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🧪 Simulado PND Química
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Estrutura da Matéria e Propriedades Físico-Químicas
Material completo para estudo e preparação
Índice de Conteúdos
1.1 Modelos Atômicos Históricos
- Dalton (1803): Átomo indivisível, esfera maciça
- Thomson (1897): “Pudim de passas” – elétrons dispersos em massa positiva
- Rutherford (1911): Núcleo central positivo, elétrons orbitando
- Bohr (1913): Órbitas circulares definidas, níveis de energia quantizados
- Modelo Quântico (1926): Orbitais probabilísticos, princípio da incerteza
Núcleo: Prótons (+) e Nêutrons (neutros)
Eletrosfera: Elétrons (-) em orbitais probabilísticos
1.2 Partículas Subatômicas
| Partícula | Símbolo | Carga | Massa (u.m.a) | Localização |
|---|---|---|---|---|
| Próton | p⁺ | +1 | 1,007 | Núcleo |
| Nêutron | n⁰ | 0 | 1,009 | Núcleo |
| Elétron | e⁻ | -1 | 0,0005 | Eletrosfera |
1.3 Números Quânticos
- Principal (n): Nível de energia (1, 2, 3, 4…)
- Azimutal (ℓ): Subnível/formato orbital (0 a n-1)
- Magnético (mℓ): Orientação espacial (-ℓ a +ℓ)
- Spin (ms): Rotação do elétron (+½ ou -½)
Situação: Terceiro elétron no subnível 2p
Números quânticos:
- n = 2 (segundo nível)
- ℓ = 1 (subnível p)
- mℓ = +1 (terceiro orbital p)
- ms = +½ (primeiro elétron no orbital)
2.1 Princípios Fundamentais
- Princípio de Aufbau: Elétrons ocupam orbitais de menor energia primeiro
- Princípio de Pauli: Máximo 2 elétrons por orbital, com spins opostos
- Regra de Hund: Orbitais degenerados são preenchidos com elétrons desemparelhados primeiro
2.2 Ordem de Preenchimento
Configuração condensada: [Ar] 4s² 3d⁶
Elétrons de valência: 4s² 3d⁶ (8 elétrons)
Diagrama de orbitais para o Nitrogênio (N, Z=7):
2.3 Configurações Especiais
| Elemento | Z | Configuração Esperada | Configuração Real | Motivo |
|---|---|---|---|---|
| Cromo (Cr) | 24 | [Ar] 4s² 3d⁴ | [Ar] 4s¹ 3d⁵ | Estabilização d⁵ |
| Cobre (Cu) | 29 | [Ar] 4s² 3d⁹ | [Ar] 4s¹ 3d¹⁰ | Estabilização d¹⁰ |
3.1 Raio Atômico
Tendência: Diminui no período (→) | Aumenta no grupo (↓)
- Carga nuclear efetiva: Maior carga → menor raio
- Número de camadas: Mais camadas → maior raio
- Blindagem eletrônica: Mais elétrons internos → menor atração
3.2 Energia de Ionização
1ª EI: Mg(g) → Mg⁺(g) + e⁻ EI₁ = 738 kJ/mol
2ª EI: Mg⁺(g) → Mg²⁺(g) + e⁻ EI₂ = 1451 kJ/mol
3ª EI: Mg²⁺(g) → Mg³⁺(g) + e⁻ EI₃ = 7733 kJ/mol
Note o grande salto na 3ª EI (remoção de elétron de camada interna)
| Propriedade | Tendência no Período | Tendência no Grupo | Explicação |
|---|---|---|---|
| Energia de Ionização | Aumenta → | Diminui ↓ | Maior Zef, menor raio |
| Afinidade Eletrônica | Aumenta → | Diminui ↓ | Maior tendência a receber e⁻ |
| Eletronegatividade | Aumenta → | Diminui ↓ | Maior atração por e⁻ de ligação |
3.3 Eletronegatividade
O: 3,5 N: 3,0 Cl: 3,0
Br: 2,8 C: 2,5 S: 2,5
I: 2,5 H: 2,1 P: 2,1
Cs: 0,7 (menos eletronegativo)
- ΔEN < 0,4: Ligação covalente apolar
- 0,4 ≤ ΔEN < 1,7: Ligação covalente polar
- ΔEN ≥ 1,7: Ligação iônica
4.1 Ligação Iônica
Processo:
Força motriz: Ambos os íons adquirem configuração de gás nobre
- Transferência completa de elétrons
- Formação de íons com cargas opostas
- Atração eletrostática (Lei de Coulomb)
- Estrutura cristalina tridimensional
- Condutividade elétrica quando fundidos ou em solução
- Altos pontos de fusão e ebulição
- Solubilidade em solventes polares
4.2 Ligação Covalente
- Simples: Um par de elétrons compartilhado (H-H)
- Dupla: Dois pares de elétrons compartilhados (O=O)
- Tripla: Três pares de elétrons compartilhados (N≡N)
- Polar: Compartilhamento desigual (H-Cl)
- Apolar: Compartilhamento igual (Cl-Cl)
- Coordenada: Um átomo fornece ambos os elétrons
Estrutura de Lewis:
| |
• •
Características:
- Oxigênio: 2 ligações covalentes + 2 pares isolados
- Geometria angular (104,5°)
- Molécula polar (μ ≠ 0)
Representação de Ligações Múltiplas:
Dupla (C=O)
Tripla (N≡N)
4.3 Ligação Metálica
••• Mar de elétrons deslocalizados •••
- Condutividade elétrica: Elétrons móveis transportam corrente
- Condutividade térmica: Elétrons transferem energia cinética
- Maleabilidade: Camadas deslizam sem quebrar ligações
- Ductilidade: Podem ser estirados em fios
- Brilho metálico: Elétrons absorvem e reemitem luz
- Resistência mecânica: Ligações não direcionais
5.1 Teoria VSEPR
- Pares de elétrons se repelem e se afastam ao máximo
- Pares isolados ocupam mais espaço que pares ligantes
- Ligações múltiplas são tratadas como uma única região eletrônica
- A geometria é determinada apenas pelos átomos (não pelos pares isolados)
| Pares Eletrônicos | Pares Ligantes | Pares Isolados | Geometria | Ângulo | Exemplo |
|---|---|---|---|---|---|
| 2 | 2 | 0 | Linear | 180° | CO₂ |
| 3 | 3 | 0 | Trigonal plana | 120° | BF₃ |
| 3 | 2 | 1 | Angular | ~117° | SO₂ |
| 4 | 4 | 0 | Tetraédrica | 109,5° | CH₄ |
| 4 | 3 | 1 | Piramidal | ~107° | NH₃ |
| 4 | 2 | 2 | Angular | ~104,5° | H₂O |
5.2 Polaridade Molecular
CO₂ (Apolar)
O=C=O
Geometria: Linear
Dipolos se cancelam
μ = 0
H₂O (Polar)
H-O-H
Geometria: Angular
Dipolos não se cancelam
μ ≠ 0
- Identifique as ligações polares (ΔEN > 0,4)
- Determine a geometria molecular (VSEPR)
- Verifique se os dipolos se cancelam por simetria
- Se não se cancelam → molécula polar
5.3 Hibridização
| Hibridização | Orbitais Envolvidos | Geometria | Ângulo | Exemplo |
|---|---|---|---|---|
| sp | 1s + 1p | Linear | 180° | BeCl₂, C₂H₂ |
| sp² | 1s + 2p | Trigonal plana | 120° | BF₃, C₂H₄ |
| sp³ | 1s + 3p | Tetraédrica | 109,5° | CH₄, NH₃, H₂O |
| sp³d | 1s + 3p + 1d | Bipiramidal trigonal | 90°, 120° | PF₅ |
| sp³d² | 1s + 3p + 2d | Octaédrica | 90° | SF₆ |
Configuração do C: 1s² 2s² 2p²
Promoção: 1s² 2s¹ 2p³ (4 elétrons desemparelhados)
Hibridização sp³: 1 orbital s + 3 orbitais p → 4 orbitais sp³
Resultado: 4 ligações σ equivalentes, geometria tetraédrica
6.1 Tipos de Forças Intermoleculares
- Forças de van der Waals:
- Dipolo-dipolo
- Dipolo induzido-dipolo induzido (London)
- Ligações de hidrogênio: Caso especial de dipolo-dipolo
- Interações íon-dipolo: Entre íons e moléculas polares
| Tipo de Força | Intensidade (kJ/mol) | Ocorre Entre | Exemplo |
|---|---|---|---|
| Ligação de hidrogênio | 10-40 | H-F, H-O, H-N | H₂O…H₂O |
| Dipolo-dipolo | 5-25 | Moléculas polares | HCl…HCl |
| Forças de London | 0,05-40 | Todas as moléculas | Ar líquido |
| Íon-dipolo | 40-600 | Íons e moléculas polares | Na⁺…H₂O |
6.2 Ligações de Hidrogênio
| |
H H
Consequências:
- Alto ponto de ebulição (100°C vs -60°C esperado)
- Densidade máxima a 4°C
- Gelo menos denso que água líquida
- Alta capacidade calorífica
- Estrutura secundária de proteínas (α-hélice, folha β)
- Pareamento de bases no DNA (A-T, G-C)
- Solubilidade de biomoléculas em água
- Estabilidade de membranas celulares
6.3 Forças de London (Dispersão)
- Tamanho molecular: Moléculas maiores → forças mais intensas
- Número de elétrons: Mais elétrons → maior polarizabilidade
- Forma molecular: Moléculas lineares → maior contato → forças mais intensas
- Ramificação: Moléculas ramificadas → menor contato → forças mais fracas
| Composto | Fórmula | P.E. (°C) | Explicação |
|---|---|---|---|
| Metano | CH₄ | -162 | Menor, menos elétrons |
| Butano | C₄H₁₀ | -0,5 | Linear, maior contato |
| Isobutano | (CH₃)₃CH | -12 | Ramificado, menor contato |
7.1 Teoria Cinético-Molecular
- Gases são compostos por partículas em movimento constante e aleatório
- O volume das partículas é desprezível comparado ao volume do recipiente
- Colisões entre partículas e com as paredes são perfeitamente elásticas
- Não há forças intermoleculares significativas
- A energia cinética média é proporcional à temperatura absoluta
Onde:
- P = pressão (atm, Pa)
- V = volume (L, m³)
- n = número de mols
- R = constante dos gases (0,082 atm·L/mol·K)
- T = temperatura absoluta (K)
7.2 Mudanças de Estado
↕ (fusão/solidificação)
↕ (vaporização/condensação)
| Estado | Arranjo Molecular | Movimento | Forças Intermoleculares | Propriedades |
|---|---|---|---|---|
| Sólido | Ordenado, fixo | Vibração | Muito fortes | Forma e volume definidos |
| Líquido | Próximo, móvel | Translação limitada | Moderadas | Volume definido, forma variável |
| Gasoso | Disperso, livre | Translação total | Muito fracas | Forma e volume variáveis |
7.3 Diagramas de Fase
- Ponto triplo: Coexistência dos três estados
- Ponto crítico: Acima dele, não há distinção líquido-vapor
- Curva de sublimação: Equilíbrio sólido-vapor
- Curva de vaporização: Equilíbrio líquido-vapor
8.1 Conceitos Fundamentais
- Tonoscopia: Diminuição da pressão de vapor
- Ebulioscopia: Elevação do ponto de ebulição
- Crioscopia: Diminuição do ponto de congelamento
- Osmose: Pressão osmótica
| Soluto | Dissociação | Fator i |
|---|---|---|
| Glicose (C₆H₁₂O₆) | Não dissocia | i = 1 |
| NaCl | Na⁺ + Cl⁻ | i = 2 |
| CaCl₂ | Ca²⁺ + 2Cl⁻ | i = 3 |
8.2 Fórmulas e Aplicações
| Propriedade | Fórmula | Constante | Unidade |
|---|---|---|---|
| Tonoscopia | ΔP = P₀ · X₂ · i | – | mmHg, atm |
| Ebulioscopia | ΔTe = Ke · m · i | Ke = 0,52 °C/m (H₂O) | °C |
| Crioscopia | ΔTc = Kc · m · i | Kc = 1,86 °C/m (H₂O) | °C |
| Osmose | π = M · R · T · i | R = 0,082 atm·L/mol·K | atm |
Questão: Qual o ponto de congelamento de uma solução aquosa 0,1 m de CaCl₂?
Dados: Kc(H₂O) = 1,86 °C/m; CaCl₂ → Ca²⁺ + 2Cl⁻ (i = 3)
Resolução:
Ponto de congelamento: 0°C – 0,558°C = -0,558°C
8.3 Osmose e Pressão Osmótica
Inicial
Níveis iguais
Durante
Fluxo de H₂O
Equilíbrio
Pressão osmótica
- Hemólise: Células em meio hipotônico incham e rompem
- Crenação: Células em meio hipertônico murcham
- Soro fisiológico: NaCl 0,9% (isotônico com sangue)
- Transporte celular: Regulação do volume celular
Conclusão
Esta apostila abordou os conceitos fundamentais da estrutura da matéria e propriedades físico-químicas, essenciais para a Prova Nacional Docente em Química. O domínio destes tópicos é crucial para compreender fenômenos químicos mais complexos e para o ensino eficaz da disciplina.
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📘 Apostila PND Química – Ligações Químicas e Interações Intermoleculares
Prova Nacional Docente – Área Específica de Química
Teoria detalhada • Exemplos práticos • Quadros-resumo • Esquemas visuais
📋 Índice de Conteúdos
1.1 Conceitos Fundamentais
- Átomos tendem a ganhar, perder ou compartilhar elétrons
- Objetivo: atingir 8 elétrons na camada de valência
- Exceção: Hidrogênio busca 2 elétrons (dueto)
- Configuração similar aos gases nobres
- Maior estabilidade energética
Ne: 1s² 2s² 2p⁶ (octeto completo)
Ar: 1s² 2s² 2p⁶ 3s² 3p⁶ (octeto completo)
Resultado: Gases nobres são quimicamente inertes devido à estabilidade eletrônica.
1.2 Classificação das Ligações
| Tipo de Ligação | Mecanismo | Elementos Envolvidos | Diferença de Eletronegatividade | Exemplo |
|---|---|---|---|---|
| Iônica | Transferência de elétrons | Metal + Não-metal | ΔEN ≥ 1,7 | NaCl, MgO |
| Covalente Polar | Compartilhamento desigual | Não-metais diferentes | 0,4 ≤ ΔEN < 1,7 | HCl, H₂O |
| Covalente Apolar | Compartilhamento igual | Não-metais iguais | ΔEN < 0,4 | H₂, Cl₂ |
| Metálica | Mar de elétrons | Metal + Metal | Baixa EN | Fe, Cu, Al |
1.3 Eletronegatividade e Caráter das Ligações
4,0
3,5
3,0
2,8
2,5
2,1
0,9
0,7
Exemplo 1: NaCl
ΔEN = 3,0 – 0,9 = 2,1 → Ligação Iônica
Exemplo 2: HCl
ΔEN = 3,0 – 2,1 = 0,9 → Ligação Covalente Polar
Exemplo 3: Cl₂
ΔEN = 3,0 – 3,0 = 0,0 → Ligação Covalente Apolar
2.1 Formação da Ligação Iônica
Na(g) → Na⁺(g) + e⁻ ΔH = +496 kJ/mol
Etapa 2 – Afinidade Eletrônica:
Cl(g) + e⁻ → Cl⁻(g) ΔH = -349 kJ/mol
Etapa 3 – Atração Eletrostática:
Na⁺(g) + Cl⁻(g) → NaCl(s) ΔH = -786 kJ/mol
Resultado: ΔH total = -639 kJ/mol (processo exotérmico)
- Baixa energia de ionização: Metais dos grupos 1 e 2
- Alta afinidade eletrônica: Não-metais dos grupos 16 e 17
- Grande diferença de eletronegatividade: ΔEN ≥ 1,7
- Formação de íons estáveis: Configuração de gás nobre
- Alta energia reticular: Íons pequenos e altamente carregados
2.2 Estrutura dos Compostos Iônicos
Número de coordenação: 6 (cada íon é cercado por 6 íons de carga oposta)
| Composto | Estrutura | Número de Coordenação | Razão de Raios | Exemplo |
|---|---|---|---|---|
| Tipo NaCl | Cúbica de face centrada | 6:6 | 0,414 – 0,732 | NaCl, MgO |
| Tipo CsCl | Cúbica simples | 8:8 | 0,732 – 1,000 | CsCl, CsBr |
| Tipo ZnS | Cúbica (blenda) | 4:4 | 0,225 – 0,414 | ZnS, CuCl |
| Tipo CaF₂ | Fluorita | 8:4 | Variável | CaF₂, BaCl₂ |
2.3 Propriedades dos Compostos Iônicos
- Estado físico: Sólidos cristalinos à temperatura ambiente
- Pontos de fusão e ebulição: Elevados devido às fortes atrações eletrostáticas
- Condutividade elétrica: Conduzem quando fundidos ou em solução aquosa
- Solubilidade: Geralmente solúveis em solventes polares (água)
- Dureza: Duros mas quebradiços
- Densidade: Relativamente alta devido ao empacotamento eficiente
Definição: Energia necessária para separar completamente um mol de composto iônico sólido em íons gasosos.
Onde:
- q₁, q₂ = cargas dos íons
- r₀ = distância entre os centros dos íons
| Composto | Energia Reticular (kJ/mol) | P.F. (°C) |
|---|---|---|
| NaCl | 786 | 801 |
| MgO | 3791 | 2852 |
| CaF₂ | 2651 | 1418 |
- Lítio (Li⁺): Vermelho carmim
- Sódio (Na⁺): Amarelo intenso
- Potássio (K⁺): Violeta
- Cálcio (Ca²⁺): Laranja-avermelhado
- Cobre (Cu²⁺): Verde-azulado
3.1 Teoria da Ligação de Valência
H• + •H
Compartilhamento:
H:H ou H—H
Resultado:
Cada H atinge configuração do He (dueto)
- Simples: Compartilhamento de 1 par de elétrons (σ)
- Dupla: Compartilhamento de 2 pares de elétrons (σ + π)
- Tripla: Compartilhamento de 3 pares de elétrons (σ + 2π)
- Coordenada (dativa): Um átomo fornece ambos os elétrons
- Polar: Compartilhamento desigual dos elétrons
- Apolar: Compartilhamento igual dos elétrons
3.2 Estruturas de Lewis
Passo 1: Contar elétrons de valência
H: 1 × 2 = 2 elétrons | O: 6 elétrons | Total: 8 elétrons
Passo 2: Determinar átomo central (menos eletronegativo)
Átomo central: O (H nunca é central)
Passo 3: Conectar átomos com ligações simples
Passo 4: Distribuir elétrons restantes como pares isolados
| |
• •
Verificação: O tem 8 elétrons (octeto), H tem 2 elétrons (dueto)
|
H—C—H
|
H
|
H—N—H
|
H
|
H—O—H
3.3 Ressonância e Estruturas Canônicas
O⁻ O O
|| || ||
O—N—O ↔ O—N—O⁻ ↔ O⁻—N—O
Híbrido de Ressonância:
Ligações N-O com caráter parcial duplo (1,33)
Carga negativa deslocalizada nos três oxigênios
Consequências:
- Todas as ligações N-O são equivalentes
- Comprimento de ligação intermediário
- Maior estabilidade que qualquer estrutura individual
- Apenas elétrons π e pares isolados podem se mover
- Posições dos núcleos permanecem fixas
- Número total de elétrons deve ser conservado
- Estruturas com menor separação de cargas são mais estáveis
- Cargas negativas devem estar nos átomos mais eletronegativos
3.4 Exceções à Regra do Octeto
- Octeto incompleto: Be, B, Al (menos de 8 elétrons)
- Octeto expandido: Elementos do 3º período em diante (mais de 8 elétrons)
- Número ímpar de elétrons: Radicais livres (NO, NO₂)
BF₃ (Octeto Incompleto)
|
F—B—F
B tem apenas 6 elétrons
SF₆ (Octeto Expandido)
|
F—S—F
|
F
(+ 2F acima/abaixo)
S tem 12 elétrons
NO (Radical Livre)
11 elétrons totais
(número ímpar)
| Composto | Átomo Central | Elétrons de Valência | Tipo de Exceção | Geometria |
|---|---|---|---|---|
| BeCl₂ | Be | 4 | Octeto incompleto | Linear |
| BF₃ | B | 6 | Octeto incompleto | Trigonal plana |
| PCl₅ | P | 10 | Octeto expandido | Bipiramidal trigonal |
| SF₆ | S | 12 | Octeto expandido | Octaédrica |
| ClO₂ | Cl | 19 | Número ímpar | Angular |
4.1 Modelo do Mar de Elétrons
Características: Cátions fixos + elétrons móveis = propriedades metálicas
Na: [Ne] 3s¹
No cristal metálico:
Na⁺: [Ne] + e⁻ (deslocalizado)
Resultado:
Rede de Na⁺ + mar de elétrons 3s
Energia de coesão: 108 kJ/mol (energia para vaporizar o metal)
- Número de elétrons de valência: Mais elétrons → ligação mais forte
- Tamanho do cátion: Cátions menores → maior densidade de carga
- Configuração eletrônica: Orbitais d parcialmente preenchidos aumentam a força
- Empacotamento cristalino: Estruturas mais compactas → mais vizinhos próximos
4.2 Estruturas Cristalinas Metálicas
| Estrutura | Símbolo | Número de Coordenação | Eficiência de Empacotamento | Exemplos |
|---|---|---|---|---|
| Cúbica Simples | CS | 6 | 52% | Po (raro) |
| Cúbica de Corpo Centrado | CCC | 8 | 68% | Fe, Cr, W |
| Cúbica de Face Centrada | CFC | 12 | 74% | Cu, Au, Al |
| Hexagonal Compacta | HC | 12 | 74% | Zn, Mg, Ti |
4.3 Propriedades dos Metais
- Condutividade elétrica: Elétrons móveis transportam corrente
- Condutividade térmica: Elétrons transferem energia cinética
- Maleabilidade: Podem ser moldados sem quebrar
- Ductilidade: Podem ser estirados em fios
- Brilho metálico: Elétrons absorvem e reemitem luz
- Densidade elevada: Empacotamento eficiente dos átomos
Mecanismo: Elétrons deslocalizados se movem sob diferença de potencial
Tendência: Diminui com o aumento da temperatura (maior vibração dos cátions)
Mecanismo: Camadas de cátions deslizam sem quebrar ligações
Razão: Ligações não direcionais permitem deformação
Mecanismo: Elétrons absorvem fótons e reemitem imediatamente
Resultado: Reflexão especular da luz visível
| Metal | Condutividade Elétrica (S/m) | Condutividade Térmica (W/m·K) | Ponto de Fusão (°C) | Densidade (g/cm³) |
|---|---|---|---|---|
| Prata (Ag) | 6,30 × 10⁷ | 429 | 962 | 10,5 |
| Cobre (Cu) | 5,96 × 10⁷ | 401 | 1085 | 8,96 |
| Ouro (Au) | 4,52 × 10⁷ | 317 | 1064 | 19,3 |
| Alumínio (Al) | 3,77 × 10⁷ | 237 | 660 | 2,70 |
| Ferro (Fe) | 1,04 × 10⁷ | 80 | 1538 | 7,87 |
🔄 CONTINUA NA PARTE 2
Esta é a primeira parte da apostila. A segunda parte contém:
- 5. Geometria Molecular e Hibridização
- 6. Polaridade Molecular
- 7. Forças Intermoleculares
- 8. Propriedades e Aplicações
📘 Apostila PND Química – Ligações Químicas e Interações Intermoleculares (Parte 2)
Prova Nacional Docente – Área Específica de Química
Teoria avançada • Hibridização • Aplicações práticas • Propriedades físicas
5.1 Teoria VSEPR (Repulsão dos Pares Eletrônicos)
- Pares eletrônicos (ligantes e isolados) se repelem mutuamente
- Arranjo espacial minimiza a repulsão eletrostática
- Pares isolados ocupam mais espaço que pares ligantes
- Ordem de repulsão: isolado-isolado > isolado-ligante > ligante-ligante
- Ligações múltiplas são tratadas como uma única região eletrônica
Exemplo: CO₂, BeCl₂
|
F—B—F
Exemplo: BF₃, SO₃
Exemplo: CH₄, CCl₄
|
F—P—F
|
F
(+ F acima)
Exemplo: PCl₅, PF₅
|
F—S—F
|
F
(+ 2F acima/abaixo)
Exemplo: SF₆, IF₆⁻
NH₃: Piramidal (107°)
ClF₃: Forma T (87,5°)
Razão: Pares isolados repelem mais
Passo 1: Estrutura de Lewis
SF₄ tem 1 par isolado no S
Passo 2: Contagem de regiões eletrônicas
4 pares ligantes + 1 par isolado = 5 regiões eletrônicas
Passo 3: Geometria eletrônica vs molecular
Eletrônica: Bipiramidal trigonal
Molecular: Gangorra (par isolado na posição equatorial)
Resultado: Ângulos F-S-F = 173° e 101,5°
5.2 Teoria da Hibridização
| Hibridização | Orbitais Misturados | Geometria | Ângulo | Exemplo |
|---|---|---|---|---|
| sp | 1s + 1p | Linear | 180° | BeCl₂, C₂H₂ |
| sp² | 1s + 2p | Trigonal plana | 120° | BF₃, C₂H₄ |
| sp³ | 1s + 3p | Tetraédrica | 109,5° | CH₄, NH₃, H₂O |
| sp³d | 1s + 3p + 1d | Bipiramidal trigonal | 90°/120° | PCl₅, SF₄ |
| sp³d² | 1s + 3p + 2d | Octaédrica | 90° | SF₆, IF₅ |
Carbono Isolado
Carbono Hibridizado
1. Promoção: 2s² 2p² → 2s¹ 2p³
2. Hibridização: 1s + 3p → 4 sp³
3. Ligação: 4 sp³ + 4 H(1s) → CH₄
Resultado: 4 ligações σ equivalentes, geometria tetraédrica
- Ligação σ (sigma): Sobreposição frontal de orbitais, permite rotação livre
- Ligação π (pi): Sobreposição lateral de orbitais p, impede rotação
- Ligação simples: 1σ
- Ligação dupla: 1σ + 1π
- Ligação tripla: 1σ + 2π
5.3 Exemplos de Hibridização em Moléculas Orgânicas
| |
H—C—C—H
| |
H H
| |
C=C
| |
H H
|
H—C—C—H
|| ||
H—C—C—H
|
H
O
||
H—C—H
Análise do Carbono:
• 3 regiões eletrônicas (2 C-H + 1 C=O)
• Hibridização sp²
• Geometria trigonal plana
• Ângulo H-C-H ≈ 120°
Ligações:
• 3 ligações σ (2 C-H + 1 C-O)
• 1 ligação π (C=O)
• Total: 3σ + 1π
6.1 Momento Dipolar e Eletronegatividade
Onde: μ = momento dipolar, q = carga, d = distância
Molécula Polar
Cl ← H
→
HCl: μ = 1,08 D
Distribuição assimétrica
Molécula Apolar
(sem dipolo)
H₂: μ = 0 D
Distribuição simétrica
- Diferença de eletronegatividade: Cria dipolos de ligação
- Geometria molecular: Determina se os dipolos se cancelam
- Presença de pares isolados: Contribuem para assimetria
- Hibridização: Influencia a geometria e polaridade
6.2 Análise de Polaridade por Geometria
O ← C → O
← →
Geometria: Linear
Resultado: Dipolos se cancelam
H H
\ /
O
δ⁻
Geometria: Angular
Resultado: Dipolo resultante
δ⁻
/|\
H H H
δ⁺ δ⁺ δ⁺
Geometria: Piramidal
Resultado: Dipolo resultante
|
Cl—C—Cl
|
Cl
Geometria: Tetraédrica
Resultado: Dipolos se cancelam
BF₃ (Apolar)
Ângulos: 120°
Dipolos B-F: Iguais
Simetria: Perfeita
Resultado: μ = 0 D
NH₃ (Polar)
Ângulos: 107°
Dipolos N-H: Iguais
Par isolado: Quebra simetria
Resultado: μ = 1,47 D
| Molécula | Geometria | Momento Dipolar (D) | Polaridade | Explicação |
|---|---|---|---|---|
| H₂O | Angular | 1,85 | Polar | Assimetria + pares isolados |
| CO₂ | Linear | 0 | Apolar | Dipolos opostos se cancelam |
| CH₄ | Tetraédrica | 0 | Apolar | Simetria perfeita |
| CHCl₃ | Tetraédrica | 1,04 | Polar | Substituição assimétrica |
| SO₂ | Angular | 1,63 | Polar | Geometria angular |
6.3 Consequências da Polaridade
Regra: “Semelhante dissolve semelhante”
- Polar + Polar: Solúvel (H₂O + NaCl)
- Apolar + Apolar: Solúvel (CCl₄ + I₂)
- Polar + Apolar: Insolúvel (H₂O + óleo)
Tendência: Moléculas polares > apolares
- H₂O: 100°C (polar)
- H₂S: -60°C (menos polar)
- CH₄: -162°C (apolar)
Comportamento: Moléculas polares favorecem ionização
- Solventes polares: Dissociam íons
- Solventes apolares: Mantêm moléculas neutras
- Constante dielétrica: Maior em polares
Tipos: Determinados pela polaridade
- Polares: Dipolo-dipolo, ligações H
- Apolares: Forças de London
- Mistas: Dipolo-dipolo induzido
- Teste da régua eletrizada: Líquidos polares são atraídos
- Solubilidade em água: Compostos polares são mais solúveis
- Constante dielétrica: Maior para substâncias polares
- Espectroscopia: Momento dipolar medido diretamente
7.1 Classificação das Forças Intermoleculares
Forças de London
Origem: Dipolos instantâneos
Ocorre em: Todas as moléculas
Exemplo: He, H₂, CH₄
Dipolo-Dipolo
Origem: Dipolos permanentes
Ocorre em: Moléculas polares
Exemplo: HCl, SO₂, CHCl₃
Ligação de Hidrogênio
Origem: H ligado a N, O, F
Ocorre em: H-F, H-O, H-N
Exemplo: H₂O, NH₃, HF
Nota: A intensidade das forças de London aumenta com o tamanho molecular
7.2 Forças de London (Dispersão)
1. Flutuação eletrônica: Elétrons se movem constantemente, criando dipolos instantâneos
2. Indução: Dipolo instantâneo induz dipolo em molécula vizinha
3. Atração: Dipolos correlacionados se atraem mutuamente
4. Universalidade: Presente em todas as moléculas, mesmo apolares
| Molécula | Massa Molar (g/mol) | Elétrons | P.E. (°C) | Força de London |
|---|---|---|---|---|
| He | 4 | 2 | -269 | Muito fraca |
| Ne | 20 | 10 | -246 | Fraca |
| Ar | 40 | 18 | -186 | Média |
| Kr | 84 | 36 | -153 | Forte |
| Xe | 131 | 54 | -108 | Muito forte |
Conclusão: Maior número de elétrons → maior polarizabilidade → forças de London mais intensas
- Tamanho molecular: Moléculas maiores têm forças mais intensas
- Número de elétrons: Mais elétrons = maior polarizabilidade
- Forma molecular: Moléculas lineares > ramificadas (maior área de contato)
- Distância intermolecular: Forças diminuem com r⁶
7.3 Interações Dipolo-Dipolo
Requisito: Moléculas com momento dipolar permanente (μ ≠ 0)
Orientação: Extremidades opostas dos dipolos se atraem
Dependência: Proporcional a μ₁ × μ₂ / r³
Direcionalidade: Máxima quando dipolos estão alinhados
Orientação Favorável
δ⁻—δ⁺ δ⁻—δ⁺
Resultado: Atração máxima
Orientação Desfavorável
δ⁺—δ⁻ δ⁺—δ⁻
Resultado: Repulsão
Momento dipolar: 1,08 D
Forças presentes:
- Dipolo-dipolo
- Forças de London
P.E.: -85°C
Momento dipolar: 0 D
Forças presentes:
- Apenas forças de London
P.E.: -34°C
Observação: Cl₂ tem P.E. maior que HCl devido ao maior número de elétrons (forças de London mais intensas)
7.4 Ligações de Hidrogênio
- Átomo doador: H ligado a F, O ou N
- Átomo receptor: F, O ou N com par isolado
- Geometria: Aproximadamente linear (D-H···A)
- Distância: Menor que a soma dos raios de van der Waals
H
|
H—O···H—O
|
H
Características:
• Cada H₂O pode formar até 4 ligações H
• 2 como doadora (átomos H)
• 2 como receptora (pares isolados do O)
• Ângulo O-H···O ≈ 180°
• Distância O···O ≈ 2,8 Å
| Composto | Massa Molar | Ligação H | P.E. (°C) | P.F. (°C) |
|---|---|---|---|---|
| HF | 20 | Sim | 19,5 | -83 |
| H₂O | 18 | Sim | 100 | 0 |
| NH₃ | 17 | Sim | -33 | -78 |
| HCl | 36,5 | Não | -85 | -114 |
| H₂S | 34 | Não | -60 | -86 |
Ligações H entre bases complementares:
- A-T: 2 ligações H
- G-C: 3 ligações H
Função: Estabilidade da dupla hélice
Estruturas secundárias:
- α-hélice
- Folha β
Função: Manutenção da conformação
Propriedades anômalas:
- Alto P.E. e P.F.
- Densidade máxima a 4°C
- Alto calor específico
Função: Solvente universal
8.1 Relação entre Forças Intermoleculares e Propriedades Físicas
Relação: Forças mais intensas → temperaturas mais altas
Exemplo:
- H₂O: 100°C (ligação H)
- HCl: -85°C (dipolo-dipolo)
- CH₄: -162°C (London)
Definição: Resistência ao escoamento
Fatores:
- Intensidade das forças intermoleculares
- Tamanho e forma molecular
- Temperatura
Exemplo: Glicerol > água > hexano
Origem: Forças intermoleculares na superfície
Tendência:
- Ligação H: alta tensão
- Forças fracas: baixa tensão
Aplicação: Capilaridade, molhamento
Definição: Tendência à vaporização
Relação inversa: Forças fracas → alta volatilidade
Aplicações:
- Perfumes (compostos voláteis)
- Combustíveis
- Solventes
| Álcool | Fórmula | Massa Molar | P.E. (°C) | Viscosidade (cP) | Solubilidade em H₂O |
|---|---|---|---|---|---|
| Metanol | CH₃OH | 32 | 65 | 0,59 | Infinita |
| Etanol | C₂H₅OH | 46 | 78 | 1,20 | Infinita |
| 1-Propanol | C₃H₇OH | 60 | 97 | 2,27 | Infinita |
| 1-Butanol | C₄H₉OH | 74 | 118 | 2,95 | 7,3 g/100g |
| 1-Octanol | C₈H₁₇OH | 130 | 195 | 7,36 | 0,054 g/100g |
Tendências observadas:
- P.E. aumenta com o tamanho da cadeia (mais forças de London)
- Viscosidade aumenta (maior emaranhamento molecular)
- Solubilidade em água diminui (caráter apolar predomina)
8.2 Aplicações Tecnológicas
Ligação: Iônica/Covalente
Propriedades:
- Alta dureza
- Resistência térmica
- Isolamento elétrico
Aplicações: Turbinas, eletrônicos, biomateriais
Ligação: Metálica
Propriedades:
- Condutividade elétrica
- Maleabilidade
- Condutividade térmica
Aplicações: Fios, circuitos, dissipadores
Ligação: Covalente (cadeia) + Intermoleculares
Propriedades:
- Flexibilidade
- Resistência química
- Leveza
Aplicações: Plásticos, fibras, adesivos
Princípio: Moléculas anfifílicas
Estrutura:
- Cabeça polar (hidrofílica)
- Cauda apolar (hidrofóbica)
Aplicações: Detergentes, emulsões, cosméticos
Ligação: Covalente (camadas) + van der Waals (entre camadas)
Função: Intercalação de Li⁺
Reação: C₆ + Li⁺ + e⁻ → LiC₆
Ligação: Iônica (Li⁺-CoO₂⁻)
Função: Fonte de Li⁺
Reação: LiCoO₂ → Li₁₋ₓCoO₂ + xLi⁺ + xe⁻
- Estabilidade estrutural: Ligações covalentes mantêm integridade dos eletrodos
- Mobilidade iônica: Ligações fracas permitem movimento de Li⁺
- Condutividade: Ligação metálica no coletor de corrente
- Segurança: Eletrólito com ligações estáveis
8.3 Tendências Periódicas e Previsões
| Propriedade | Tendência no Grupo | Tendência no Período | Explicação |
|---|---|---|---|
| Energia de Ionização | Diminui ↓ | Aumenta → | Tamanho atômico e carga nuclear |
| Afinidade Eletrônica | Diminui ↓ | Aumenta → | Estabilização do ânion |
| Eletronegatividade | Diminui ↓ | Aumenta → | Atração pelos elétrons de ligação |
| Caráter Metálico | Aumenta ↓ | Diminui → | Facilidade de perder elétrons |
| Raio Atômico | Aumenta ↓ | Diminui → | Camadas eletrônicas e carga nuclear |
| Composto | Eletronegatividade | Momento Dipolar (D) | P.E. (°C) | Acidez em H₂O |
|---|---|---|---|---|
| HF | 4,0 | 1,82 | 19,5 | Fraco |
| HCl | 3,0 | 1,08 | -85 | Forte |
| HBr | 2,8 | 0,82 | -67 | Forte |
| HI | 2,5 | 0,44 | -35 | Forte |
Análise das tendências:
- Momento dipolar: Diminui com a eletronegatividade
- P.E.: HF anômalo (ligação H), outros aumentam (forças de London)
- Acidez: HF fraco (ligação H-F muito forte), outros fortes
- Alta resistência: Ligações covalentes direcionais (diamante, grafeno)
- Condutividade: Ligação metálica ou conjugação π (polímeros condutores)
- Flexibilidade: Ligações simples com rotação livre (polietileno)
- Solubilidade controlada: Balanço hidrofílico/hidrofóbico
- Biocompatibilidade: Ligações H para interação com biomoléculas
8.4 Resumo Integrado e Perspectivas
Transferência de e⁻
Metal + Não-metal
Cristais, alta T.F.
Compartilhamento de e⁻
Não-metal + Não-metal
Moléculas, geometria
Mar de elétrons
Metal + Metal
Condutividade, maleabilidade
London, dipolo, ligação H
Entre moléculas
Propriedades físicas
- Materiais 2D: Grafeno, MoS₂ – propriedades únicas por ligações direcionais
- MOFs: Redes metal-orgânicas para captura de CO₂ e catálise
- Supercondutores: Compreensão das ligações para T_c mais altas
- Biomateriais: Mimetização de ligações biológicas
- Computação quântica: Controle preciso de ligações em qubits
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Leis da Termodinâmica • Energia e Entalpia • Velocidade de Reação • Equilíbrio Químico
1.1 Conceitos Fundamentais
- Sistema: Parte do universo sob estudo (reagentes e produtos)
- Vizinhança: Tudo que está fora do sistema
- Universo: Sistema + vizinhança
- Estado: Condição definida por propriedades como P, V, T
- Processo: Mudança de um estado para outro
- Função de Estado: Propriedade que depende apenas do estado atual
Características:
- Troca matéria e energia
- Exemplo: Reação em béquer aberto
- Pressão constante (isobárico)
Características:
- Troca apenas energia
- Exemplo: Reação em recipiente selado
- Volume constante (isocórico)
Características:
- Não troca matéria nem energia
- Exemplo: Calorímetro ideal
- Energia interna constante
Situação 1: Combustão de metano em fogão doméstico
CH₄(g) + 2O₂(g) → CO₂(g) + 2H₂O(g)
- Sistema: Aberto (gases escapam para atmosfera)
- Processo: Isobárico (pressão atmosférica constante)
- Energia: Liberada como calor e luz
Situação 2: Reação em bomba calorimétrica
- Sistema: Fechado (volume constante)
- Processo: Isocórico
- Medida: Variação da energia interna (ΔU)
1.2 As Leis da Termodinâmica
Se dois sistemas estão em equilíbrio térmico com um terceiro, então estão em equilíbrio térmico entre si.
Aplicação: Fundamento dos termômetros
A energia do universo é constante. A energia não pode ser criada nem destruída, apenas transformada.
Onde: ΔU = variação da energia interna, q = calor, w = trabalho
A entropia do universo tende a aumentar. Processos espontâneos aumentam a entropia total.
Aplicação: Determina espontaneidade de processos
A entropia de um cristal perfeito no zero absoluto é zero.
Aplicação: Cálculo de entropias absolutas
Situação: 1 mol de gás ideal se expande de 1 L para 2 L a 25°C
V₁ = 1 L, V₂ = 2 L
T = 298 K (constante)
P₁ = nRT/V₁ = 24,4 atm
P₂ = nRT/V₂ = 12,2 atm
Cálculo do trabalho (expansão isotérmica):
w = -1 × 8,314 × 298 × ln(2)
w = -1717 J = -1,72 kJ
Para processo isotérmico: ΔU = 0, logo q = -w = +1,72 kJ
Interpretação: O sistema absorve calor para manter a temperatura constante durante a expansão.
1.3 Energia Interna e Entalpia
• Energia cinética molecular
• Energia potencial intermolecular
• Energia das ligações químicas
• Não pode ser medida diretamente
• H = U + PV
• Função de estado
• Útil para processos isobáricos
• ΔH pode ser medido experimentalmente
- Volume constante (bomba calorimétrica): Use ΔU
- Pressão constante (reações abertas): Use ΔH
- Para gases: ΔH = ΔU + ΔnRT
- Para líquidos/sólidos: ΔH ≈ ΔU (PV desprezível)
Reação: CH₄(g) + 2O₂(g) → CO₂(g) + 2H₂O(g)
| Parâmetro | Valor | Unidade | Observação |
|---|---|---|---|
| ΔH°combustão | -890,3 | kJ/mol | Medido experimentalmente |
| Δn (mols de gás) | 0 | mol | 3 produtos – 3 reagentes |
| ΔnRT (25°C) | 0 | kJ/mol | 0 × 8,314 × 298 |
| ΔU°combustão | -890,3 | kJ/mol | ΔU = ΔH – ΔnRT |
Conclusão: Para esta reação, ΔH = ΔU porque não há variação no número de mols de gases.
Exemplo com Δn ≠ 0:
2H₂(g) + O₂(g) → 2H₂O(g)
Δn = 2 – 3 = -1 mol
ΔU = ΔH – (-1)(8,314)(298) = ΔH + 2,48 kJ/mol
2.1 Tipos de Entalpia
Definição: Energia liberada na combustão completa de 1 mol de substância
ΔH°c = -1560 kJ/mol
Aplicação: Cálculo do poder calorífico de combustíveis
Definição: Energia envolvida na formação de 1 mol de composto a partir dos elementos
ΔH°f = -74,8 kJ/mol
Convenção: ΔH°f = 0 para elementos no estado padrão
Definição: Energia necessária para vaporizar 1 mol de líquido
ΔH°vap = +40,7 kJ/mol (100°C)
Característica: Sempre positiva (processo endotérmico)
Definição: Energia necessária para fundir 1 mol de sólido
ΔH°fus = +6,01 kJ/mol (0°C)
Relação: ΔH°fus < ΔH°vap (ligações intermoleculares)
Definição: Energia necessária para quebrar 1 mol de ligações em fase gasosa
ΔH°lig = +436 kJ/mol
Uso: Estimativa de ΔH de reações usando energias de ligação
Definição: Energia envolvida na dissolução de 1 mol de soluto
ΔH°sol = +3,9 kJ/mol
Componentes: Energia reticular + energia de hidratação
| Álcool | Fórmula | ΔH°f (kJ/mol) | ΔH°c (kJ/mol) | ΔH°vap (kJ/mol) |
|---|---|---|---|---|
| Metanol | CH₃OH | -238,7 | -726 | 37,4 |
| Etanol | C₂H₅OH | -277,7 | -1367 | 38,6 |
| 1-Propanol | C₃H₇OH | -302,6 | -2021 | 47,4 |
| 1-Butanol | C₄H₉OH | -327,3 | -2676 | 52,4 |
Tendências observadas:
- ΔH°f: Mais negativo com o aumento da cadeia (maior estabilidade)
- ΔH°c: Mais negativo com o aumento da cadeia (mais energia liberada)
- ΔH°vap: Aumenta com o tamanho (forças intermoleculares mais intensas)
2.2 Lei de Hess
Estado Inicial
H₁
Estado Final
H₂
Objetivo: Calcular ΔH°f do CH₄(g) usando dados de combustão
Reação desejada:
Dados disponíveis:
ΔH°₁ = -393,5 kJ/mol
ΔH°₂ = -285,8 kJ/mol
ΔH°₃ = -890,3 kJ/mol
Manipulação das equações:
Equação 2 × 2: 2H₂(g) + O₂(g) → 2H₂O(l) ΔH° = -571,6 kJ
Equação 3 invertida: CO₂(g) + 2H₂O(l) → CH₄(g) + 2O₂(g) ΔH° = +890,3 kJ
_______________________________________________________________
Soma: C(grafite) + 2H₂(g) → CH₄(g) ΔH°f = -74,8 kJ/mol
Verificação: O valor calculado coincide com o valor tabelado!
- Identifique a reação alvo: Escreva claramente a equação desejada
- Analise as equações dadas: Veja quais substâncias aparecem onde
- Manipule as equações: Inverta, multiplique ou divida conforme necessário
- Some algebricamente: Cancele substâncias que aparecem em ambos os lados
- Verifique o resultado: A equação final deve ser a desejada
2.3 Calorimetria
Uso: Reações em solução aquosa
Condição: Pressão constante
Medida: ΔH
Onde: m = massa, c = calor específico, ΔT = variação de temperatura
Uso: Combustões e reações violentas
Condição: Volume constante
Medida: ΔU
Onde: C_cal = capacidade calorífica do calorímetro
Reação: HCl(aq) + NaOH(aq) → NaCl(aq) + H₂O(l)
Dados experimentais:
- Volume de HCl 1,0 M: 50,0 mL
- Volume de NaOH 1,0 M: 50,0 mL
- Temperatura inicial: 22,0°C
- Temperatura final: 28,7°C
- Densidade da solução: 1,00 g/mL
- Calor específico: 4,18 J/g·°C
Cálculos:
m = (50,0 + 50,0) mL × 1,00 g/mL = 100,0 g
2. Variação de temperatura:
ΔT = 28,7 – 22,0 = 6,7°C
3. Calor absorvido pela solução:
q_solução = 100,0 g × 4,18 J/g·°C × 6,7°C = 2801 J
4. Calor liberado pela reação:
q_reação = -q_solução = -2801 J
5. Mols de água formada:
n = 0,050 L × 1,0 M = 0,050 mol
6. Entalpia de neutralização:
ΔH = -2801 J / 0,050 mol = -56,0 kJ/mol
Resultado: ΔH°neutralização = -56,0 kJ/mol (próximo do valor teórico: -57,3 kJ/mol)
Determinação do poder calorífico:
- Gasolina: ~44 MJ/kg
- Etanol: ~27 MJ/kg
- Gás natural: ~50 MJ/kg
Importância: Eficiência energética e custos
Valor calórico nutricional:
- Carboidratos: 4 kcal/g
- Proteínas: 4 kcal/g
- Lipídios: 9 kcal/g
Método: Bomba calorimétrica
Caracterização térmica:
- Calor específico
- Condutividade térmica
- Estabilidade térmica
Aplicação: Design de isolantes térmicos
3.1 Velocidade de Reação
v = -1/a × d[A]/dt = -1/b × d[B]/dt = +1/c × d[C]/dt = +1/d × d[D]/dt
Reagentes
Concentração decresce exponencialmente
Produtos
Concentração cresce até o equilíbrio
Reação: 2N₂O₅(g) → 4NO₂(g) + O₂(g)
| Tempo (s) | [N₂O₅] (mol/L) | [NO₂] (mol/L) | [O₂] (mol/L) |
|---|---|---|---|
| 0 | 0,100 | 0,000 | 0,000 |
| 100 | 0,073 | 0,054 | 0,0135 |
| 200 | 0,054 | 0,092 | 0,023 |
| 300 | 0,039 | 0,122 | 0,0305 |
Cálculo da velocidade média (0-100s):
v_NO₂ = +Δ[NO₂]/Δt = +(0,054-0,000)/(100-0) = 5,4×10⁻⁴ mol/L·s
v_O₂ = +Δ[O₂]/Δt = +(0,0135-0,000)/(100-0) = 1,35×10⁻⁴ mol/L·s
Velocidade da reação:
- Sempre positiva: Definida como módulo da variação
- Varia com o tempo: Geralmente diminui à medida que reagentes se esgotam
- Depende da estequiometria: Coeficientes afetam as velocidades relativas
- Unidade típica: mol/L·s ou M/s
3.2 Lei de Velocidade e Ordem de Reação
Lei de velocidade: v = k[A]^m[B]^n
Onde:
k = constante de velocidade
m = ordem em relação a A
n = ordem em relação a B
m + n = ordem global da reação
Lei: v = k
Característica: Velocidade independe da concentração
Exemplo: Decomposição catalítica (superfície saturada)
Lei: v = k[A]
Característica: Velocidade proporcional à concentração
Exemplo: Decaimento radioativo
Lei: v = k[A]²
Característica: Velocidade proporcional ao quadrado da concentração
Exemplo: Dimerização
Reação: 2NO(g) + 2H₂(g) → N₂(g) + 2H₂O(g)
| Experimento | [NO]₀ (M) | [H₂]₀ (M) | v₀ (M/s) |
|---|---|---|---|
| 1 | 0,10 | 0,10 | 1,23×10⁻³ |
| 2 | 0,10 | 0,20 | 2,46×10⁻³ |
| 3 | 0,20 | 0,10 | 4,92×10⁻³ |
Análise:
v₂/v₁ = (2,46×10⁻³)/(1,23×10⁻³) = 2,0
[H₂]₂/[H₂]₁ = 0,20/0,10 = 2,0
Logo: 2,0 = 2,0ⁿ → n = 1 (primeira ordem em H₂)
v₃/v₁ = (4,92×10⁻³)/(1,23×10⁻³) = 4,0
[NO]₃/[NO]₁ = 0,20/0,10 = 2,0
Logo: 4,0 = 2,0ᵐ → m = 2 (segunda ordem em NO)
Ordem global = 2 + 1 = 3
k = 1,23 M⁻²s⁻¹
| Ordem | Lei Integrada | Gráfico Linear | Meia-vida | Unidade de k |
|---|---|---|---|---|
| 0 | [A] = [A]₀ – kt | [A] vs t | t₁/₂ = [A]₀/2k | M·s⁻¹ |
| 1 | ln[A] = ln[A]₀ – kt | ln[A] vs t | t₁/₂ = ln2/k | s⁻¹ |
| 2 | 1/[A] = 1/[A]₀ + kt | 1/[A] vs t | t₁/₂ = 1/k[A]₀ | M⁻¹·s⁻¹ |
3.3 Fatores que Afetam a Velocidade de Reação
Regra prática: Velocidade dobra a cada 10°C
(Equação de Arrhenius)
Explicação: Mais moléculas com energia suficiente para reagir
Razão: Maior número de colisões efetivas
Dependência: Definida pela lei de velocidade
Exemplo: v = k[A]ᵐ[B]ⁿ
Função: Oferece caminho alternativo com menor energia de ativação
Característica: Não é consumido na reação
Tipos: Homogêneo e heterogêneo
Aplicação: Reações heterogêneas
Exemplo: Comprimido efervescente inteiro vs triturado
Razão: Mais sítios ativos disponíveis
Relação: P ∝ concentração (Lei dos Gases Ideais)
Efeito: Moléculas mais próximas, mais colisões
Aplicação: Processos industriais (Haber-Bosch)
Mecanismo: Fótons fornecem energia de ativação
Exemplo: Fotossíntese, decomposição de AgBr
Característica: Específica para certas reações
Dados experimentais para a reação: 2N₂O₅ → 4NO₂ + O₂
| Temperatura (K) | k (s⁻¹) | 1/T (K⁻¹) | ln k |
|---|---|---|---|
| 273 | 7,87×10⁻⁷ | 3,66×10⁻³ | -14,05 |
| 298 | 3,46×10⁻⁵ | 3,36×10⁻³ | -10,27 |
| 318 | 4,98×10⁻⁴ | 3,14×10⁻³ | -7,61 |
| 338 | 4,87×10⁻³ | 2,96×10⁻³ | -5,33 |
Forma linearizada da equação de Arrhenius:
Gráfico de ln k vs 1/T:
Coeficiente angular = -Ea/R
Coeficiente linear = ln A
Cálculo da energia de ativação:
ln(k₂/k₁) = -Ea/R × (1/T₂ – 1/T₁)
ln(4,87×10⁻³/7,87×10⁻⁷) = -Ea/8,314 × (1/338 – 1/273)
8,72 = -Ea/8,314 × (-6,87×10⁻⁴)
Ea = 105 kJ/mol
4.1 Teoria das Colisões e Estado de Transição
Energia inicial
E_reagentes
Energia máxima
E_ativação
Energia final
E_produtos
ΔH = E_produtos – E_reagentes
- Energia suficiente: E_colisão ≥ Ea
- Orientação adequada: Geometria favorável para formação/quebra de ligações
- Frequência de colisões: Maior concentração → mais colisões
- Fator estérico: Probabilidade de orientação correta
↓
[H···H···I···I]‡
↓
H—I + H—I
Resultado: Formação de produtos
(orientação inadequada
ou energia insuficiente)
↓
H—H + I—I
Resultado: Moléculas se separam inalteradas
Ea = 167 kJ/mol
Fator pré-exponencial (A) = 1,6×10¹¹ M⁻¹s⁻¹
Fator estérico ≈ 0,16 (16% das colisões têm orientação adequada)
Característica: ΔH < 0
Energia: Produtos mais estáveis que reagentes
Exemplo: Combustões
Ea reversa: Ea(reversa) = Ea(direta) – ΔH
Característica: ΔH > 0
Energia: Produtos menos estáveis que reagentes
Exemplo: Decomposições térmicas
Ea reversa: Ea(reversa) = Ea(direta) + |ΔH|
4.2 Mecanismos de Reação
- Etapas elementares: Processos que ocorrem em uma única colisão
- Intermediários: Espécies formadas e consumidas durante o mecanismo
- Etapa determinante: Etapa mais lenta que controla a velocidade global
- Molecularidade: Número de moléculas que participam de uma etapa elementar
Reação global: NO₂(g) + CO(g) → NO(g) + CO₂(g)
Lei de velocidade experimental: v = k[NO₂]²
v₁ = k₁[NO₂]²
v₂ = k₂[NO₃][CO]
Análise do mecanismo:
- Intermediário: NO₃ (formado na etapa 1, consumido na etapa 2)
- Etapa determinante: Etapa 1 (mais lenta)
- Lei de velocidade: v = k₁[NO₂]² (coincide com experimental)
- Soma das etapas: Reproduz a reação global
- Lei de velocidade teórica = experimental
- Soma das etapas = reação global
- Intermediários cancelam na soma
- Mecanismo é quimicamente plausível
| Molecularidade | Definição | Lei de Velocidade | Exemplo |
|---|---|---|---|
| Unimolecular | 1 molécula reagente | v = k[A] | A → produtos |
| Bimolecular | 2 moléculas reagentes | v = k[A][B] ou k[A]² | A + B → produtos |
| Trimolecular | 3 moléculas reagentes | v = k[A][B][C] | A + B + C → produtos |
4.3 Catálise
Sem Catalisador
Características:
- Alta energia de ativação
- Velocidade baixa
- Caminho direto
Com Catalisador
Características:
- Menor energia de ativação
- Velocidade alta
- Caminho alternativo
Definição: Catalisador na mesma fase dos reagentes
Vantagens:
- Alta seletividade
- Condições brandas
- Controle preciso
Desvantagens:
- Difícil separação
- Possível desativação
Exemplo: H₂SO₄ na esterificação
Definição: Catalisador em fase diferente dos reagentes
Vantagens:
- Fácil separação
- Reutilização
- Estabilidade térmica
Desvantagens:
- Limitação por difusão
- Envenenamento
Exemplo: Pt na hidrogenação
Definição: Catálise por enzimas (proteínas)
Características:
- Altíssima especificidade
- Condições fisiológicas
- Regulação alostérica
Mecanismo:
- Formação do complexo ES
- Estabilização do estado de transição
Exemplo: Catalase (H₂O₂ → H₂O + O₂)
Reação: N₂(g) + 3H₂(g) ⇌ 2NH₃(g) ΔH = -92 kJ/mol
| Parâmetro | Sem Catalisador | Com Fe/K₂O/Al₂O₃ | Observação |
|---|---|---|---|
| Temperatura | 1000°C | 400-500°C | Economia de energia |
| Pressão | 1000 atm | 150-300 atm | Menor custo operacional |
| Velocidade | Muito baixa | Comercialmente viável | Produção industrial |
| Rendimento | ~5% | 15-25% | Recirculação necessária |
Mecanismo catalítico (superfície de Fe):
H₂(g) + 2* → 2H(ads)
NH(ads) + H(ads) → NH₂(ads)
NH₂(ads) + H(ads) → NH₃(ads)
Função dos promotores:
- K₂O: Aumenta a força de adsorção do N₂
- Al₂O₃: Previne sinterização do Fe, mantém área superficial
Função: Redução de poluentes
Reações:
- 2CO + O₂ → 2CO₂
- 2NO → N₂ + O₂
- C₈H₁₈ + O₂ → CO₂ + H₂O
Catalisador: Pt/Pd/Rh em cerâmica
Reação: 2H₂ + O₂ → 2H₂O
Catalisador: Pt nanoparticulado
Desafio: Reduzir quantidade de Pt
Alternativas: Ligas Pt-Co, catalisadores não-nobres
Objetivo: Processos sustentáveis
Estratégias:
- Catálise aquosa
- Biocatálise
- Catálise fotoquímica
Benefícios: Menor impacto ambiental
🎓 APOSTILA COMPLETA
Termodinâmica e Cinética Química
Material completo para a Prova Nacional Docente
Fundamentos e aplicações práticas
Entalpia, calorimetria e Lei de Hess
Velocidade, ordem e mecanismos
Teoria e aplicações industriais
📘 Apostila PND Química – Equilíbrios Químicos
Prova Nacional Docente – Área Específica de Química
Ácido-Base • Solubilidade • Complexos • pH e pOH • Titulações • Sistemas Tampão
1.1 Conceitos Fundamentais
A + B
v₁ = k₁[A][B]
C + D
v₂ = k₂[C][D]
k₁[A][B] = k₂[C][D]
Constante de Equilíbrio:
K = k₁/k₂ = [C][D]/[A][B]
- Estado dinâmico: Reações continuam ocorrendo em ambas as direções
- Velocidades iguais: v_direta = v_inversa
- Concentrações constantes: [reagentes] e [produtos] não variam
- Propriedades macroscópicas constantes: Cor, temperatura, pH
- Pode ser perturbado: Mudanças nas condições alteram o equilíbrio
- Reversível: Pode ser atingido de qualquer direção
Definição: Razão entre produtos e reagentes em equilíbrio
K = [C]ᶜ[D]ᵈ/[A]ᵃ[B]ᵇ
Características:
- Depende apenas da temperatura
- Adimensional (convenção)
- K > 1: favorece produtos
- K < 1: favorece reagentes
Definição: Razão entre produtos e reagentes em qualquer momento
(concentrações instantâneas)
Interpretação:
- Q = K: sistema em equilíbrio
- Q < K: reação favorece produtos
- Q > K: reação favorece reagentes
Reação: N₂(g) + 3H₂(g) ⇌ 2NH₃(g)
Condições: 500°C, após atingir o equilíbrio
| Espécie | Concentração Inicial (M) | Variação (M) | Concentração no Equilíbrio (M) |
|---|---|---|---|
| N₂ | 1,00 | -0,15 | 0,85 |
| H₂ | 3,00 | -0,45 | 2,55 |
| NH₃ | 0,00 | +0,30 | 0,30 |
Cálculo da constante:
K = (0,30)²/((0,85)(2,55)³)
K = 0,090/(0,85 × 16,58)
K = 0,090/14,09 = 6,4×10⁻³
Interpretação: K < 1 indica que o equilíbrio favorece os reagentes (N₂ e H₂), o que está de acordo com as baixas conversões observadas industrialmente nesta temperatura.
1.2 Princípio de Le Châtelier
Adição de reagente: Equilíbrio desloca para a direita
Adição de produto: Equilíbrio desloca para a esquerda
Remoção de reagente: Equilíbrio desloca para a esquerda
Remoção de produto: Equilíbrio desloca para a direita
↑[A] → mais C e D
↑[C] → mais A e B
Reação exotérmica (ΔH < 0):
- ↑T: equilíbrio desloca para reagentes
- ↓T: equilíbrio desloca para produtos
Reação endotérmica (ΔH > 0):
- ↑T: equilíbrio desloca para produtos
- ↓T: equilíbrio desloca para reagentes
↑T ← ⇌ →
↓T → ⇌ ←
Aplicável apenas a gases
↑Pressão: Favorece o lado com menor número de mols de gás
↓Pressão: Favorece o lado com maior número de mols de gás
4 mols → 2 mols
↑P favorece NH₃
↓P favorece N₂ + H₂
Não altera a posição do equilíbrio
Acelera ambas as reações: Direta e inversa igualmente
Reduz o tempo: Para atingir o equilíbrio
Não altera K: Constante permanece igual
Com catalisador: t = 1 h
Mesmo K e composição final
Reação: N₂(g) + 3H₂(g) ⇌ 2NH₃(g) ΔH = -92 kJ/mol
| Condição | Efeito no Equilíbrio | Justificativa | Aplicação Industrial |
|---|---|---|---|
| Alta Pressão (150-300 atm) | Favorece NH₃ | 4 mols → 2 mols | Maior rendimento |
| Temperatura Moderada (400-500°C) | Compromisso | Velocidade vs Rendimento | Otimização econômica |
| Catalisador (Fe/K₂O) | Não altera posição | Acelera ambas direções | Viabilidade cinética |
| Remoção contínua de NH₃ | Favorece formação | Diminui [NH₃] | Conversão completa |
O processo Haber-Bosch usa condições que não maximizam o rendimento termodinâmico, mas otimizam a relação custo-benefício considerando velocidade de reação, consumo energético e custos de equipamentos.
1.3 Relação entre K e Termodinâmica
Onde:
ΔG° = variação da energia livre padrão
R = constante dos gases (8,314 J/mol·K)
T = temperatura absoluta (K)
K = constante de equilíbrio
Característica: K > 1
Significado: Reação favorece produtos
Exemplo: Combustões
K = e^(50000/RT) >> 1
Característica: K = 1
Significado: Reagentes e produtos igualmente favorecidos
Condição: Sistema em equilíbrio padrão
ln K = 0
K = 1
Característica: K < 1
Significado: Reação favorece reagentes
Exemplo: Decomposições endotérmicas
K = e^(-30000/RT) << 1
Reação: 2SO₂(g) + O₂(g) ⇌ 2SO₃(g)
Dados: T = 727°C (1000 K), K = 3,0×10⁴
ΔG° = -RT ln K
ΔG° = -(8,314 J/mol·K)(1000 K) ln(3,0×10⁴)
ΔG° = -8314 × ln(30000)
ΔG° = -8314 × 10,31
ΔG° = -85,7 kJ/mol
Interpretação:
- ΔG° < 0: Reação espontânea nas condições padrão
- K >> 1: Equilíbrio fortemente deslocado para produtos
- Aplicação: Produção industrial de SO₃ para H₂SO₄
| ΔG° (kJ/mol) | K (25°C) | Interpretação | Exemplo |
|---|---|---|---|
| < -40 | > 10⁷ | Reação praticamente completa | Combustões |
| -40 a -10 | 10² a 10⁷ | Favorece produtos | Muitas sínteses |
| -10 a +10 | 10⁻² a 10² | Equilíbrio significativo | Esterificações |
| +10 a +40 | 10⁻⁷ a 10⁻² | Favorece reagentes | Decomposições |
| > +40 | < 10⁻⁷ | Reação não ocorre | Reações impossíveis |
2.1 Teorias Ácido-Base
Ácido: Substância que libera H⁺ em solução aquosa
Base: Substância que libera OH⁻ em solução aquosa
NaOH → Na⁺ + OH⁻
H⁺ + OH⁻ → H₂O
Limitações:
- Apenas soluções aquosas
- NH₃ não se enquadra
- Não explica força ácida/básica
Ácido: Doador de prótons (H⁺)
Base: Receptor de prótons (H⁺)
ácido₁ + base₂ → ácido₂ + base₁
NH₃ + H₂O ⇌ NH₄⁺ + OH⁻
Vantagens:
- Inclui solventes não-aquosos
- Explica NH₃ como base
- Conceito de pares conjugados
Ácido: Receptor de par de elétrons
Base: Doador de par de elétrons
ácido + base → aduto
Al³⁺ + 6H₂O → [Al(H₂O)₆]³⁺
Aplicações:
- Complexos metálicos
- Catálise ácida
- Reações sem prótons
Reação: HSO₄⁻ + H₂O ⇌ H₃O⁺ + SO₄²⁻
| Espécie | Função | Par Conjugado | Observação |
|---|---|---|---|
| HSO₄⁻ | Ácido₁ | SO₄²⁻ (base₁) | Doa H⁺ |
| H₂O | Base₂ | H₃O⁺ (ácido₂) | Recebe H⁺ |
| H₃O⁺ | Ácido₂ | H₂O (base₂) | Pode doar H⁺ |
| SO₄²⁻ | Base₁ | HSO₄⁻ (ácido₁) | Pode receber H⁺ |
Análise:
- Pares conjugados: HSO₄⁻/SO₄²⁻ e H₃O⁺/H₂O
- Anfótero: H₂O pode atuar como ácido ou base
- Força relativa: HSO₄⁻ é ácido mais forte que H₃O⁺
2.2 pH, pOH e Autoionização da Água
2H₂O(l) ⇌ H₃O⁺(aq) + OH⁻(aq)
Kw = [H₃O⁺][OH⁻] = 1,0×10⁻¹⁴ (25°C)
pH = -log[H₃O⁺]
pOH = -log[OH⁻]
pH + pOH = 14 (25°C)
Muito
Ácido
Ácido
Neutro
Básico
Muito
Básico
Característica: [H₃O⁺] > [OH⁻]
pH: < 7
pOH: > 7
[OH⁻] < 1,0×10⁻⁷ M
Exemplos:
- Suco de limão: pH ≈ 2
- Café: pH ≈ 5
- Chuva ácida: pH < 5,6
Característica: [H₃O⁺] = [OH⁻]
pH: = 7
pOH: = 7
Exemplos:
- Água pura: pH = 7,00
- Solução de NaCl: pH ≈ 7
- Sangue: pH ≈ 7,4 (levemente básico)
Característica: [H₃O⁺] < [OH⁻]
pH: > 7
pOH: < 7
[OH⁻] > 1,0×10⁻⁷ M
Exemplos:
- Amônia doméstica: pH ≈ 11
- Sabão: pH ≈ 9
- Soda cáustica: pH ≈ 14
Exemplo 1: Calcule o pH de uma solução de HCl 0,025 M
[H₃O⁺] = [HCl] = 0,025 M
pH = -log[H₃O⁺]
pH = -log(0,025)
pH = -log(2,5×10⁻²)
pH = -(log 2,5 + log 10⁻²)
pH = -(0,40 – 2) = 1,60
Exemplo 2: Calcule o pOH de uma solução de NaOH 0,0050 M
[OH⁻] = [NaOH] = 0,0050 M
pOH = -log[OH⁻]
pOH = -log(0,0050)
pOH = -log(5,0×10⁻³)
pOH = 2,30
pH = 14 – pOH = 14 – 2,30 = 11,70
Exemplo 3: Uma solução tem pH = 8,25. Calcule [H₃O⁺] e [OH⁻]
[H₃O⁺] = 5,6×10⁻⁹ M
[OH⁻] = Kw/[H₃O⁺]
[OH⁻] = (1,0×10⁻¹⁴)/(5,6×10⁻⁹)
[OH⁻] = 1,8×10⁻⁶ M
- 25°C: Kw = 1,0×10⁻¹⁴, pH neutro = 7,00
- 37°C: Kw = 2,4×10⁻¹⁴, pH neutro = 6,81
- 100°C: Kw = 5,1×10⁻¹³, pH neutro = 6,14
- Regra: Temperatura ↑ → Kw ↑ → pH neutro ↓
2.3 Ácidos e Bases Fracos
Ka = [H₃O⁺][A⁻]/[HA]
Base fraca: B + H₂O ⇌ BH⁺ + OH⁻
Kb = [BH⁺][OH⁻]/[B]
Relação: Ka × Kb = Kw (par conjugado)
Definição: Medida da força de um ácido
Interpretação:
- Ka > 10⁻³: ácido forte
- 10⁻³ > Ka > 10⁻¹⁰: ácido fraco
- Ka < 10⁻¹⁰: ácido muito fraco
Quanto menor pKa,
mais forte o ácido
Definição: Fração de moléculas ionizadas
α = √(Ka/C₀)
(para ácidos fracos)
Interpretação:
- α × 100% = % ionização
- α ↑ quando C₀ ↓ (diluição)
- α depende de Ka e concentração
| Ácido | Fórmula | Ka (25°C) | pKa | Classificação |
|---|---|---|---|---|
| Ácido fórmico | HCOOH | 1,8×10⁻⁴ | 3,74 | Fraco |
| Ácido acético | CH₃COOH | 1,8×10⁻⁵ | 4,74 | Fraco |
| Ácido carbônico | H₂CO₃ | 4,3×10⁻⁷ | 6,37 | Muito fraco |
| Ácido hipocloroso | HClO | 3,0×10⁻⁸ | 7,52 | Muito fraco |
| Ácido bórico | H₃BO₃ | 5,4×10⁻¹⁰ | 9,27 | Muito fraco |
Problema: Calcule o pH de uma solução de ácido acético 0,10 M
Dados: Ka(CH₃COOH) = 1,8×10⁻⁵
Equilíbrio: CH₃COOH + H₂O ⇌ H₃O⁺ + CH₃COO⁻
| Espécie | Inicial (M) | Variação (M) | Equilíbrio (M) |
|---|---|---|---|
| CH₃COOH | 0,10 | -x | 0,10 – x |
| H₃O⁺ | 0 | +x | x |
| CH₃COO⁻ | 0 | +x | x |
Ka = [H₃O⁺][CH₃COO⁻]/[CH₃COOH]
1,8×10⁻⁵ = x²/(0,10 – x)
Aproximação (x << 0,10):
1,8×10⁻⁵ ≈ x²/0,10
x² = 1,8×10⁻⁶
x = 1,34×10⁻³ M
Verificação:
x/C₀ = 1,34×10⁻³/0,10 = 0,0134 = 1,34%
Como < 5%, aproximação é válida
pH:
pH = -log(1,34×10⁻³) = 2,87
Grau de ionização:
3.1 Sistemas Tampão
Componentes:
- Ácido fraco (HA)
- Sal da base conjugada (A⁻)
Exemplo: CH₃COOH + CH₃COONa
A⁻ + H₃O⁺ → HA + H₂O
Componentes:
- Base fraca (B)
- Sal do ácido conjugado (BH⁺)
Exemplo: NH₃ + NH₄Cl
BH⁺ + OH⁻ → B + H₂O
pH = pKa + log([A⁻]/[HA])
ou
pOH = pKb + log([BH⁺]/[B])
Problema: Calcule o pH de uma solução tampão contendo CH₃COOH 0,15 M e CH₃COONa 0,25 M
Dados: Ka(CH₃COOH) = 1,8×10⁻⁵, pKa = 4,74
pH = pKa + log([CH₃COO⁻]/[CH₃COOH])
pH = 4,74 + log(0,25/0,15)
pH = 4,74 + log(1,67)
pH = 4,74 + 0,22 = 4,96
Teste da capacidade tampão:
Adição de 0,01 mol de HCl a 1 L da solução tampão:
[CH₃COOH]final = 0,15 + 0,01 = 0,16 M
[CH₃COO⁻]final = 0,25 – 0,01 = 0,24 M
pH = 4,74 + log(0,24/0,16)
pH = 4,74 + 0,18 = 4,92
Variação: ΔpH = 4,92 – 4,96 = -0,04
Comparação com água pura:
Adição de 0,01 M HCl em água: pH = 2,00 (ΔpH = -5,00)
Eficiência: O tampão reduz a variação de pH em mais de 100 vezes!
Definição: Quantidade de ácido/base que o tampão pode neutralizar
Fatores:
- Concentração total dos componentes
- Razão [A⁻]/[HA] próxima de 1
- pKa próximo do pH desejado
pH = pKa ± 1
Importância: Manutenção do pH fisiológico
Exemplos:
- Sangue: HCO₃⁻/H₂CO₃ (pH 7,4)
- Células: HPO₄²⁻/H₂PO₄⁻ (pH 7,2)
- Proteínas: grupos amino/carboxila
H₂CO₃ ⇌ H⁺ + HCO₃⁻
Componentes: H₂CO₃/HCO₃⁻
pH normal: 7,35 – 7,45
Regulação:
- Pulmões: eliminam CO₂
- Rins: excretam H⁺
- Hemoglobina: tampão adicional
Usos:
- Calibração de pHmetros
- Reações enzimáticas
- Eletroforese
- Cromatografia
Tampões comuns: Fosfato, Tris, HEPES
Aplicações:
- Controle de pH em processos
- Tratamento de águas
- Produção de medicamentos
- Conservação de alimentos
3.2 Titulações Ácido-Base
Início
pH baixo
Excesso de H⁺
pH = 7,00
Salto de pH: 4-10
Reação: H⁺ + OH⁻ → H₂O
Final
pH alto
Excesso de OH⁻
Características:
- Ponto de equivalência: pH = 7
- Salto de pH acentuado
- Qualquer indicador serve
Exemplo: HCl + NaOH
Sal neutro: pH = 7
Características:
- Ponto de equivalência: pH > 7
- Salto de pH menos acentuado
- Indicador: fenolftaleína
Exemplo: CH₃COOH + NaOH
CH₃COO⁻ + H₂O ⇌ CH₃COOH + OH⁻
Características:
- Ponto de equivalência: pH < 7
- Salto de pH menos acentuado
- Indicador: alaranjado de metila
Exemplo: HCl + NH₃
NH₄⁺ + H₂O ⇌ NH₃ + H₃O⁺
Faixa: pH 3,1 – 4,4
Cores: Vermelho → Amarelo
Uso: Ácido forte + Base fraca
Faixa: pH 6,0 – 7,6
Cores: Amarelo → Azul
Uso: Ácido forte + Base forte
Faixa: pH 8,2 – 10,0
Cores: Incolor → Rosa
Uso: Ácido fraco + Base forte
Problema: 25,0 mL de solução de HCl são titulados com NaOH 0,150 M. O ponto de equivalência é atingido com 18,6 mL de NaOH. Calcule a concentração do HCl.
Proporção estequiométrica: 1:1
Mols de NaOH:
n(NaOH) = M × V = 0,150 mol/L × 0,0186 L
n(NaOH) = 2,79×10⁻³ mol
Mols de HCl:
n(HCl) = n(NaOH) = 2,79×10⁻³ mol
Concentração do HCl:
M(HCl) = n/V = 2,79×10⁻³ mol / 0,0250 L
M(HCl) = 0,112 M
Verificação:
0,112 × 25,0 = 0,150 × 18,6
2,80 = 2,79 ✓
3.3 Hidrólise de Sais
Comportamento: Não sofre hidrólise
pH: ≈ 7 (neutro)
Exemplos: NaCl, KBr, CaSO₄
Na⁺ e Cl⁻ não reagem com H₂O
pH = 7,00
Comportamento: Hidrólise básica
pH: > 7 (básico)
Exemplos: CH₃COONa, Na₂CO₃
Kh = Kw/Ka
pH > 7
Comportamento: Hidrólise ácida
pH: < 7 (ácido)
Exemplos: NH₄Cl, AlCl₃
Kh = Kw/Kb
pH < 7
Comportamento: Hidrólise dupla
pH: Depende de Ka e Kb
Exemplos: CH₃COONH₄
Se Ka < Kb → pH > 7
Se Ka = Kb → pH = 7
Problema: Calcule o pH de uma solução de acetato de sódio (CH₃COONa) 0,10 M
Dados: Ka(CH₃COOH) = 1,8×10⁻⁵
Hidrólise do íon acetato:
Kh = Kw/Ka = (1,0×10⁻¹⁴)/(1,8×10⁻⁵)
Kh = 5,6×10⁻¹⁰
| Espécie | Inicial (M) | Variação (M) | Equilíbrio (M) |
|---|---|---|---|
| CH₃COO⁻ | 0,10 | -x | 0,10 – x |
| CH₃COOH | 0 | +x | x |
| OH⁻ | 0 | +x | x |
Kh = [CH₃COOH][OH⁻]/[CH₃COO⁻]
5,6×10⁻¹⁰ = x²/(0,10 – x)
Aproximação (x << 0,10):
5,6×10⁻¹⁰ ≈ x²/0,10
x² = 5,6×10⁻¹¹
x = [OH⁻] = 7,5×10⁻⁶ M
pOH e pH:
pOH = -log(7,5×10⁻⁶) = 5,12
pH = 14 – 5,12 = 8,88
Conclusão: A solução é básica (pH > 7) devido à hidrólise do íon acetato.
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Equilíbrios Químicos
Material completo para a Prova Nacional Docente
Constantes e Princípio de Le Châtelier
pH, pOH e teorias ácido-base
Henderson-Hasselbalch e aplicações
Curvas e indicadores ácido-base
📘 Apostila PND Química – Eletroquímica e Propriedades Coligativas
Prova Nacional Docente – Área Específica de Química
Células Galvânicas • Eletrólise • Potenciais • Osmose • Crioscopia • Ebulioscopia
1.1 Reações de Oxidação-Redução
Definição: Perda de elétrons
Número de oxidação: Aumenta
Agente: Redutor (sofre oxidação)
NOx: 0 → +2
(Zn é oxidado)
Definição: Ganho de elétrons
Número de oxidação: Diminui
Agente: Oxidante (sofre redução)
NOx: +2 → 0
(Cu²⁺ é reduzido)
- Elemento livre: NOx = 0 (H₂, O₂, Cl₂, etc.)
- Íon monoatômico: NOx = carga do íon (Na⁺ = +1, Cl⁻ = -1)
- Hidrogênio: NOx = +1 (exceto em hidretos: -1)
- Oxigênio: NOx = -2 (exceto em peróxidos: -1)
- Metais alcalinos: NOx = +1 sempre
- Metais alcalino-terrosos: NOx = +2 sempre
- Soma dos NOx: = carga total da espécie
Reação: MnO₄⁻ + Fe²⁺ → Mn²⁺ + Fe³⁺ (meio ácido)
Passo 1: Identificar as semi-reações
Redução: MnO₄⁻ + 8H⁺ + 5e⁻ → Mn²⁺ + 4H₂O
Passo 2: Balancear elétrons
Redução: 1 × (MnO₄⁻ + 8H⁺ + 5e⁻ → Mn²⁺ + 4H₂O)
Passo 3: Somar as semi-reações
Verificação:
- Átomos: Mn(1), Fe(5), O(4), H(8) ✓
- Cargas: Esquerda: -1+10+8 = +17, Direita: +2+15 = +17 ✓
| Agente Oxidante | Semi-reação de Redução | Força Oxidante | Aplicação |
|---|---|---|---|
| F₂ | F₂ + 2e⁻ → 2F⁻ | Muito forte | Fluoração |
| MnO₄⁻ | MnO₄⁻ + 8H⁺ + 5e⁻ → Mn²⁺ + 4H₂O | Forte | Titulações |
| Cr₂O₇²⁻ | Cr₂O₇²⁻ + 14H⁺ + 6e⁻ → 2Cr³⁺ + 7H₂O | Forte | Análises |
| H₂O₂ | H₂O₂ + 2H⁺ + 2e⁻ → 2H₂O | Moderada | Desinfecção |
| I₂ | I₂ + 2e⁻ → 2I⁻ | Fraca | Iodometria |
1.2 Células Galvânicas
Zn | Zn²⁺
Oxidação
Zn → Zn²⁺ + 2e⁻
KCl
Cu²⁺ | Cu
Redução
Cu²⁺ + 2e⁻ → Cu
Zn(s) + Cu²⁺(aq) → Zn²⁺(aq) + Cu(s)
Notação da Célula:
Zn(s) | Zn²⁺(aq) || Cu²⁺(aq) | Cu(s)
Ânodo: Eletrodo onde ocorre oxidação (polo negativo)
Cátodo: Eletrodo onde ocorre redução (polo positivo)
Ponte salina: Permite fluxo iônico, mantém neutralidade
Circuito externo: Conduz elétrons do ânodo ao cátodo
Elétrons: Ânodo → Cátodo (circuito externo)
Cátions: Migram para o cátodo
Ânions: Migram para o ânodo
Corrente convencional: Cátodo → Ânodo
Descrição: Célula galvânica clássica com eletrodos de Zn e Cu
| Componente | Ânodo | Cátodo |
|---|---|---|
| Eletrodo | Zn metálico | Cu metálico |
| Solução | ZnSO₄ 1M | CuSO₄ 1M |
| Semi-reação | Zn → Zn²⁺ + 2e⁻ | Cu²⁺ + 2e⁻ → Cu |
| Polaridade | Negativa (-) | Positiva (+) |
| Observação | Eletrodo se dissolve | Deposição de Cu |
AN-OX-CAT-RED: ÂNodo = OXidação, CÁTodo = REDução
Polaridade: Em células galvânicas, ânodo é negativo e cátodo é positivo
1.3 Potenciais de Eletrodo
Medido em condições padrão:
• Concentrações: 1 M
• Pressão: 1 atm
• Temperatura: 25°C
Referência: 2H⁺ + 2e⁻ → H₂ E° = 0,00 V
| Semi-reação de Redução | E° (V) | Força Oxidante | Observação |
|---|---|---|---|
| F₂ + 2e⁻ → 2F⁻ | +2,87 | Muito forte | Mais oxidante |
| MnO₄⁻ + 8H⁺ + 5e⁻ → Mn²⁺ + 4H₂O | +1,51 | Forte | Meio ácido |
| Cl₂ + 2e⁻ → 2Cl⁻ | +1,36 | Forte | Gás cloro |
| Ag⁺ + e⁻ → Ag | +0,80 | Moderada | Metal nobre |
| Cu²⁺ + 2e⁻ → Cu | +0,34 | Fraca | Cobre |
| 2H⁺ + 2e⁻ → H₂ | 0,00 | Referência | Eletrodo padrão |
| Zn²⁺ + 2e⁻ → Zn | -0,76 | – | Bom redutor |
| Al³⁺ + 3e⁻ → Al | -1,66 | – | Forte redutor |
| Li⁺ + e⁻ → Li | -3,05 | – | Mais redutor |
E°célula = E°cátodo – E°ânodo
ou
E°célula = E°redução – E°oxidação
Se E°célula > 0 → Reação espontânea
Se E°célula < 0 → Reação não-espontânea
Problema: Calcule o potencial da célula Zn | Zn²⁺ || Ag⁺ | Ag
Dados: E°(Zn²⁺/Zn) = -0,76 V, E°(Ag⁺/Ag) = +0,80 V
Identificação dos eletrodos:
Cátodo (redução): Ag⁺ + e⁻ → Ag E°red = +0,80 V
Balanceamento:
Cátodo: 2 × (Ag⁺ + e⁻ → Ag)
Global: Zn + 2Ag⁺ → Zn²⁺ + 2Ag
Cálculo do potencial:
E°célula = (+0,80) – (-0,76)
E°célula = +1,56 V
Interpretação: E° > 0, logo a reação é espontânea. A célula pode fornecer 1,56 V.
- Maior E°: Melhor oxidante (sofre redução)
- Menor E°: Melhor redutor (sofre oxidação)
- Espontaneidade: Oxidante forte + Redutor forte
- Potencial não depende: Da quantidade de material
2.1 Equação de Nernst
E = E° – (RT/nF) ln Q
A 25°C:
E = E° – (0,0592/n) log Q
Onde:
E = potencial em condições não-padrão
E° = potencial padrão
n = número de elétrons transferidos
Q = quociente de reação
Concentração:
- ↑[oxidante] → ↑E (mais positivo)
- ↑[redutor] → ↓E (menos positivo)
Temperatura:
- Afeta através do termo RT/nF
- Geralmente pequeno efeito
Para a reação: aA + bB → cC + dD
Observações:
- Sólidos e líquidos puros: atividade = 1
- Gases: usar pressões parciais
- Soluções diluídas: usar concentrações
Problema: Calcule o potencial da célula Zn | Zn²⁺(0,01 M) || Cu²⁺(2,0 M) | Cu
Dados: E°(Zn²⁺/Zn) = -0,76 V, E°(Cu²⁺/Cu) = +0,34 V
Reação global:
n = 2 elétrons
Potencial padrão:
E°célula = (+0,34) – (-0,76) = +1,10 V
Quociente de reação:
Aplicação de Nernst:
E = 1,10 – (0,0592/2) log(0,005)
E = 1,10 – 0,0296 × (-2,30)
E = 1,10 + 0,068 = 1,17 V
Interpretação: O potencial é maior que o padrão devido à baixa concentração de Zn²⁺ e alta concentração de Cu²⁺.
Monitoramento: Estado de carga
Otimização: Composição do eletrólito
Exemplo: Bateria de chumbo-ácido
Calomelano: Hg₂Cl₂/Hg
Ag/AgCl: Eletrodo de prata
Função: Potencial constante e conhecido
Eletrodo de vidro: Sensível a H⁺
Vantagem: Medida direta e precisa
2.2 Eletrólise
Eletrodo positivo
Oxidação
2Cl⁻ → Cl₂ + 2e⁻
Eletrodo negativo
Redução
2H₂O + 2e⁻ → H₂ + 2OH⁻
Na eletrólise, a polaridade é oposta às células galvânicas: ânodo é positivo (+) e cátodo é negativo (-).
Condições: Sal fundido, alta temperatura
Vantagem: Não há competição com H₂O
Exemplo: NaCl fundido
Cátodo: Na⁺ + e⁻ → Na
Global: 2NaCl → 2Na + Cl₂
Condições: Solução aquosa
Complicação: Competição com H₂O
Regra: Ocorre a reação mais fácil (menor potencial)
M^n+ + ne⁻ → M
2H₂O + 2e⁻ → H₂ + 2OH⁻
| Eletrólito | Reação no Ânodo | Reação no Cátodo | Produtos |
|---|---|---|---|
| NaCl(aq) | 2Cl⁻ → Cl₂ + 2e⁻ | 2H₂O + 2e⁻ → H₂ + 2OH⁻ | Cl₂, H₂, NaOH |
| CuSO₄(aq) | 2H₂O → O₂ + 4H⁺ + 4e⁻ | Cu²⁺ + 2e⁻ → Cu | O₂, Cu, H₂SO₄ |
| H₂SO₄(aq) | 2H₂O → O₂ + 4H⁺ + 4e⁻ | 2H⁺ + 2e⁻ → H₂ | O₂, H₂ |
| NaCl(l) | 2Cl⁻ → Cl₂ + 2e⁻ | Na⁺ + e⁻ → Na | Cl₂, Na |
Processo: Decomposição da água em H₂ e O₂
Eletrólito: H₂SO₄ diluído (condutor)
Cátodo (-): 4H⁺ + 4e⁻ → 2H₂
2H₂O → 2H₂ + O₂
Proporção volumétrica:
H₂ : O₂ = 2 : 1
Observações experimentais:
- Cátodo: Maior volume de gás (H₂)
- Ânodo: Menor volume de gás (O₂)
- Teste: H₂ queima com “pop”, O₂ reaviva chama
A eletrólise da água é usada para produzir H₂ ultrapuro para a indústria eletrônica e como combustível limpo.
2.3 Leis de Faraday
1ª Lei: m ∝ Q (massa ∝ carga)
2ª Lei: m ∝ M/n (massa ∝ massa molar/elétrons)
Equação unificada:
m = (M × I × t)/(n × F)
Onde:
m = massa (g)
M = massa molar (g/mol)
I = corrente (A)
t = tempo (s)
n = número de elétrons
F = constante de Faraday (96.485 C/mol)
Corrente (I): Fluxo de carga por tempo
Carga (Q): Q = I × t
Faraday (F): Carga de 1 mol de elétrons
1 F = 6,022×10²³ elétrons
Definição: Massa depositada por 1 coulomb
m = E × Q = E × I × t
Unidade: g/C
Problema 1: Quanto cobre é depositado pela passagem de 2,0 A por 30 min em solução de CuSO₄?
Dados:
- I = 2,0 A
- t = 30 min = 1800 s
- M(Cu) = 63,5 g/mol
- n = 2 (Cu²⁺ + 2e⁻ → Cu)
m = (63,5 × 2,0 × 1800)/(2 × 96485)
m = 228600/192970 = 1,18 g
Problema 2: Que corrente é necessária para produzir 1,0 L de H₂ (CNTP) em 2 horas?
Dados:
- V(H₂) = 1,0 L
- n(H₂) = 1,0/22,4 = 0,0446 mol
- t = 2 h = 7200 s
- Reação: 2H⁺ + 2e⁻ → H₂
Q = n(e⁻) × F = 0,0892 × 96485 = 8606 C
I = Q/t = 8606/7200 = 1,20 A
Processo: Revestimento metálico
Exemplos: Niquelação, cromação, douração
Vantagens: Proteção contra corrosão, estética
Alumínio: Eletrólise da alumina (Al₂O₃)
Sódio: Eletrólise do NaCl fundido
Magnésio: Eletrólise do MgCl₂ fundido
Cloro e NaOH: Eletrólise de salmoura
Hidrogênio: Eletrólise da água
Flúor: Eletrólise de fluoretos fundidos
3.1 Fundamentos das Propriedades Coligativas
Fenômeno: Diminuição do ponto de congelamento
Fórmula: ΔTc = Kc × m
Exemplo: Sal nas estradas no inverno
Fenômeno: Elevação do ponto de ebulição
Fórmula: ΔTe = Ke × m
Exemplo: Água salgada ferve a > 100°C
Fenômeno: Diminuição da pressão de vapor
Fórmula: ΔP = P° × χsoluto
Exemplo: Evaporação mais lenta de soluções
Fenômeno: Passagem de solvente através de membrana
Fórmula: π = MRT
Exemplo: Funcionamento das células
- Molalidade (m): mols de soluto / kg de solvente
- Fração molar (χ): mols de componente / mols totais
- Molaridade (M): mols de soluto / L de solução
- Fator de van’t Hoff (i): número de partículas formadas por fórmula
- Soluto molecular: i = 1 (não ioniza)
- Soluto iônico: i > 1 (ioniza)
| Soluto | Dissociação | Fator i (teórico) | Fator i (real) | Observação |
|---|---|---|---|---|
| Glicose (C₆H₁₂O₆) | Não ioniza | 1 | 1 | Molecular |
| NaCl | Na⁺ + Cl⁻ | 2 | 1,9 | Pareamento iônico |
| CaCl₂ | Ca²⁺ + 2Cl⁻ | 3 | 2,7 | Eletrólito forte |
| Al₂(SO₄)₃ | 2Al³⁺ + 3SO₄²⁻ | 5 | 4,2 | Muitos íons |
| CH₃COOH | Ionização parcial | 2 | 1,01 | Ácido fraco |
Problema: Uma solução contém 58,5 g de NaCl em 500 g de água. Calcule a molalidade.
m(NaCl) = 58,5 g
M(NaCl) = 58,5 g/mol
m(H₂O) = 500 g = 0,500 kg
Cálculo:
n(NaCl) = 58,5 g / 58,5 g/mol = 1,00 mol
Molalidade = n(soluto) / kg(solvente)
m = 1,00 mol / 0,500 kg = 2,00 m
Interpretação: A solução é 2,00 molal em NaCl, ou seja, contém 2,00 mols de NaCl por kg de água.
3.2 Crioscopia e Ebulioscopia
Solvente Puro
Ponto de Congelamento: Tc°
Ponto de Ebulição: Te°
Pressão de Vapor: P°
Solução
Ponto de Congelamento: Tc° – ΔTc
Ponto de Ebulição: Te° + ΔTe
Pressão de Vapor: P° – ΔP
Crioscopia: ΔTc = Kc × m × i
Ebulioscopia: ΔTe = Ke × m × i
Tonoscopia: ΔP/P° = χsoluto
Osmose: π = i × M × R × T
Onde:
Kc, Ke = constantes crioscópica e ebulioscópica
m = molalidade
i = fator de van’t Hoff
χ = fração molar
M = molaridade
R = constante dos gases
T = temperatura absoluta
| Solvente | Tc° (°C) | Kc (°C·kg/mol) | Te° (°C) | Ke (°C·kg/mol) |
|---|---|---|---|---|
| Água | 0,0 | 1,86 | 100,0 | 0,52 |
| Benzeno | 5,5 | 5,12 | 80,1 | 2,53 |
| Ácido acético | 16,6 | 3,90 | 117,9 | 3,07 |
| Cânfora | 179,8 | 40,0 | 207,4 | 5,95 |
Problema: Calcule o ponto de congelamento de uma solução aquosa de CaCl₂ 0,50 m.
Dados: Kc(H₂O) = 1,86 °C·kg/mol, i(CaCl₂) = 2,7
ΔTc = Kc × m × i
ΔTc = 1,86 × 0,50 × 2,7
ΔTc = 2,51 °C
Ponto de congelamento:
Tc = Tc° – ΔTc
Tc = 0,0 – 2,51 = -2,51 °C
Interpretação: A solução congela a -2,51°C, temperatura menor que a da água pura devido à presença dos íons Ca²⁺ e Cl⁻.
Este princípio é usado no sal de cozinha espalhado nas ruas durante o inverno para evitar o congelamento da água.
Problema: Uma solução aquosa de glicose ferve a 100,26°C. Calcule a molalidade da solução.
Dados: Ke(H₂O) = 0,52 °C·kg/mol, i(glicose) = 1
ΔTe = Te – Te°
ΔTe = 100,26 – 100,00 = 0,26 °C
Aplicação da equação:
ΔTe = Ke × m × i
0,26 = 0,52 × m × 1
m = 0,26 / 0,52 = 0,50 m
Interpretação: A solução tem molalidade 0,50 m, ou seja, contém 0,50 mol de glicose por kg de água.
3.3 Pressão Osmótica
Menor concentração
Maior potencial químico
Maior concentração
Menor potencial químico
Fluxo de solvente: Diluída → Concentrada
Objetivo: Equalizar concentrações
π = i × M × R × T
Onde:
π = pressão osmótica (atm)
i = fator de van’t Hoff
M = molaridade (mol/L)
R = 0,082 atm·L/(mol·K)
T = temperatura absoluta (K)
Isotônica: π₁ = π₂ (sem fluxo líquido)
Hipotônica: π₁ < π₂ (fluxo para 2)
Hipertônica: π₁ > π₂ (fluxo para 1)
NaCl 0,9% (isotônico)
Princípio: Aplicar pressão > π
Resultado: Fluxo invertido
Aplicação: Dessalinização da água
(Concentrada → Diluída)
Problema: Calcule a pressão osmótica de uma solução de sacarose 0,25 M a 25°C.
Dados: i(sacarose) = 1, T = 25°C = 298 K
π = i × M × R × T
π = 1 × 0,25 × 0,082 × 298
π = 6,1 atm
Interpretação: É necessária uma pressão de 6,1 atm para impedir a osmose nesta solução.
Problema 2: Compare com uma solução de NaCl 0,15 M nas mesmas condições.
π = 1,9 × 0,15 × 0,082 × 298
π = 7,0 atm
Conclusão: A solução de NaCl, mesmo com menor molaridade, tem maior pressão osmótica devido à ionização.
Soro fisiológico: NaCl 0,9% (isotônico)
Soro glicosado: Glicose 5% (isotônico)
Diálise: Remoção de toxinas do sangue
Preservação: Órgãos em soluções isotônicas
Células vegetais: Turgescência e plasmólise
Células animais: Crenação e hemólise
Transporte: Absorção de água pelas raízes
Regulação: Pressão osmótica nos organismos
Dessalinização: Osmose reversa
Tratamento de água: Purificação
Indústria alimentícia: Concentração de sucos
Farmacêutica: Purificação de medicamentos
- Crioscopia/Ebulioscopia: ΔT = K × m × i (molalidade)
- Osmose: π = i × M × R × T (molaridade)
- Tonoscopia: ΔP/P° = χsoluto (fração molar)
- Todas dependem: Do número de partículas (i)
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Funções Orgânicas • Reações • Isomeria • Polímeros • Biomoléculas
1.1 Características do Carbono
Número atômico: 6
Configuração eletrônica: 1s² 2s² 2p²
Valência: 4 (tetravalente)
Hibridização: sp³, sp², sp
Eletronegatividade: 2,5 (moderada)
Ligação simples (σ): C-C, C-H
Ligação dupla (π): C=C, C=O
Ligação tripla: C≡C, C≡N
Estabilidade: σ > π
Comprimento: Simples > Dupla > Tripla
(ligado a 1 carbono)
(ligado a 2 carbonos)
(ligado a 3 carbonos)
(ligado a 4 carbonos)
Estrutura: CH₃-CH₂-CH(CH₃)-CH₂-CH₃
| Carbono | Classificação | Ligações C-C | Hibridização |
|---|---|---|---|
| C₁ (CH₃) | Primário | 1 | sp³ |
| C₂ (CH₂) | Secundário | 2 | sp³ |
| C₃ (CH) | Terciário | 3 | sp³ |
| C₄ (CH₂) | Secundário | 2 | sp³ |
| C₅ (CH₃) | Primário | 1 | sp³ |
1.2 Classificação das Cadeias Carbônicas
- Natureza dos átomos: Homogênea (só C) ou Heterogênea (C + heteroátomos)
- Disposição: Aberta (acíclica) ou Fechada (cíclica)
- Saturação: Saturada (só ligações simples) ou Insaturada (duplas/triplas)
- Ramificação: Normal (linear) ou Ramificada
| Tipo de Cadeia | Exemplo | Fórmula | Características |
|---|---|---|---|
| Aberta, normal, saturada | Butano | CH₃-CH₂-CH₂-CH₃ | Linear, só ligações simples |
| Aberta, ramificada, saturada | Isobutano | (CH₃)₃CH | Com ramificação |
| Aberta, normal, insaturada | Buteno | CH₃-CH₂-CH=CH₂ | Com ligação dupla |
| Fechada, alicíclica | Ciclobutano | C₄H₈ | Ciclo saturado |
| Fechada, aromática | Benzeno | C₆H₆ | Ciclo com ressonância |
1.3 Nomenclatura IUPAC
PREFIXO: indica ramificações
INFIXO: indica o tipo de ligação
SUFIXO: indica a função orgânica
- 1 C: met-
- 2 C: et-
- 3 C: prop-
- 4 C: but-
- 5 C: pent-
- 6 C: hex-
- 7 C: hept-
- 8 C: oct-
- -an-: apenas ligações simples
- -en-: uma ligação dupla
- -dien-: duas ligações duplas
- -in-: uma ligação tripla
- -diin-: duas ligações triplas
Estrutura: CH₃-CH₂-CH(CH₃)-CH₂-CH₃
Passo 2: Numeração: 1-2-3-4-5
Passo 3: Ramificação CH₃ no carbono 3
Passo 4: Apenas ligações simples (-an-)
Passo 5: Hidrocarboneto (sufixo -o)
Nome: 3-metilpentano
2.1 Hidrocarbonetos
R-CH₂-CH₂-R
Características:
- Saturados (só ligações simples)
- Hibridização sp³
- Sufixo: -ano
- Menos reativos
R-CH=CH-R
Características:
- Uma ligação dupla C=C
- Hibridização sp²
- Sufixo: -eno
- Reações de adição
R-C≡C-R
Características:
- Uma ligação tripla C≡C
- Hibridização sp
- Sufixo: -ino
- Muito reativos
Anel benzênico
Características:
- Sistema conjugado
- Ressonância
- Estabilidade especial
- Substituição eletrofílica
| Alcano | Fórmula | P.E. (°C) | Estado (25°C) | Uso Principal |
|---|---|---|---|---|
| Metano | CH₄ | -162 | Gás | Gás natural |
| Etano | C₂H₆ | -89 | Gás | Petroquímica |
| Propano | C₃H₈ | -42 | Gás | GLP |
| Butano | C₄H₁₀ | -0,5 | Gás | GLP, isqueiros |
| Octano | C₈H₁₈ | 126 | Líquido | Gasolina |
2.2 Funções Oxigenadas
Hidroxila
Nomenclatura: -ol
Exemplo: Etanol (C₂H₅OH)
Propriedades: Polares, ligações H
OH no benzeno
Nomenclatura: fenol
Exemplo: Fenol (C₆H₅OH)
Propriedades: Ácidos fracos
Ponte de oxigênio
Nomenclatura: éter
Exemplo: Éter etílico
Propriedades: Apolares, voláteis
Carbonila terminal
Nomenclatura: -al
Exemplo: Formaldeído
Propriedades: Redutores
Carbonila interna
Nomenclatura: -ona
Exemplo: Acetona
Propriedades: Solventes
Carboxila
Nomenclatura: ácido -óico
Exemplo: Ác. acético
Propriedades: Ácidos
Oxidação do Etanol:
(etanol) → (acetaldeído) → (ác. acético)
Condições:
• Oxidação branda: K₂Cr₂O₇ + H₂SO₄
• Oxidação completa: KMnO₄ + H₂SO₄
Esterificação (Ácido + Álcool):
(ácido) + (álcool) ⇌ (éster) + (água)
Catalisador: H₂SO₄ concentrado
Equilíbrio: Favorecido pela remoção de H₂O
2.3 Funções Nitrogenadas
R₂NH (2°)
R₃N (3°)
Características:
- Derivadas da amônia
- Básicas (recebem H⁺)
- Odor característico
- Solúveis em água (pequenas)
R-CO-NHR’ (2°)
R-CO-NR’R” (3°)
Características:
- Derivadas de ácidos
- Ligações peptídicas
- Pontos de fusão altos
- Estáveis
Grupo nitro
Características:
- Grupo nitro (-NO₂)
- Explosivos potenciais
- Reduzem a aminas
- Amarelados
Grupo ciano
Características:
- Ligação tripla C≡N
- Hidrolisam a ácidos
- Solventes
- Síntese orgânica
| Composto | Função | Fórmula | Aplicação |
|---|---|---|---|
| Metilamina | Amina 1° | CH₃NH₂ | Síntese de pesticidas |
| Anilina | Amina aromática | C₆H₅NH₂ | Corantes, medicamentos |
| Ureia | Amida | CO(NH₂)₂ | Fertilizante, cosméticos |
| Nitrobenzeno | Nitrocomposto | C₆H₅NO₂ | Síntese de anilina |
3.1 Isomeria Estrutural
Diferença: Tipo de cadeia carbônica
CH₃-CH₂-CH₂-CH₃ (normal)
(CH₃)₃CH (ramificada)
Exemplo: Butano vs Isobutano
Diferença: Posição do grupo funcional
CH₃-CH₂-CH₂-OH (propan-1-ol)
CH₃-CH(OH)-CH₃ (propan-2-ol)
Exemplo: Álcoois isômeros
Diferença: Função orgânica
CH₃-CH₂-OH (álcool)
CH₃-O-CH₃ (éter)
Exemplo: Etanol vs Éter dimetílico
Diferença: Equilíbrio dinâmico
(ceto) ⇌ (enol)
Exemplo: Tautomeria ceto-enólica
3.2 Isomeria Espacial (Estereoisomeria)
Condições:
- Ligação dupla C=C (rotação restrita)
- Dois grupos diferentes em cada carbono
- Ciclos (rotação impedida)
Trans: grupos iguais em lados opostos
Carbono Assimétrico: Ligado a 4 grupos diferentes
/ | \ \
A B C D
(todos diferentes)
Enantiômeros: Imagens especulares não sobreponíveis
Propriedades: Rotação óptica oposta
Talidomida: Enantiômero R (sedativo) vs S (teratogênico)
Ibuprofeno: Apenas enantiômero S é ativo
Quiralidade: Fundamental na ação de medicamentos
3.3 Reações Orgânicas Fundamentais
SN1: Mecanismo em duas etapas
R⁺ + Nu⁻ → R-Nu (rápida)
Favorecida: Substratos 3° > 2° >> 1°
SN2: Mecanismo concertado
Favorecida: Substratos 1° > 2° >> 3°
Inversão de configuração
Mecanismo geral:
Etapas:
1. Formação do complexo σ
2. Eliminação de H⁺
3. Restauração da aromaticidade
Exemplos:
- Nitração: HNO₃/H₂SO₄
- Halogenação: Cl₂/FeCl₃
- Sulfonação: H₂SO₄ fumegante
Hidrogenação:
Catalisador: Pt, Pd, Ni
Adição syn (mesmo lado)
Halogenação:
Adição anti (lados opostos)
Teste para insaturações
Adição de HX a alcenos:
“H vai para o carbono mais hidrogenado”
“X vai para o carbono menos hidrogenado”
Explicação: Formação do carbocátion mais estável (3° > 2° > 1°)
Polimerização por adição do etileno:
Condições:
• Iniciador: Peróxidos ou catalisadores Ziegler-Natta
• Temperatura: 150-300°C
• Pressão: 1000-3000 atm (processo antigo)
• Catalisador: Baixa pressão (processo moderno)
Mecanismo radicalar:
Propagação: R-O• + CH₂=CH₂ → R-O-CH₂-CH₂•
Terminação: 2 R• → R-R
4.1 Polímeros Sintéticos
Mecanismo: Abertura de ligações duplas
Características:
- Não há eliminação de moléculas
- Mesma composição do monômero
- Crescimento em cadeia
Mecanismo: Eliminação de moléculas pequenas
Características:
- Eliminação de H₂O, HCl, etc.
- Composição diferente do monômero
- Crescimento por etapas
| Polímero | Monômero | Tipo | Aplicações | Código |
|---|---|---|---|---|
| Polietileno (PE) | CH₂=CH₂ | Adição | Sacolas, garrafas | 2, 4 |
| Polipropileno (PP) | CH₂=CH-CH₃ | Adição | Embalagens, fibras | 5 |
| Poliestireno (PS) | CH₂=CH-C₆H₅ | Adição | Isopor, copos | 6 |
| PVC | CH₂=CHCl | Adição | Tubos, revestimentos | 3 |
| PET | Ác. tereftálico + etilenoglicol | Condensação | Garrafas, fibras | 1 |
Monômeros:
- Ácido tereftálico: HOOC-C₆H₄-COOH
- Etilenoglicol: HO-CH₂-CH₂-OH
Reação de polimerização:
[-OC-C₆H₄-CO-O-CH₂-CH₂-O-]ₙ + 2n H₂O
Condições:
• Temperatura: 250-280°C
• Catalisador: Compostos de antimônio
• Vácuo: Para remoção de água
Processo: Coleta → Separação → Lavagem → Trituração → Fusão → Novos produtos
Produtos: Novas garrafas, fibras para roupas, carpetes
4.2 Polímeros Naturais
Estrutura: β-1,4-glicose
Ligações β-glicosídicas
Cadeias lineares
Propriedades:
- Insolúvel em água
- Resistente mecanicamente
- Não digerível por humanos
Aplicações: Papel, algodão, madeira
Estrutura: α-1,4-glicose
Amilopectina: ramificada
Ligações α-glicosídicas
Propriedades:
- Solúvel em água quente
- Digerível por humanos
- Forma géis
Aplicações: Alimentos, bioplásticos
Estrutura:
- Primária: Sequência de aminoácidos
- Secundária: α-hélice, folha β
- Terciária: Dobramento 3D
- Quaternária: Múltiplas cadeias
-CO-NH-
(planar, estável)
DNA: Dupla hélice, bases A-T-G-C
RNA: Fita simples, bases A-U-G-C
RNA: Ribose
Ligações fosfodiéster
Funções: Armazenamento genético, síntese proteica
4.3 Biomoléculas e Aplicações
Ácidos Graxos:
- Saturados: Sem duplas ligações
- Insaturados: Com duplas ligações
Palmítico: n=14
Oleico: C₁₈ com 1 dupla
Fosfolipídios: Cabeça polar + caudas apolares
Estrutura geral:
(grupo amino + grupo carboxila)
Características:
- Anfóteros: Ácido e base
- Zwitteríon: Forma iônica interna
- Essenciais: Não produzidos pelo corpo
Nanotecnologia Médica:
- Lipossomos: Entrega direcionada de fármacos
- Nanopartículas: Diagnóstico por imagem
- Hidrogéis: Liberação controlada
Bioplásticos:
- PLA: Ácido polilático (milho, cana)
- PHA: Polihidroxialcanoatos (bactérias)
- Amido modificado: Embalagens biodegradáveis
Engenharia de Proteínas:
- Enzimas industriais: Detergentes, alimentos
- Proteínas terapêuticas: Insulina, anticorpos
- Biomateriais: Colágeno, elastina
5.1 Estratégias de Síntese
- Análise retrossintética: Trabalhar do produto final para os reagentes
- Grupos funcionais: Identificar transformações necessárias
- Proteção/desproteção: Mascarar grupos reativos temporariamente
- Seletividade: Controlar regio-, estéreo- e quimiosseletividade
- Economia atômica: Minimizar resíduos e maximizar eficiência
Oxidação:
2° álcool → cetona
3° álcool → não oxida facilmente
Redução:
Cetona → 2° álcool
Alqueno → alcano
Reações importantes:
- Alquilação de Friedel-Crafts: Ar-H + R-X
- Condensação aldólica: 2 aldeídos/cetonas
- Reação de Grignard: R-MgX + C=O
- Acoplamento de Suzuki: Ar-B + Ar-X
Análise retrossintética:
(produto final) ← (precursor) + (reagente de acilação)
Síntese:
C₆H₄(OCOCH₃)COOH + CH₃COOH
Condições:
• Catalisador: H₃PO₄ ou H₂SO₄
• Temperatura: 85°C
• Tempo: 15 minutos
Mecanismo:
2. Ataque nucleofílico do OH fenólico
3. Eliminação de ácido acético
4. Formação da ligação éster
5.2 Catálise em Química Orgânica
Catálise ácida:
- Protonação de grupos básicos
- Ativação de carbonilas
- Facilitação de eliminações
Catálise básica:
- Desprotonação de ácidos fracos
- Ativação de nucleófilos
- Facilitação de condensações
Vantagens:
- Alta seletividade
- Condições brandas
- Formação de ligações C-C
Exemplos:
- Hidrogenação: Pd, Pt, Rh
- Metátese: Ru (Grubbs)
- Acoplamento: Pd (Suzuki, Heck)
Características das enzimas:
- Especificidade: Substrato e produto específicos
- Eficiência: Aceleram reações até 10¹⁷ vezes
- Condições brandas: Temperatura e pH fisiológicos
- Regulação: Ativação/inibição por moléculas
Aplicações industriais:
| Enzima | Reação | Aplicação | Vantagem |
|---|---|---|---|
| Lipases | Hidrólise de ésteres | Detergentes, alimentos | Biodegradável |
| Proteases | Hidrólise de proteínas | Detergentes, couro | Específica |
| Amilases | Hidrólise de amido | Panificação, cerveja | Natural |
| Glucose oxidase | Oxidação de glucose | Biosensores | Seletiva |
5.3 Química Verde e Sustentabilidade
- Prevenção: Evitar resíduos em vez de tratá-los
- Economia atômica: Incorporar todos os átomos no produto final
- Sínteses menos perigosas: Usar/gerar substâncias menos tóxicas
- Produtos mais seguros: Preservar eficácia com menor toxicidade
- Solventes seguros: Minimizar uso de auxiliares perigosos
- Eficiência energética: Condições ambientais quando possível
Alternativas sustentáveis:
- Água: Não tóxica, abundante
- CO₂ supercrítico: Não inflamável, reciclável
- Líquidos iônicos: Baixa volatilidade
- Solventes bio-based: Etanol, glicerol
Vantagens: Menor toxicidade, biodegradabilidade
Estratégias:
- Catálise: Menor energia, maior seletividade
- Microondas: Aquecimento eficiente
- Fluxo contínuo: Menor resíduo, maior controle
- Biocatálise: Condições brandas
Síntese do Ibuprofeno (Processo BHC):
Processo verde: 3 etapas, 77% economia atômica
Vantagens:
• Menos resíduos
• Menor uso de solventes
• Catálise com HF reciclável
• Maior eficiência
Produção de Ácido Adípico:
Processo verde: H₂O₂ + catalisador
Benefícios:
• Elimina emissão de N₂O (gás estufa)
• Usa oxidante mais limpo
• Menor impacto ambiental
Economia Atômica: (PM produto / Σ PM reagentes) × 100%
Fator E: kg resíduo / kg produto
PMI: Process Mass Intensity (massa total / massa produto)
6.1 Química Medicinal
Estratégias:
- Modificação molecular: Alterar estrutura de compostos ativos
- Bioisosterismo: Substituir grupos por equivalentes
- Pró-fármacos: Formas inativas que se ativam no organismo
- Drug design racional: Baseado na estrutura do alvo
Fatores importantes:
- Grupos farmacóforos: Essenciais para atividade
- Estereoquímica: Configuração espacial
- Propriedades físico-químicas: Lipofilia, pKa
- Flexibilidade conformacional: Adaptação ao receptor
Inibidores de protease (HIV):
Estrutura: Peptídeo modificado com grupo não-clivável
Exemplo: Ritonavir, Saquinavir
Características:
• Alta afinidade pelo sítio ativo
• Resistência à hidrólise
• Seletividade para protease viral
Análogos de nucleosídeos:
Mecanismo: Terminação prematura da síntese de DNA/RNA
Exemplos: AZT (HIV), Aciclovir (Herpes)
Modificações:
• Substituição de grupos OH
• Alteração da base nitrogenada
• Modificação do açúcar
| Classe Terapêutica | Mecanismo | Exemplo | Característica Estrutural |
|---|---|---|---|
| Anti-inflamatórios | Inibição COX | Aspirina, Ibuprofeno | Ácido carboxílico |
| Antibióticos β-lactâmicos | Inibição síntese parede | Penicilina, Amoxicilina | Anel β-lactâmico |
| Antidepressivos | Inibição recaptação | Fluoxetina, Sertralina | Amina terciária |
| Antihistamínicos | Antagonismo H1 | Loratadina, Cetirizina | Etilamina substituída |
6.2 Materiais Avançados
Características:
- Sistema π conjugado
- Dopagem para condutividade
- Flexibilidade mecânica
Exemplos:
- Poliacetileno: Primeiro polímero condutor
- Polianilina: Estável ao ar
- PEDOT: Transparente, condutor
Tipos:
- Nanotubos de carbono: Propriedades excepcionais
- Grafeno: Condutor 2D
- Dendrímeros: Estruturas ramificadas
- MOFs: Frameworks metal-orgânicos
Células solares orgânicas:
• Doador de elétrons: Polímero conjugado
• Receptor: Fulereno (C₆₀, C₇₀)
• Eletrodos: ITO, alumínio
Vantagens:
• Processamento em solução
• Flexibilidade
• Baixo custo
• Transparência
Baterias orgânicas:
• Quinonas: Reações redox reversíveis
• Polímeros condutores: Armazenamento de carga
• Compostos organossulfurados: Alta capacidade
Benefícios:
• Sustentabilidade
• Reciclabilidade
• Abundância de recursos
6.3 Biotecnologia e Química Orgânica
Objetivos:
- Produção de compostos de interesse
- Otimização de vias metabólicas
- Síntese de moléculas não-naturais
Ferramentas:
- CRISPR: Edição genética precisa
- Biologia sintética: Circuitos genéticos
- Evolução dirigida: Otimização de enzimas
Conceitos:
- Mimetizar processos naturais
- Eficiência energética
- Seletividade excepcional
Aplicações:
- Fotossíntese artificial: Conversão CO₂
- Adesivos bio-inspirados: Gecko, mexilhão
- Materiais auto-reparadores: Sistemas biológicos
Fermentação para químicos:
| Produto | Microrganismo | Substrato | Aplicação |
|---|---|---|---|
| Ácido lático | Lactobacillus | Glucose | PLA, alimentos |
| Ácido succínico | E. coli modificada | Glucose | Polímeros, solventes |
| 1,4-Butanodiol | E. coli engenheirada | Glucose | Plásticos, fibras |
| Isobutanol | Levedura modificada | Açúcares | Biocombustível |
Química de fluxo: Sínteses contínuas, automatizadas
IA em química: Predição de propriedades, otimização
Química sustentável: Processos carbono-neutros
Medicina personalizada: Fármacos sob medida
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