobilismo, como úlceras por pressão, trombose e pneumonia.
PosiçãoIndicaçõesCuidadosContraindicações
Decúbito dorsalRepouso, exames, cirurgiasTravesseiro sob cabeça e joelhosDispneia, refluxo
FowlerDispneia, alimentaçãoCabeceira 45-90°, apoio pésHipotensão severa
TrendelenburgChoque, cirurgias pélvicasPés elevados 15-30°Hipertensão intracraniana
Decúbito lateralPrevenção úlceras, confortoTravesseiros entre pernasFraturas do quadril
🔄 Mudança de Decúbito
  1. Explicar procedimento
    Informar paciente sobre a mudança
  2. Posicionar auxiliares
    Pelo menos 2 pessoas para segurança
  3. Elevar leito
    Altura adequada para ergonomia
  4. Movimentar em bloco
    Manter alinhamento corporal
  5. Posicionar adequadamente
    Usar travesseiros e coxins
  6. Verificar conforto
    Ajustar conforme necessário
⚠️ Prevenção de Úlceras por Pressão

Mudança de decúbito: A cada 2 horas
Inspeção da pele: Diariamente
Hidratação: Pele seca e íntegra
Nutrição: Adequada em proteínas
Dispositivos: Colchões especiais, coxins

🚨 Complicações do Imobilismo

Respiratórias: Pneumonia, atelectasia
Circulatórias: Trombose, embolia
Musculoesqueléticas: Atrofia, contraturas
Tegumentares: Úlceras por pressão
Psicológicas: Depressão, ansiedade

✅ Checklist – Mobilização Segura
Avaliar condições do paciente antes da mobilização
Solicitar ajuda quando necessário
Usar técnicas de mecânica corporal
Manter alinhamento corporal do paciente
Observar sinais de desconforto ou dor
Registrar procedimento e intercorrências
💡 Benefícios da Mobilização Precoce

Respiratórios: Melhora ventilação e oxigenação
Circulatórios: Previne trombose e melhora retorno venoso
Musculares: Mantém força e amplitude de movimento
Psicológicos: Melhora autoestima e independência
Digestivos: Estimula peristaltismo



Apostila Controle de Infecção – Técnico em Enfermagem

Controle de Infecção e Biossegurança

Apostila Completa – Técnico em Enfermagem

Prefeitura de Biguaçu/SC – Banca FURB

Prevenção, Controle e Segurança no Ambiente Hospitalar

🦠 Índice do Conteúdo

  • 1. Conceitos Fundamentais
  • 2. Higienização das Mãos
  • 3. Equipamentos de Proteção Individual
  • 4. Precauções Padrão e Específicas
  • 5. Limpeza e Desinfecção
  • 6. Esterilização
  • 7. Gerenciamento de Resíduos
  • 8. Acidentes com Material Biológico
1
Conceitos Fundamentais
O controle de infecção hospitalar é um conjunto de medidas sistemáticas para prevenir, controlar e reduzir as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), protegendo pacientes, profissionais e visitantes.
ConceitoDefiniçãoExemplosImportância
IRASInfecção adquirida após 48h de internaçãoPneumonia, ITU, infecção de feridaPrincipal causa de morbimortalidade
AssepsiaAusência de microrganismos patogênicosTécnica cirúrgica, preparo de medicamentosPrevine contaminação
AntissepsiaEliminação de microrganismos da pelePreparo pré-cirúrgico, higiene das mãosReduz carga microbiana
DesinfecçãoEliminação de microrganismos patogênicosLimpeza de superfícies, equipamentosInterrompe transmissão
EsterilizaçãoEliminação de todas as formas microbianasInstrumentos cirúrgicos, materiais críticosMáximo nível de segurança
⚠️ Cadeia de Transmissão

1. Agente infeccioso: Bactérias, vírus, fungos, parasitas
2. Reservatório: Pessoas, animais, ambiente
3. Portal de saída: Respiratório, digestivo, geniturinário
4. Via de transmissão: Contato, gotículas, aerossóis
5. Portal de entrada: Mucosas, pele lesada, invasiva
6. Hospedeiro suscetível: Imunodeprimidos, extremos de idade

💡 Fatores de Risco para IRAS

Intrínsecos: Idade, imunossupressão, doenças crônicas, desnutrição
Extrínsecos: Procedimentos invasivos, antibioticoterapia, tempo de internação
Ambientais: Superlotação, ventilação inadequada, limpeza deficiente

🎯 Simulador: Identificação de Risco

Situação: Paciente diabético, 70 anos, com cateter vesical há 5 dias, em uso de antibiótico.

Baixo risco para IRAS
Alto risco para IRAS
Risco moderado para IRAS
Sem risco para IRAS
2
Higienização das Mãos
A higienização das mãos é a medida mais simples e eficaz para prevenir infecções. É considerada a ação mais importante para reduzir a transmissão de microrganismos e prevenir IRAS.
🧼 Técnica de Higienização com Água e Sabão
  1. Retirar adornos
    Anéis, pulseiras, relógio antes de iniciar
  2. Abrir a torneira
    Usar cotovelo, punho ou sensor automático
  3. Molhar as mãos
    Água corrente, evitar respingos
  4. Aplicar sabão
    Quantidade suficiente para cobrir as mãos
  5. Ensaboar por 40-60 segundos
    Palmas, dorso, dedos, unhas, punhos
  6. Enxaguar bem
    Retirar todo o sabão com água corrente
  7. Secar com papel toalha
    Iniciar pelas mãos e finalizar nos punhos
  8. Fechar a torneira
    Usar papel toalha para fechar
MomentoQuando RealizarTipo de HigienizaçãoObjetivo
Antes do contatoAntes de tocar o pacienteÁgua e sabão ou álcool gelProteger o paciente
Antes de procedimentoAntes de procedimento assépticoÁgua e sabão ou álcool gelProteger o paciente
Após risco de exposiçãoApós contato com fluidos corporaisÁgua e sabão obrigatórioProteger profissional e paciente
Após contatoApós tocar o pacienteÁgua e sabão ou álcool gelProteger profissional
Após contato com ambienteApós tocar superfícies próximasÁgua e sabão ou álcool gelProteger profissional
⚠️ Quando Usar Água e Sabão (Obrigatório)

• Mãos visivelmente sujas ou contaminadas
• Após contato com fluidos corporais
• Após uso do banheiro
• Suspeita de exposição a esporos (C. difficile)
• Antes de comer
• No início e fim do turno de trabalho

✅ Checklist – 5 Momentos da Higienização
1. Antes do contato com o paciente
2. Antes de procedimento asséptico
3. Após risco de exposição a fluidos corporais
4. Após contato com o paciente
5. Após contato com áreas próximas ao paciente
3
Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
Os EPIs são dispositivos de uso individual destinados a proteger a saúde e integridade física do trabalhador. No ambiente hospitalar, são essenciais para prevenir exposição a agentes biológicos.
🧤
Luvas
Proteção das mãos contra contaminação. Trocar entre pacientes e procedimentos.
😷
Máscara Cirúrgica
Proteção contra gotículas. Usar em procedimentos e contato com pacientes.
🥽
Óculos de Proteção
Proteção dos olhos contra respingos de fluidos corporais.
🥼
Avental
Proteção do corpo e roupas contra contaminação por fluidos.
👟
Calçados Fechados
Proteção dos pés contra perfurocortantes e contaminação.
🦺
N95/PFF2
Proteção respiratória contra aerossóis e partículas finas.
👔 Sequência de Paramentação
  1. Higienizar as mãos
    Sempre antes de colocar qualquer EPI
  2. Colocar avental
    Amarrar no pescoço e cintura
  3. Colocar máscara
    Ajustar no nariz e queixo
  4. Colocar óculos
    Se necessário, ajustar adequadamente
  5. Colocar luvas
    Por último, cobrir punhos do avental
🚮 Sequência de Desparamentação
  1. Retirar luvas
    Sem tocar a parte externa, descartar
  2. Higienizar as mãos
    Álcool gel ou água e sabão
  3. Retirar óculos
    Pegar pelas hastes, não tocar lentes
  4. Retirar avental
    Desamarrar, dobrar para dentro
  5. Retirar máscara
    Pegar pelos elásticos, não tocar frente
  6. Higienizar as mãos
    Sempre após retirar todos os EPIs
🚨 Erros Comuns com EPIs

• Reutilizar EPIs descartáveis
• Não trocar luvas entre pacientes
• Tocar a parte externa da máscara
• Não higienizar mãos após retirar EPIs
• Usar EPI danificado ou vencido

4
Precauções Padrão e Específicas
As precauções são medidas de prevenção que devem ser aplicadas no cuidado de todos os pacientes, independentemente do diagnóstico ou status infeccioso presumido.
🛡️ Precauções Padrão
  • • Higienização das mãos
  • • Uso de EPIs conforme risco
  • • Cuidados com perfurocortantes
  • • Limpeza e desinfecção de superfícies
  • • Manejo seguro de roupas
  • • Descarte adequado de resíduos
Tipo de PrecauçãoIndicaçõesEPIs NecessáriosExemplos de Doenças
ContatoMicrorganismos multirresistentesLuvas + aventalMRSA, VRE, C. difficile
GotículasTransmissão por gotículas > 5μmMáscara cirúrgicaInfluenza, coqueluche, rubéola
AerossóisTransmissão por partículas < 5μmN95/PFF2Tuberculose, sarampo, varicela
ProteçãoPacientes imunossuprimidosConforme protocoloTransplantados, neutropenia
⚠️ Isolamento de Contato

Quarto privativo: Preferencialmente
EPIs: Luvas e avental para todo contato
Equipamentos: Exclusivos ou desinfetados
Transporte: Restrito e com precauções
Duração: Conforme protocolo institucional

🎯 Simulador: Escolha da Precaução

Situação: Paciente com tuberculose pulmonar ativa, tosse produtiva.

Precaução de contato
Precaução por gotículas
Precaução por aerossóis
Apenas precauções padrão
5
Limpeza e Desinfecção
A limpeza e desinfecção de superfícies e equipamentos são fundamentais para interromper a cadeia de transmissão de microrganismos no ambiente hospitalar.
NívelDefiniçãoAgentesAplicação
LimpezaRemoção de sujidade visívelDetergentes, águaPrimeira etapa obrigatória
Desinfecção baixo nívelElimina bactérias vegetativasÁlcool 70%, quaternário de amônioSuperfícies não críticas
Desinfecção médio nívelElimina micobactérias, vírusHipoclorito, álcool 70%Superfícies semicríticas
Desinfecção alto nívelElimina todos microrganismosGlutaraldeído, peróxidoEquipamentos semicríticos
🧽 Técnica de Limpeza e Desinfecção
  1. Usar EPIs adequados
    Luvas, avental, óculos se necessário
  2. Remover sujidade visível
    Limpeza prévia com detergente
  3. Aplicar desinfetante
    Produto adequado para superfície
  4. Respeitar tempo de contato
    Conforme especificação do produto
  5. Enxaguar se necessário
    Alguns produtos requerem enxágue
  6. Secar adequadamente
    Evitar umidade residual
⚠️ Principais Desinfetantes

Álcool 70%: Bactericida, virucida, tempo de contato 1 minuto
Hipoclorito de sódio: Amplo espectro, corrosivo, instável
Quaternário de amônio: Baixa toxicidade, não esporicida
Peróxido de hidrogênio: Esporicida, não tóxico, instável

🚨 Cuidados com Desinfetantes

• Não misturar produtos diferentes
• Verificar prazo de validade
• Armazenar adequadamente
• Usar EPIs durante manuseio
• Respeitar diluições recomendadas

6
Esterilização
A esterilização é o processo que elimina todas as formas de vida microbiana, incluindo esporos bacterianos. É aplicada em materiais críticos que entram em contato com tecidos estéreis.
MétodoAgenteTemperatura/TempoIndicações
Vapor saturadoCalor úmido121°C/15min ou 134°C/3minInstrumentos metálicos, tecidos
Calor secoAr quente160°C/120min ou 170°C/60minPós, óleos, vidros
Óxido de etilenoGás alquilante55°C/4-6 horasMateriais termossensíveis
Plasma de peróxidoPeróxido de hidrogênio45-50°C/45-75minEletrônicos, endoscópios
🔥 Processo de Esterilização
  1. Limpeza prévia
    Remoção completa de matéria orgânica
  2. Inspeção
    Verificar integridade e funcionamento
  3. Embalagem
    Material adequado, identificação
  4. Esterilização
    Método apropriado, parâmetros corretos
  5. Monitorização
    Indicadores físicos, químicos, biológicos
  6. Armazenamento
    Local seco, protegido, identificado
💡 Indicadores de Esterilização

Físicos: Temperatura, pressão, tempo (gráficos, displays)
Químicos: Fitas, cartões que mudam de cor
Biológicos: Esporos de Bacillus (padrão ouro)
Integrador: Combina tempo, temperatura e vapor

✅ Checklist – Validação da Esterilização
Limpeza adequada do material
Embalagem íntegra e adequada
Parâmetros físicos corretos
Indicadores químicos virados
Teste biológico negativo
Registro completo do processo
7
Gerenciamento de Resíduos
O gerenciamento adequado dos resíduos de serviços de saúde é fundamental para prevenir riscos à saúde pública e ao meio ambiente, seguindo a classificação da RDC 222/2018.
GrupoTipo de ResíduoCor do SacoExemplos
AInfectanteBranco leitosoSangue, culturas, peças anatômicas
BQuímicoLaranjaMedicamentos, quimioterápicos
CRadioativoAmareloMateriais com radioisótopos
DComumPreto/Azul/VerdePapel, plástico, restos alimentares
EPerfurocortanteAmarelo (caixa rígida)Agulhas, lâminas, vidros
🗂️ Manejo de Perfurocortantes
  1. Não reencapar agulhas
    Descartar imediatamente após uso
  2. Usar caixa rígida
    Específica para perfurocortantes
  3. Não forçar entrada
    Se não couber, usar outra caixa
  4. Fechar com 2/3 da capacidade
    Não encher completamente
  5. Identificar adequadamente
    Data, setor, responsável
🚨 Erros Graves no Descarte

• Reencapar agulhas usadas
• Misturar tipos diferentes de resíduos
• Encher demais as caixas de perfurocortantes
• Descartar medicamentos no lixo comum
• Não identificar adequadamente os recipientes

⚠️ Tratamento dos Resíduos

Grupo A: Autoclavação ou incineração
Grupo B: Incineração ou co-processamento
Grupo C: Decaimento radioativo
Grupo D: Reciclagem ou aterro sanitário
Grupo E: Autoclavação ou incineração

8
Acidentes com Material Biológico
Acidentes com material biológico são eventos que envolvem exposição a sangue ou fluidos corporais através de ferimentos percutâneos, contato com mucosas ou pele não íntegra.
🚑 Condutas Imediatas Pós-Exposição
  1. Cuidados locais imediatos
    Lavar com água e sabão, não fazer ordenha
  2. Comunicar o acidente
    SESMT, chefia imediata, CCIH
  3. Avaliar o paciente-fonte
    Sorologia para HIV, HBV, HCV
  4. Avaliar o acidentado
    Sorologia, histórico vacinal
  5. Profilaxia se indicada
    PEP para HIV, vacina/imunoglobulina HBV
  6. Seguimento médico
    Acompanhamento por 6 meses
Tipo de ExposiçãoRisco HIVRisco HBVRisco HCV
Percutânea0,3%6-30%1,8%
Mucosa0,09%BaixoBaixo
Pele íntegraMuito baixoMuito baixoMuito baixo
Pele lesadaBaixoBaixoBaixo
⚠️ Profilaxia Pós-Exposição (PEP)

HIV: Iniciar em até 72h, preferencialmente 2h
Duração: 28 dias com 3 antirretrovirais
HBV: Vacina + imunoglobulina se não imune
HCV: Não há profilaxia disponível

🚨 Fatores de Maior Risco

• Ferimento profundo
• Agulha com lúmen (oca)
• Sangue visível no material
• Paciente-fonte com alta carga viral
• Procedimento em artéria ou veia

✅ Checklist – Prevenção de Acidentes
Usar EPIs adequados sempre
Não reencapar agulhas
Descartar perfurocortantes imediatamente
Manter vacinação em dia
Seguir precauções padrão
Comunicar acidentes imediatamente
🎯 Simulador: Conduta Pós-Acidente

Situação: Picada de agulha com sangue de paciente HIV positivo há 30 minutos.

Aguardar resultado de exames
Iniciar PEP imediatamente
Apenas lavar o local
Procurar atendimento amanhã

  • Altura: 83 cm
  • Ambiente: Quarto Infantil
  • Conteúdo da Embalagem: Manual e Acessórios de Montagem

Apostila Assistência por Ciclo de Vida – Técnico em Enfermagem

Assistência por Ciclo de Vida

Apostila Completa – Técnico em Enfermagem

Prefeitura de Biguaçu/SC – Banca FURB

Cuidados Específicos por Faixa Etária

👶 Índice do Conteúdo

  • 1. Recém-Nascido e Lactente
  • 2. Pré-Escolar e Escolar
  • 3. Adolescente
  • 4. Adulto
  • 5. Idoso
  • 6. Gestante
  • 7. Puérpera
  • 8. Cuidados Paliativos
1
Recém-Nascido e Lactente
👶 Recém-Nascido e Lactente
0 a 2 anos
O período neonatal (0-28 dias) e lactente (29 dias-2 anos) é caracterizado por rápido crescimento e desenvolvimento, alta vulnerabilidade e dependência total dos cuidadores para sobrevivência.
🧠 Marcos do Desenvolvimento
0-3 meses
Reflexos primitivos, controle cervical, sorriso social, seguimento visual
4-6 meses
Rola, senta com apoio, pega objetos, balbucia, reconhece cuidadores
7-12 meses
Senta sem apoio, engatinha, anda com apoio, primeiras palavras
13-24 meses
Anda sozinho, corre, sobe escadas, vocabulário 50+ palavras
🍼
Alimentação
Aleitamento materno exclusivo até 6 meses. Introdução alimentar gradual. Fórmulas quando necessário.
💤
Sono
16-20h/dia no RN, diminuindo gradualmente. Posição supina para prevenir SMSI.
🌡️
Termorregulação
Sistema imaturo. Evitar hipo/hipertermia. Roupas adequadas, ambiente controlado.
🧼
Higiene
Banho diário, cuidados com coto umbilical, troca frequente de fraldas.
ParâmetroRN (0-28 dias)Lactente (1-12 meses)Observações
Peso2,5-4,0 kgTriplica ao final do 1º anoPerda fisiológica até 10% nos primeiros dias
Altura48-52 cmCresce ~25 cm no 1º anoMedição em decúbito dorsal
FC120-160 bpm100-150 bpmVaria com atividade e choro
FR30-60 irpm25-40 irpmRespiração abdominal predominante
PA65-85/45-55 mmHg70-100/50-65 mmHgManguito adequado ao braço
⚠️ Sinais de Alerta no RN/Lactente

• Febre (>37,8°C) ou hipotermia (<36°C)
• Recusa alimentar ou vômitos persistentes
• Letargia, irritabilidade excessiva
• Dificuldade respiratória, cianose
• Convulsões, fontanela abaulada
• Icterícia após 24h ou progressiva

📊 Calculadora de Peso Ideal – Lactente
2
Pré-Escolar e Escolar
🧒 Pré-Escolar e Escolar
2 a 12 anos
Período de crescimento estável, desenvolvimento da autonomia, socialização e aprendizado. Caracterizado por maior independência e capacidade de comunicação.
Faixa EtáriaDesenvolvimento MotorDesenvolvimento CognitivoDesenvolvimento Social
2-3 anosCorre, pula, sobe escadasVocabulário 200+ palavrasBrincadeira paralela, negativismo
4-5 anosPedala, desenha círculosFrases completas, conta históriasBrincadeira cooperativa, amigos
6-8 anosCoordenação fina, esportesLeitura, escrita, matemáticaRegras, competição, grupos
9-12 anosHabilidades complexasPensamento lógico, abstraçãoIndependência, responsabilidade
🥗
Nutrição
Dieta variada, 5-6 refeições/dia. Evitar açúcar excessivo. Hidratação adequada.
🏃
Atividade Física
Mínimo 60 min/dia de atividade. Brincadeiras ativas, esportes adequados à idade.
🛡️
Segurança
Prevenção de acidentes, uso de equipamentos de proteção, supervisão adequada.
🎓
Educação
Estímulo ao aprendizado, leitura, criatividade. Limites e rotina estruturada.
🎯 Cuidados de Enfermagem Específicos

Comunicação: Linguagem simples, explicações adequadas à idade
Procedimentos: Permitir acompanhante, usar brinquedos terapêuticos
Medicação: Formas palatáveis, dosagem por peso
Hospitalização: Minimizar separação dos pais, manter rotina

🚨 Principais Riscos por Idade

2-4 anos: Intoxicações, quedas, afogamento, queimaduras
5-9 anos: Acidentes de trânsito, quedas de bicicleta
10-12 anos: Esportes, bullying, início de comportamentos de risco

🎯 Simulador: Desenvolvimento Infantil

Situação: Criança de 4 anos não consegue desenhar um círculo nem contar até 10.

Desenvolvimento normal para a idade
Possível atraso no desenvolvimento
Desenvolvimento avançado
Não é possível avaliar
3
Adolescente
🧑‍🎓 Adolescente
12 a 18 anos
Período de transição entre infância e idade adulta, caracterizado por intensas transformações físicas, psicológicas e sociais. Fase de busca por identidade e autonomia.
🔄 Transformações da Adolescência

Físicas: Estirão puberal, desenvolvimento sexual secundário
Psicológicas: Busca de identidade, labilidade emocional
Sociais: Importância do grupo, questionamento de autoridade
Cognitivas: Pensamento abstrato, capacidade de planejamento

AspectoAdolescência Inicial (10-14 anos)Adolescência Tardia (15-19 anos)
CrescimentoEstirão puberal, mudanças corporaisCrescimento desacelera, corpo adulto
Desenvolvimento SexualInício da puberdade, caracteres secundáriosMaturidade sexual, fertilidade
CogniçãoPensamento concreto predominantePensamento abstrato, planejamento futuro
RelacionamentosAmizades do mesmo sexo, gruposRelacionamentos íntimos, namoro
IndependênciaQuestionamento inicial da autoridadeBusca de autonomia, decisões próprias
🗣️
Comunicação
Respeitar privacidade, escuta ativa, linguagem adequada, confidencialidade.
❤️
Saúde Sexual
Educação sexual, prevenção DST/gravidez, orientação sobre métodos contraceptivos.
🧠
Saúde Mental
Identificar depressão, ansiedade, transtornos alimentares, ideação suicida.
🚫
Prevenção
Uso de substâncias, comportamentos de risco, acidentes, violência.
⚠️ Principais Problemas de Saúde

• Transtornos alimentares (anorexia, bulimia)
• Depressão e ansiedade
• Gravidez não planejada
• Infecções sexualmente transmissíveis
• Uso de álcool e drogas
• Acidentes e violência

💡 Estratégias de Cuidado

• Atendimento individual e confidencial
• Abordagem não julgamental
• Educação em saúde participativa
• Envolvimento da família quando apropriado
• Encaminhamento para especialistas quando necessário

4
Adulto
👨‍💼 Adulto
19 a 59 anos
Fase de maior estabilidade física e psicológica, caracterizada por produtividade, responsabilidades familiares e profissionais. Período de prevenção de doenças crônicas.
Faixa EtáriaCaracterísticasPrincipais RiscosPrevenção
20-30 anosPico da capacidade físicaAcidentes, DST, gravidezEducação sexual, segurança
30-40 anosEstabilidade, responsabilidadesEstresse, sedentarismoAtividade física, manejo do estresse
40-50 anosMudanças hormonais iniciaisHAS, diabetes, câncerRastreamento, estilo de vida
50-59 anosPré-menopausa/andropausaDoenças cardiovascularesControle fatores de risco
🏥
Prevenção Primária
Vacinação, alimentação saudável, atividade física, não fumar, álcool moderado.
🔍
Rastreamento
Mamografia, Papanicolau, colonoscopia, exames laboratoriais periódicos.
💼
Saúde Ocupacional
Prevenção de acidentes de trabalho, ergonomia, manejo do estresse laboral.
👨‍👩‍👧‍👦
Saúde Familiar
Planejamento familiar, cuidado com filhos, relacionamentos saudáveis.
📋 Exames de Rotina por Idade

20-39 anos: PA anual, colesterol a cada 5 anos, Papanicolau anual
40-49 anos: Mamografia anual, glicemia anual, PSA (homens)
50-59 anos: Colonoscopia a cada 10 anos, densitometria óssea

📊 Calculadora de IMC – Adulto
5
Idoso
👴 Idoso
60 anos ou mais
O envelhecimento é um processo natural que envolve mudanças fisiológicas, psicológicas e sociais. O cuidado ao idoso deve focar na manutenção da funcionalidade e qualidade de vida.
SistemaAlterações do EnvelhecimentoImplicações ClínicasCuidados de Enfermagem
CardiovascularRigidez arterial, ↓ débito cardíacoHAS, insuficiência cardíacaMonitorar PA, sinais de ICC
Respiratório↓ elasticidade pulmonar↓ capacidade ventilatóriaExercícios respiratórios, vacinação
Renal↓ filtração glomerularRisco de intoxicação medicamentosaAjuste de doses, hidratação
Neurológico↓ velocidade de processamentoRisco de quedas, confusãoAmbiente seguro, orientação
MusculoesqueléticoSarcopenia, osteoporoseFragilidade, fraturasExercícios, prevenção de quedas
🚶
Prevenção de Quedas
Ambiente seguro, calçados adequados, exercícios de equilíbrio, revisão medicamentosa.
💊
Polifarmácia
Revisão periódica, interações medicamentosas, adesão ao tratamento.
🧠
Função Cognitiva
Avaliação regular, estímulo cognitivo, identificação precoce de demência.
🤝
Suporte Social
Combate ao isolamento, atividades sociais, apoio familiar.
⚖️ Avaliação Geriátrica Ampla

Funcional: AVD, AIVD, mobilidade, risco de quedas
Cognitiva: Mini-mental, orientação, memória
Afetiva: Depressão, ansiedade, luto
Social: Suporte familiar, recursos financeiros
Nutricional: Estado nutricional, disfagia

🚨 Síndromes Geriátricas

• Quedas e instabilidade postural
• Incontinência urinária e fecal
• Demência e delirium
• Depressão e isolamento social
• Polifarmácia e iatrogenia
• Fragilidade e sarcopenia

🎯 Simulador: Risco de Quedas

Situação: Idoso de 78 anos, usa 6 medicamentos, teve 1 queda no último ano, anda devagar.

Baixo risco de quedas
Alto risco de quedas
Risco moderado de quedas
Impossível avaliar
6
Gestante
🤰 Gestante
Período Gestacional
A gestação é um período de intensas transformações físicas e emocionais. O cuidado pré-natal adequado é fundamental para a saúde materna e fetal.
TrimestreSemanasPrincipais AlteraçõesCuidados Específicos
1º Trimestre1-12 semanasNáuseas, fadiga, sensibilidade mamáriaÁcido fólico, controle de náuseas
2º Trimestre13-27 semanasMelhora dos sintomas, crescimento uterinoUltrassom morfológico, exercícios
3º Trimestre28-40 semanasDesconfortos, preparação para partoMonitorização fetal, preparo para parto
🍎
Nutrição
Dieta equilibrada, suplementação de ferro e ácido fólico, ganho de peso adequado.
🏃‍♀️
Atividade Física
Exercícios leves a moderados, caminhada, natação, yoga pré-natal.
🚫
Evitar
Álcool, tabaco, drogas, medicamentos teratogênicos, exposição a radiação.
🩺
Consultas
Pré-natal regular, exames de rotina, vacinação, preparo para amamentação.
📅 Cronograma de Consultas Pré-Natal

Até 28 semanas: Consultas mensais
28-36 semanas: Consultas quinzenais
Após 36 semanas: Consultas semanais
Mínimo: 6 consultas durante toda a gestação

⚠️ Sinais de Alerta na Gestação

• Sangramento vaginal
• Dor abdominal intensa
• Cefaleia persistente
• Edema súbito de face/mãos
• Diminuição dos movimentos fetais
• Contrações antes de 37 semanas

📊 Calculadora de Idade Gestacional
7
Puérpera
👩‍🍼 Puérpera
Pós-parto até 42 dias
O puerpério é o período de recuperação pós-parto, caracterizado por involução uterina, estabelecimento da lactação e adaptação psicológica à maternidade.
PeríodoDuraçãoCaracterísticasCuidados Principais
Puerpério Imediato1º ao 10º diaInvolução uterina, lóquiosControle de sangramento, amamentação
Puerpério Tardio11º ao 42º diaContinuação da involuçãoEstabelecimento da lactação
Puerpério RemotoApós 42º diaRetorno ao estado pré-gravídicoPlanejamento familiar
🤱
Amamentação
Orientação sobre pega correta, posicionamento, manejo de intercorrências.
🩸
Lóquios
Monitorização de cor, odor, quantidade. Identificação de infecção.
😌
Saúde Mental
Identificação de baby blues, depressão pós-parto, apoio emocional.
🏠
Cuidados Gerais
Higiene, repouso, alimentação, exercícios pós-parto, contracepção.
🔄 Involução Uterina

Imediatamente após parto: Útero na cicatriz umbilical
24h: 1 dedo abaixo da cicatriz umbilical
Diariamente: Desce 1 dedo por dia
10º dia: Não palpável abdominalmente
6 semanas: Retorna ao tamanho pré-gravídico

💡 Orientações para Alta Hospitalar

• Sinais de alerta para retorno imediato
• Cuidados com mamas e amamentação
• Higiene íntima e cuidados com episiotomia
• Importância do retorno para consulta
• Planejamento familiar e contracepção

🚨 Complicações do Puerpério

• Hemorragia pós-parto
• Infecção puerperal
• Tromboembolismo
• Depressão pós-parto
• Mastite e abscesso mamário

8
Cuidados Paliativos
🕊️ Cuidados Paliativos
Todas as idades
Os cuidados paliativos são uma abordagem que melhora a qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentam doenças que ameaçam a vida, através da prevenção e alívio do sofrimento.
🎯 Princípios dos Cuidados Paliativos

• Promover alívio da dor e outros sintomas
• Afirmar a vida e considerar a morte como processo natural
• Não acelerar nem adiar a morte
• Integrar aspectos psicológicos e espirituais
• Oferecer sistema de suporte à família
• Usar abordagem multiprofissional

💊
Controle da Dor
Avaliação sistemática, uso da escala de dor, analgesia adequada, vias alternativas.
🫁
Controle de Sintomas
Náuseas, vômitos, dispneia, constipação, fadiga, anorexia.
❤️
Suporte Emocional
Escuta ativa, apoio psicológico, respeito às crenças, dignidade.
👨‍👩‍👧‍👦
Apoio à Família
Orientação, suporte durante o luto, comunicação efetiva.
SintomaAvaliaçãoIntervençõesCuidados de Enfermagem
DorEscala numérica, localizaçãoAnalgésicos, medidas não farmacológicasMonitorização, posicionamento
DispneiaFrequência, saturação, esforçoOxigenoterapia, broncodilatadoresPosição fowler, ambiente ventilado
Náuseas/VômitosFrequência, fatores desencadeantesAntieméticos, dieta fracionadaHigiene oral, ambiente agradável
ConstipaçãoFrequência evacuatória, consistênciaLaxantes, fibras, hidrataçãoMassagem abdominal, privacidade
⚠️ Comunicação em Cuidados Paliativos

• Ser honesto e compassivo
• Respeitar o ritmo do paciente
• Usar linguagem clara e simples
• Permitir expressão de sentimentos
• Oferecer esperança realista
• Incluir a família nas discussões

💡 Cuidados no Final da Vida

• Manter conforto e dignidade
• Permitir presença da família
• Respeitar rituais religiosos
• Controlar sintomas até o final
• Preparar família para o luto

🎯 Simulador: Avaliação da Dor

Situação: Paciente oncológico relata dor 8/10, contínua, em queimação no abdome.

Aguardar próximo horário da medicação
Comunicar médico para ajuste analgésico
Orientar que a dor é normal
Aplicar compressa fria


Apostila Urgência/Emergência e Segurança – Técnico em Enfermagem

Urgência/Emergência e Segurança

Apostila Completa – Técnico em Enfermagem

Prefeitura de Biguaçu/SC – Banca FURB

Atendimento de Emergência e Segurança do Paciente

🚨 Índice do Conteúdo

  • 1. Classificação de Risco
  • 2. Suporte Básico de Vida
  • 3. Emergências Cardiovasculares
  • 4. Emergências Respiratórias
  • 5. Trauma e Primeiros Socorros
  • 6. Intoxicações e Envenenamentos
  • 7. Segurança do Paciente
  • 8. Protocolos de Emergência
1
Classificação de Risco
A classificação de risco é um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento.
🔴

EMERGÊNCIA

Atendimento imediato
Risco de morte

🟡

URGÊNCIA

Até 60 minutos
Risco moderado

🟢

POUCO URGENTE

Até 120 minutos
Risco baixo

🔵

NÃO URGENTE

Até 240 minutos
Sem risco

ClassificaçãoTempo MáximoExemplos de SituaçõesSinais Vitais
VERMELHOImediatoPCR, choque, coma, hemorragia graveInstáveis ou ausentes
AMARELO60 minutosIAM, AVC, fraturas expostasAlterados mas estáveis
VERDE120 minutosDor moderada, febre baixaEstáveis
AZUL240 minutosConsultas de rotina, atestadosNormais
📋 Protocolo de Manchester

Fluxograma de Decisão:
1. Discriminadores de emergência (vermelho)
2. Discriminadores de urgência (amarelo)
3. Discriminadores de urgência menor (verde)
4. Discriminadores não urgentes (azul)

🎯 Simulador: Classificação de Risco

Situação: Paciente de 45 anos com dor torácica intensa há 30 minutos, sudorese, PA 180×110.

Vermelho – Emergência
Amarelo – Urgência
Verde – Pouco urgente
Azul – Não urgente
2
Suporte Básico de Vida (SBV)
💓 Parada Cardiorrespiratória
Situação de emergência máxima que requer atendimento imediato
🔄 Algoritmo de RCP – Adulto
1. Verificar responsividade e respiração (máximo 10 segundos)
2. Acionar o serviço de emergência (SAMU 192)
3. Posicionar o paciente em superfície rígida
4. Posicionar as mãos no centro do tórax
5. Compressões: 30 compressões + 2 ventilações
6. Frequência: 100-120 compressões/minuto
7. Profundidade: 5-6 cm em adultos
8. Permitir retorno completo do tórax
👐
Compressões Torácicas
Posição: centro do tórax, entre os mamilos. Profundidade: 5-6 cm. Frequência: 100-120/min.
🫁
Ventilação
2 ventilações após 30 compressões. Duração: 1 segundo cada. Observar elevação do tórax.
DEA
Desfibrilador Externo Automático. Usar assim que disponível. Seguir comandos de voz.
🔄
Ciclos
Continuar até chegada do SAMU ou retorno da circulação espontânea.
Faixa EtáriaCompressõesProfundidadeFrequênciaRelação C:V
Adulto (>8 anos)2 mãos5-6 cm100-120/min30:2
Criança (1-8 anos)1 ou 2 mãos1/3 do tórax100-120/min30:2 (15:2 com 2 socorristas)
Lactente (<1 ano)2 dedos1/3 do tórax100-120/min30:2 (15:2 com 2 socorristas)
🚨 Sinais de PCR

• Inconsciência
• Ausência de respiração normal
• Ausência de pulso (profissionais)
• Cianose
• Palidez extrema

⏱️ Cronômetro de RCP
00:00
Ciclo: 0
Instruções:
• 30 compressões + 2 ventilações = 1 ciclo
• Trocar socorrista a cada 2 minutos
• Verificar ritmo a cada 2 minutos
3
Emergências Cardiovasculares
As emergências cardiovasculares são situações que requerem diagnóstico e tratamento imediatos para prevenir morte ou sequelas graves.
💔
Infarto Agudo do Miocárdio
Dor torácica intensa, irradiação para braço esquerdo, sudorese, náuseas. ECG e enzimas cardíacas.
Arritmias Graves
Taquicardia ventricular, fibrilação ventricular, bloqueios AV completos. Monitorização contínua.
💨
Edema Agudo de Pulmão
Dispneia intensa, ortopneia, escarros róseos, crepitações pulmonares.
📈
Crise Hipertensiva
PA >180/120 mmHg com sintomas. Cefaleia, alterações visuais, confusão mental.
CondiçãoSinais e SintomasCuidados ImediatosMedicações
IAMDor torácica, sudorese, náuseasO2, ECG, acesso venosoAAS, morfina, nitratos
EAPDispneia, ortopneia, cianosePosição fowler, O2Furosemida, morfina
Choque CardiogênicoHipotensão, taquicardia, oligúriaMonitorização, acesso venosoDobutamina, dopamina
Crise HipertensivaPA elevada, cefaleia, confusãoRepouso, monitorizaçãoCaptopril, nifedipina
🩺 Protocolo de Dor Torácica

1. Avaliação inicial: OPQRST (Onset, Provocação, Qualidade, Região, Severidade, Tempo)
2. Sinais vitais: PA, FC, FR, SatO2, temperatura
3. ECG: 12 derivações em até 10 minutos
4. Acesso venoso: SF 0,9% em veia calibrosa
5. Oxigenoterapia: se SatO2 <90%

⚠️ Sinais de Gravidade

• Dor torácica com irradiação
• Sudorese profusa
• Dispneia súbita
• Síncope ou pré-síncope
• Alterações do ECG
• Instabilidade hemodinâmica

4
Emergências Respiratórias
🫁 Insuficiência Respiratória Aguda
Incapacidade do sistema respiratório em manter oxigenação adequada
🌪️
Crise Asmática
Broncoespasmo, dispneia, sibilos, uso de musculatura acessória. Broncodilatadores e corticoides.
💨
Pneumotórax
Dor torácica súbita, dispneia, diminuição do murmúrio vesicular. Drenagem torácica.
🦠
Pneumonia Grave
Febre, tosse produtiva, dispneia, alterações radiológicas. Antibioticoterapia.
🩸
Embolia Pulmonar
Dispneia súbita, dor torácica, taquicardia, hipoxemia. Anticoagulação.
CondiçãoSinais ClínicosOxigenoterapiaTratamento
Asma GraveSibilos, tiragem, cianoseO2 para SatO2 >92%Salbutamol, prednisolona
DPOC ExacerbadoDispneia, tosse, expectoraçãoO2 controlado (88-92%)Broncodilatadores, corticoides
PneumotóraxDor torácica, dispneiaO2 suplementarDrenagem torácica
Embolia PulmonarDispneia súbita, taquicardiaO2 para SatO2 >90%Anticoagulação, trombolíticos
🎯 Avaliação da Dispneia
1. Verificar vias aéreas pérvias
2. Avaliar padrão respiratório
3. Ausculta pulmonar
4. Oximetria de pulso
5. Gasometria arterial se necessário
6. Radiografia de tórax
📊 Calculadora de Fluxo de O2
5
Trauma e Primeiros Socorros
O atendimento ao trauma segue a sequência ABCDE, priorizando as funções vitais e identificando lesões que ameaçam a vida.
🔤 Protocolo ABCDE do Trauma
A – Airway: Vias aéreas com controle cervical
B – Breathing: Respiração e ventilação
C – Circulation: Circulação com controle de hemorragias
D – Disability: Avaliação neurológica
E – Exposure: Exposição com controle de hipotermia
🩸
Hemorragias
Compressão direta, elevação do membro, pontos de pressão. Torniquete em último caso.
🦴
Fraturas
Imobilização, controle da dor, avaliação neurovascular. Não reduzir fraturas expostas.
🔥
Queimaduras
Resfriamento com água corrente, avaliação da extensão, hidratação venosa.
🧠
TCE
Escala de Glasgow, pupilas, sinais de hipertensão intracraniana.
Tipo de TraumaAvaliaçãoCuidados ImediatosComplicações
TCEGlasgow, pupilas, déficitsImobilização cervical, O2Hipertensão intracraniana
Trauma TorácicoRespiração, auscultaO2, drenagem se necessárioPneumotórax, hemotórax
Trauma AbdominalDor, rigidez, sinais de choqueJejum, acesso venosoHemorragia interna
Trauma de ExtremidadesDeformidade, pulsosImobilização, analgesiaSíndrome compartimental
🛡️ Regra dos 9% – Queimaduras

Cabeça e pescoço: 9%
Cada braço: 9%
Tórax anterior: 18%
Dorso: 18%
Cada perna: 18%
Períneo: 1%

🎯 Simulador: Escala de Glasgow

Situação: Paciente abre os olhos ao chamado, fala palavras desconexas, localiza a dor.

Glasgow 15
Glasgow 11
Glasgow 8
Glasgow 13
6
Intoxicações e Envenenamentos
As intoxicações podem ser acidentais ou intencionais, por via oral, inalatória, cutânea ou parenteral. O tratamento varia conforme o agente tóxico.
💊
Medicamentos
Lavagem gástrica, carvão ativado, antídotos específicos. Monitorização contínua.
🧪
Produtos Químicos
Descontaminação, irrigação copiosa, suporte ventilatório se necessário.
🐍
Animais Peçonhentos
Identificação do animal, soroterapia específica, cuidados locais.
🍄
Plantas Tóxicas
Identificação da planta, lavagem gástrica, tratamento sintomático.
Tipo de IntoxicaçãoSinais e SintomasTratamentoAntídoto
OrganofosforadosMiose, sialorreia, fasciculaçõesDescontaminação, atropinaAtropina, pralidoxima
ParacetamolNáuseas, vômitos, hepatotoxicidadeLavagem gástrica, N-acetilcisteínaN-acetilcisteína
Monóxido de CarbonoCefaleia, náuseas, confusãoO2 a 100%, câmara hiperbáricaOxigênio
OpiáceosMiose, depressão respiratóriaSuporte ventilatório, naloxonaNaloxona
☎️ Centro de Informações Toxicológicas

CIT Nacional: 0800 722 6001
Disponível 24h: Orientações sobre intoxicações
Informações necessárias: Produto, quantidade, tempo, sintomas
Nunca provocar vômito: Em produtos corrosivos

⚠️ Contraindicações para Vômito

• Produtos corrosivos (ácidos, bases)
• Derivados de petróleo
• Paciente inconsciente
• Convulsões
• Objetos pontiagudos ingeridos

💉 Principais Antídotos

Atropina: Organofosforados, carbamatos
Naloxona: Opiáceos
Flumazenil: Benzodiazepínicos
N-acetilcisteína: Paracetamol
Azul de metileno: Metemoglobinemia

7
Segurança do Paciente
A segurança do paciente é um conjunto de ações para reduzir o risco de danos desnecessários associados ao cuidado de saúde ao mínimo aceitável.
🆔
Identificação do Paciente
Usar dois identificadores: nome completo e data de nascimento. Pulseira de identificação.
💊
Medicação Segura
9 certos: paciente, medicamento, dose, via, horário, registro, orientação, forma, resposta.
🧼
Higienização das Mãos
5 momentos: antes do contato, antes de procedimento, após risco de exposição, após contato, após ambiente.
🏥
Cirurgia Segura
Lista de verificação: identificação, sítio cirúrgico, consentimento, alergias, equipamentos.
Meta de SegurançaObjetivoAçõesIndicadores
IdentificaçãoIdentificar corretamente o pacientePulseira, 2 identificadores% pacientes com pulseira
ComunicaçãoMelhorar comunicaçãoSBAR, passagem de plantãoEventos por falha comunicação
MedicaçãoMelhorar segurança medicamentosa9 certos, dupla checagemErros de medicação
CirurgiaAssegurar cirurgia seguraLista verificação, time outCirurgias em local errado
📝 Protocolo SBAR

S – Situation: Situação atual do paciente
B – Background: Histórico relevante
A – Assessment: Avaliação atual
R – Recommendation: Recomendação/solicitação

🛡️ Prevenção de Quedas

Fatores de risco: Idade >65 anos, medicamentos, déficit cognitivo
Medidas preventivas: Grades no leito, campainha ao alcance, calçados adequados
Avaliação: Escala de Morse, reavaliação diária

💡 Cultura de Segurança

• Notificação de eventos adversos
• Aprendizado com erros
• Comunicação aberta
• Trabalho em equipe
• Melhoria contínua

8
Protocolos de Emergência
Os protocolos de emergência padronizam o atendimento, garantindo qualidade e segurança no cuidado aos pacientes críticos.
🚨 Código Azul – PCR
1. Identificar PCR e acionar código azul
2. Iniciar RCP imediatamente
3. Trazer carro de emergência e DEA
4. Estabelecer via aérea avançada
5. Acesso vascular e medicações
6. Identificar e tratar causas reversíveis
🔴
Código Vermelho
Hemorragia maciça. Acionamento de banco de sangue, cirurgia, UTI. Controle imediato do sangramento.
🟡
Código Amarelo
Emergência interna. Evacuação parcial, isolamento de área, acionamento de equipes especializadas.
Código Cinza
Agressão/violência. Segurança, isolamento do agressor, proteção de pacientes e funcionários.
👶
Código Rosa
Sequestro de recém-nascido. Bloqueio de saídas, verificação de identidade, acionamento da polícia.
CódigoSituaçãoAções ImediatasEquipe Acionada
AzulParada cardiorrespiratóriaRCP, DEA, medicaçõesMédico, enfermeiro, fisioterapeuta
VermelhoHemorragia maciçaControle sangramento, hemotransfusãoCirurgião, anestesista, banco sangue
BrancoEmergência pediátricaSuporte avançado pediátricoPediatra, enfermeiro pediátrico
VerdeEmergência psiquiátricaContenção, medicação, proteçãoPsiquiatra, segurança, enfermagem
💉 Medicações de Emergência

Adrenalina: 1mg IV/IO a cada 3-5 min na PCR
Amiodarona: 300mg IV na FV/TV sem pulso
Atropina: 0,5mg IV na bradicardia sintomática
Adenosina: 6mg IV rápido na TPSV
Naloxona: 0,4-2mg IV na intoxicação por opiáceos

⚠️ Causas Reversíveis de PCR (4H e 4T)

4H: Hipóxia, Hipovolemia, Hiper/hipokalemia, Hipotermia
4T: Trombose (coronária/pulmonar), Tamponamento, Tensão (pneumotórax), Tóxicos

🎯 Simulador: Protocolo de Emergência

Situação: Paciente inconsciente, sem pulso, sem respiração. Qual o primeiro código a acionar?

Código Azul
Código Vermelho
Código Amarelo
Código Verde


Apostila Imunização e Educação em Saúde – Técnico em Enfermagem

Imunização e Educação em Saúde

Apostila Completa – Técnico em Enfermagem

Prefeitura de Biguaçu/SC – Banca FURB

Calendário Vacinal e Promoção da Saúde

💉 Índice do Conteúdo

  • 1. Calendário Nacional de Vacinação
  • 2. Técnicas de Administração
  • 3. Rede de Frio
  • 4. Contraindicações e Eventos Adversos
  • 5. Imunização Especial
  • 6. Educação em Saúde
  • 7. Promoção da Saúde
  • 8. Vigilância Epidemiológica
1
Calendário Nacional de Vacinação
O Calendário Nacional de Vacinação estabelece as vacinas obrigatórias e gratuitas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para toda a população brasileira.
💉 Programa Nacional de Imunizações (PNI)
Criado em 1973, é um dos maiores programas de imunização do mundo

🍼 Ao Nascer

  • BCG – 1ª dose
  • Hepatite B – 1ª dose

👶 2 Meses

  • Pentavalente – 1ª dose
  • VIP – 1ª dose
  • Pneumocócica 10 – 1ª dose
  • Rotavírus – 1ª dose

👶 4 Meses

  • Pentavalente – 2ª dose
  • VIP – 2ª dose
  • Pneumocócica 10 – 2ª dose
  • Rotavírus – 2ª dose

👶 6 Meses

  • Pentavalente – 3ª dose
  • VIP – 3ª dose
  • Pneumocócica 10 – 3ª dose

🧒 12 Meses

  • Tríplice viral – 1ª dose
  • Pneumocócica 10 – reforço
  • Meningocócica C – 1ª dose

🧒 15 Meses

  • DTP – 1º reforço
  • VOP – 1º reforço
  • Hepatite A – dose única
  • Tetra viral – dose única
VacinaComposiçãoIdadeDosesVia
BCGBacilo Calmette-GuérinAo nascerDose únicaID
Hepatite BAntígeno de superfície0, 2, 6 meses3 dosesIM
PentavalenteDTP + Hib + HB2, 4, 6 meses3 dosesIM
Pneumocócica 1010 sorotipos2, 4, 6, 12 meses3 + 1 reforçoIM
RotavírusVírus vivo atenuado2, 4 meses2 dosesVO
Tríplice ViralSarampo, caxumba, rubéola12 meses, 15 meses2 dosesSC
📅 Esquema Vacinal Adolescente

11-14 anos:
• HPV – 2 doses (intervalo de 6 meses)
• Meningocócica ACWY – 1 dose
• dT – reforço a cada 10 anos
• Hepatite B – 3 doses (se não vacinado)
• Febre amarela – 1 dose (áreas de risco)

📊 Calculadora de Idade Vacinal
2
Técnicas de Administração
A administração correta de vacinas é fundamental para garantir a eficácia imunológica e a segurança do paciente.
💉
Via Intramuscular (IM)
Local: vasto lateral da coxa (crianças), deltoide (adultos). Ângulo: 90°. Agulha: 25x7mm ou 25x8mm.
🔹
Via Subcutânea (SC)
Local: região deltoidea, face anterior da coxa. Ângulo: 45°. Agulha: 13×4,5mm. Volume máximo: 1,5ml.
🔸
Via Intradérmica (ID)
Local: inserção inferior do deltoide direito. Ângulo: 15°. Agulha: 13×4,5mm. Apenas BCG.
👄
Via Oral (VO)
Vacinas: rotavírus, poliomielite oral. Administrar diretamente na boca. Não diluir em água.
🎯 Técnica dos 5 Certos

1. Paciente certo: Conferir nome e data de nascimento
2. Vacina certa: Verificar nome e validade
3. Dose certa: Conferir volume e concentração
4. Via certa: IM, SC, ID ou VO conforme indicação
5. Hora certa: Respeitar intervalos mínimos

ViaLocalÂnguloAgulhaVolume Máximo
IntramuscularVasto lateral, deltoide90°25x7mm, 25x8mm2ml (criança), 3ml (adulto)
SubcutâneaDeltoide, coxa anterior45°13×4,5mm1,5ml
IntradérmicaDeltoide direito15°13×4,5mm0,1ml
OralBocaConforme fabricante
🧼 Procedimento de Administração

1. Higienização das mãos
2. Verificar prescrição e cartão vacinal
3. Preparar material e vacina
4. Orientar paciente/responsável
5. Posicionar adequadamente
6. Fazer antissepsia do local
7. Administrar a vacina
8. Registrar no cartão e sistema

⚠️ Cuidados Especiais

• Não aspirar antes da aplicação IM
• Não massagear o local após aplicação
• Aguardar 15-20 minutos para observação
• Manter paciente em observação
• Ter adrenalina disponível para anafilaxia

3
Rede de Frio
❄️ Sistema de Conservação de Vacinas
Conjunto de procedimentos para manter a qualidade dos imunobiológicos
A rede de frio é o processo de recebimento, armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos do PNI, em condições adequadas de refrigeração.
🌡️
Temperatura Ideal
+2°C a +8°C para a maioria das vacinas. Nunca congelar. Monitoramento contínuo com termômetro digital.
📦
Armazenamento
Geladeira exclusiva, organização por tipo, FEFO (primeiro a vencer, primeiro a sair), distância das paredes.
🚚
Transporte
Caixa térmica, bobinas de gelo reciclável, termômetro, tempo máximo de transporte respeitado.
📊
Monitoramento
Registro diário de temperatura, gráficos de controle, procedimentos em caso de alteração.
NívelLocalEquipamentoTemperaturaCapacidade
NacionalMinistério da SaúdeCâmaras frigoríficas-25°C a -15°CGrande volume
RegionalCentrais EstaduaisCâmaras frigoríficas+2°C a +8°CMédio volume
LocalUnidades de SaúdeGeladeiras+2°C a +8°CPequeno volume
TransporteVeículosCaixas térmicas+2°C a +8°CConforme necessidade
📋 Organização da Geladeira

Prateleira superior: Vacinas que podem congelar (tríplice viral, varicela, febre amarela)
Prateleira central: Vacinas que não podem congelar (DTP, hepatite B, Hib)
Gaveta de verduras: Soros e diluentes
Porta: Nunca armazenar vacinas

🚨 Procedimento de Emergência

Alteração de temperatura:
• Não utilizar as vacinas
• Manter refrigeração
• Comunicar imediatamente à vigilância
• Preencher formulário de investigação
• Aguardar orientação técnica

🌡️ Monitor de Temperatura
4
Contraindicações e Eventos Adversos
As contraindicações podem ser absolutas ou relativas. É fundamental conhecê-las para garantir a segurança da vacinação.
🚫 Contraindicações Absolutas

• Reação anafilática prévia à vacina
• Imunodeficiência grave (vacinas vivas)
• Gravidez (vacinas vivas)
• Doença febril aguda grave
• Uso de imunossupressores (vacinas vivas)

🤒
Eventos Leves
Dor local, eritema, febre baixa, irritabilidade. Tratamento sintomático, compressas frias.
⚠️
Eventos Moderados
Febre alta, convulsão febril, choro persistente. Observação médica, antitérmicos.
🚨
Eventos Graves
Anafilaxia, convulsão afebril, encefalopatia. Atendimento de emergência imediato.
📝
Notificação
Todos os eventos adversos devem ser notificados ao SIPNI e investigados adequadamente.
VacinaContraindicaçõesEventos ComunsEventos Raros
BCGImunodeficiência, peso <2kgÚlcera local, adeniteBCGite disseminada
Tríplice ViralGravidez, imunodeficiênciaFebre, exantemaEncefalite, trombocitopenia
DTPEncefalopatia préviaFebre, dor localConvulsão, choque
RotavírusImunodeficiência, invaginaçãoIrritabilidade, diarreiaInvaginação intestinal
🩺 Manejo da Anafilaxia

1. Reconhecer sinais: Urticária, broncoespasmo, choque
2. Posicionar: Decúbito dorsal, elevar MMII
3. Adrenalina: 0,01ml/kg IM (máx 0,5ml)
4. Oxigênio: Suporte ventilatório
5. Acesso venoso: Expansão volêmica
6. Transporte: Serviço de emergência

🎯 Simulador: Contraindicações

Situação: Criança de 6 meses com febre de 39°C há 2 dias. Pode receber vacinas?

Sim, pode vacinar normalmente
Não, aguardar melhora do quadro
Vacinar apenas se não tiver convulsão
Vacinar com dose reduzida
5
Imunização Especial
Os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) atendem pessoas com condições clínicas específicas que necessitam de vacinas especiais.
🏥 CRIE – Centro de Referência
Atendimento especializado para grupos de risco e situações especiais
🩸
Imunodeficiências
HIV, câncer, transplantados. Vacinas inativadas preferencialmente. Avaliação individual do risco-benefício.
🫀
Cardiopatias
Pneumocócica 23, influenza anual. Prevenção de infecções respiratórias que podem descompensar.
🫁
Pneumopatias
Asma, DPOC, fibrose cística. Pneumocócica, influenza, coqueluche. Proteção respiratória.
🩸
Coagulopatias
Hemofilia, uso de anticoagulantes. Técnica especial, compressão prolongada, via subcutânea quando possível.
CondiçãoVacinas IndicadasVacinas ContraindicadasObservações
HIVInativadas, pneumocócica 23Vivas (se CD4 baixo)Avaliar carga viral e CD4
TransplantadosInativadas, pneumocócicaTodas as vivasAguardar 3-6 meses pós-transplante
AspleniaPneumocócica, meningocócica, HibNenhuma específicaRisco aumentado de sepse
DiabetesInfluenza, pneumocócica, hepatite BNenhuma específicaControle glicêmico adequado
📋 Critérios para CRIE

• Imunodeficiências congênitas ou adquiridas
• Transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea
• Portadores de coagulopatias
• Comunicantes de imunodeficientes
• Situações especiais (prematuros, etc.)

💡 Vacinação do Viajante

Febre amarela: Obrigatória para áreas endêmicas
Hepatite A: Recomendada para viagens internacionais
Meningocócica ACWY: Hajj, cinturão da meningite
Cólera: Situações específicas de surto

6
Educação em Saúde
A educação em saúde é um processo político-pedagógico que visa desenvolver a consciência crítica das pessoas sobre os determinantes da saúde e promover a participação social.
📚 Processo Educativo em Saúde
Transformação de conhecimentos em práticas saudáveis
🎯
Planejamento
Diagnóstico situacional, definição de objetivos, identificação do público-alvo, seleção de estratégias.
👥
Metodologias
Palestras, grupos educativos, materiais impressos, mídias digitais, teatro, dinâmicas participativas.
📊
Avaliação
Indicadores de processo e resultado, mudança de comportamento, satisfação dos participantes.
🔄
Continuidade
Reforço das mensagens, acompanhamento, adequação das estratégias, sustentabilidade das ações.
Público-AlvoTemas PrioritáriosEstratégiasRecursos
GestantesPré-natal, amamentação, cuidados RNGrupos, consultas individuaisCartilhas, vídeos, bonecas
Pais/CuidadoresVacinação, desenvolvimento infantilPalestras, rodas de conversaCalendário vacinal, folders
AdolescentesSexualidade, drogas, violênciaOficinas, teatro, jogosMídias sociais, aplicativos
IdososEnvelhecimento ativo, medicaçõesGrupos de convivênciaMaterial com letra grande
📋 Etapas do Processo Educativo

1. Diagnóstico: Identificar necessidades e recursos
2. Planejamento: Definir objetivos e estratégias
3. Implementação: Executar as ações planejadas
4. Avaliação: Medir resultados e impactos
5. Replanejamento: Ajustar com base na avaliação

🎨 Recursos Educativos

Visuais: Cartazes, folders, infográficos, apresentações
Audiovisuais: Vídeos, documentários, animações
Interativos: Jogos, aplicativos, simuladores
Práticos: Demonstrações, oficinas, experimentos

Princípios da Educação Popular

• Partir da realidade dos participantes
• Valorizar o conhecimento prévio
• Promover a participação ativa
• Estimular a reflexão crítica
• Construir conhecimento coletivamente

7
Promoção da Saúde
A promoção da saúde é o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo maior participação no controle deste processo.
🌟 Carta de Ottawa (1986)

Marco conceitual da promoção da saúde moderna, estabelecendo cinco campos de ação prioritários para a promoção da saúde.

🏛️
Políticas Públicas
Desenvolvimento de políticas que favoreçam a saúde em todos os setores governamentais.
🌍
Ambientes Favoráveis
Criação de ambientes físicos e sociais que apoiem e facilitem escolhas saudáveis.
👥
Ação Comunitária
Fortalecimento da participação social e do controle comunitário sobre as questões de saúde.
🎯
Habilidades Pessoais
Desenvolvimento de competências individuais para fazer escolhas saudáveis.
DeterminanteFatoresIntervençõesResultados Esperados
SocioeconômicosRenda, educação, empregoPolíticas de transferência de rendaRedução das desigualdades
AmbientaisSaneamento, poluição, habitaçãoPolíticas ambientaisAmbientes mais saudáveis
ComportamentaisAlimentação, atividade físicaEducação em saúdeMudança de comportamento
BiológicosGenética, idade, sexoRastreamento, prevençãoDetecção precoce
🎯 Estratégias de Promoção

Advocacia: Defender causas de saúde junto aos tomadores de decisão
Capacitação: Desenvolver habilidades individuais e coletivas
Mediação: Articular diferentes setores e interesses
Comunicação: Informar e sensibilizar a população
Mobilização: Engajar a comunidade nas ações

🏃 Programa Academia da Saúde

Objetivo: Promover práticas corporais e atividade física
Público: Toda a população, especialmente grupos vulneráveis
Atividades: Exercícios, dança, caminhada, orientação nutricional
Local: Polos da Academia da Saúde nos territórios

🎯 Simulador: Promoção da Saúde

Situação: Comunidade com alta prevalência de diabetes. Qual a melhor estratégia de promoção?

Apenas distribuir medicamentos
Grupos educativos + atividade física
Somente consultas médicas
Campanhas publicitárias
8
Vigilância Epidemiológica
A vigilância epidemiológica é um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva.
🔍 Sistema de Vigilância
Coleta, análise e disseminação de dados para ação em saúde pública
📊
Coleta de Dados
Notificação compulsória, investigação epidemiológica, sistemas de informação em saúde.
🔬
Análise
Processamento, análise estatística, identificação de padrões, tendências e surtos.
📢
Disseminação
Boletins epidemiológicos, relatórios, comunicação aos profissionais e população.
Resposta
Medidas de controle, investigação de surtos, ações preventivas e corretivas.
DoençaNotificaçãoInvestigaçãoMedidas de Controle
SarampoImediata (24h)ObrigatóriaIsolamento, vacinação de bloqueio
MeningiteImediata (24h)ObrigatóriaQuimioprofilaxia dos contatos
Hepatite ViralSemanalCasos gravesVacinação, medidas de precaução
TuberculoseSemanalTodos os casosTratamento supervisionado
📋 Investigação Epidemiológica

1. Confirmação do diagnóstico
2. Coleta de dados (pessoa, tempo, lugar)
3. Identificação da fonte de infecção
4. Identificação dos contatos
5. Implementação de medidas de controle
6. Elaboração do relatório final

🚨 Doenças de Notificação Imediata

• Sarampo, rubéola, caxumba
• Meningites virais e bacterianas
• Febre amarela
• Poliomielite
• Difteria, coqueluche, tétano
• Eventos adversos pós-vacinação graves

📈 Calculadora de Cobertura Vacinal


Apostila Legislação e Ética Profissional – Técnico em Enfermagem

Legislação e Ética Profissional

Apostila Completa – Técnico em Enfermagem

Prefeitura de Biguaçu/SC – Banca FURB

Lei do Exercício Profissional e Código de Ética

🎉 SÉRIE COMPLETA FINALIZADA! 🎉
Esta é a 8ª e última apostila da série completa para o concurso de Técnico em Enfermagem.
Parabéns! Você agora possui todo o material necessário para sua aprovação!

⚖️ Índice do Conteúdo

  • 1. Lei do Exercício Profissional
  • 2. Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem
  • 3. Sistema COFEN/COREN
  • 4. Competências e Atribuições
  • 5. Infrações e Penalidades
  • 6. Processo Ético-Disciplinar
  • 7. Bioética e Direitos do Paciente
  • 8. Casos Práticos e Situações Éticas
1
Lei do Exercício Profissional
A Lei nº 7.498/1986 regulamenta o exercício da enfermagem no Brasil, estabelecendo as competências de cada categoria profissional e as condições para o exercício da profissão.
⚖️ Lei nº 7.498/1986
Regulamenta o exercício da enfermagem e dá outras providências
📜 Art. 1º – Categorias Profissionais

I – Enfermeiro
II – Técnico de Enfermagem
III – Auxiliar de Enfermagem
IV – Parteiro

🎓
Enfermeiro
Portador de diploma de graduação em enfermagem. Exerce atividades de maior complexidade técnica e responsabilidade.
🔧
Técnico de Enfermagem
Portador de certificado de técnico de enfermagem. Atua sob supervisão do enfermeiro em atividades de nível médio.
🤝
Auxiliar de Enfermagem
Portador de certificado de auxiliar de enfermagem. Executa atividades elementares sob supervisão.
👶
Parteiro
Portador de certificado de parteiro. Presta assistência à parturiente e ao recém-nascido.
CategoriaFormação MínimaRegistroSupervisão
EnfermeiroGraduação em EnfermagemCORENNão necessita
Técnico de EnfermagemCurso TécnicoCORENEnfermeiro
Auxiliar de EnfermagemCurso de AuxiliarCORENEnfermeiro
ParteiroCurso de ParteiroCORENEnfermeiro Obstetra
📋 Condições para o Exercício

• Estar registrado no COREN da jurisdição
• Possuir formação mínima exigida
• Estar em dia com as anuidades
• Não estar impedido por decisão judicial
• Cumprir o Código de Ética Profissional

⚠️ Exercício Ilegal da Profissão

Constitui crime:
• Exercer a enfermagem sem registro no COREN
• Usar título que não possui
• Exercer atividades privativas sem habilitação
• Permitir que pessoa não habilitada execute atividades de enfermagem

2
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem
O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Resolução COFEN nº 564/2017) estabelece os princípios, direitos, responsabilidades, deveres e proibições pertinentes à conduta ética dos profissionais de enfermagem.
📖 Resolução COFEN nº 564/2017
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem
🎯
Princípios Fundamentais
Dignidade humana, integralidade, resolutividade, universalidade, equidade, participação social.
Direitos
Exercer a profissão com liberdade, autonomia e ser tratado com respeito pela equipe de saúde.
📋
Responsabilidades
Exercer a profissão com competência, responsabilidade e honestidade.
🚫
Proibições
Ações que comprometam a segurança, dignidade e direitos da pessoa, família e coletividade.
Princípios Fundamentais

• A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e qualidade de vida da pessoa
• O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde
• O profissional respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos
• O profissional exerce suas atividades com competência para a promoção do ser humano

CapítuloTemaPrincipais Aspectos
IDas relações profissionaisRespeito, colaboração, comunicação
IIDo sigilo profissionalConfidencialidade, privacidade
IIIDo ensino, pesquisa e produção técnico-científicaÉtica na pesquisa, consentimento
IVDa publicidadePropaganda ética, veracidade
VDas infrações e penalidadesAdvertência, multa, suspensão, cassação
🔒 Sigilo Profissional

• Manter sigilo sobre fato de que tenha conhecimento em razão da atividade profissional
• Revelar fato de que tenha conhecimento somente quando houver justa causa
• Orientar pessoa sob sua responsabilidade sobre o sigilo profissional
• Manter segredo sobre cliente que, mesmo não estando sob seus cuidados, conhece em razão de sua atividade

🎯 Simulador: Ética Profissional

Situação: Um técnico de enfermagem presencia um colega administrando medicação errada. Qual a conduta ética correta?

Ignorar a situação
Comunicar imediatamente ao enfermeiro
Comentar com outros colegas
Aguardar para ver se haverá consequências
3
Sistema COFEN/COREN
O Sistema COFEN/COREN é composto pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e pelos Conselhos Regionais de Enfermagem (COREN), responsáveis pela fiscalização do exercício profissional da enfermagem.
🏛️ Lei nº 5.905/1973
Criação do COFEN e dos COREN
🇧🇷
COFEN
Conselho Federal de Enfermagem. Órgão disciplinador e fiscalizador do exercício profissional em âmbito nacional.
🏢
COREN
Conselhos Regionais de Enfermagem. Executam a fiscalização do exercício profissional em suas jurisdições.
📝
Registro Profissional
Inscrição obrigatória no COREN para exercer a profissão. Renovação anual mediante pagamento de anuidade.
🔍
Fiscalização
Verificação do cumprimento da legislação profissional e aplicação de penalidades quando necessário.
🎯 Competências do COFEN

• Regulamentar e expedir instruções para uniformidade de procedimento
• Aprovar os regimentos dos COREN
• Decidir em última instância os assuntos relacionados ao exercício profissional
• Aprovar e fiscalizar cursos de graduação e técnico
• Expedir resoluções e decisões que se fizerem necessárias

🏢 Competências do COREN

• Registrar os profissionais de enfermagem
• Fiscalizar o exercício profissional
• Aplicar penalidades disciplinares
• Expedir carteira de identidade profissional
• Zelar pelo cumprimento do Código de Ética

ÓrgãoComposiçãoMandatoPrincipais Funções
COFENPresidente + 8 membros efetivos3 anosNormatização, regulamentação
CORENPresidente + membros efetivos3 anosRegistro, fiscalização
PlenárioTodos os conselheirosDeliberações, julgamentos
Câmaras TécnicasConselheiros especialistasPareceres técnicos
📋 Processo de Registro

1. Apresentar documentação exigida
2. Pagar taxa de inscrição
3. Análise da documentação pelo COREN
4. Deferimento da inscrição
5. Emissão da carteira profissional
6. Pagamento de anuidade para manter registro ativo

4
Competências e Atribuições
As competências e atribuições de cada categoria profissional estão definidas na Lei do Exercício Profissional e em resoluções específicas do COFEN.
👨‍⚕️ Art. 11 – Atividades Privativas do Enfermeiro

I – Direção do órgão de enfermagem
II – Organização e direção dos serviços de enfermagem
III – Planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem
IV – Prescrição da assistência de enfermagem
V – Cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida
VI – Cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica

🔧 Técnico de Enfermagem – Art. 12

• Assistir ao enfermeiro no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência de enfermagem
• Prestar cuidados diretos de enfermagem a pacientes em estado grave
• Participar dos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde
• Participar dos programas de educação sanitária

🤝 Auxiliar de Enfermagem – Art. 13

• Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas
• Executar ações de tratamento simples
• Prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente
• Participar da equipe de saúde

AtividadeEnfermeiroTécnicoAuxiliar
Administração de medicamentos EV✅ Sim✅ Sim*❌ Não
Sondagem vesical✅ Sim✅ Sim*❌ Não
Aspiração de vias aéreas✅ Sim✅ Sim*❌ Não
Cuidados com traqueostomia✅ Sim✅ Sim*❌ Não
Prescrição de enfermagem✅ Sim❌ Não❌ Não
Supervisão de equipe✅ Sim❌ Não❌ Não
⚠️ Observação Importante

*Sob supervisão do enfermeiro: O técnico de enfermagem pode executar atividades de maior complexidade, mas sempre sob supervisão direta ou indireta do enfermeiro, conforme estabelecido nas resoluções do COFEN.

🚨 Atividades Vedadas

Técnico e Auxiliar NÃO podem:
• Prescrever medicamentos ou tratamentos
• Fazer diagnósticos de enfermagem
• Supervisionar outros profissionais de nível superior
• Executar atividades privativas do enfermeiro
• Assumir responsabilidade técnica por serviços

5
Infrações e Penalidades
As infrações éticas são classificadas conforme sua gravidade, e as penalidades são aplicadas de forma proporcional, sempre respeitando o direito de defesa do profissional.
⚖️ Classificação das Infrações

LEVES: Não causam danos ao paciente ou profissão
GRAVES: Causam dano ao paciente, profissão ou sociedade
GRAVÍSSIMAS: Causam morte, deformidade ou sofrimento desnecessário

⚠️
Advertência Verbal
Infrações leves. Comunicação oral com registro em ata. Caráter educativo e orientador.
📝
Advertência Escrita
Infrações leves. Comunicação por escrito. Registro no prontuário do profissional.
💰
Multa
Infrações leves e graves. Valor de 1 a 10 vezes o valor da anuidade. Pode ser cumulativa.
⏸️
Suspensão
Infrações graves. Impedimento temporário do exercício profissional por até 29 dias.
🚫
Cassação
Infrações gravíssimas. Perda definitiva do direito de exercer a profissão. Penalidade mais grave.
📋
Processo Disciplinar
Procedimento administrativo para apuração de infrações éticas. Garante ampla defesa e contraditório.
Prescrição
Infrações prescrevem em 5 anos. Suspende-se durante o processo disciplinar.
🔄
Reabilitação
Possibilidade de retorno após cassação. Prazo mínimo de 5 anos. Análise caso a caso.
PenalidadeInfraçõesCaracterísticasRegistro
Advertência VerbalLevesCaráter educativoAta da reunião
Advertência EscritaLevesComunicação formalProntuário profissional
MultaLeves e graves1 a 10x anuidadeProntuário + cobrança
SuspensãoGravesAté 29 diasPublicação oficial
CassaçãoGravíssimasPerda definitivaPublicação + cancelamento
📚 Exemplos de Infrações

LEVES: Atraso injustificado, não uso de crachá, descuido com material
GRAVES: Abandono de plantão, erro de medicação sem dano, quebra de sigilo
GRAVÍSSIMAS: Erro que causa morte, exercício sob efeito de álcool/drogas, falsificação de documentos

6
Processo Ético-Disciplinar
O processo ético-disciplinar é o procedimento administrativo instaurado para apurar infrações ao Código de Ética, garantindo o direito de defesa e o contraditório.
📋 Fases do Processo

1. DENÚNCIA: Comunicação da suposta infração
2. SINDICÂNCIA: Apuração preliminar dos fatos
3. PROCESSO: Instrução processual com defesa
4. JULGAMENTO: Decisão do plenário do COREN
5. RECURSO: Possibilidade de recurso ao COFEN

📝
Denúncia
Pode ser feita por qualquer pessoa. Deve conter identificação do denunciante e descrição dos fatos.
🔍
Sindicância
Apuração preliminar para verificar se há indícios de infração ética. Prazo de 30 dias.
⚖️
Instrução
Fase de produção de provas, oitiva de testemunhas e apresentação de defesa. Prazo de 60 dias.
🏛️
Julgamento
Decisão tomada pelo plenário do COREN. Pode absolver ou aplicar penalidade.
🛡️ Direitos do Profissional

• Ser notificado de todos os atos processuais
• Ter acesso aos autos do processo
• Apresentar defesa e produzir provas
• Ser representado por advogado
• Recorrer das decisões
• Ter julgamento imparcial

FasePrazoResponsávelObjetivo
DenúnciaQualquer pessoaComunicar infração
Sindicância30 diasComissão de SindicânciaApuração preliminar
Processo60 diasComissão ProcessanteInstrução e defesa
Julgamento30 diasPlenário CORENDecisão final
Recurso30 diasCOFENRevisão da decisão
📞 Como Denunciar

• Presencialmente no COREN
• Por meio eletrônico (site, e-mail)
• Por correspondência
• Telefone (ouvidoria)
• Aplicativo móvel do COREN

7
Bioética e Direitos do Paciente
A bioética estuda os aspectos éticos das práticas de saúde, estabelecendo princípios fundamentais para a relação entre profissionais e pacientes.
🧬 Princípios da Bioética
Autonomia, Beneficência, Não-maleficência e Justiça
🗳️
Autonomia
Respeito à capacidade de decisão do paciente. Consentimento livre e esclarecido para procedimentos.
❤️
Beneficência
Obrigação de fazer o bem, promover o bem-estar e os melhores interesses do paciente.
🛡️
Não-maleficência
Primum non nocere – primeiro, não causar dano. Evitar ações que possam prejudicar o paciente.
⚖️
Justiça
Distribuição equitativa de benefícios, riscos e custos. Tratamento igualitário e justo.
📜 Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde

1. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde
2. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema
3. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação
4. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos
5. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma adequada
6. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos

🤝 Consentimento Informado

• Informação clara sobre diagnóstico e prognóstico
• Explicação sobre procedimentos e tratamentos
• Esclarecimento sobre riscos e benefícios
• Apresentação de alternativas terapêuticas
• Direito de recusar tratamento
• Linguagem acessível e compreensível

DireitoDescriçãoResponsabilidade Profissional
InformaçãoConhecer seu estado de saúdeInformar de forma clara e honesta
PrivacidadeTer sua intimidade respeitadaManter sigilo e confidencialidade
DignidadeSer tratado com respeitoAtendimento humanizado
AutonomiaParticipar das decisõesRespeitar escolhas do paciente
QualidadeReceber cuidado adequadoPrestar assistência competente
🎯 Simulador: Bioética

Situação: Paciente consciente recusa procedimento necessário para salvar sua vida. Qual a conduta ética?

Realizar o procedimento mesmo contra a vontade
Respeitar a autonomia e documentar a recusa
Convencer a família a autorizar
Ignorar a recusa por ser irracional
8
Casos Práticos e Situações Éticas
A aplicação prática dos conhecimentos éticos e legais é fundamental para o exercício profissional responsável e seguro.
📚 Caso 1: Erro de Medicação

Situação: Técnico administra medicação errada em paciente.
Conduta ética:
• Comunicar imediatamente ao enfermeiro
• Avaliar o paciente e monitorar sinais vitais
• Registrar o ocorrido no prontuário
• Comunicar à família e médico
• Preencher notificação de evento adverso

📚 Caso 2: Quebra de Sigilo

Situação: Familiar solicita informações sobre paciente.
Conduta ética:
• Verificar se há autorização do paciente
• Orientar sobre o sigilo profissional
• Encaminhar ao enfermeiro ou médico
• Não fornecer informações sem autorização
• Documentar a solicitação

📚 Caso 3: Recusa de Tratamento

Situação: Paciente recusa procedimento prescrito.
Conduta ética:
• Respeitar a autonomia do paciente
• Esclarecer sobre riscos e benefícios
• Comunicar ao enfermeiro e médico
• Documentar a recusa no prontuário
• Manter atitude respeitosa

🚨
Situação de Emergência
Em situações de risco iminente, o profissional deve agir para preservar a vida, mesmo sem consentimento expresso.
👥
Trabalho em Equipe
Colaboração respeitosa, comunicação efetiva e responsabilidade compartilhada no cuidado ao paciente.
📝
Documentação
Registro completo, legível e verdadeiro de todas as ações de enfermagem realizadas.
🎓
Educação Continuada
Responsabilidade de manter-se atualizado e buscar aprimoramento profissional constante.
SituaçãoDilema ÉticoConduta RecomendadaBase Legal
Paciente terminalInformar ou não o prognósticoRespeitar vontade do pacienteAutonomia, beneficência
Menor de idadeConsentimento dos paisEnvolver responsáveis legaisECA, Código Civil
Violência domésticaQuebrar sigilo ou nãoNotificação compulsóriaLei de notificação
Recursos limitadosPriorização de pacientesCritérios técnicos e éticosPrincípio da justiça
🎯 Tomada de Decisão Ética

1. Identificar o problema ético
2. Coletar informações relevantes
3. Identificar os envolvidos e seus interesses
4. Considerar os princípios éticos aplicáveis
5. Avaliar as alternativas possíveis
6. Escolher a melhor alternativa
7. Implementar a decisão
8. Avaliar os resultados

⚠️ Lembre-se Sempre

• O paciente é o centro do cuidado
• A segurança do paciente é prioridade
• O sigilo profissional deve ser mantido
• A dignidade humana deve ser respeitada
• A competência técnica é obrigatória
• A educação continuada é essencial


A 4ª edição deste livro “Técnicas Básicas e Enfermagem”, foi elaborado para servir como roteiro de procedimentos das ações de enfermagem para os discentes, docentes e profissionais da saúde. Procurou-se melhorar a qualidade do ensino e da assistência em todos os níveis, prestando-se um atendimento visando humanização, segurança, conforto e economia. Contribuir no controle de infecção e complicações para o cliente e profissionais de enfermagem. Para cada procedimento de enfermagem foi utilizado u m roteiro sistemático e objetivo contendo: Nome do procedimento; Definição do procedimento; Objetivo; Material necessário; Descrição do procedimento; Observações sobre o procedimento. Espera-se que este manual facilite o aprendizado da ciência de enfermagem na assistência ao ser humano em suas necessidades, contribuir para o aperfeiçoamento e desenvolvimento dos profissionais de enfermagem, para que ampliem sua autonomia e segurança, resultando em um trabalho com humanização, qualidade e competência.


O técnico de enfermagem atua em conjunto com o enfermeiro e os demais membros da equipe de Saúde no cuidado de pacientes e do ambiente hospitalar. Além de executar atividades administrativas e de assistência, ele também é responsável por diversas funções, como aplicação de medicações e vacinas, coleta de materiais para exames, preparação de instrumental para cirurgias, entre outras. Por isso, precisa ter amplo conhecimento sobre os aspectos práticos de seus deveres com os pacientes e suas famílias e a comunidade.

Escrito por uma equipe de professores com vasta experiência em ensino e prática, Tratado Técnico de Enfermagem apresenta o conteúdo necessário para formar profissionais de excelência. Da Anatomia ao cuidado crítico, aborda temas como biossegurança, imunologia, farmacologia, administração, saúde coletiva e muito mais. Sua linguagem dialógica e os diversos recursos didáticos que compõem este livro tornam o aprendizado ativo e duradouro, possibilitando que o profissional execute suas atividades com discernimento, segurança e ética.


Atuação do Técnico de Enfermagem na Terapia Intensiva – Perguntas e Respostas Esclarecedoras resgata o verdadeiro papel do Técnico de Enfermagem nas instituições de saúde, por sinal ainda não su?cientemente reconhecido, nem efetivamente valorizado.

É o Técnico de Enfermagem a argamassa, uma das vigas de sustentação da assistência hospitalar. Constitui a sua linha de frente. Assiste diuturnamente o paciente na UTI. Trabalha integralmente com grande dedicação.

De fato, cuidar de pessoas em estado crítico exige conhecimentos teóricos e práticos, regularidade e disciplina no atendimento.

Ao técnico, como também ao enfermeiro, obriga-se a realização do princípio do “fazer enfermagem” – os saberes da prática assistencial conjugados aos saberes da interpretação dos dados vitais e que se estendem à correta leitura do instrumental de monitoramento.


Este livro pretende ser um instrumento de apoio para o seu trabalho de preparação dos futuros profissionais que atuarão na área da saúde. Traduzido do original TÉCNICAS BÁSICAS DE ENFERMAGEM, na versão brasileira, apresenta adaptações para contemplar aspectos da legislação, conteúdos curriculares e culturais presentes no contexto do ensino na área da saúde, especificamente do curso Técnico em Enfermagem. Educação profissional, portanto, antes de tudo, deve ser entendida como educação abrangendo o desenvolvimento das capacidades cognitivas e também as capacidades afetivas, as relações interpessoais e os valores. A Área da saúde, na qual atuará o técnico em Enfermagem, demanda que o profissional, coloque suas competências a serviço da vida humana em quaisquer condições, independentemente da fase do ciclo vital, do gênero a que pertence ou do posicionamento do cliente/paciente no contexto social. Os conteúdos que serão estudados e as formas propostas para as suas aprendizagens pretendem colaborar para que você se torne esse profissional.




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