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Simulado FEPESE: Auxiliar de Ensino em Educação Especial – São José/SC

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Simulado FEPESE: Auxiliar de Ensino em Educação Especial – São José/SC

SIMULADO FEPESE

Auxiliar de Ensino: Educação Especial

Infantil/Fundamental – 40 Questões

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Simulado FEPESE: Auxiliar de Ensino ‘Educação Especial’ – São José/SC

APOSTILA 1

Fundamentos da Educação Especial e Inclusiva
Concurso Auxiliar de Ensino: Educação Especial
INTRODUÇÃO
Esta apostila apresenta os fundamentos essenciais da Educação Especial e Inclusiva, fornecendo conhecimentos teóricos e legais fundamentais para auxiliares de ensino que atuam com estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
A educação inclusiva representa uma mudança paradigmática na forma de compreender e organizar a educação, passando de um modelo segregacionista para uma perspectiva que valoriza a diversidade e garante o direito de todos à educação de qualidade em ambientes comuns.
Objetivo da Apostila: Capacitar o auxiliar de ensino para compreender os fundamentos da educação inclusiva, conhecer a legislação específica e aplicar os princípios da educação especial no cotidiano escolar, promovendo a inclusão efetiva de todos os estudantes.
1. FUNDAMENTOS E PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
1.1 Conceitos Fundamentais
A Educação Inclusiva é uma abordagem educacional baseada na valorização da diversidade e no direito de todos os estudantes de aprender juntos, independentemente de suas diferenças ou necessidades especiais. Fundamenta-se no princípio de que a educação é um direito humano fundamental e que todos os estudantes podem aprender quando lhes são oferecidas oportunidades adequadas.
Educação Especial é uma modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Caracteriza-se por um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais organizados para apoiar, complementar e suplementar os serviços educacionais comuns.
Público-Alvo da Educação Especial:

Deficiência: Impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial
Transtornos Globais do Desenvolvimento: Alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras
Altas Habilidades/Superdotação: Notável potencial nas áreas intelectual, acadêmica, liderança, psicomotora, artes e criatividade
1.2 Evolução Histórica dos Paradigmas
A educação de pessoas com deficiência passou por diferentes paradigmas ao longo da história, refletindo mudanças na compreensão sobre deficiência e direitos humanos. Compreender essa evolução é fundamental para entender os fundamentos da educação inclusiva atual.
Paradigma da Institucionalização (até século XIX): Pessoas com deficiência eram segregadas em instituições especializadas, afastadas do convívio social. A educação, quando oferecida, ocorria em ambientes separados e com foco na “normalização”.
Paradigma de Serviços (século XX): Desenvolvimento de serviços especializados e escolas especiais. Embora representasse avanço, ainda mantinha a separação entre educação regular e especial.
Paradigma de Suporte (final século XX): Foco no fornecimento de suportes necessários para que as pessoas com deficiência participem da vida comunitária, incluindo a educação em ambientes regulares.
Paradigma Atual – Inclusão: Reconhece que a diversidade é natural e que a sociedade deve se adaptar para incluir todos. A educação inclusiva busca transformar os sistemas educacionais para atender à diversidade de todos os estudantes.
1.3 Princípios da Educação Inclusiva
A educação inclusiva fundamenta-se em princípios que orientam as práticas educacionais e as políticas públicas. Estes princípios devem ser compreendidos e aplicados por todos os profissionais da educação, incluindo os auxiliares de ensino.
Princípios Fundamentais da Educação Inclusiva:

Direito à Educação: Todos têm direito à educação de qualidade
Não Discriminação: Proibição de exclusão baseada na deficiência
Igualdade de Oportunidades: Acesso equitativo aos recursos educacionais
Participação Plena: Envolvimento ativo em todas as atividades escolares
Respeito pela Diferença: Valorização da diversidade humana
Acessibilidade: Eliminação de barreiras físicas, comunicacionais e atitudinais
Desenho Universal: Ambientes e práticas acessíveis a todos desde o início
Aplicação Prática dos Princípios: Um auxiliar de ensino aplica os princípios da educação inclusiva quando adapta materiais para um estudante com deficiência visual, promove a participação de um aluno com autismo nas atividades em grupo e valoriza as contribuições de uma estudante com altas habilidades, garantindo que todos participem ativamente do processo educativo.
1.4 Modelo Social da Deficiência
O modelo social da deficiência representa uma mudança fundamental na compreensão sobre deficiência, influenciando diretamente as práticas da educação inclusiva. Este modelo distingue entre deficiência (condição da pessoa) e incapacidade (resultado da interação entre a pessoa e as barreiras ambientais).
Modelo Médico vs. Modelo Social:
Modelo Médico: Foca na deficiência como problema individual a ser “curado” ou “normalizado”
Modelo Social: Reconhece que as limitações resultam da interação entre a pessoa e as barreiras sociais, físicas e atitudinais
Exemplo Prático: Uma criança usuária de cadeira de rodas não consegue participar da aula de educação física. No modelo médico, o problema seria a deficiência da criança. No modelo social, o problema são as barreiras arquitetônicas e a falta de adaptações nas atividades. A solução inclusiva envolve eliminar essas barreiras e adaptar as práticas pedagógicas.
1.5 Papel do Auxiliar de Ensino na Educação Inclusiva
O auxiliar de ensino desempenha papel fundamental na efetivação da educação inclusiva, atuando como mediador, facilitador e apoiador dos processos de aprendizagem e participação de todos os estudantes, com atenção especial àqueles que são público-alvo da educação especial.
Funções do Auxiliar na Educação Inclusiva:
Apoio pedagógico: Auxiliar na adaptação de atividades e materiais
Mediação social: Facilitar a interação entre estudantes
Suporte individual: Atender necessidades específicas dos estudantes
Observação e registro: Acompanhar o desenvolvimento e participação
Comunicação: Facilitar a comunicação entre estudante, professor e família
Promoção da autonomia: Desenvolver a independência dos estudantes
Atenção: O auxiliar de ensino não substitui o professor, mas atua em colaboração para garantir que todos os estudantes tenham acesso ao currículo e participem plenamente das atividades educacionais.
2. POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
2.1 Histórico e Contexto
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, publicada em 2008, representa um marco na educação brasileira, estabelecendo diretrizes para a organização de sistemas educacionais inclusivos. Esta política surge como resposta aos movimentos internacionais pelos direitos das pessoas com deficiência e às demandas da sociedade brasileira.
A política fundamenta-se em documentos internacionais como a Declaração Mundial sobre Educação para Todos (1990), a Declaração de Salamanca (1994) e a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006), além da legislação nacional, especialmente a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
2.2 Objetivos e Diretrizes
A Política Nacional tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, orientando os sistemas de ensino para garantir acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados do ensino.
Diretrizes da Política Nacional:

Transversalidade da educação especial: Desde a educação infantil até a educação superior
Atendimento educacional especializado: Complementar e suplementar à escolarização
Continuidade da escolarização: Nos níveis mais elevados do ensino
Formação de professores: Para o atendimento educacional especializado
Participação da família e comunidade: No processo educacional
Acessibilidade urbanística: Nos mobiliários, equipamentos e transportes
Articulação intersetorial: Na implementação das políticas públicas
2.3 Atendimento Educacional Especializado (AEE)
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço da educação especial que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas.
Características do AEE:
Complementar ou suplementar: Não substitui o ensino regular
Realizado no turno inverso: Preferencialmente na mesma escola
Sala de recursos multifuncionais: Espaço organizado com equipamentos e materiais
Professor especializado: Com formação específica em educação especial
Plano individualizado: Baseado nas necessidades específicas do estudante
Papel do Auxiliar no AEE: O auxiliar pode apoiar o AEE auxiliando na organização de materiais, acompanhando estudantes até a sala de recursos, registrando progressos observados em sala regular e facilitando a comunicação entre o professor do AEE e o professor regente.
2.4 Formação de Professores
A política enfatiza a importância da formação de professores para a educação inclusiva, estabelecendo que todos os professores devem ter conhecimentos sobre educação especial, enquanto professores especializados devem ter formação específica para o atendimento educacional especializado.
Formação para Educação Inclusiva:
Formação inicial: Conhecimentos sobre educação especial nos cursos de licenciatura
Formação continuada: Aperfeiçoamento em práticas inclusivas
Formação especializada: Para professores do AEE
Formação de gestores: Para liderança em educação inclusiva
Formação de auxiliares: Para apoio especializado
Formação do Auxiliar: Embora não seja professor, o auxiliar de ensino deve buscar formação continuada em educação especial e inclusiva para desempenhar adequadamente suas funções de apoio aos estudantes com necessidades especiais.
3. CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
3.1 Contexto e Importância
A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada pela ONU em 2006 e ratificada pelo Brasil em 2008 com status de emenda constitucional, representa o primeiro tratado de direitos humanos do século XXI e marca uma mudança paradigmática na abordagem da deficiência.
A Convenção estabelece que as pessoas com deficiência são sujeitos de direitos, não objetos de caridade ou tratamento médico. Reconhece a deficiência como parte da diversidade humana e estabelece obrigações para os Estados garantirem igualdade de direitos e oportunidades.
3.2 Princípios Gerais
A Convenção estabelece princípios fundamentais que devem orientar todas as ações relacionadas às pessoas com deficiência, incluindo as práticas educacionais. Estes princípios são essenciais para compreender e aplicar a educação inclusiva.
Princípios da Convenção (Artigo 3º):

Respeito pela dignidade inerente: Autonomia individual e liberdade de fazer escolhas
Não discriminação: Proibição de qualquer distinção baseada na deficiência
Participação e inclusão plenas: Na sociedade e em todos os aspectos da vida
Respeito pela diferença: Aceitação das pessoas com deficiência como parte da diversidade humana
Igualdade de oportunidades: Acesso equitativo a recursos e serviços
Acessibilidade: Eliminação de barreiras de qualquer natureza
Igualdade entre homens e mulheres: Não discriminação de gênero
Respeito pelas capacidades em desenvolvimento: Especial atenção às crianças com deficiência
3.3 Direito à Educação (Artigo 24)
O Artigo 24 da Convenção estabelece o direito das pessoas com deficiência à educação, determinando que os Estados devem assegurar um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, garantindo que as pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional geral.
Obrigações dos Estados (Artigo 24):
Sistema educacional inclusivo: Em todos os níveis de ensino
Não exclusão: Do sistema educacional geral por motivo de deficiência
Acesso equitativo: À educação primária e secundária inclusiva e gratuita
Adaptações razoáveis: De acordo com necessidades individuais
Apoio necessário: Para facilitar a educação efetiva
Medidas de apoio individualizadas: Em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social
Aplicação Prática: Quando um auxiliar de ensino adapta um material didático para um estudante com deficiência visual, oferece apoio individualizado para um aluno com deficiência intelectual ou facilita a comunicação de um estudante com deficiência auditiva, está aplicando os princípios da Convenção e garantindo o direito à educação inclusiva.
3.4 Conceito de Deficiência
A Convenção apresenta uma definição de deficiência baseada no modelo social, reconhecendo que a deficiência resulta da interação entre pessoas com deficiência e as barreiras atitudinais e ambientais que impedem sua participação plena e efetiva na sociedade.
3.5 Acessibilidade e Adaptações Razoáveis
A Convenção estabelece conceitos fundamentais para a educação inclusiva: acessibilidade e adaptações razoáveis. Estes conceitos orientam as práticas educacionais e as responsabilidades dos profissionais da educação.
Acessibilidade: Possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação por pessoas com deficiência.
Adaptações Razoáveis: Modificações e ajustes necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional ou indevido, quando requeridos em cada caso, para assegurar que as pessoas com deficiência possam gozar ou exercer, em igualdade de condições com as demais pessoas, todos os direitos humanos e liberdades fundamentais.
Exemplos de Adaptações Razoáveis na Educação: Tempo adicional para provas, materiais em formato acessível (braile, letra ampliada), uso de tecnologias assistivas, adaptação de mobiliário, modificação de atividades pedagógicas, apoio de intérprete de Libras, entre outras.
4. LEI Nº 13.146/2015 – LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO
4.1 Contexto e Objetivos
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), Lei nº 13.146/2015, regulamenta a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência no ordenamento jurídico brasileiro, estabelecendo normas gerais e critérios básicos para promover, proteger e assegurar o exercício pleno e em condições de igualdade de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais pelas pessoas com deficiência.
A LBI representa um avanço significativo na legislação brasileira, consolidando o modelo social da deficiência e estabelecendo diretrizes claras para a inclusão em todas as áreas da vida social, incluindo a educação.
4.2 Conceitos e Definições
A LBI estabelece conceitos fundamentais que orientam a aplicação da lei e a compreensão sobre deficiência, acessibilidade e inclusão. Estes conceitos são essenciais para os profissionais da educação.
Conceitos da LBI:

Pessoa com deficiência: Aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas
Avaliação biopsicossocial: Avaliação multidisciplinar que considera impedimentos, fatores sociais e ambientais, limitações de atividades e restrições de participação
Barreiras: Qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa
Comunicação: Forma de interação que abrange línguas, visualização de textos, braile, comunicação tátil, caracteres ampliados, dispositivos multimídia, linguagem simples, escrita e oral, sistemas auditivos e meios de voz digitalizados
4.3 Direito à Educação
O Capítulo IV da LBI (artigos 27 a 30) trata especificamente do direito à educação, estabelecendo princípios, diretrizes e obrigações para garantir a educação inclusiva de qualidade para pessoas com deficiência.
Princípios da Educação Inclusiva na LBI:
Sistema educacional inclusivo: Em todos os níveis e modalidades
Aprendizado ao longo da vida: Desenvolvimento de talentos e habilidades
Não exclusão: Do sistema educacional geral sob alegação de deficiência
Educação de qualidade: Em igualdade de condições com as demais pessoas
Adaptações razoáveis: Conforme necessidades individuais
Apoio necessário: Para garantir educação efetiva
4.4 Atendimento Educacional Especializado
A LBI reforça a importância do Atendimento Educacional Especializado como serviço complementar ou suplementar à formação dos estudantes com deficiência, estabelecendo diretrizes para sua organização e funcionamento.
Características do AEE na LBI:
Complementar ou suplementar: À formação dos estudantes
Transversal a todos os níveis: Modalidades e etapas de ensino
Disponibilizado preferencialmente: Na rede regular de ensino
Pode ser oferecido: Por instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos
Articulado com o ensino regular: Não substitui a escolarização
Papel do Auxiliar no AEE: O auxiliar pode colaborar com o AEE registrando observações sobre o desempenho do estudante em sala regular, auxiliando na aplicação de estratégias desenvolvidas no atendimento especializado e facilitando a comunicação entre os profissionais envolvidos.
4.5 Medidas de Apoio
A LBI estabelece diversas medidas de apoio que devem ser implementadas para garantir a educação inclusiva, incluindo adaptações, recursos de tecnologia assistiva e profissionais de apoio.
Medidas de Apoio Previstas:
Profissional de apoio escolar: Pessoa que exerce atividades de alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência
Tradutor e intérprete de Libras: Para estudantes surdos
Guia-intérprete: Para estudantes surdocegos
Recursos de tecnologia assistiva: Equipamentos e materiais especializados
Adaptações razoáveis: Modificações necessárias e adequadas
Materiais didáticos acessíveis: Em formatos adequados às necessidades
Profissional de Apoio vs. Auxiliar de Ensino: O profissional de apoio escolar tem funções específicas de cuidado (alimentação, higiene, locomoção), enquanto o auxiliar de ensino tem funções mais amplas, incluindo apoio pedagógico. É importante compreender essas distinções para atuar adequadamente.
5. DECRETO Nº 3.956/2001 – CONVENÇÃO INTERAMERICANA
5.1 Contexto Histórico
O Decreto nº 3.956/2001 promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, também conhecida como Convenção da Guatemala. Este documento representa um marco importante na proteção dos direitos das pessoas com deficiência no continente americano.
A Convenção da Guatemala foi o primeiro instrumento internacional juridicamente vinculante especificamente voltado para a proteção dos direitos das pessoas com deficiência, antecedendo a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU.
5.2 Objetivos e Princípios
A Convenção da Guatemala tem como objetivo principal eliminar todas as formas de discriminação contra pessoas com deficiência e promover sua plena integração na sociedade, estabelecendo princípios fundamentais para a proteção de seus direitos.
5.3 Compromissos dos Estados
A Convenção estabelece compromissos específicos que os Estados signatários devem assumir para eliminar a discriminação e promover a inclusão das pessoas com deficiência, incluindo medidas na área educacional.
Compromissos dos Estados (Art. III):

Medidas legislativas: Eliminar leis e regulamentos discriminatórios
Medidas sociais: Eliminar discriminação praticada por pessoas, organizações ou empresas privadas
Medidas educativas: Sensibilizar a população sobre os direitos das pessoas com deficiência
Medidas de conscientização: Eliminar preconceitos e estereótipos
Cooperação internacional: Intercâmbio de experiências e boas práticas
Pesquisa e desenvolvimento: De bens, serviços e tecnologias acessíveis
5.4 Impacto na Educação Brasileira
A promulgação da Convenção da Guatemala teve impacto significativo na educação brasileira, influenciando políticas públicas e práticas educacionais. O documento contribuiu para o fortalecimento do movimento pela educação inclusiva no país.
Influências na Educação:
Proibição da discriminação: Na matrícula e permanência escolar
Direito à educação: Em igualdade de condições
Adaptações necessárias: Para garantir acesso e participação
Formação de profissionais: Para atendimento adequado
Conscientização social: Sobre direitos e capacidades das pessoas com deficiência
Aplicação Prática: Quando uma escola recusa a matrícula de um estudante com deficiência ou quando um auxiliar de ensino trata diferentemente um aluno com necessidades especiais, estão violando os princípios da Convenção da Guatemala. A educação inclusiva exige tratamento equitativo e eliminação de todas as formas de discriminação.
6. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
6.1 Síntese dos Princípios Fundamentais
Com base nos documentos legais estudados, podemos sistematizar os princípios fundamentais que orientam a educação inclusiva no Brasil. Estes princípios devem guiar todas as ações dos profissionais da educação, incluindo os auxiliares de ensino.
Princípios Consolidados da Educação Inclusiva:

Universalidade: Educação para todos, sem exceção
Equidade: Tratamento diferenciado para garantir igualdade de oportunidades
Qualidade: Educação de qualidade para todos os estudantes
Participação: Envolvimento ativo de todos os estudantes
Diversidade: Valorização das diferenças como riqueza
Acessibilidade: Eliminação de barreiras de qualquer natureza
Flexibilidade: Adaptação às necessidades individuais
Colaboração: Trabalho conjunto de todos os profissionais
Autonomia: Desenvolvimento da independência dos estudantes
Dignidade: Respeito à pessoa humana em sua integralidade
6.2 Diretrizes Operacionais
As diretrizes operacionais traduzem os princípios em orientações práticas para a organização e funcionamento da educação inclusiva, estabelecendo como os sistemas de ensino devem se organizar para atender à diversidade.
Diretrizes para Sistemas de Ensino:
Matrícula compulsória: De todos os estudantes na rede regular
Organização flexível: De tempos, espaços e agrupamentos
Currículo adaptado: Às necessidades dos estudantes
Metodologias diversificadas: Para atender diferentes estilos de aprendizagem
Avaliação processual: Focada no desenvolvimento individual
Recursos especializados: Materiais e equipamentos adaptados
Profissionais qualificados: Com formação em educação inclusiva
Parcerias intersetoriais: Com saúde, assistência social e outras áreas
6.3 Barreiras à Inclusão
Para implementar efetivamente a educação inclusiva, é fundamental identificar e eliminar as barreiras que impedem a participação plena dos estudantes com deficiência. Estas barreiras podem ser de diferentes naturezas.
Tipos de Barreiras:
Arquitetônicas: Obstáculos físicos em edificações, mobiliário e espaços
Comunicacionais: Dificuldades na comunicação e informação
Metodológicas: Práticas pedagógicas inadequadas ou inflexíveis
Instrumentais: Falta de recursos e materiais adaptados
Programáticas: Políticas públicas inadequadas ou inexistentes
Atitudinais: Preconceitos, estereótipos e discriminação
Tecnológicas: Falta de acesso a tecnologias assistivas
Papel do Auxiliar na Eliminação de Barreiras: O auxiliar pode contribuir identificando barreiras no ambiente escolar, sugerindo adaptações, promovendo atitudes inclusivas, facilitando a comunicação e apoiando o uso de recursos de tecnologia assistiva.
6.4 Estratégias de Implementação
A implementação da educação inclusiva requer estratégias sistemáticas e coordenadas, envolvendo todos os níveis do sistema educacional e todos os profissionais da educação.
Estratégias de Implementação:
Sensibilização: Da comunidade escolar sobre educação inclusiva
Formação continuada: De todos os profissionais da educação
Adequação física: Dos espaços escolares para acessibilidade
Aquisição de recursos: Materiais e equipamentos especializados
Desenvolvimento de parcerias: Com instituições especializadas
Monitoramento e avaliação: Das práticas inclusivas
Participação das famílias: No processo educacional
Articulação intersetorial: Com diferentes áreas e serviços
Responsabilidade Coletiva: A educação inclusiva é responsabilidade de todos os profissionais da escola, não apenas dos professores especializados. O auxiliar de ensino tem papel fundamental neste processo, contribuindo para criar um ambiente verdadeiramente inclusivo.
7. QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSO
Questão 1
Segundo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, o público-alvo da educação especial é constituído por:
a) Apenas estudantes com deficiência física e intelectual
b) Estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação
c) Somente estudantes com deficiência sensorial
d) Apenas estudantes com transtornos de aprendizagem
e) Estudantes em situação de vulnerabilidade social
Resposta Correta: B
Comentário: A Política Nacional define claramente que o público-alvo da educação especial é constituído por estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, abrangendo todas essas categorias de forma integrada.
Questão 2
O modelo social da deficiência, adotado pela Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, compreende que:
a) A deficiência é um problema médico individual
b) As limitações resultam da interação entre a pessoa e as barreiras sociais e ambientais
c) A pessoa com deficiência deve se adaptar à sociedade
d) A deficiência é uma tragédia pessoal
e) O foco deve ser na cura da deficiência
Resposta Correta: B
Comentário: O modelo social da deficiência reconhece que as limitações resultam da interação entre pessoas com deficiência e as barreiras sociais, físicas e atitudinais, não sendo a deficiência em si o problema, mas as barreiras que impedem a participação plena.
Questão 3
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) caracteriza-se por ser:
a) Substituto do ensino regular
b) Complementar ou suplementar ao ensino regular
c) Exclusivo para estudantes com deficiência intelectual
d) Realizado apenas em instituições especializadas
e) Opcional para estudantes com deficiência
Resposta Correta: B
Comentário: O AEE é um serviço complementar ou suplementar ao ensino regular, não o substituindo. Tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem barreiras para a participação dos estudantes.
Questão 4
Segundo a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015), adaptações razoáveis são:
a) Modificações que acarretem ônus desproporcional
b) Modificações e ajustes necessários que não acarretem ônus desproporcional
c) Apenas adaptações arquitetônicas
d) Modificações opcionais no ambiente escolar
e) Adaptações exclusivamente tecnológicas
Resposta Correta: B
Comentário: Adaptações razoáveis são modificações e ajustes necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional ou indevido, requeridos em cada caso para assegurar que as pessoas com deficiência possam exercer seus direitos em igualdade de condições.
Questão 5
A Convenção da Guatemala (Decreto nº 3.956/2001) define discriminação contra pessoas com deficiência como:
a) Apenas exclusão baseada em deficiência
b) Toda diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência
c) Somente restrições físicas
d) Apenas discriminação intencional
e) Exclusivamente barreiras arquitetônicas
Resposta Correta: B
Comentário: A Convenção da Guatemala define discriminação de forma ampla, incluindo toda diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência que tenha o efeito de impedir ou anular o exercício dos direitos humanos e liberdades fundamentais.
Questão 6
Um dos princípios fundamentais da educação inclusiva é:
a) Segregação por tipo de deficiência
b) Normalização dos estudantes
c) Valorização da diversidade
d) Homogeneização das práticas
e) Padronização curricular
Resposta Correta: C
Comentário: A valorização da diversidade é um princípio fundamental da educação inclusiva, reconhecendo que as diferenças humanas são naturais e enriquecem o ambiente educacional, contrapondo-se a práticas segregacionistas ou normalizadoras.
Questão 7
O auxiliar de ensino na educação inclusiva tem como uma de suas principais funções:
a) Substituir o professor regente
b) Isolar o estudante com deficiência
c) Mediar a interação entre estudantes
d) Realizar diagnósticos médicos
e) Decidir sobre adaptações curriculares
Resposta Correta: C
Comentário: Uma das principais funções do auxiliar de ensino é mediar a interação entre estudantes, facilitando a socialização e a participação de todos, especialmente dos estudantes com deficiência, promovendo um ambiente inclusivo e colaborativo.
Questão 8
Segundo a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, o direito à educação deve ser garantido através de:
a) Sistema educacional segregado
b) Sistema educacional inclusivo em todos os níveis
c) Apenas escolas especiais
d) Educação domiciliar obrigatória
e) Ensino exclusivamente profissionalizante
Resposta Correta: B
Comentário: A Convenção estabelece que os Estados devem assegurar um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, garantindo que as pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional geral por motivo de deficiência.
Questão 9
As barreiras atitudinais na educação inclusiva referem-se a:
a) Obstáculos arquitetônicos
b) Falta de recursos materiais
c) Preconceitos, estereótipos e discriminação
d) Problemas de comunicação
e) Dificuldades tecnológicas
Resposta Correta: C
Comentário: Barreiras atitudinais são aquelas relacionadas a preconceitos, estereótipos e discriminação, manifestando-se através de atitudes negativas em relação às pessoas com deficiência, sendo muitas vezes as mais difíceis de eliminar.
Questão 10
A educação inclusiva diferencia-se da educação integrativa por:
a) Focar na adaptação do estudante ao sistema
b) Transformar o sistema para atender à diversidade
c) Manter práticas segregacionistas
d) Exigir pré-requisitos para matrícula
e) Oferecer apenas serviços especializados
Resposta Correta: B
Comentário: A educação inclusiva diferencia-se da integrativa por transformar o sistema educacional para atender à diversidade, ao invés de exigir que o estudante se adapte ao sistema existente. É uma mudança paradigmática fundamental.
Questão 11
A Lei Brasileira de Inclusão estabelece que a educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurado sistema educacional:
a) Segregado e especializado
b) Inclusivo em todos os níveis
c) Apenas para deficiências leves
d) Exclusivamente profissionalizante
e) Opcional conforme a deficiência
Resposta Correta: B
Comentário: A LBI estabelece claramente que deve ser assegurado sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, garantindo o direito à educação de qualidade para todas as pessoas com deficiência.
Questão 12
O conceito de desenho universal na educação refere-se a:
a) Adaptações posteriores para pessoas com deficiência
b) Ambientes e práticas acessíveis a todos desde o início
c) Apenas adaptações arquitetônicas
d) Recursos exclusivos para deficiências específicas
e) Modificações individualizadas
Resposta Correta: B
Comentário: O desenho universal refere-se à criação de ambientes, produtos e práticas que sejam acessíveis e utilizáveis por todos desde o início, sem necessidade de adaptações posteriores, beneficiando pessoas com e sem deficiência.
Questão 13
A transversalidade da educação especial significa que ela:
a) Ocorre apenas na educação básica
b) Perpassa todos os níveis, etapas e modalidades de ensino
c) É exclusiva do ensino fundamental
d) Acontece somente em escolas especiais
e) É opcional nos sistemas de ensino
Resposta Correta: B
Comentário: A transversalidade da educação especial significa que ela perpassa todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, desde a educação infantil até a educação superior, garantindo atendimento em todo o percurso educacional.
Questão 14
O paradigma da institucionalização na história da educação especial caracterizava-se por:
a) Inclusão em escolas regulares
b) Segregação em instituições especializadas
c) Educação domiciliar
d) Integração social plena
e) Educação inclusiva
Resposta Correta: B
Comentário: O paradigma da institucionalização caracterizava-se pela segregação de pessoas com deficiência em instituições especializadas, afastadas do convívio social, representando uma visão assistencialista e excludente da deficiência.
Questão 15
A avaliação biopsicossocial, prevista na Lei Brasileira de Inclusão, considera:
a) Apenas aspectos médicos
b) Impedimentos, fatores sociais, ambientais e limitações de atividades
c) Somente deficiências físicas
d) Exclusivamente aspectos psicológicos
e) Apenas fatores sociais
Resposta Correta: B
Comentário: A avaliação biopsicossocial é multidisciplinar e considera impedimentos nas funções e estruturas do corpo, fatores sociais e ambientais, limitações de atividades e restrições de participação, oferecendo uma visão integral da pessoa.
Questão 16
O profissional de apoio escolar, segundo a LBI, tem como função:
a) Ensinar conteúdos curriculares
b) Atividades de alimentação, higiene e locomoção
c) Realizar diagnósticos
d) Substituir o professor
e) Elaborar planos de ensino
Resposta Correta: B
Comentário: O profissional de apoio escolar tem funções específicas relacionadas a atividades de alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência, não tendo atribuições pedagógicas diretas, que são do professor.
Questão 17
A Política Nacional de Educação Especial estabelece que a formação de professores deve incluir:
a) Apenas conhecimentos médicos
b) Conhecimentos gerais para a educação inclusiva e formação específica para o AEE
c) Somente aspectos administrativos
d) Exclusivamente tecnologias assistivas
e) Apenas metodologias tradicionais
Resposta Correta: B
Comentário: A política estabelece que todos os professores devem ter conhecimentos gerais sobre educação inclusiva, enquanto professores especializados devem ter formação específica para o atendimento educacional especializado.
Questão 18
O princípio da não discriminação na educação inclusiva implica:
a) Tratamento idêntico para todos
b) Proibição de exclusão baseada na deficiência
c) Separação por tipo de deficiência
d) Educação apenas em escolas especiais
e) Seleção de estudantes por capacidade
Resposta Correta: B
Comentário: O princípio da não discriminação implica a proibição de exclusão, restrição ou diferenciação baseada na deficiência, garantindo que todos tenham acesso à educação em igualdade de condições, respeitando suas especificidades.
Questão 19
A sala de recursos multifuncionais é caracterizada como:
a) Substituta da sala de aula regular
b) Espaço para o atendimento educacional especializado
c) Local de isolamento de estudantes
d) Sala exclusiva para deficiências específicas
e) Ambiente apenas para atividades recreativas
Resposta Correta: B
Comentário: A sala de recursos multifuncionais é o espaço organizado com equipamentos e materiais pedagógicos e de acessibilidade para a realização do atendimento educacional especializado, complementando ou suplementando o ensino regular.
Questão 20
A participação da família na educação inclusiva é:
a) Opcional e desnecessária
b) Fundamental e deve ser promovida pela escola
c) Limitada apenas a reuniões formais
d) Restrita a aspectos administrativos
e) Exclusiva para tomada de decisões médicas
Resposta Correta: B
Comentário: A participação da família é fundamental na educação inclusiva e deve ser promovida pela escola, pois a família é parceira essencial no processo educacional, contribuindo com informações importantes e apoiando o desenvolvimento do estudante.
Questão 21
O conceito de acessibilidade, segundo a legislação brasileira, refere-se à:
a) Apenas eliminação de barreiras físicas
b) Possibilidade de alcance, utilização com segurança e autonomia
c) Somente adaptações tecnológicas
d) Exclusivamente rampas e elevadores
e) Apenas recursos de comunicação
Resposta Correta: B
Comentário: Acessibilidade é a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos, edificações, transportes, informação e comunicação por pessoas com deficiência.
Questão 22
A educação bilíngue para surdos, prevista na legislação, caracteriza-se por:
a) Uso exclusivo da língua portuguesa
b) Libras como primeira língua e português como segunda
c) Apenas comunicação gestual
d) Exclusivamente leitura labial
e) Somente escrita em português
Resposta Correta: B
Comentário: A educação bilíngue para surdos caracteriza-se pelo uso da Libras como primeira língua e da modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, respeitando a especificidade linguística da comunidade surda.
Questão 23
O auxiliar de ensino pode contribuir para a eliminação de barreiras atitudinais através de:
a) Isolamento de estudantes com deficiência
b) Promoção de atitudes inclusivas e respeito à diversidade
c) Reforço de estereótipos
d) Superproteção dos estudantes
e) Tratamento diferenciado negativo
Resposta Correta: B
Comentário: O auxiliar contribui para eliminar barreiras atitudinais promovendo atitudes inclusivas, respeitando a diversidade, combatendo preconceitos e estereótipos, e facilitando a interação positiva entre todos os estudantes.
Questão 24
A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro com status de:
a) Lei ordinária
b) Emenda constitucional
c) Decreto municipal
d) Portaria ministerial
e) Resolução administrativa
Resposta Correta: B
Comentário: A Convenção foi incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro com equivalência de emenda constitucional, através do Decreto Legislativo nº 186/2008 e Decreto nº 6.949/2009, tendo força de norma constitucional.
Questão 25
O desenvolvimento da autonomia dos estudantes com deficiência é:
a) Impossível de ser alcançado
b) Objetivo fundamental da educação inclusiva
c) Responsabilidade exclusiva da família
d) Secundário no processo educativo
e) Limitado apenas a aspectos físicos
Resposta Correta: B
Comentário: O desenvolvimento da autonomia é objetivo fundamental da educação inclusiva, buscando que os estudantes com deficiência desenvolvam independência e capacidade de tomar decisões, participando ativamente da vida social.
Questão 26
A articulação intersetorial na educação inclusiva envolve:
a) Apenas o setor educacional
b) Educação, saúde, assistência social e outras áreas
c) Somente instituições privadas
d) Exclusivamente organizações não governamentais
e) Apenas serviços especializados
Resposta Correta: B
Comentário: A articulação intersetorial envolve a colaboração entre educação, saúde, assistência social e outras áreas, reconhecendo que a inclusão requer ações coordenadas de diferentes setores para atender às necessidades integrais dos estudantes.
Questão 27
O conceito de pessoa com deficiência na LBI baseia-se em:
a) Apenas aspectos médicos
b) Interação entre impedimentos e barreiras
c) Somente limitações físicas
d) Exclusivamente deficiências permanentes
e) Apenas incapacidades funcionais
Resposta Correta: B
Comentário: A LBI define pessoa com deficiência baseando-se na interação entre impedimentos de longo prazo e barreiras que podem obstruir a participação plena na sociedade, adotando o modelo social da deficiência.
Questão 28
A continuidade da escolarização, prevista na Política Nacional, refere-se a:
a) Apenas educação básica
b) Progressão nos níveis mais elevados do ensino
c) Somente ensino profissionalizante
d) Exclusivamente educação especial
e) Apenas educação infantil
Resposta Correta: B
Comentário: A continuidade da escolarização refere-se à garantia de que os estudantes com deficiência tenham oportunidade de progredir nos níveis mais elevados do ensino, incluindo educação superior, não sendo limitados apenas à educação básica.
Questão 29
O respeito pelas capacidades em desenvolvimento das crianças com deficiência implica:
a) Limitação de expectativas
b) Reconhecimento do potencial de desenvolvimento
c) Superproteção constante
d) Redução de estímulos
e) Isolamento social
Resposta Correta: B
Comentário: O respeito pelas capacidades em desenvolvimento implica reconhecer que as crianças com deficiência têm potencial de desenvolvimento e devem receber estímulos adequados, oportunidades de aprendizagem e expectativas positivas sobre seu crescimento.
Questão 30
A educação inclusiva como direito humano fundamental significa que:
a) É opcional para pessoas com deficiência
b) Deve ser garantida a todos sem discriminação
c) Depende de condições especiais
d) É limitada a certas deficiências
e) Pode ser negada em algumas situações
Resposta Correta: B
Comentário: A educação como direito humano fundamental significa que deve ser garantida a todos sem discriminação, sendo inalienável, universal e indivisível, não podendo ser negada ou limitada por motivo de deficiência.
RESUMO ESQUEMÁTICO
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Conceito: Educação para todos, valorizando a diversidade
Público-alvo: Deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação
Modelo Social: Deficiência resulta da interação com barreiras
Princípios: Direito à educação, não discriminação, igualdade de oportunidades, participação plena
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
Objetivo: Inclusão escolar em todos os níveis
AEE: Complementar/suplementar ao ensino regular
Transversalidade: Da educação infantil ao ensino superior
Formação: Conhecimentos gerais e especializados
CONVENÇÃO INTERNACIONAL (ONU)
Status: Equivalência de emenda constitucional no Brasil
Princípios: Dignidade, não discriminação, participação, acessibilidade
Educação: Sistema inclusivo em todos os níveis
Adaptações: Razoáveis conforme necessidades individuais
LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO (13.146/2015)
Objetivo: Assegurar direitos em condições de igualdade
Conceito: Deficiência como interação entre impedimentos e barreiras
Educação: Sistema inclusivo, adaptações razoáveis, apoio necessário
Profissionais: Apoio escolar (cuidados) vs. Auxiliar de ensino (pedagógico)
CONVENÇÃO DA GUATEMALA (Decreto 3.956/2001)
Objetivo: Eliminar discriminação contra pessoas com deficiência
Discriminação: Diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência
Compromissos: Medidas legislativas, sociais, educativas e de conscientização
Impacto: Fortalecimento da educação inclusiva no Brasil
PAPEL DO AUXILIAR DE ENSINO
Apoio pedagógico: Adaptação de atividades e materiais
Mediação social: Facilitação da interação entre estudantes
Suporte individual: Atendimento às necessidades específicas
Observação: Registro do desenvolvimento e participação
Comunicação: Entre estudante, professor e família
Autonomia: Desenvolvimento da independência dos estudantes
PRINCÍPIOS ORIENTADORES PARA A PRÁTICA:
Valorizar a diversidade, eliminar barreiras, promover participação plena, garantir adaptações razoáveis, desenvolver autonomia, facilitar comunicação, combater discriminação e construir ambiente verdadeiramente inclusivo para todos os estudantes.


Simulado FEPESE: Auxiliar de Ensino ‘Educação Especial’ – São José/SC

APOSTILA 2

Legislação e Normativas Específicas
Concurso Auxiliar de Ensino: Educação Especial
INTRODUÇÃO
Esta apostila aborda a legislação e normativas específicas que regulamentam a educação especial e inclusiva no Brasil, com foco especial nas normas municipais de São José/SC. O conhecimento desta legislação é fundamental para o auxiliar de ensino compreender seus direitos, deveres e as diretrizes que orientam sua prática profissional.
A legislação educacional brasileira é hierarquizada, partindo da Constituição Federal, passando por leis nacionais, decretos, resoluções e chegando às normativas municipais. Cada nível tem sua importância e aplicabilidade específica no contexto da educação especial.
Objetivo da Apostila: Capacitar o auxiliar de ensino para conhecer e aplicar a legislação educacional específica, compreendendo a hierarquia normativa, os direitos dos estudantes com deficiência e as responsabilidades profissionais no contexto da educação inclusiva.
1. LEI Nº 9.394/96 (LDB) – SISTEMA NACIONAL DE ENSINO
1.1 Contexto e Importância da LDB
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394/96, estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, definindo os princípios, fins e organização da educação brasileira. É a principal lei educacional do país e fundamenta todas as demais normativas educacionais.
A LDB dedica o Capítulo V especificamente à Educação Especial (artigos 58 a 60), estabelecendo os fundamentos legais para o atendimento educacional de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
1.2 Princípios da Educação Nacional
O artigo 3º da LDB estabelece os princípios fundamentais que orientam o ensino no Brasil, sendo essenciais para compreender o contexto da educação inclusiva e o papel do auxiliar de ensino.
Princípios do Ensino (Art. 3º LDB):

Igualdade de condições: Para acesso e permanência na escola
Liberdade de aprender e ensinar: Pesquisar e divulgar pensamento, arte e saber
Pluralismo de ideias: E concepções pedagógicas
Respeito à liberdade: E apreço à tolerância
Coexistência de instituições: Públicas e privadas de ensino
Gratuidade do ensino público: Em estabelecimentos oficiais
Valorização do profissional: Da educação escolar
Gestão democrática: Do ensino público
Garantia de padrão de qualidade: No ensino
Valorização da experiência extraescolar: Vinculação entre educação, trabalho e práticas sociais
Consideração da diversidade: Étnico-racial
1.3 Educação Especial na LDB
A LDB estabelece diretrizes específicas para a educação especial, definindo sua natureza, público-alvo, formas de atendimento e responsabilidades dos sistemas de ensino.
Art. 58, §1º: “Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.”

Art. 58, §2º: “O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.”

Art. 58, §3º: “A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.”
Serviços de Apoio Especializado: A LDB prevê serviços de apoio especializado na escola regular, que incluem o trabalho do auxiliar de ensino, professor especializado, intérprete de Libras, entre outros profissionais que garantem o atendimento adequado aos estudantes com necessidades especiais.
1.4 Currículos e Métodos
O artigo 59 da LDB estabelece que os sistemas de ensino devem assegurar aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos para atender às suas necessidades.
Aplicação Prática para o Auxiliar: O auxiliar de ensino participa da implementação de currículos adaptados, apoiando o uso de métodos e técnicas específicas, auxiliando na utilização de recursos educativos especializados e contribuindo para a organização do ambiente educacional conforme as necessidades dos estudantes.
1.5 Formação de Professores
A LDB estabelece diretrizes para a formação de professores, incluindo aqueles que atuam na educação especial. O artigo 60 trata especificamente da formação de profissionais para a educação especial.
Art. 60: “Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público.”

Parágrafo único: “O Poder Público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo.”
Preferência pela Rede Regular: A LDB estabelece claramente que a preferência é pela ampliação do atendimento na própria rede pública regular de ensino, reforçando o princípio da educação inclusiva e o papel fundamental dos auxiliares de ensino neste processo.
2. LEI Nº 12.764/2012 – DIREITOS DA PESSOA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
2.1 Contexto e Objetivos
A Lei nº 12.764/2012, conhecida como Lei Berenice Piana, institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Esta lei representa um marco na garantia de direitos específicos para pessoas com autismo, equiparando-as às pessoas com deficiência para todos os efeitos legais.
A lei surge da necessidade de estabelecer diretrizes específicas para o atendimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), considerando suas características particulares e a necessidade de suporte especializado em diversas áreas, especialmente na educação.
2.2 Definição e Características do TEA
A lei define o Transtorno do Espectro Autista como uma deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da interação sociais, manifestada por deficiências marcadas de comunicação verbal e não verbal usada para interação social.
Características do TEA (Art. 1º, §1º):

Deficiências persistentes: Na comunicação e interação sociais
Padrões restritivos e repetitivos: De comportamentos, interesses e atividades
Sintomas presentes: No período do desenvolvimento neurológico precoce
Limitações significativas: No funcionamento social, profissional ou outras áreas importantes
Manifestações específicas:
  – Deficiências na comunicação verbal e não verbal
  – Ausência de reciprocidade social
  – Falência em desenvolver e manter relações apropriadas ao nível de desenvolvimento
  – Padrões restritivos e repetitivos de comportamentos
  – Interesses ou atividades estereotipadas
  – Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais
2.3 Diretrizes da Política Nacional
A Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista estabelece diretrizes específicas para garantir o atendimento adequado e a proteção dos direitos desta população.
Diretrizes da Política Nacional (Art. 2º):

I – a intersetorialidade no desenvolvimento das ações e das políticas e no atendimento à pessoa com transtorno do espectro autista;
II – a participação da comunidade na formulação de políticas públicas voltadas para as pessoas com transtorno do espectro autista e o controle social da sua implantação, acompanhamento e avaliação;
III – a atenção integral às necessidades de saúde da pessoa com transtorno do espectro autista, objetivando o diagnóstico precoce, o atendimento multiprofissional e o acesso a medicamentos e nutrientes;
IV – o estímulo à inserção da pessoa com transtorno do espectro autista no mercado de trabalho;
V – a responsabilidade do poder público quanto à informação pública relativa ao transtorno e suas implicações;
VI – o incentivo à formação e à capacitação de profissionais especializados no atendimento à pessoa com transtorno do espectro autista, bem como a pais e responsáveis;
VII – o estímulo à pesquisa científica, com prioridade para estudos epidemiológicos tendentes a dimensionar a magnitude e as características do problema relativo ao transtorno do espectro autista no País.
2.4 Direitos Específicos na Educação
A lei estabelece direitos específicos para pessoas com TEA na área educacional, garantindo acesso à educação e ao ensino profissionalizante, bem como o direito a acompanhante especializado quando necessário.
Acompanhante Especializado: O parágrafo único do artigo 3º estabelece que, em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular terá direito a acompanhante especializado.
Papel do Auxiliar com Estudantes com TEA: O auxiliar de ensino pode atuar como acompanhante especializado ou em apoio a este profissional, auxiliando na comunicação, mediando interações sociais, apoiando na organização de rotinas, respeitando as características sensoriais do estudante e promovendo sua participação nas atividades escolares.
2.5 Responsabilidades e Penalidades
A lei estabelece responsabilidades específicas para gestores escolares e prevê penalidades para casos de discriminação ou recusa de matrícula de estudantes com TEA.
Art. 7º: “O gestor escolar, ou autoridade competente, que recusar a matrícula de aluno com transtorno do espectro autista, ou qualquer outro tipo de deficiência, será punido com multa de 3 (três) a 20 (vinte) salários-mínimos.”

§1º: “Em caso de reincidência, apurada por processo administrativo, assegurado o contraditório e a ampla defesa, haverá a perda do cargo.”
Proteção Legal: A lei garante proteção específica contra discriminação na educação, estabelecendo penalidades claras para gestores que recusarem matrícula. Isso reforça o direito incondicional à educação inclusiva para estudantes com TEA.
3. PORTARIAS MUNICIPAIS DE SÃO JOSÉ
3.1 Portaria nº 142/2014
A Portaria nº 142/2014 da Secretaria Municipal de Educação de São José estabelece diretrizes para o atendimento educacional especializado na rede municipal de ensino, regulamentando a organização e funcionamento dos serviços de educação especial no município.
Objetivos da Portaria 142/2014:

Organizar o AEE: Na rede municipal de ensino
Definir critérios: Para identificação do público-alvo
Estabelecer procedimentos: Para encaminhamento e atendimento
Regulamentar funcionamento: Das salas de recursos multifuncionais
Definir atribuições: Dos profissionais envolvidos
Estabelecer parcerias: Com instituições especializadas
Público-Alvo Municipal: A portaria especifica o público-alvo da educação especial no município de São José, alinhando-se com as diretrizes nacionais e estabelecendo critérios locais para identificação e atendimento.
Organização do AEE Municipal: Define como deve ser organizado o Atendimento Educacional Especializado nas escolas municipais, incluindo carga horária, recursos necessários, formação de professores e acompanhamento dos estudantes.
3.2 Portaria nº 1269/2017
A Portaria nº 1269/2017 atualiza e complementa as diretrizes estabelecidas pela Portaria 142/2014, incorporando novas orientações legais e aprimorando os procedimentos para o atendimento educacional especializado na rede municipal.
Principais Atualizações da Portaria 1269/2017:

Adequação à LBI: Incorporação das diretrizes da Lei Brasileira de Inclusão
Novos procedimentos: Para avaliação e encaminhamento
Ampliação de serviços: Inclusão de novos tipos de atendimento
Formação continuada: Diretrizes para capacitação de profissionais
Parcerias intersetoriais: Articulação com saúde e assistência social
Monitoramento e avaliação: Sistemas de acompanhamento dos resultados
Profissionais de Apoio: As portarias municipais definem as atribuições dos profissionais de apoio, incluindo auxiliares de ensino, estabelecendo critérios para atuação, formação necessária e responsabilidades específicas.
Atribuições do Auxiliar segundo as Portarias Municipais: Apoio pedagógico individualizado, mediação de conflitos, auxílio na comunicação, suporte para atividades de vida diária quando necessário, registro de observações, participação em reuniões de planejamento e colaboração com a equipe multidisciplinar.
3.3 Procedimentos de Encaminhamento
As portarias municipais estabelecem procedimentos específicos para identificação, avaliação e encaminhamento de estudantes para os serviços de educação especial, garantindo processo transparente e baseado em critérios técnicos.
Fluxo de Encaminhamento:
Identificação: Pelo professor regente ou família
Avaliação pedagógica: Pela equipe escolar
Encaminhamento: Para avaliação multidisciplinar
Elaboração do plano: Atendimento individualizado
Implementação: Dos serviços e apoios necessários
Acompanhamento: Periódico e reavaliação
Participação do Auxiliar: O auxiliar de ensino participa ativamente do processo de identificação e acompanhamento, fornecendo observações importantes sobre o desenvolvimento do estudante e colaborando na implementação das estratégias definidas pela equipe multidisciplinar.
4. RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 04/2010 – DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS
4.1 Contexto e Objetivos
A Resolução CNE/CEB nº 04/2010 institui Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, estabelecendo princípios, fundamentos e procedimentos que orientam as escolas brasileiras na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas.
Esta resolução é fundamental para compreender como a educação especial se articula com o currículo geral da educação básica, estabelecendo diretrizes para a inclusão de todos os estudantes no processo educativo.
4.2 Princípios da Educação Básica
A resolução estabelece princípios fundamentais que devem orientar a educação básica, incluindo aspectos específicos relacionados à diversidade e inclusão educacional.
Princípios da Educação Básica (Art. 4º):

Éticos: Autonomia, responsabilidade, solidariedade e respeito ao bem comum
Políticos: Direitos e deveres de cidadania, exercício da criticidade e respeito à ordem democrática
Estéticos: Cultivo da sensibilidade juntamente com o da racionalidade; enriquecimento das formas de expressão e do exercício da criatividade

Fundamentos:
A educação básica deve visar: À formação e ao desenvolvimento humano global
Respeitar e valorizar: A diversidade individual, cultural, étnico-racial e socioeconômica
Ser inclusiva: Atendendo às necessidades de todos os estudantes
4.3 Organização Curricular
A resolução estabelece como deve ser organizado o currículo da educação básica, considerando a diversidade dos estudantes e a necessidade de flexibilização para atender às diferentes necessidades educacionais.
Base Nacional Comum e Parte Diversificada: O currículo deve contemplar uma base nacional comum e uma parte diversificada, permitindo adaptações regionais e locais, bem como atendimento às necessidades específicas dos estudantes.
Art. 14: “A base nacional comum na Educação Básica constitui-se de conhecimentos, saberes e valores produzidos culturalmente, expressos nas políticas públicas e gerados nas instituições produtoras do conhecimento científico e tecnológico; no mundo do trabalho; no desenvolvimento das linguagens; nas atividades desportivas e corporais; na produção artística; nas formas diversas de exercício da cidadania; e nos movimentos sociais.”
4.4 Educação Especial nas Diretrizes
A resolução dedica seção específica à Educação Especial, estabelecendo diretrizes para sua organização como modalidade transversal a todos os níveis, etapas e modalidades de ensino.
Atendimento Educacional Especializado: A resolução reafirma o AEE como serviço complementar ou suplementar, estabelecendo diretrizes para sua organização e funcionamento nas escolas.
Flexibilização Curricular: Estabelece a necessidade de flexibilização curricular para atender às necessidades educacionais especiais, incluindo adaptações de objetivos, conteúdos, metodologias e avaliação.
Aplicação para o Auxiliar: O auxiliar de ensino deve compreender que sua atuação deve estar alinhada com as diretrizes curriculares, apoiando a implementação de um currículo flexível e inclusivo que atenda às necessidades de todos os estudantes, respeitando os princípios éticos, políticos e estéticos estabelecidos.
4.5 Avaliação na Educação Básica
A resolução estabelece princípios para a avaliação na educação básica, incluindo orientações específicas para estudantes com necessidades educacionais especiais.
Princípios da Avaliação:
Diagnóstica: Identificar potencialidades e dificuldades
Processual: Acompanhar o desenvolvimento contínuo
Participativa: Envolver estudantes no processo
Formativa: Orientar a melhoria do ensino e aprendizagem
Diversificada: Utilizar diferentes instrumentos e estratégias
Avaliação Inclusiva: A avaliação deve considerar as especificidades dos estudantes com deficiência, utilizando instrumentos e procedimentos adequados às suas necessidades, sempre focando no desenvolvimento e progresso individual.
5. RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 2/2017 – BNCC
5.1 Base Nacional Comum Curricular
A Resolução CNE/CP nº 2/2017 institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica.
A BNCC tem caráter normativo e se aplica exclusivamente à educação escolar, orientando a elaboração dos currículos dos sistemas e redes de ensino das Unidades Federativas, como também das propostas pedagógicas das instituições escolares.
5.2 Competências Gerais da BNCC
A BNCC estabelece dez competências gerais que devem ser desenvolvidas por todos os estudantes ao longo da educação básica, incluindo aqueles com necessidades educacionais especiais.
Competências Gerais da BNCC:

1. Conhecimento: Valorizar e utilizar conhecimentos historicamente construídos
2. Pensamento científico: Exercitar curiosidade intelectual e investigação
3. Repertório cultural: Valorizar e fruir manifestações artísticas e culturais
4. Comunicação: Utilizar diferentes linguagens
5. Cultura digital: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais
6. Trabalho e projeto de vida: Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais
7. Argumentação: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis
8. Autoconhecimento e autocuidado: Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional
9. Empatia e cooperação: Exercitar empatia, diálogo, resolução de conflitos e cooperação
10. Responsabilidade e cidadania: Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação
5.3 BNCC e Educação Inclusiva
A BNCC reconhece a diversidade dos estudantes e estabelece que todos devem ter oportunidades de aprender e se desenvolver, independentemente de suas características individuais, incluindo estudantes com deficiência.
Princípios Inclusivos na BNCC:
Equidade: Reconhecimento de que as necessidades dos estudantes são diferentes
Inclusão: Compromisso com os estudantes com deficiência, reconhecendo a necessidade de práticas pedagógicas inclusivas
Diversidade: Valorização das diferenças e da pluralidade
Acessibilidade: Garantia de acesso ao currículo por todos os estudantes
Adaptações Curriculares: O auxiliar de ensino deve compreender que a BNCC estabelece aprendizagens essenciais, mas permite adaptações metodológicas e de recursos para garantir que todos os estudantes, incluindo aqueles com deficiência, possam desenvolver as competências previstas, respeitando suas especificidades e potencialidades.
5.4 Implementação da BNCC
A resolução estabelece diretrizes para a implementação da BNCC, incluindo a necessidade de formação de professores, adequação de materiais didáticos e reorganização curricular.
Aspectos da Implementação:
Formação de professores: Inicial e continuada alinhada à BNCC
Materiais didáticos: Adequação aos objetivos de aprendizagem
Avaliação: Alinhamento com as competências e habilidades
Infraestrutura: Adequação dos espaços e recursos
Gestão: Reorganização dos processos pedagógicos
Papel do Auxiliar na BNCC: O auxiliar de ensino deve conhecer as competências e habilidades da BNCC para apoiar adequadamente os estudantes, contribuindo para que todos possam desenvolver as aprendizagens essenciais através de estratégias inclusivas e adaptadas às suas necessidades.
6. NORMATIVAS MUNICIPAIS DE SÃO JOSÉ
6.1 Resolução nº 66/2024 COMESJ-SC – Avaliação
A Resolução nº 66/2024 do Conselho Municipal de Educação de São José estabelece diretrizes para a avaliação da aprendizagem na rede municipal de ensino, incluindo orientações específicas para a avaliação de estudantes com necessidades educacionais especiais.
Princípios da Avaliação Municipal:

Diagnóstica e formativa: Identificar necessidades e orientar o processo
Contínua e processual: Acompanhamento permanente do desenvolvimento
Participativa: Envolvimento de todos os atores educacionais
Inclusiva: Consideração das especificidades de cada estudante
Diversificada: Utilização de múltiplos instrumentos e estratégias
Transparente: Critérios claros e comunicação efetiva com famílias
Avaliação de Estudantes com Deficiência: A resolução estabelece procedimentos específicos para avaliação de estudantes com deficiência, considerando suas necessidades individuais e garantindo adaptações necessárias nos instrumentos e procedimentos avaliativos.
Adaptações Avaliativas:
Tempo adicional: Quando necessário
Instrumentos adaptados: Conforme as necessidades
Recursos de tecnologia assistiva: Para acesso aos conteúdos
Formatos alternativos: Oral, escrita ampliada, braile, etc.
Apoio de profissionais: Intérpretes, ledores, escribas
Ambientes adequados: Redução de estímulos distratores
Papel do Auxiliar na Avaliação: O auxiliar pode apoiar o processo avaliativo auxiliando na aplicação de instrumentos adaptados, registrando observações sobre o desempenho do estudante, facilitando a comunicação durante avaliações orais e contribuindo com informações para a avaliação processual.
6.2 Resolução nº 65/2023/COMESJ-SC – Escola Integral
A Resolução nº 65/2023 estabelece diretrizes para a implementação da educação integral na rede municipal de São José, incluindo orientações para o atendimento de estudantes com necessidades educacionais especiais no contexto da escola de tempo integral.
Princípios da Educação Integral:

Formação integral: Desenvolvimento de todas as dimensões humanas
Territorialidade: Articulação com a comunidade local
Intersetorialidade: Parceria entre diferentes setores
Sustentabilidade: Viabilidade econômica, social e ambiental
Inclusão: Atendimento à diversidade de estudantes
Qualidade: Excelência no processo educativo
Educação Especial na Escola Integral: A resolução estabelece que a escola integral deve garantir o atendimento adequado aos estudantes com deficiência, organizando os tempos, espaços e atividades de forma a promover sua plena participação e desenvolvimento.
Organização do Atendimento:
AEE no contraturno: Atendimento educacional especializado
Atividades adaptadas: Oficinas e projetos inclusivos
Profissionais especializados: Equipe multidisciplinar
Recursos adequados: Materiais e espaços acessíveis
Parcerias: Com instituições especializadas
Formação continuada: Para todos os profissionais
Desafios da Escola Integral: O auxiliar de ensino na escola integral deve estar preparado para apoiar estudantes com deficiência em diferentes atividades e espaços, garantindo sua participação plena nas atividades curriculares e extracurriculares ao longo de todo o período escolar.
6.3 Decreto Municipal nº 20377/2024 – Hora-atividade
O Decreto Municipal nº 20377/2024 regulamenta a hora-atividade dos profissionais da educação da rede municipal de São José, incluindo diretrizes específicas para auxiliares de ensino que atuam na educação especial.
Objetivos da Hora-atividade:

Planejamento pedagógico: Preparação de atividades e materiais
Formação continuada: Participação em cursos e capacitações
Avaliação: Análise do desenvolvimento dos estudantes
Articulação: Reuniões com equipe pedagógica
Registro: Documentação das atividades realizadas
Atendimento às famílias: Comunicação e orientação
Hora-atividade do Auxiliar de Ensino: O decreto estabelece que os auxiliares de ensino têm direito à hora-atividade para planejamento, formação e articulação com a equipe pedagógica, reconhecendo a importância do trabalho colaborativo na educação inclusiva.
Atividades na Hora-atividade:
Planejamento conjunto: Com professor regente e especialistas
Preparação de materiais: Adaptação de recursos pedagógicos
Estudo de caso: Análise das necessidades dos estudantes
Formação específica: Capacitação em educação especial
Registro de observações: Documentação do desenvolvimento
Comunicação com famílias: Orientação e feedback
Uso Efetivo da Hora-atividade: O auxiliar deve utilizar a hora-atividade para se preparar adequadamente, estudar as características dos estudantes que atende, planejar estratégias específicas, participar de formações e manter comunicação efetiva com a equipe pedagógica e famílias.
Direito e Responsabilidade: A hora-atividade é tanto um direito do profissional quanto uma responsabilidade, devendo ser utilizada de forma produtiva para qualificar o atendimento aos estudantes com necessidades educacionais especiais.
7. QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSO
Questão 1
Segundo a LDB (Lei nº 9.394/96), a educação especial é definida como:
a) Modalidade de educação oferecida exclusivamente em escolas especiais
b) Modalidade oferecida preferencialmente na rede regular de ensino
c) Serviço complementar à educação regular
d) Atendimento exclusivo para deficiências severas
e) Educação profissionalizante para pessoas com deficiência
Resposta Correta: B
Comentário: O artigo 58 da LDB define educação especial como modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, estabelecendo o princípio da inclusão educacional.
Questão 2
A Lei nº 12.764/2012 estabelece que a pessoa com transtorno do espectro autista:
a) Não é considerada pessoa com deficiência
b) É considerada pessoa com deficiência para todos os efeitos legais
c) Tem direitos limitados na educação
d) Deve ser atendida apenas em instituições especializadas
e) Não tem direito a acompanhante especializado
Resposta Correta: B
Comentário: O §2º do artigo 1º da Lei 12.764/2012 estabelece claramente que a pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência para todos os efeitos legais.
Questão 3
Segundo a LDB, os sistemas de ensino devem assegurar aos educandos com deficiência:
a) Apenas recursos tecnológicos
b) Currículos, métodos, técnicas e recursos específicos
c) Somente professores especializados
d) Exclusivamente atendimento médico
e) Apenas adaptações arquitetônicas
Resposta Correta: B
Comentário: O artigo 59, inciso I da LDB estabelece que os sistemas devem assegurar currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos para atender às necessidades dos estudantes.
Questão 4
A Resolução CNE/CEB nº 04/2010 estabelece que a Educação Especial:
a) É modalidade paralela à educação regular
b) É modalidade transversal a todos os níveis de ensino
c) Substitui a educação regular
d) É oferecida apenas no ensino fundamental
e) É exclusiva para deficiências intelectuais
Resposta Correta: B
Comentário: O artigo 29 da Resolução estabelece que a Educação Especial é modalidade transversal a todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, sendo parte integrante da educação regular.
Questão 5
O direito a acompanhante especializado para estudantes com TEA, segundo a Lei 12.764/2012:
a) É garantido para todos os casos
b) É garantido em casos de comprovada necessidade
c) Não existe na legislação
d) É opcional para a escola
e) Depende da disponibilidade financeira
Resposta Correta: B
Comentário: O parágrafo único do artigo 3º estabelece que, em casos de comprovada necessidade, a pessoa com TEA incluída nas classes comuns terá direito a acompanhante especializado.
Questão 6
A BNCC estabelece quantas competências gerais para a educação básica?
a) 8 competências
b) 12 competências
c) 10 competências
d) 15 competências
e) 6 competências
Resposta Correta: C
Comentário: A BNCC estabelece 10 competências gerais que devem ser desenvolvidas por todos os estudantes ao longo da educação básica, incluindo conhecimento, pensamento científico, repertório cultural, comunicação, entre outras.
Questão 7
Segundo a LDB, a terminalidade específica é prevista para:
a) Todos os estudantes com deficiência
b) Estudantes que não puderem atingir o nível exigido para conclusão do ensino fundamental
c) Apenas estudantes com deficiência intelectual
d) Estudantes com altas habilidades
e) Estudantes em situação de vulnerabilidade
Resposta Correta: B
Comentário: O artigo 59, inciso II da LDB prevê terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em função de suas deficiências.
Questão 8
A penalidade para gestores que recusarem matrícula de estudantes com TEA, segundo a Lei 12.764/2012, é:
a) Advertência verbal
b) Multa de 1 a 5 salários-mínimos
c) Multa de 3 a 20 salários-mínimos
d) Suspensão por 30 dias
e) Apenas orientação pedagógica
Resposta Correta: C
Comentário: O artigo 7º da Lei 12.764/2012 estabelece multa de 3 a 20 salários-mínimos para gestores que recusarem matrícula de estudantes com TEA ou qualquer outro tipo de deficiência.
Questão 9
Os princípios da educação básica, segundo a Resolução CNE/CEB 04/2010, são:
a) Apenas éticos
b) Éticos, políticos e estéticos
c) Apenas políticos e sociais
d) Econômicos e sociais
e) Apenas pedagógicos
Resposta Correta: B
Comentário: O artigo 4º da Resolução estabelece que os princípios da educação básica são éticos (autonomia, responsabilidade, solidariedade), políticos (cidadania, criticidade) e estéticos (sensibilidade, criatividade).
Questão 10
A hora-atividade do auxiliar de ensino, segundo o Decreto Municipal 20377/2024, deve ser utilizada para:
a) Apenas descanso
b) Planejamento, formação e articulação pedagógica
c) Somente atividades administrativas
d) Apenas atendimento às famílias
e) Exclusivamente formação continuada
Resposta Correta: B
Comentário: O decreto estabelece que a hora-atividade deve ser utilizada para planejamento pedagógico, formação continuada, avaliação, articulação com equipe pedagógica, registro e atendimento às famílias.
Questão 11
A avaliação de estudantes com deficiência, segundo a Resolução Municipal 66/2024, deve ser:
a) Idêntica para todos os estudantes
b) Adaptada às necessidades individuais
c) Apenas oral
d) Exclusivamente escrita
e) Opcional
Resposta Correta: B
Comentário: A resolução estabelece que a avaliação deve considerar as especificidades de cada estudante, garantindo adaptações necessárias nos instrumentos e procedimentos avaliativos.
Questão 12
O Transtorno do Espectro Autista, segundo a Lei 12.764/2012, caracteriza-se por:
a) Apenas deficiências motoras
b) Deficiências na comunicação e interação sociais
c) Somente problemas de aprendizagem
d) Apenas deficiências sensoriais
e) Exclusivamente deficiências intelectuais
Resposta Correta: B
Comentário: A lei define TEA como deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da interação sociais, manifestada por deficiências marcadas de comunicação verbal e não verbal.
Questão 13
A educação integral, segundo a Resolução Municipal 65/2023, deve garantir:
a) Apenas ampliação do tempo escolar
b) Formação integral e atendimento à diversidade
c) Somente atividades extracurriculares
d) Apenas reforço escolar
e) Exclusivamente atividades esportivas
Resposta Correta: B
Comentário: A resolução estabelece que a educação integral deve promover formação integral dos estudantes, desenvolvendo todas as dimensões humanas e garantindo atendimento à diversidade.
Questão 14
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem caráter:
a) Apenas orientativo
b) Normativo
c) Opcional
d) Sugestivo
e) Experimental
Resposta Correta: B
Comentário: A Resolução CNE/CP 2/2017 estabelece que a BNCC tem caráter normativo, definindo o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais para todos os alunos.
Questão 15
As Portarias Municipais 142/2014 e 1269/2017 de São José regulamentam:
a) Apenas a educação infantil
b) O atendimento educacional especializado
c) Somente a formação de professores
d) Apenas aspectos administrativos
e) Exclusivamente a avaliação
Resposta Correta: B
Comentário: As portarias estabelecem diretrizes para o atendimento educacional especializado na rede municipal, regulamentando organização, funcionamento e atribuições dos profissionais.
Questão 16
O princípio da igualdade de condições na LDB refere-se a:
a) Tratamento idêntico para todos
b) Acesso e permanência na escola
c) Apenas aspectos financeiros
d) Somente infraestrutura
e) Exclusivamente materiais didáticos
Resposta Correta: B
Comentário: O artigo 3º, inciso I da LDB estabelece a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, garantindo que todos tenham oportunidades educacionais equitativas.
Questão 17
A intersetorialidade na Política Nacional para pessoas com TEA significa:
a) Atuação apenas da educação
b) Articulação entre diferentes setores e políticas
c) Somente parcerias privadas
d) Apenas cooperação internacional
e) Exclusivamente ações de saúde
Resposta Correta: B
Comentário: A intersetorialidade, prevista no artigo 2º da Lei 12.764/2012, refere-se ao desenvolvimento articulado de ações e políticas entre diferentes setores (educação, saúde, assistência social, etc.).
Questão 18
A flexibilização curricular para estudantes com deficiência deve considerar:
a) Apenas conteúdos
b) Objetivos, conteúdos, metodologias e avaliação
c) Somente metodologias
d) Apenas avaliação
e) Exclusivamente recursos
Resposta Correta: B
Comentário: A flexibilização curricular deve abranger todos os elementos do currículo: objetivos, conteúdos, metodologias e avaliação, adaptando-os às necessidades específicas dos estudantes.
Questão 19
A gestão democrática do ensino público, princípio da LDB, implica:
a) Decisões apenas da direção
b) Participação da comunidade escolar
c) Somente reuniões formais
d) Apenas conselhos administrativos
e) Exclusivamente eleições diretas
Resposta Correta: B
Comentário: A gestão democrática implica participação efetiva da comunidade escolar (professores, funcionários, estudantes, famílias) nas decisões e processos educacionais.
Questão 20
O auxiliar de ensino, segundo as normativas municipais, deve participar de:
a) Apenas atividades de cuidado
b) Planejamento pedagógico e formação continuada
c) Somente atividades administrativas
d) Apenas recreação
e) Exclusivamente limpeza e organização
Resposta Correta: B
Comentário: As normativas municipais estabelecem que o auxiliar deve participar do planejamento pedagógico, formação continuada, reuniões de equipe e outras atividades que qualifiquem o atendimento aos estudantes.
RESUMO ESQUEMÁTICO
LEI Nº 9.394/96 (LDB)
Educação Especial: Modalidade oferecida preferencialmente na rede regular
Público-alvo: Deficiência, transtornos globais, altas habilidades/superdotação
Serviços de apoio: Especializados na escola regular quando necessário
Currículos específicos: Métodos, técnicas e recursos adaptados
Terminalidade específica: Para casos que não atingem nível exigido
LEI Nº 12.764/2012 (TEA)
Equiparação: Pessoa com TEA = pessoa com deficiência
Características: Deficiências na comunicação e interação social
Direitos: Educação, saúde, trabalho, moradia
Acompanhante: Especializado em casos de comprovada necessidade
Penalidades: Multa de 3 a 20 salários por recusa de matrícula
PORTARIAS MUNICIPAIS SÃO JOSÉ
142/2014: Organização do AEE municipal
1269/2017: Atualização e adequação à LBI
Procedimentos: Identificação, avaliação, encaminhamento
Profissionais: Atribuições e formação de auxiliares
Parcerias: Intersetoriais e com instituições especializadas
RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 04/2010
Diretrizes: Curriculares Nacionais para Educação Básica
Princípios: Éticos, políticos e estéticos
Educação Especial: Modalidade transversal a todos os níveis
Currículo: Base comum + parte diversificada
Avaliação: Diagnóstica, processual, participativa, formativa
RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 2/2017 (BNCC)
Caráter: Normativo para toda educação básica
Competências: 10 competências gerais
Inclusão: Equidade, diversidade, acessibilidade
Implementação: Formação, materiais, avaliação, infraestrutura
Adaptações: Metodológicas para atender necessidades especiais
NORMATIVAS MUNICIPAIS SÃO JOSÉ
Resolução 66/2024: Avaliação inclusiva e adaptada
Resolução 65/2023: Educação integral e diversidade
Decreto 20377/2024: Hora-atividade para planejamento e formação
Princípios: Formação integral, territorialidade, intersetorialidade
Organização: AEE no contraturno, atividades adaptadas
SÍNTESE PARA O AUXILIAR DE ENSINO:
Conhecer a legislação é fundamental para atuar de forma competente e ética. O auxiliar deve compreender seus direitos e deveres, os direitos dos estudantes, os procedimentos institucionais e as diretrizes pedagógicas que orientam a educação inclusiva, sempre buscando formação continuada e atuação colaborativa com a equipe pedagógica.


APOSTILA 3

Práticas Pedagógicas e Desenvolvimento

Educação Especial – Conteúdo Completo para Concursos

Tecnologia Assistiva e Comunicação Alternativa

Conceito de Tecnologia Assistiva

A Tecnologia Assistiva (TA) é uma área do conhecimento de característica interdisciplinar que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.

Definição Oficial (CAT – 2007)

Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.

Características da Tecnologia Assistiva

  • Interdisciplinar: Envolve diferentes áreas do conhecimento como educação, saúde, engenharia, design e tecnologia da informação
  • Abrangente: Inclui desde produtos simples até sistemas complexos, metodologias e serviços especializados
  • Funcional: Foca na promoção da funcionalidade e participação ativa da pessoa
  • Inclusiva: Visa autonomia, independência e participação social plena
  • Personalizada: Adaptada às necessidades individuais e contextos específicos de uso

Categorias de Tecnologia Assistiva

CategoriaDescriçãoExemplos
Auxílios para a vida diáriaProdutos para autocuidado e atividades de vida práticaUtensílios adaptados para alimentação, abotoadores, calçadeiras
Comunicação aumentativa e alternativaRecursos para facilitar ou substituir a comunicação oralPranchas de comunicação, softwares de voz, dispositivos geradores de fala
Recursos de acessibilidade ao computadorHardware e software para facilitar o acesso digitalTeclados especiais, mouses adaptados, leitores de tela
Sistemas de controle de ambienteDispositivos para controle do ambiente físicoControles remotos universais, acionadores, sensores de movimento
Projetos arquitetônicos para acessibilidadeAdequações do ambiente físico para acessibilidadeRampas, elevadores, barras de apoio, pisos táteis

Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA)

A Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA) é uma área da prática clínica que busca compensar (temporária ou permanentemente) a incapacidade ou deficiência do indivíduo com distúrbio severo de comunicação expressiva ou de compreensão, incluindo fala e escrita.

Tipos de CAA

1. Comunicação Alternativa:

  • Substitui completamente a fala quando esta não se desenvolveu ou foi perdida
  • Indicada para pessoas que não desenvolveram fala funcional
  • Utiliza outros canais de comunicação como gestos, símbolos ou dispositivos eletrônicos
  • Pode ser temporária (durante recuperação) ou permanente

2. Comunicação Aumentativa:

  • Complementa e suplementa a fala existente
  • Melhora a eficácia comunicativa de pessoas com fala limitada
  • Combina fala natural com outros recursos comunicativos
  • Facilita a compreensão e expressão em diferentes contextos
Modalidades de CAA

Sem ajuda (unaided):

  • Gestos naturais e convencionais
  • Expressões faciais e corporais
  • Linguagem de sinais (Libras)
  • Códigos gestuais específicos
  • Mímica e dramatização

Com ajuda (aided):

  • Símbolos gráficos (PCS, Bliss, fotografias)
  • Pranchas de comunicação impressas
  • Dispositivos eletrônicos geradores de voz (VOCAs)
  • Aplicativos de comunicação em tablets
  • Computadores com softwares específicos

Alfabetização, Diversidade e Inclusão

Alfabetização na Perspectiva Inclusiva

A alfabetização inclusiva reconhece que todos os estudantes podem aprender a ler e escrever, respeitando seus ritmos, estilos de aprendizagem e necessidades específicas. Baseia-se no princípio fundamental de que a diversidade enriquece o processo educativo e que cada criança possui potencialidades únicas que devem ser desenvolvidas.

Princípios da Alfabetização Inclusiva

  • Universalidade: Todos os estudantes podem aprender, independentemente de suas características ou limitações
  • Diversidade: Reconhecimento e valorização das múltiplas formas de aprender e se expressar
  • Flexibilidade: Adaptação constante de métodos, recursos e estratégias às necessidades individuais
  • Funcionalidade: Foco em aprendizagens significativas e aplicáveis à vida cotidiana
  • Participação: Envolvimento ativo de todos os estudantes no processo educativo
  • Colaboração: Trabalho conjunto entre professores, especialistas, família e comunidade
Desenho Universal para Aprendizagem (DUA)

O DUA oferece um framework para criar currículos flexíveis que atendam às necessidades de todos os estudantes desde o início, proporcionando múltiplas formas de:

  • Representação (O QUÊ aprender): Como a informação é apresentada aos estudantes através de diferentes modalidades sensoriais
  • Engajamento (POR QUE aprender): Como motivar e envolver os estudantes, considerando seus interesses e culturas
  • Ação e Expressão (COMO aprender): Como os estudantes podem demonstrar seu conhecimento através de diferentes meios

Diversidade como Riqueza Educativa

A diversidade na educação deve ser compreendida como uma riqueza que enriquece o processo educativo, promovendo aprendizagem mútua, respeito às diferenças e desenvolvimento de competências sociais e emocionais essenciais para a vida em sociedade.

Dimensões da Diversidade

DimensãoCaracterísticasImplicações Pedagógicas
FuncionalDiferentes habilidades, limitações e formas de funcionamentoAdaptações curriculares, metodológicas e avaliativas individualizadas
CulturalDiferentes origens étnicas, tradições e valores culturaisValorização das culturas, currículo multicultural, respeito às tradições
LinguísticaDiferentes idiomas, dialetos e formas de comunicaçãoEducação bilíngue, respeito às variações linguísticas, CAA
SocioeconômicaDiferentes condições sociais e econômicas das famíliasEquidade de oportunidades, recursos adequados, apoio social
CognitivaDiferentes estilos e ritmos de aprendizagemMúltiplas estratégias, ritmos individuais, inteligências múltiplas

Desenvolvimento Infantil e Acessibilidade

Desenvolvimento Infantil na Perspectiva Inclusiva

O desenvolvimento infantil na perspectiva inclusiva reconhece que cada criança tem seu próprio ritmo e estilo de desenvolvimento, valorizando as diferenças individuais e promovendo o máximo potencial de cada uma. Esta abordagem compreende o desenvolvimento como um processo multidimensional, contínuo e influenciado por fatores biológicos, ambientais e sociais.

Princípios do Desenvolvimento Inclusivo

  • Individualidade: Cada criança é única, com características, necessidades e potencialidades específicas
  • Potencialidade: Todas as crianças têm capacidade de desenvolvimento, independentemente de suas limitações
  • Integralidade: Desenvolvimento ocorre simultaneamente em múltiplas dimensões interconectadas
  • Contextualidade: Forte influência do ambiente, cultura e relações sociais no desenvolvimento
  • Continuidade: Processo permanente que se estende ao longo de toda a vida
  • Plasticidade: Capacidade de adaptação e reorganização, especialmente na infância
Fatores que Influenciam o Desenvolvimento

Fatores Intrínsecos:

  • Características genéticas e hereditárias
  • Condições neurológicas e de saúde
  • Temperamento e personalidade individual
  • Potencialidades e habilidades específicas

Fatores Extrínsecos:

  • Ambiente familiar, escolar e social
  • Qualidade das interações e relacionamentos
  • Estímulos, oportunidades e experiências oferecidas
  • Recursos, apoios e serviços disponíveis
  • Condições socioeconômicas e culturais

Acessibilidade no Desenvolvimento

A acessibilidade no desenvolvimento infantil envolve a eliminação sistemática de barreiras que impedem a participação plena da criança em todas as atividades e experiências necessárias para seu crescimento integral. Trata-se de criar condições equitativas para que todas as crianças possam desenvolver seu máximo potencial.

Tipos de Barreiras

1. Barreiras Arquitetônicas:

  • Obstáculos físicos no ambiente (degraus, portas estreitas, desníveis)
  • Falta de rampas, elevadores e equipamentos acessíveis
  • Mobiliário inadequado ou não adaptado às necessidades
  • Espaços não planejados para circulação de cadeiras de rodas
  • Ausência de banheiros acessíveis

2. Barreiras Comunicacionais:

  • Falta de recursos de comunicação alternativa e aumentativa
  • Ausência de intérpretes de Libras quando necessário
  • Materiais não disponíveis em formatos acessíveis
  • Linguagem inadequada ou muito complexa
  • Falta de sinalização visual e tátil

3. Barreiras Atitudinais:

  • Preconceitos, estereótipos e discriminação
  • Baixas expectativas em relação às capacidades
  • Falta de conhecimento sobre deficiências e necessidades especiais
  • Resistência a mudanças e adaptações
  • Superproteção ou subestimação das capacidades

Cuidados Pessoais, Alimentação e Locomoção

Cuidados Pessoais na Educação Especial

Os cuidados pessoais na educação especial devem promover a autonomia e independência do estudante, respeitando sua dignidade e privacidade, enquanto são integrados às atividades pedagógicas. Estes cuidados não devem ser vistos apenas como necessidades básicas, mas como oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento de habilidades funcionais.

Princípios dos Cuidados Pessoais

  • Dignidade: Respeito absoluto à pessoa e sua individualidade em todos os momentos
  • Autonomia: Promoção da independência máxima possível em cada situação
  • Privacidade: Proteção da intimidade e dos direitos pessoais
  • Participação: Envolvimento ativo do estudante em seus próprios cuidados
  • Normalização: Práticas próximas ao cotidiano típico e socialmente aceitas
  • Individualização: Adaptação às necessidades específicas de cada pessoa
Estratégias para Promoção da Autonomia
  • Análise de tarefas: Divisão das atividades em passos menores e sequenciais
  • Ensino gradual: Progressão do mais simples ao mais complexo
  • Apoios visuais: Sequências ilustradas, pictogramas e lembretes visuais
  • Adaptações: Modificação de utensílios e ambientes conforme necessidades
  • Reforço positivo: Valorização e celebração de todos os progressos
  • Prática repetida: Oportunidades frequentes de exercitar as habilidades

Alimentação na Educação Especial

A alimentação na educação especial deve considerar não apenas aspectos nutricionais, mas também promover autonomia, socialização e momentos significativos de aprendizagem, respeitando as necessidades específicas de cada estudante. A hora da refeição deve ser vista como uma oportunidade educativa rica em possibilidades de desenvolvimento.

Aspectos da Alimentação Escolar

1. Nutricionais:

  • Necessidades calóricas adequadas à idade e condição de saúde
  • Equilíbrio de macronutrientes (carboidratos, proteínas, lipídios)
  • Suplementação de vitaminas e minerais quando necessário
  • Consideração de restrições alimentares e alergias
  • Hidratação adequada ao longo do dia

2. Pedagógicos:

  • Desenvolvimento de habilidades motoras finas e grossas
  • Aprendizagem sobre diferentes alimentos e suas propriedades
  • Educação nutricional e hábitos alimentares saudáveis
  • Experiências sensoriais ricas e variadas
  • Desenvolvimento da autonomia e independência

Locomoção e Mobilidade

A locomoção na educação especial deve promover a maior independência possível, utilizando recursos de tecnologia assistiva quando necessário e desenvolvendo habilidades de orientação e mobilidade. A mobilidade independente é fundamental para a participação plena na vida escolar e social.

Programa de Orientação e Mobilidade

Para estudantes com deficiência visual:

  • Orientação espacial: Desenvolvimento de conceitos de direção, posição, distância e referências
  • Técnicas de proteção: Uso adequado de braços e mãos para proteção corporal
  • Técnica do guia vidente: Caminhada segura com acompanhante
  • Uso da bengala: Técnicas de varredura, toque e ritmo adequados
  • Familiarização ambiental: Mapeamento mental dos espaços escolares

Teorias da Aprendizagem na Educação Especial

Teorias Construtivistas

As teorias construtivistas enfatizam que o conhecimento é construído ativamente pelo aprendiz através da interação com o ambiente, sendo especialmente relevantes na educação especial por valorizarem diferentes formas de aprender e respeitarem os ritmos individuais de desenvolvimento.

Jean Piaget – Desenvolvimento Cognitivo

Princípios Aplicados à Educação Especial:

  • Estágios flexíveis: Reconhecimento de que estudantes com deficiência podem apresentar ritmos individuais únicos
  • Assimilação e acomodação: Processos de adaptação de esquemas mentais às novas experiências
  • Equilibração: Busca constante por equilíbrio cognitivo através da resolução de conflitos
  • Aprendizagem ativa: Construção do conhecimento através da experiência direta e manipulação
  • Desenvolvimento espontâneo: Respeito aos processos naturais de maturação cognitiva
Implicações para a Educação Especial
  • Respeitar o ritmo individual de cada estudante sem pressões externas
  • Oferecer experiências concretas e materiais manipuláveis adequados
  • Promover conflitos cognitivos adequados ao nível de desenvolvimento
  • Valorizar diferentes formas de representação e expressão do conhecimento
  • Adaptar atividades ao estágio de desenvolvimento cognitivo real
  • Permitir a construção gradual e significativa do conhecimento

Lev Vygotsky – Teoria Sociointeracionista

Conceitos Fundamentais:

  • Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP): Distância entre o nível de desenvolvimento real e o potencial com mediação
  • Mediação: Papel fundamental do outro mais experiente no processo de aprendizagem
  • Instrumentos e signos: Ferramentas culturais que mediam a relação com o mundo
  • Internalização: Processo de apropriação de conhecimentos culturalmente construídos
  • Compensação: Desenvolvimento de funções alternativas para superar limitações

Teorias Comportamentais

As teorias comportamentais focam na modificação de comportamentos através de técnicas de condicionamento, sendo amplamente utilizadas na educação especial para desenvolver habilidades funcionais e reduzir comportamentos inadequados.

Análise Aplicada do Comportamento (ABA)

Características Principais:

  • Baseada em evidências: Métodos cientificamente validados e comprovados
  • Individualizada: Adaptada às necessidades específicas de cada pessoa
  • Mensurável: Coleta sistemática de dados para monitoramento
  • Funcional: Foca em habilidades práticas e socialmente relevantes
  • Sistemática: Procedimentos estruturados e replicáveis
Aplicações da ABA na Educação Especial
  • Transtorno do Espectro Autista: Desenvolvimento de comunicação, habilidades sociais e redução de estereotipias
  • Deficiência intelectual: Ensino de habilidades acadêmicas básicas e atividades de vida diária
  • Transtornos comportamentais: Redução de comportamentos disruptivos e desenvolvimento de autocontrole
  • Múltiplas deficiências: Desenvolvimento de habilidades básicas de comunicação e autocuidado

Teorias das Inteligências Múltiplas

A teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner reconhece diferentes tipos de inteligência, sendo fundamental na educação especial para identificar e desenvolver as potencialidades de cada estudante.

Os Oito Tipos de Inteligência

InteligênciaCaracterísticas PrincipaisEstratégias na Educação Especial
LinguísticaHabilidade com palavras, linguagem oral e escritaContação de histórias, poesia, comunicação alternativa
Lógico-matemáticaRaciocínio lógico, numérico e científicoJogos de lógica, resolução de problemas, sequências
EspacialPercepção visual, espacial e artísticaArtes visuais, mapas, orientação espacial, desenho
MusicalSensibilidade a sons, ritmos e melodiasMusicoterapia, canções educativas, instrumentos
Corporal-cinestésicaControle corporal, coordenação e movimentoEducação física adaptada, dança, dramatização
InterpessoalCompreensão e interação com outras pessoasTrabalho em grupo, habilidades sociais, liderança
IntrapessoalAutoconhecimento e reflexão pessoalReflexão, autoavaliação, desenvolvimento da autonomia
NaturalistaConexão com a natureza e classificaçãoJardinagem, observação ambiental, ciências naturais
Princípios para Aplicação na Educação Especial
  • Identificação: Reconhecer e mapear as inteligências predominantes de cada estudante
  • Valorização: Respeitar e celebrar diferentes formas de ser inteligente
  • Desenvolvimento: Fortalecer inteligências emergentes através de atividades específicas
  • Compensação: Usar pontos fortes para superar ou contornar dificuldades
  • Diversificação: Oferecer múltiplas formas de aprender e demonstrar conhecimento
  • Personalização: Adaptar estratégias ao perfil individual de inteligências


APOSTILA 4

Currículo e Gestão na Educação Especial

Educação Especial – Conteúdo Completo para Concursos

Proposta Curricular de São José

Fundamentos da Proposta Curricular

A Proposta Curricular de São José fundamenta-se nos princípios da educação inclusiva, democrática e de qualidade social, buscando garantir o direito à aprendizagem de todos os estudantes, respeitando suas singularidades e promovendo o desenvolvimento integral. Esta proposta reconhece a diversidade como elemento enriquecedor do processo educativo e orienta práticas pedagógicas que atendam às necessidades específicas de cada estudante.

Princípios Norteadores

  • Inclusão: Garantia de acesso, permanência e aprendizagem de todos os estudantes, independentemente de suas características
  • Equidade: Reconhecimento das diferenças e oferecimento de condições adequadas para que todos possam aprender
  • Qualidade social: Educação que promove transformação social e desenvolvimento humano integral
  • Gestão democrática: Participação da comunidade escolar nas decisões pedagógicas e administrativas
  • Valorização da diversidade: Respeito às diferenças culturais, étnicas, religiosas e funcionais
  • Sustentabilidade: Práticas educativas que promovem consciência ambiental e responsabilidade social
Objetivos da Proposta Curricular
  • Garantir direitos de aprendizagem: Assegurar que todos os estudantes desenvolvam competências e habilidades essenciais
  • Promover desenvolvimento integral: Contemplar dimensões cognitiva, afetiva, social, física e ética
  • Fortalecer identidades: Valorizar culturas locais e regionais, promovendo pertencimento
  • Desenvolver cidadania: Formar sujeitos críticos, participativos e transformadores da realidade
  • Preparar para o futuro: Desenvolver competências para os desafios do século XXI

Estrutura Curricular Inclusiva

A estrutura curricular de São José organiza-se de forma flexível e adaptável, permitindo diferentes percursos formativos que atendam às necessidades específicas dos estudantes da educação especial, sempre mantendo o foco no desenvolvimento de competências e habilidades essenciais para a vida em sociedade.

Organização por Áreas do Conhecimento

Área do ConhecimentoComponentes CurricularesAdaptações para Educação Especial
LinguagensLíngua Portuguesa, Arte, Educação Física, Língua InglesaCAA, Libras, materiais adaptados, educação física inclusiva
MatemáticaMatemáticaMateriais concretos, tecnologia assistiva, cálculo funcional
Ciências da NaturezaCiênciasExperimentos adaptados, recursos multissensoriais
Ciências HumanasHistória, GeografiaMapas táteis, linha do tempo adaptada, recursos visuais
Ensino ReligiosoEnsino ReligiosoRespeito à diversidade religiosa, materiais inclusivos

Currículo Base da Educação Josefense

Concepção de Currículo

O Currículo Base da Educação Josefense concebe o currículo como um conjunto articulado de experiências educativas que promovem o desenvolvimento integral dos estudantes, considerando suas especificidades e potencialidades. Na educação especial, este currículo assume caráter ainda mais flexível e personalizado, garantindo que todos os estudantes tenham acesso ao conhecimento de forma significativa e funcional.

Características do Currículo Inclusivo

  • Flexibilidade: Adaptação constante às necessidades individuais e coletivas dos estudantes
  • Funcionalidade: Foco em aprendizagens significativas e aplicáveis à vida cotidiana
  • Contextualização: Conexão com a realidade local e experiências dos estudantes
  • Interdisciplinaridade: Integração entre diferentes áreas do conhecimento
  • Progressividade: Desenvolvimento gradual e contínuo de competências e habilidades
  • Avaliação formativa: Acompanhamento constante do processo de aprendizagem
Adaptações Curriculares na Educação Especial

Adaptações de Acesso:

  • Recursos de tecnologia assistiva (leitores de tela, teclados adaptados)
  • Materiais em formatos acessíveis (Braille, ampliados, pictográficos)
  • Adequações arquitetônicas e mobiliário adaptado
  • Sistemas de comunicação alternativa e aumentativa

Adaptações Metodológicas:

  • Estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem
  • Tempo adicional para realização de atividades
  • Formas alternativas de apresentação do conteúdo
  • Apoio de profissionais especializados

Competências e Habilidades

O desenvolvimento de competências e habilidades na educação especial considera as potencialidades individuais de cada estudante, promovendo aprendizagens que contribuam para sua autonomia, participação social e qualidade de vida. As competências são desenvolvidas de forma integrada, respeitando os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem.

Competências Gerais Adaptadas

CompetênciaDescriçãoAdaptações para Educação Especial
ConhecimentoValorizar e utilizar conhecimentos sobre o mundoConhecimentos funcionais, contextualizados e significativos
Pensamento críticoExercitar curiosidade intelectual e pensamento críticoDesenvolvimento adaptado às capacidades cognitivas individuais
Repertório culturalValorizar manifestações artísticas e culturaisAcesso através de múltiplas linguagens e sentidos
ComunicaçãoUtilizar diferentes linguagens para se expressarCAA, Libras, tecnologias assistivas de comunicação
Cultura digitalCompreender e utilizar tecnologias digitaisTecnologias assistivas, softwares acessíveis

Diversidade, Direitos Humanos e Relações Étnico-Raciais

Educação para a Diversidade

A educação para a diversidade na educação especial reconhece que cada pessoa possui características únicas que devem ser respeitadas e valorizadas. Esta perspectiva promove o desenvolvimento de uma cultura escolar inclusiva, onde as diferenças são vistas como riqueza e oportunidade de aprendizagem mútua, contribuindo para a formação de cidadãos mais tolerantes e respeitosos.

Dimensões da Diversidade na Escola

  • Diversidade funcional: Diferentes formas de funcionamento cognitivo, sensorial, físico e comunicativo
  • Diversidade étnico-racial: Diferentes origens étnicas, culturas e tradições ancestrais
  • Diversidade socioeconômica: Diferentes condições sociais e econômicas das famílias
  • Diversidade cultural: Diferentes valores, crenças, costumes e práticas culturais
  • Diversidade linguística: Diferentes idiomas, dialetos e formas de comunicação
  • Diversidade religiosa: Diferentes crenças, práticas e tradições espirituais
Estratégias para Valorização da Diversidade
  • Currículo multicultural: Inclusão de conteúdos que representem diferentes culturas e grupos sociais
  • Materiais didáticos diversos: Recursos que reflitam a diversidade humana de forma positiva
  • Práticas pedagógicas inclusivas: Metodologias que atendam diferentes estilos de aprendizagem
  • Formação continuada: Capacitação de educadores para trabalhar com a diversidade
  • Participação das famílias: Envolvimento das comunidades na vida escolar
  • Combate ao preconceito: Ações sistemáticas contra discriminação e bullying

Direitos Humanos na Educação Especial

Os direitos humanos na educação especial fundamentam-se no princípio da dignidade humana e no reconhecimento de que todas as pessoas, independentemente de suas características, possuem direitos inalienáveis que devem ser respeitados e promovidos no ambiente educacional. A escola deve ser um espaço de garantia e promoção desses direitos.

Direitos Fundamentais na Educação

1. Direito à Educação:

  • Acesso universal à educação de qualidade
  • Permanência e conclusão dos estudos
  • Atendimento às necessidades educacionais específicas
  • Educação em ambiente inclusivo e acessível

2. Direito à Não Discriminação:

  • Tratamento igualitário e respeitoso
  • Proteção contra bullying e preconceito
  • Valorização das diferenças individuais
  • Oportunidades equitativas de participação

3. Direito à Participação:

  • Voz ativa nas decisões que os afetam
  • Participação em atividades escolares e comunitárias
  • Expressão de opiniões e preferências
  • Desenvolvimento da autonomia e autodeterminação

Relações Étnico-Raciais na Educação Especial

As relações étnico-raciais na educação especial requerem atenção especial, pois estudantes que pertencem a grupos étnico-raciais minoritários e possuem deficiência podem enfrentar dupla discriminação. É fundamental promover uma educação antirracista que valorize a diversidade étnico-racial e combata todas as formas de preconceito.

Implementação da Lei 10.639/03 na Educação Especial

História e Cultura Afro-Brasileira:

  • Materiais didáticos acessíveis sobre cultura africana e afro-brasileira
  • Representatividade negra em recursos visuais e comunicação alternativa
  • Valorização de personalidades negras com deficiência
  • Práticas pedagógicas que combatam o racismo e capacitismo

Estratégias Inclusivas:

  • Formação de professores sobre interseccionalidade
  • Parcerias com movimentos sociais negros e de pessoas com deficiência
  • Projetos que abordem múltiplas identidades
  • Combate ao racismo institucional na educação especial

Gestão Pedagógica: Planejamento, Registro e Avaliação

Planejamento na Educação Especial

O planejamento na educação especial deve ser flexível, individualizado e colaborativo, considerando as necessidades específicas de cada estudante e promovendo seu desenvolvimento integral. Este processo envolve a definição de objetivos claros, estratégias adequadas e recursos necessários para garantir aprendizagens significativas e funcionais.

Tipos de Planejamento

1. Plano Educacional Individualizado (PEI):

  • Documento que define objetivos específicos para cada estudante
  • Elaborado colaborativamente pela equipe multidisciplinar
  • Revisado periodicamente conforme o desenvolvimento
  • Inclui adaptações curriculares e metodológicas necessárias
  • Estabelece metas de curto, médio e longo prazo

2. Planejamento de Aula Inclusiva:

  • Considera diferentes estilos e ritmos de aprendizagem
  • Prevê múltiplas formas de apresentação do conteúdo
  • Oferece diversas opções de participação e expressão
  • Inclui recursos de tecnologia assistiva quando necessário
  • Promove interação e colaboração entre todos os estudantes
Elementos do Planejamento Inclusivo
ElementoDescriçãoConsiderações Especiais
ObjetivosMetas claras e alcançáveis de aprendizagemIndividualizados conforme necessidades e potencialidades
ConteúdosConhecimentos a serem desenvolvidosAdaptados para funcionalidade e significado
MetodologiaEstratégias e técnicas de ensinoDiversificadas e acessíveis a todos
RecursosMateriais e equipamentos necessáriosTecnologia assistiva e materiais adaptados
AvaliaçãoFormas de verificar a aprendizagemMúltiplas formas de demonstrar conhecimento

Registro e Documentação

O registro na educação especial é fundamental para acompanhar o desenvolvimento dos estudantes, documentar progressos, identificar necessidades e orientar intervenções futuras. Deve ser sistemático, objetivo e colaborativo, envolvendo todos os profissionais que atuam com o estudante.

Instrumentos de Registro

  • Portfólio do estudante: Coletânea de trabalhos que demonstram evolução e aprendizagens
  • Diário de bordo: Registro diário de observações, progressos e dificuldades
  • Relatórios descritivos: Documentos detalhados sobre desenvolvimento e necessidades
  • Fichas de acompanhamento: Instrumentos específicos para monitorar habilidades
  • Registros fotográficos e audiovisuais: Documentação visual do processo educativo
  • Gráficos de progresso: Representação visual da evolução do estudante

Avaliação na Educação Especial

A avaliação na educação especial deve ser processual, formativa e inclusiva, focando no desenvolvimento individual de cada estudante e nas aprendizagens conquistadas. Deve considerar diferentes formas de expressão e demonstração do conhecimento, respeitando as especificidades de cada pessoa.

Princípios da Avaliação Inclusiva
  • Processual: Acompanhamento contínuo do desenvolvimento, não apenas resultados finais
  • Formativa: Orientação para melhorias no processo de ensino-aprendizagem
  • Individualizada: Consideração das características e necessidades específicas
  • Multidimensional: Avaliação de diferentes aspectos do desenvolvimento
  • Participativa: Envolvimento do estudante no processo avaliativo
  • Contextualizada: Consideração do ambiente e condições de aprendizagem
  • Flexível: Adaptação de instrumentos e procedimentos conforme necessário

Projeto Político Pedagógico na Educação Especial

Concepção do PPP Inclusivo

O Projeto Político Pedagógico (PPP) na educação especial deve refletir o compromisso da escola com a inclusão, estabelecendo diretrizes claras para o atendimento de todos os estudantes. Este documento orienta as práticas pedagógicas, define a identidade da escola e estabelece metas para a construção de uma educação verdadeiramente inclusiva e de qualidade.

Elementos do PPP Inclusivo

  • Marco situacional: Diagnóstico da realidade escolar e comunitária, incluindo estudantes da educação especial
  • Marco conceitual: Concepções de educação, aprendizagem, inclusão e diversidade
  • Marco operacional: Estratégias, ações e recursos para implementação da educação inclusiva
  • Proposta curricular: Organização curricular flexível e adaptável às necessidades individuais
  • Avaliação institucional: Processos de monitoramento e avaliação das práticas inclusivas
Características do PPP Inclusivo
  • Participativo: Construído coletivamente com envolvimento de toda a comunidade escolar
  • Democrático: Respeita diferentes opiniões e promove decisões consensuais
  • Flexível: Permite adaptações conforme necessidades emergentes
  • Contextualizado: Considera a realidade local e as especificidades da comunidade
  • Transformador: Busca mudanças qualitativas na prática educativa
  • Inclusivo: Garante espaço e voz para todos os segmentos da comunidade

Gestão Democrática e Função Social da Escola

A gestão democrática na educação especial pressupõe a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar nas decisões pedagógicas e administrativas, garantindo que as vozes dos estudantes com deficiência, suas famílias e profissionais especializados sejam ouvidas e consideradas nos processos decisórios.

Instâncias de Participação

InstânciaComposiçãoPapel na Educação Especial
Conselho EscolarRepresentantes de todos os segmentosDeliberar sobre políticas inclusivas e recursos para acessibilidade
Conselho de ClasseProfessores, coordenação e especialistasAvaliar desenvolvimento e definir estratégias individualizadas
Grêmio EstudantilRepresentantes dos estudantesPromover participação e combater discriminação
Associação de PaisFamílias dos estudantesApoiar famílias de estudantes com deficiência
Equipe MultidisciplinarProfissionais especializadosOrientar práticas pedagógicas inclusivas

Interdisciplinaridade e Transversalidade

A interdisciplinaridade e transversalidade na educação especial promovem uma abordagem integrada do conhecimento, conectando diferentes áreas e temas de forma significativa. Esta perspectiva é especialmente importante para estudantes com deficiência, pois permite aprendizagens mais contextualizadas e funcionais.

Projetos Interdisciplinares na Educação Especial

Projeto: “Minha Cidade Acessível”

  • Geografia: Mapeamento de espaços acessíveis na cidade
  • História: Evolução dos direitos das pessoas com deficiência
  • Matemática: Medidas e cálculos para acessibilidade
  • Português: Produção de textos sobre inclusão
  • Arte: Criação de símbolos e sinalizações inclusivas
  • Ciências: Estudo de tecnologias assistivas

Mídias e Tecnologias na Educação Especial

As mídias e tecnologias na educação especial são ferramentas fundamentais para promover acessibilidade, autonomia e participação dos estudantes. Devem ser utilizadas de forma pedagógica e inclusiva, considerando as necessidades específicas de cada pessoa e potencializando suas capacidades de aprendizagem e comunicação.

Tecnologias Assistivas na Escola

  • Comunicação: Softwares de comunicação alternativa, dispositivos geradores de voz
  • Mobilidade: Cadeiras de rodas motorizadas, andadores, órteses
  • Acesso ao computador: Teclados especiais, mouses adaptados, acionadores
  • Deficiência visual: Leitores de tela, lupas eletrônicas, impressoras Braille
  • Deficiência auditiva: Sistemas de FM, aplicativos de tradução para Libras
  • Deficiência intelectual: Softwares educativos, jogos pedagógicos adaptados
Integração Pedagógica das Tecnologias
  • Planejamento integrado: Tecnologias como parte do planejamento pedagógico
  • Formação continuada: Capacitação de professores para uso adequado
  • Avaliação de necessidades: Identificação das tecnologias mais adequadas
  • Acompanhamento especializado: Suporte técnico e pedagógico contínuo
  • Participação da família: Envolvimento no processo de escolha e uso
  • Sustentabilidade: Manutenção e atualização dos recursos tecnológicos


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