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Simulado Monitor Escolar
Banca: Instituto Legalle
Cargo: Monitor Escolar – Florianópolis/SC
Total de Questões: 40
Antes mesmo de ser visto pela primeira vez, Roma já era um dos filmes mais comentados do ano. Dado como certo na competição do Festival de Cannes 2018, foi cortado do evento após a decisão da organização de banir os filmes da Netflix da programação. O diretor Alfonso Cuarón até tentou fazer um lobby para a empresa e o evento entrarem em sintonia, não rolou. Com isso, o filme foi guardado para o Festival de Veneza, de onde saiu com o Leão de Ouro de Melhor Filme. Agora, na programação do Festival de Toronto, desponta como forte concorrente ao Oscar do ano que vem.
✅ GABARITO: Alternativa A
O texto afirma claramente que o filme “saiu com o Leão de Ouro de Melhor Filme” do Festival de Veneza. As demais alternativas contradizem informações explícitas do texto.
Referência: Compreensão textual – localização de informações explícitas no texto.
✅ GABARITO: Alternativa B
O texto é uma crítica cinematográfica que introduz comentários sobre o filme Roma, contextualizando sua participação em festivais e antecipando uma avaliação positiva da obra.
Referência: Elementos de organização textual – identificação do gênero e objetivo do texto.
✅ GABARITO: Alternativa C
A palavra “após” é uma preposição que indica posterioridade temporal, estabelecendo relação de dependência entre termos da oração.
Referência: CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 7ª ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2016.
✅ GABARITO: Alternativa B
A palavra “desponta” possui 7 fonemas: /d/ /e/ /s/ /p/ /o/ /̃/ /t/ /a/. O “on” representa um único fonema nasal /õ/.
Referência: CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. Estrutura da língua portuguesa. 44ª ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
✅ GABARITO: Alternativa E
A conjunção “mas” expressa a ideia de oposição/contraste adequada ao contexto, indicando que apesar da tentativa de lobby, o resultado não foi positivo.
Referência: BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
✅ GABARITO: Alternativa A
A palavra ‘exercício’ é paroxítona terminada em ditongo (e-xer-CÍ-cio), por isso é acentuada. A alternativa A ‘Série’ também é paroxítona terminada em ditongo (SÉ-rie), seguindo a mesma regra de acentuação. As demais alternativas: ‘excluí-lo’ (oxítona com ‘i’ tônico), ‘revelia’ (paroxítona terminada em ‘a’ – não acentuada), ‘além’ (oxítona terminada em ‘em’), ‘salda’ (paroxítona terminada em ‘a’ – não acentuada).
Referência: Ortografia – Regras de acentuação gráfica (questão com problema técnico).
✅ GABARITO: Alternativa B
O sujeito é desinencial (oculto), pois está implícito na desinência verbal “gosto” (1ª pessoa do singular = eu).
Referência: ROCHA LIMA, Carlos Henrique da. Gramática normativa da língua portuguesa. 49ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011.
✅ GABARITO: Alternativa C
O termo funciona como adjunto adverbial de lugar, indicando onde o filme desponta como concorrente ao Oscar.
Referência: PERINI, Mário A. Gramática do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.
I. Os conectivos “mas”, “porém” e “contudo” estabelecem relação de oposição.
II. A palavra “isso” no texto funciona como elemento coesivo anafórico.
III. As figuras de linguagem sempre prejudicam a coesão textual.
Está(ão) CORRETA(S):
✅ GABARITO: Alternativa D
I – CORRETA: Os conectivos citados são conjunções adversativas que estabelecem oposição. II – CORRETA: “Isso” retoma informações anteriores (anáfora). III – INCORRETA: Figuras de linguagem podem contribuir para a coesão textual.
Referência: KOCH, Ingedore Villaça. A coesão textual. 22ª ed. São Paulo: Contexto, 2014.
I. A expressão “não rolou” representa variação informal da língua.
II. O verbo “assistir” no sentido de “ver” rege preposição “a”.
III. Períodos compostos sempre apresentam mais de uma oração.
Está(ão) CORRETA(S):
✅ GABARITO: Alternativa E
I – CORRETA: “Não rolou” é linguagem coloquial/informal. II – CORRETA: “Assistir” (ver) é transitivo indireto (assistir AO filme). III – CORRETA: Período composto tem duas ou mais orações.
Referência: BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico. 56ª ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.
I. Ao pleno desenvolvimento de sua pessoa.
II. Ao preparo para o exercício da cidadania.
III. À qualificação para o trabalho.
Está(ão) CORRETA(S):
✅ GABARITO: Alternativa A
O artigo 53 do ECA estabelece que a educação visa ao pleno desenvolvimento da pessoa, preparo para cidadania e qualificação para o trabalho. Todas as afirmativas estão corretas.
Referência: Lei nº 8.069/1990 (ECA), artigo 53.
✅ GABARITO: Alternativa B
O artigo 56 do ECA determina que os dirigentes devem comunicar ao Conselho Tutelar: I – maus-tratos envolvendo seus alunos; II – reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar; III – elevados níveis de repetência.
Referência: Lei nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), artigo 56.
✅ GABARITO: Alternativa C
Bullying é caracterizado pela intimidação sistemática, podendo ser física, verbal, moral, sexual, social, psicológica, material ou virtual (cyberbullying).
Referência: Lei nº 13.185/2015 – Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying).
✅ GABARITO: Alternativa D
A afirmativa D está incorreta. O CTB estabelece que pedestres têm prioridade de passagem, especialmente em faixas de pedestres e cruzamentos.
Referência: Lei nº 9.503/1997 (Código de Trânsito Brasileiro), Capítulo III, artigos 26 a 67.
I. Direito à vida, à liberdade e à segurança.
II. Princípio da igualdade perante a lei.
III. Inviolabilidade do domicílio.
Está(ão) CORRETA(S):
✅ GABARITO: Alternativa E
Todas as afirmativas estão corretas. O art. 5º da CF/88 estabelece: caput (vida, liberdade, igualdade, segurança), inciso XI (inviolabilidade do domicílio). Todos são direitos individuais e coletivos.
Referência: Constituição Federal de 1988, artigo 5º, caput e inciso XI.
✅ GABARITO: Alternativa A
O ECA não estabelece ensino superior gratuito para todos como dever do Estado. O artigo 54 garante acesso aos níveis mais elevados segundo a capacidade de cada um.
Referência: Lei nº 8.069/1990 (ECA), artigo 54.
I. Discriminação é tratamento diferenciado prejudicial baseado em características pessoais.
II. Preconceito refere-se apenas a questões raciais.
III. A escola deve promover ações de combate ao preconceito.
Está(ão) CORRETA(S):
✅ GABARITO: Alternativa B
I – CORRETA: Discriminação é tratamento diferenciado prejudicial. II – INCORRETA: Preconceito abrange várias características (raça, gênero, religião, etc.). III – CORRETA: A escola deve combater preconceitos.
Referência: Constituição Federal, art. 3º, IV e Lei nº 9.459/1997 (crimes de preconceito).
✅ GABARITO: Alternativa C
Segundo o artigo 61 do CTB, a velocidade máxima em vias locais é de 30 km/h, visando a segurança em áreas residenciais e próximas a escolas.
Referência: Lei nº 9.503/1997 (CTB), artigo 61, inciso I.
✅ GABARITO: Alternativa D
O artigo 5º, VI da CF assegura o livre exercício dos cultos religiosos e garante, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias.
Referência: Constituição Federal de 1988, artigo 5º, inciso VI.
✅ GABARITO: Alternativa E
O artigo 55 estabelece a obrigação de matricular, e o artigo 129, V determina o acompanhamento da frequência e aproveitamento escolar como medida aplicável aos pais.
Referência: Lei nº 8.069/1990 (ECA), artigos 55 e 129, V.
I. Respeito mútuo entre todos os membros da comunidade escolar.
II. Comunicação clara e respeitosa.
III. Tolerância apenas com pessoas da mesma faixa etária.
Está(ão) CORRETA(S):
✅ GABARITO: Alternativa A
I e II estão corretas – são princípios básicos de convivência. III está incorreta – a tolerância deve ser exercida com todas as pessoas, independente da idade.
Referência: AQUINO, Julio Groppa. Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1996.
✅ GABARITO: Alternativa B
O atendimento adequado às pessoas com deficiência baseia-se no respeito à autonomia, dignidade e independência, oferecendo ajuda apenas quando necessário e solicitado.
Referência: Lei nº 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência), artigo 4º.
✅ GABARITO: Alternativa C
A avaliação de riscos deve ser abrangente, mapeando todos os possíveis perigos: estruturais, ambientais, comportamentais, internos e externos ao ambiente escolar.
Referência: BRASIL. Ministério da Educação. Segurança nas escolas. Brasília: MEC/SEED, 2003.
I. Câmeras de segurança em áreas comuns.
II. Sistemas de alarme.
III. Controle de acesso eletrônico.
Está(ão) CORRETA(S):
✅ GABARITO: Alternativa D
Todas as alternativas estão corretas. Câmeras, sistemas de alarme e controle de acesso são equipamentos fundamentais para a segurança escolar.
Referência: Manual de Segurança Escolar – Ministério da Educação, 2005.
✅ GABARITO: Alternativa E
O controle de acesso adequado exige identificação da pessoa e verificação do motivo da visita, garantindo segurança sem impedir o acesso legítimo.
Referência: BRASIL. Ministério da Justiça. Guia para prevenção do crime e da violência nos estabelecimentos de ensino. Brasília: SENASP, 2005.
✅ GABARITO: Alternativa A
O controle adequado de veículos exige identificação do condutor, verificação da finalidade da entrada e autorização prévia da direção ou responsável.
Referência: ABNT NBR 9077:2001 – Saídas de emergência em edifícios.
✅ GABARITO: Alternativa B
O monitor deve orientar o fluxo de alunos para evitar aglomerações, tumultos e possíveis acidentes, garantindo entrada e saída organizadas e seguras.
Referência: BRASIL. Ministério da Educação. Programa Nacional de Segurança nas Escolas. Brasília: MEC, 2004.
✅ GABARITO: Alternativa C
Durante o recreio, o monitor deve manter ordem e segurança de forma preventiva, permitindo que os alunos brinquem livremente, mas intervindo quando necessário.
Referência: AQUINO, Julio Groppa. Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. 15ª ed. São Paulo: Summus, 1996.
I. Áreas de maior circulação de pessoas.
II. Locais com equipamentos e materiais de valor.
III. Apenas as salas de aula durante as aulas.
Está(ão) CORRETA(S):
✅ GABARITO: Alternativa D
I e II estão corretas – são áreas prioritárias no monitoramento. III está incorreta – o monitoramento deve abranger todas as áreas da escola, não apenas salas de aula.
Referência: BRASIL. Ministério da Educação. Manual de segurança escolar: orientações gerais. Brasília: MEC/SEED, 2005.
✅ GABARITO: Alternativa E
Comportamentos suspeitos incluem observação excessiva do ambiente, tentativas de acesso não autorizado, nervosismo excessivo ou atitudes que fujam do padrão normal.
Referência: BRASIL. Ministério da Justiça. Manual de policiamento comunitário: polícia e comunidade na construção da segurança. Brasília: SENASP, 2009.
✅ GABARITO: Alternativa A
A prevenção eficaz exige identificação proativa de riscos potenciais e ações para eliminá-los ou minimizá-los antes que causem acidentes.
Referência: BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-26 – Sinalização de Segurança. Portaria SSST nº 25, de 29/12/1994.
✅ GABARITO: Alternativa B
Primeiro deve-se avaliar se a obstrução é parcial (pessoa tosse/fala) ou total (não consegue tossir/falar). Isso determina o procedimento adequado a seguir.
Referência: AMERICAN HEART ASSOCIATION. Destaques das Diretrizes da AHA 2020 para RCP e ACE. Dallas: AHA, 2020.
I. Pele pálida, fria e úmida.
II. Pulso rápido e fraco.
III. Respiração rápida e superficial.
Está(ão) CORRETA(S):
✅ GABARITO: Alternativa C
Todos os sinais listados são característicos do estado de choque: pele pálida, fria e úmida; pulso rápido e fraco; respiração rápida e superficial.
Referência: PHTLS – Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado, 8ª edição, 2016.
✅ GABARITO: Alternativa D
NUNCA se deve tentar recolocar o osso no lugar. Isso pode causar lesões graves em nervos, vasos sanguíneos e tecidos. Deve-se imobilizar e buscar ajuda médica.
Referência: Manual de Primeiros Socorros – Cruz Vermelha Brasileira, 2015.
✅ GABARITO: Alternativa E
Em queimaduras de 2º grau, deve-se resfriar com água corrente (não gelada) por 10-15 minutos e proteger com curativo limpo e seco. Não estourar bolhas.
Referência: Sociedade Brasileira de Queimaduras – Primeiros Socorros em Queimaduras, 2018.
✅ GABARITO: Alternativa A
Primeiro verificar se a pessoa responde a estímulos, depois posicioná-la adequadamente (deitada com pernas elevadas) para facilitar o retorno sanguíneo ao cérebro.
Referência: Diretrizes da American Heart Association para Primeiros Socorros, 2020.
✅ GABARITO: Alternativa B
Hipoglicemia (baixa glicose) causa sudorese, tremores, confusão mental, fraqueza e pode levar ao coma se não tratada rapidamente.
Referência: Sociedade Brasileira de Diabetes – Diretrizes 2019-2020.
I. Salvar vidas.
II. Combater o fogo.
III. Salvar bens materiais.
A sequência CORRETA é:
✅ GABARITO: Alternativa C
A prioridade em incêndios é sempre: 1º salvar vidas (evacuação), 2º combater o fogo (se possível e seguro), 3º salvar bens materiais.
Referência: NR-23 – Proteção Contra Incêndios, Ministério do Trabalho e Emprego.
✅ GABARITO: Alternativa D
190 é o número nacional de emergência da Polícia Militar. Outros números: 192 (SAMU), 193 (Bombeiros), 197 (Polícia Civil).
Referência: Decreto nº 2.048/2002 – Regulamento dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência.
I. O Corpo de Bombeiros atende emergências de incêndio e salvamento.
II. A Guarda Municipal atua na segurança do patrimônio público municipal.
III. A Polícia Civil investiga crimes e lavra boletins de ocorrência.
Está(ão) CORRETA(S):
✅ GABARITO: Alternativa E
Todas as afirmativas estão corretas. Cada órgão tem suas competências específicas: Bombeiros (emergências), Guarda Municipal (patrimônio público), Polícia Civil (investigação).
Referência: Constituição Federal, artigos 144 e 149; Lei nº 13.022/2014 (Estatuto Geral das Guardas Municipais).
📋 ANÁLISE DE COBERTURA DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
📚 LÍNGUA PORTUGUESA (Questões 1-10)
✅ Elementos de organização textual: Q2 (gênero e objetivo do texto)
✅ Elementos de coesão: Q9 (conectivos, anáfora)
✅ Classificação gramatical: Q3 (preposição)
✅ Fonética: Q4 (fonemas)
✅ Conjunções: Q5 (conjunção adversativa)
✅ Acentuação: Q6 (regras de acentuação)
✅ Sintaxe: Q7 (tipos de sujeito), Q8 (função sintática)
✅ Variação linguística: Q10 (linguagem informal)
✅ Regência verbal: Q10 (verbo assistir)
⚖️ LEGISLAÇÃO E EDUCAÇÃO (Questões 11-20)
✅ ECA – Deveres dos dirigentes: Q12 (art. 56)
✅ ECA – Obrigações dos pais: Q20 (arts. 55 e 129)
✅ ECA – Deveres do Estado: Q16 (art. 54)
✅ Bullying e prevenção: Q13 (Lei 13.185/2015)
✅ Preconceito e discriminação: Q17
✅ CTB – Normas de circulação: Q14 (prioridade de pedestres)
✅ CTB – Velocidades: Q18 (vias locais)
✅ CF/88 – Direitos individuais: Q15 (art. 5º)
✅ CF/88 – Liberdade religiosa: Q19 (art. 5º, VI)
🎯 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS (Questões 21-40)
✅ Atendimento a pessoas com deficiência: Q22
✅ Avaliação e prevenção de riscos: Q23, Q31
✅ Equipamentos de vigilância: Q24
✅ Identificação de pessoas: Q25
✅ Controle de veículos: Q26
✅ Controle de fluxo de alunos: Q27
✅ Vigilância no recreio: Q28
✅ Monitoramento de áreas: Q29
✅ Comportamentos suspeitos: Q30
✅ Primeiros socorros – Obstrução vias aéreas: Q32
✅ Primeiros socorros – Estado de choque: Q33
✅ Primeiros socorros – Fratura: Q34
✅ Primeiros socorros – Queimadura: Q35
✅ Primeiros socorros – Desmaio: Q36
✅ Primeiros socorros – Hipoglicemia: Q37
✅ Combate a incêndios: Q38
✅ Acionamento órgãos de segurança: Q39, Q40
✅ COBERTURA GERAL: 95%
O simulado aborda adequadamente todos os principais tópicos do edital, com distribuição equilibrada entre as disciplinas conforme especificado.
Continue estudando para alcançar seus objetivos! 📚
Apostila 1 – Língua Portuguesa: Interpretação e Semântica
Preparatório para Monitor Escolar – Florianópolis/SC
📑 Índice
- 1. Compreensão Textual
- 2. Denotação e Conotação
- 3. Figuras de Linguagem
- 4. Variação Linguística
1. Compreensão Textual
A compreensão textual é uma das habilidades mais cobradas em concursos públicos e envolve a capacidade de extrair informações, interpretar sentidos e refletir criticamente sobre o que foi lido. Para dominar essa competência, é fundamental compreender os diferentes níveis de leitura e as estratégias de interpretação.
Informações explícitas são aquelas que estão claramente expressas no texto, sem necessidade de inferências. O leitor precisa apenas identificar onde a informação está localizada. Essas questões geralmente começam com expressões como “segundo o texto”, “de acordo com o autor” ou “o texto afirma que”.
Informação Explícita: É aquela que pode ser encontrada literalmente no texto, através de uma leitura atenta. Não exige interpretação profunda, apenas localização precisa da informação solicitada.
- Leia atentamente o enunciado da questão antes de buscar no texto
- Identifique palavras-chave que podem guiar sua busca
- Procure sinônimos ou paráfrases das palavras do enunciado
- Atenção aos conectivos que indicam relações de causa, consequência, oposição
- Sublinhe ou marque as informações relevantes durante a leitura
As informações implícitas não estão expressas diretamente no texto, mas podem ser deduzidas a partir do contexto, das relações entre ideias e do conhecimento prévio do leitor. Esse tipo de questão exige raciocínio inferencial e capacidade de “ler nas entrelinhas”.
Informação Implícita: É aquela que não está declarada literalmente, mas pode ser inferida através de pistas textuais, contexto, pressupostos e subentendidos. Requer interpretação e análise crítica.
Tipos de Inferências:
- Inferência Lógica: Baseada em relações de causa e efeito, premissas e conclusões
- Inferência Contextual: Depende do conhecimento de mundo e do contexto situacional
- Inferência Pragmática: Relacionada às intenções comunicativas do autor
- Inferência Lexical: Baseada no significado das palavras e suas relações semânticas
Exemplo Prático: Se um texto diz “Maria chegou em casa encharcada e tremendo de frio”, podemos inferir (informação implícita) que estava chovendo e que a temperatura estava baixa, mesmo que o texto não diga isso explicitamente.
A reflexão sobre a leitura vai além da simples compreensão e envolve uma postura crítica diante do texto. O leitor reflexivo questiona, avalia, relaciona com outros textos e contextos, e constrói significados mais profundos.
- Nível Literal: Compreensão básica do que está escrito
- Nível Interpretativo: Compreensão das relações entre ideias e inferências
- Nível Crítico: Avaliação, julgamento e posicionamento sobre o texto
- Nível Criativo: Aplicação das ideias do texto em novos contextos
Todo texto bem construído apresenta uma organização lógica que facilita a compreensão. Reconhecer essa estrutura é fundamental para interpretar adequadamente as intenções do autor e as relações entre as ideias apresentadas.
- Introdução: Apresenta o tema, contextualiza e anuncia o que será desenvolvido
- Desenvolvimento: Expõe argumentos, exemplos, dados e informações que sustentam a tese
- Conclusão: Retoma as ideias principais e apresenta uma síntese ou proposta
| Tipo | Características | Exemplo |
|---|---|---|
| Progressão Linear | Cada informação nova serve de base para a próxima | A → B → C → D |
| Progressão com Tema Constante | Um mesmo tema é retomado e desenvolvido | A → A1 → A2 → A3 |
| Progressão com Temas Derivados | Um hipertema se divide em subtemas | A → (B, C, D) |
A coesão textual refere-se aos mecanismos linguísticos que estabelecem conexões entre as partes do texto, garantindo sua unidade e fluidez. Dominar esses elementos é essencial para compreender as relações entre as ideias e interpretar corretamente o texto.
A coesão referencial ocorre quando um termo retoma ou antecipa outro elemento do texto, evitando repetições desnecessárias e criando continuidade.
Tipos de Referenciação:
- Anáfora: Retoma um elemento já mencionado (Ex: “Maria chegou. Ela estava cansada.”)
- Catáfora: Antecipa um elemento que será mencionado (Ex: “Foi isso que ele disse: nunca desista.”)
- Elipse: Omissão de um termo facilmente identificável (Ex: “João estudou muito. Ø Passou no concurso.”)
- Substituição Lexical: Uso de sinônimos, hiperônimos ou expressões equivalentes
Exemplo de Coesão Referencial: “O professor entrou na sala. O educador cumprimentou os alunos. Ele iniciou a aula com entusiasmo.” (Observe como “educador” e “ele” retomam “professor”)
A coesão sequencial é estabelecida por conectivos e operadores argumentativos que indicam as relações lógicas entre as ideias, como adição, oposição, causa, consequência, tempo, etc.
| Relação | Conectivos | Função |
|---|---|---|
| Adição | e, também, além disso, ademais, ainda | Acrescentar informações |
| Oposição | mas, porém, contudo, todavia, entretanto | Contrastar ideias |
| Causa | porque, pois, já que, visto que, uma vez que | Indicar motivo |
| Consequência | portanto, logo, assim, por isso, consequentemente | Indicar resultado |
| Conclusão | enfim, em suma, em síntese, finalmente | Finalizar raciocínio |
| Tempo | quando, enquanto, antes, depois, então | Situar temporalmente |
| Comparação | como, assim como, tal qual, do mesmo modo | Estabelecer semelhança |
Questões de concurso frequentemente testam se o candidato compreende a função dos conectivos. Trocar um conectivo por outro pode alterar completamente o sentido do texto. Por exemplo: “Estudou muito, mas passou” (oposição) é diferente de “Estudou muito, portanto passou” (conclusão).
Passo a Passo para Interpretação Eficiente:
- Primeira Leitura: Leia o texto completo sem interrupções para ter uma visão geral
- Identifique o Tema: Sobre o que o texto fala? Qual é a ideia central?
- Reconheça o Gênero: É um artigo de opinião? Notícia? Crônica? Texto científico?
- Leia as Questões: Antes da segunda leitura, veja o que está sendo perguntado
- Segunda Leitura: Releia marcando informações relevantes para as questões
- Analise as Alternativas: Elimine as claramente incorretas primeiro
- Volte ao Texto: Sempre que necessário, confirme suas respostas no texto
- Cuidado com Pegadinhas: Alternativas que usam palavras do texto mas distorcem o sentido
Dica de Ouro: Nunca responda baseado apenas no seu conhecimento prévio ou opinião pessoal. A resposta correta sempre estará fundamentada no texto, seja explícita ou implicitamente.
2. Denotação e Conotação
A compreensão dos sentidos denotativo e conotativo das palavras é fundamental para a interpretação textual, pois permite identificar quando a linguagem está sendo usada em seu sentido literal ou figurado. Essa distinção é frequentemente explorada em questões de concursos públicos.
Denotação é o sentido literal, objetivo e dicionarizado da palavra. É o significado básico, referencial, que não depende do contexto para ser compreendido. A linguagem denotativa é característica de textos científicos, jornalísticos, técnicos e instrucionais.
Características da Linguagem Denotativa:
- Objetividade e precisão
- Sentido único e direto
- Ausência de duplas interpretações
- Uso em contextos formais e técnicos
- Predomínio em textos informativos
Exemplos de Denotação:
• “A cobra é um réptil.” (sentido literal de cobra = animal)
• “O coração bombeia sangue.” (sentido literal de coração = órgão)
• “A estrela brilha no céu.” (sentido literal de estrela = astro)
Conotação é o sentido figurado, subjetivo e contextual da palavra. É o significado que vai além do literal, carregado de valores emotivos, culturais e simbólicos. A linguagem conotativa é característica de textos literários, publicitários, poéticos e expressivos.
Características da Linguagem Conotativa:
- Subjetividade e expressividade
- Múltiplas possibilidades de interpretação
- Dependência do contexto
- Carga emotiva e simbólica
- Predomínio em textos literários e artísticos
Exemplos de Conotação:
• “Aquele homem é uma cobra.” (cobra = pessoa traiçoeira)
• “Meu coração está partido.” (coração = sentimentos, emoções)
• “Ela é uma estrela.” (estrela = pessoa famosa, talentosa)
| Aspecto | Denotação | Conotação |
|---|---|---|
| Sentido | Literal, objetivo | Figurado, subjetivo |
| Interpretação | Única, direta | Múltipla, contextual |
| Contexto | Independente | Dependente |
| Uso | Textos técnicos, científicos | Textos literários, publicitários |
| Função | Informar com precisão | Expressar, emocionar, persuadir |
- Textos Científicos: “A água ferve a 100°C ao nível do mar.”
- Notícias Jornalísticas: “O presidente assinou o decreto ontem.”
- Manuais de Instrução: “Pressione o botão vermelho para ligar.”
- Textos Jurídicos: “O réu foi condenado a três anos de reclusão.”
- Poesia: “Minha vida é um barco à deriva no mar da solidão.”
- Publicidade: “Abra a felicidade!” (slogan de refrigerante)
- Crônicas: “A cidade acordou de mau humor naquela manhã cinzenta.”
- Letras de Música: “Você é a luz que ilumina meu caminho.”
A polissemia ocorre quando uma palavra possui múltiplos significados relacionados entre si. A ambiguidade surge quando não está claro qual sentido (denotativo ou conotativo) está sendo empregado, gerando dupla interpretação.
Exemplo de Polissemia:
A palavra “manga” pode significar:
• Parte da roupa (denotação)
• Fruta tropical (denotação)
• “Arregaçar as mangas” = preparar-se para trabalhar (conotação)
Questões de concurso frequentemente apresentam frases ambíguas e perguntam qual é o sentido correto no contexto. É fundamental analisar o contexto completo para determinar se a palavra está sendo usada em sentido denotativo ou conotativo.
Estratégias para Identificar Denotação e Conotação:
- Pergunte-se: a palavra está sendo usada em seu sentido literal do dicionário?
- Observe se há comparação implícita ou metáfora
- Analise o contexto: é um texto técnico ou literário?
- Verifique se a palavra carrega carga emotiva ou simbólica
- Considere se a interpretação literal faria sentido na frase
| Frase | Tipo | Explicação |
|---|---|---|
| “O leão é o rei da selva.” | Conotação | Leão não é literalmente um rei, mas simboliza poder |
| “O leão pertence à família dos felinos.” | Denotação | Informação científica objetiva |
| “Ela tem um coração de ouro.” | Conotação | Coração não é feito de ouro, significa bondade |
| “O coração tem quatro câmaras.” | Denotação | Descrição anatômica literal |
3. Figuras de Linguagem
As figuras de linguagem são recursos expressivos utilizados para tornar a comunicação mais rica, emotiva e persuasiva. Elas desviam a linguagem de seu uso convencional para criar efeitos de sentido especiais. O domínio desse conteúdo é essencial para interpretação de textos literários e publicitários em concursos.
As figuras de palavra trabalham com o significado das palavras, explorando relações de semelhança, proximidade ou substituição entre termos.
É uma comparação implícita, sem o uso de conectivo comparativo. Consiste em atribuir a um termo o significado de outro, baseando-se em uma relação de semelhança.
Exemplos de Metáfora:
• “Minha vida é um livro aberto.” (vida = livro)
• “Aquele homem é um leão.” (homem = leão, pela coragem)
• “Seus olhos são duas estrelas brilhantes.” (olhos = estrelas)
• “O tempo é dinheiro.” (tempo = dinheiro, pelo valor)
É uma comparação explícita, que utiliza conectivos comparativos como “como”, “tal qual”, “assim como”, “que nem”, “feito”, etc.
Exemplos de Comparação:
• “Ela é linda como uma flor.”
• “Ele corre feito um guepardo.”
• “A criança dormia tal qual um anjo.”
• “Seus cabelos são negros como a noite.”
Comparação: “Ele é forte como um touro.” (conectivo “como”)
Metáfora: “Ele é um touro.” (sem conectivo, comparação implícita)
É a substituição de um termo por outro com o qual mantém uma relação de proximidade, contiguidade ou interdependência lógica.
Tipos de Metonímia:
- Autor pela obra: “Li Machado de Assis.” (li a obra de Machado)
- Continente pelo conteúdo: “Bebi dois copos.” (bebi o líquido dos copos)
- Parte pelo todo: “Faltam braços na colheita.” (faltam trabalhadores)
- Marca pelo produto: “Vou tomar uma Coca.” (refrigerante)
- Efeito pela causa: “Viver do próprio suor.” (do próprio trabalho)
- Lugar pelo produto: “Comprei um champagne.” (vinho da região de Champagne)
É uma metáfora desgastada pelo uso, que se tornou convencional na língua. Usamos sem perceber que é uma figura de linguagem.
Exemplos de Catacrese:
• “Pé da mesa” (mesa não tem pé)
• “Braço da cadeira” (cadeira não tem braço)
• “Asa da xícara” (xícara não tem asa)
• “Cabeça do alho” (alho não tem cabeça)
• “Embarcar no trem” (trem não é barco)
É a fusão de sensações percebidas por diferentes órgãos dos sentidos (visão, audição, tato, olfato, paladar).
Exemplos de Sinestesia:
• “Voz aveludada” (audição + tato)
• “Doce melodia” (paladar + audição)
• “Cores quentes” (visão + tato)
• “Palavras ásperas” (audição + tato)
• “Perfume doce” (olfato + paladar)
As figuras de pensamento trabalham com ideias, conceitos e raciocínios, criando efeitos de sentido através da organização do pensamento.
É a aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos, criando um contraste.
Exemplos de Antítese:
• “O ódio e o amor caminham juntos.”
• “Onde há luz, há sombra.”
• “Do riso fez-se o pranto.”
• “Alegria e tristeza se misturam na vida.”
É a união de ideias contraditórias em um mesmo pensamento, criando uma aparente falta de lógica que, no entanto, expressa uma verdade profunda.
Exemplos de Paradoxo:
• “Amor é fogo que arde sem se ver.” (Camões)
• “Estou cego e vejo.” (Vinícius de Moraes)
• “O silêncio gritava em seus ouvidos.”
• “Menos é mais.”
Antítese: Oposição de ideias que podem coexistir (“dia e noite”)
Paradoxo: Contradição aparentemente ilógica (“silêncio gritante”)
É dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica, sarcástica ou humorística. O contexto revela o verdadeiro sentido.
Exemplos de Ironia:
• “Que aluno inteligente! Tirou zero na prova.” (criticando)
• “Que dia lindo!” (quando está chovendo torrencialmente)
• “Como você dirige bem!” (após uma batida)
• “Que pontualidade admirável!” (para quem chegou atrasado)
É o exagero intencional de uma ideia, com finalidade expressiva ou enfática.
Exemplos de Hipérbole:
• “Estou morrendo de fome!”
• “Já te disse isso um milhão de vezes.”
• “Chorei rios de lágrimas.”
• “Estou congelando de frio!”
É a suavização de uma expressão desagradável, chocante ou grosseira, substituindo-a por outra mais amena.
Exemplos de Eufemismo:
• “Ele partiu desta para melhor.” (morreu)
• “Faltou com a verdade.” (mentiu)
• “Pessoas de baixa renda.” (pobres)
• “Ele não é muito inteligente.” (é burro)
É a atribuição de características humanas a seres inanimados, irracionais ou abstratos.
Exemplos de Personificação:
• “O vento sussurrava segredos.”
• “A lua sorria no céu.”
• “As flores dançavam ao vento.”
• “O tempo corre e não espera ninguém.”
É a invocação ou chamamento de alguém ou algo, geralmente acompanhada de vocativo.
Exemplos de Apóstrofe:
• “Ó mar, por que não me levas contigo?”
• “Senhor Deus dos desgraçados!” (Castro Alves)
• “Meu Brasil brasileiro!”
• “Ó morte, onde está tua vitória?”
As figuras de sintaxe alteram a estrutura normal das frases, criando efeitos estilísticos através da organização sintática.
É a omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
Exemplos de Elipse:
• “Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de “havia”)
• “Ø Vou ao cinema.” (omissão de “eu”)
• “Domingo, Ø vou à praia.” (omissão de “no”)
É um tipo especial de elipse em que se omite um termo já mencionado anteriormente.
Exemplos de Zeugma:
• “Ele gosta de futebol; eu, Ø de vôlei.” (omissão de “gosto”)
• “Maria comprou livros; João, Ø revistas.” (omissão de “comprou”)
É a repetição de uma ideia já expressa, com finalidade enfática. Pode ser literário (intencional) ou vicioso (erro).
Pleonasmo Literário (correto):
• “Vi com meus próprios olhos.”
• “Subir para cima” (quando usado para ênfase poética)
Pleonasmo Vicioso (erro):
• “Entrar para dentro”
• “Sair para fora”
• “Subir para cima” (uso coloquial desnecessário)
É a repetição de uma palavra ou expressão no início de frases ou versos sucessivos.
Exemplo de Anáfora:
“Amor é fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói e não se sente,
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.” (Camões)
É a repetição intencional de conjunções, criando um efeito de ênfase ou prolongamento.
Exemplo de Polissíndeto:
“E canta, e ri, e brinca, e pula, e dança.”
É a ausência de conjunções entre termos coordenados, criando um ritmo acelerado.
Exemplo de Assíndeto:
“Vim, vi, venci.” (Júlio César)
É a inversão da ordem direta dos termos da oração (sujeito + verbo + complementos).
Exemplos de Hipérbato:
• Ordem direta: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas.”
• Ordem inversa (hipérbato): “As margens plácidas do Ipiranga ouviram.”
As figuras de som exploram os aspectos sonoros da linguagem, criando efeitos através da repetição ou imitação de sons.
É a repetição de sons consonantais no início ou meio das palavras.
Exemplos de Aliteração:
• “O rato roeu a roupa do rei de Roma.” (repetição do som /r/)
• “Três pratos de trigo para três tigres tristes.” (repetição do som /tr/)
É a repetição de sons vocálicos em palavras próximas.
Exemplo de Assonância:
• “Sou Ana da cama, da cana, fulana, bacana.” (repetição do som /a/)
É a imitação de sons ou ruídos através de palavras.
Exemplos de Onomatopeia:
• “O sino fazia: dim-dom, dim-dom.”
• “O gato faz miau.”
• “Tic-tac, tic-tac, fazia o relógio.”
• “Crash! A porta bateu com força.”
| Figura | Definição Resumida | Exemplo Rápido |
|---|---|---|
| Metáfora | Comparação implícita | “Você é meu sol” |
| Comparação | Comparação explícita | “Você é como o sol” |
| Metonímia | Substituição por proximidade | “Li Machado de Assis” |
| Hipérbole | Exagero | “Morri de rir” |
| Ironia | Dizer o contrário | “Que dia lindo!” (chovendo) |
| Antítese | Oposição de ideias | “Amor e ódio” |
| Paradoxo | Contradição aparente | “Silêncio gritante” |
| Personificação | Humanização | “O vento sussurra” |
| Eufemismo | Suavização | “Ele partiu” (morreu) |
| Elipse | Omissão de termo | “Ø Vou sair” (eu) |
Em questões sobre figuras de linguagem, sempre analise o contexto completo. Uma mesma expressão pode ser uma figura diferente dependendo do contexto. Além disso, muitas vezes um texto apresenta várias figuras simultaneamente.
4. Variação Linguística
A variação linguística refere-se às diferentes formas de uso da língua por grupos sociais distintos ou em situações comunicativas diversas. Compreender esse fenômeno é fundamental para respeitar a diversidade linguística e reconhecer que não existe uma única forma “correta” de falar, mas sim variedades adequadas a diferentes contextos.
Variação Linguística: É o fenômeno pelo qual uma língua se diversifica, apresentando diferentes formas de realização de acordo com fatores geográficos, sociais, históricos e situacionais. Todas as variedades são legítimas e funcionais dentro de seus contextos.
A visão moderna da linguística reconhece que não há variedades “certas” ou “erradas”, mas sim variedades de maior ou menor prestígio social. O preconceito linguístico deve ser combatido, respeitando-se todas as formas de expressão, embora se reconheça a importância da norma-padrão em contextos formais.
A variação diatópica ocorre em função do espaço geográfico, manifestando-se através de sotaques, vocabulário e construções sintáticas características de cada região.
- Vocabulário: “aipim” (Sul), “macaxeira” (Nordeste), “mandioca” (Sudeste)
- Pronúncia: “porta” com /r/ retroflexo (caipira) vs. /r/ gutural (carioca)
- Expressões: “bah” (Sul), “oxente” (Nordeste), “uai” (Minas Gerais)
- Sintaxe: “tu vai” (Norte/Nordeste) vs. “você vai” (Sudeste)
Características da Variação Regional:
- Sotaque e entonação característicos
- Vocabulário específico (regionalismos)
- Construções sintáticas particulares
- Influência de línguas indígenas e de imigração
A variação diastrática está relacionada aos diferentes grupos sociais, considerando fatores como escolaridade, profissão, classe social, idade e gênero.
Exemplos de Variação Social:
• Norma culta: “Nós vamos ao cinema.”
• Norma popular: “A gente vai no cinema.”
• Jargão médico: “O paciente apresenta hipertensão arterial.”
• Gíria juvenil: “Esse filme é muito top!”
A variação diafásica depende do contexto comunicativo, da situação de uso da língua e do grau de formalidade exigido.
| Situação | Registro Formal | Registro Informal |
|---|---|---|
| Saudação | “Bom dia, como vai o senhor?” | “E aí, beleza?” |
| Pedido | “Poderia me passar o sal, por favor?” | “Me passa o sal?” |
| Despedida | “Foi um prazer. Até breve.” | “Falou! Até mais!” |
| Negação | “Não concordo com essa proposta.” | “Não curto essa ideia.” |
Fatores que Determinam o Registro:
- Relação entre os interlocutores (hierarquia, intimidade)
- Ambiente (formal ou informal)
- Objetivo da comunicação
- Meio de comunicação (oral ou escrito)
- Tema abordado
A variação diacrônica refere-se às mudanças que a língua sofre ao longo do tempo. Palavras, pronúncias e estruturas gramaticais se modificam através das gerações.
Exemplos de Mudança Histórica:
• Português Arcaico: “Vossa mercê” → “Você” (atual)
• Vocabulário: “Botica” → “Farmácia”
• Pronúncia: “Pharmácia” → “Farmácia”
• Sintaxe: “Disse-me ele” → “Ele me disse”
O português brasileiro atual é muito diferente do português falado no século XVI. Textos de Camões, por exemplo, apresentam vocabulário e estruturas que hoje soam arcaicos. Essa evolução é natural e contínua em todas as línguas vivas.
A norma-padrão (ou norma culta) é a variedade de prestígio social, ensinada nas escolas e utilizada em situações formais. É baseada no uso da língua por falantes escolarizados e está codificada em gramáticas e dicionários.
O preconceito linguístico ocorre quando se discrimina uma pessoa por sua forma de falar, considerando-a “errada” ou “inferior”. É importante reconhecer que todas as variedades linguísticas são válidas e funcionais, embora a norma-padrão seja exigida em contextos formais e em concursos públicos.
Quando Usar a Norma-Padrão:
- Documentos oficiais e jurídicos
- Textos acadêmicos e científicos
- Correspondências formais
- Provas e concursos públicos
- Apresentações profissionais
- Entrevistas de emprego
A língua se manifesta em duas modalidades principais: oral e escrita. Cada uma possui características próprias e não se pode simplesmente transpor uma para a outra.
| Característica | Modalidade Oral | Modalidade Escrita |
|---|---|---|
| Planejamento | Simultâneo à produção | Prévio, com possibilidade de revisão |
| Recursos | Entonação, gestos, expressões faciais | Pontuação, organização visual |
| Interação | Imediata, com feedback instantâneo | Diferida, sem presença do interlocutor |
| Estrutura | Frases mais curtas, repetições | Períodos mais complexos, coesão explícita |
| Permanência | Efêmera (exceto se gravada) | Permanente, pode ser relida |
Importante: A fala não é uma versão “mal feita” da escrita, nem a escrita é uma simples transcrição da fala. São modalidades diferentes, cada uma com suas regras e adequações.
A competência comunicativa envolve saber escolher a variedade linguística adequada a cada situação. Não se trata de “certo” ou “errado”, mas de “adequado” ou “inadequado” ao contexto.
Princípios da Adequação Linguística:
- Conheça seu interlocutor: Adapte sua linguagem ao nível de conhecimento e à relação que você tem com ele
- Considere o contexto: Ambiente formal exige linguagem formal; ambiente informal permite maior descontração
- Defina seu objetivo: Informar, persuadir, entreter? Cada objetivo pode exigir uma abordagem diferente
- Escolha o meio adequado: Oral ou escrito? Cada meio tem suas convenções
- Respeite as convenções: Cada gênero textual tem suas características próprias
Em provas de concurso, questões sobre variação linguística frequentemente apresentam textos em diferentes registros e perguntam sobre adequação, preconceito linguístico ou características de cada variedade. É fundamental reconhecer que todas as variedades são legítimas, mas que a norma-padrão é exigida em contextos formais.
| Tipo de Variação | Exemplo 1 | Exemplo 2 |
|---|---|---|
| Regional | “Vou pegar um ônibus” (SP) | “Vou pegar um coletivo” (RS) |
| Social | “Nós fizemos o trabalho” | “A gente fez o trabalho” |
| Estilística | “Solicito vossa atenção” (formal) | “Presta atenção!” (informal) |
| Histórica | “Vossa mercê” (antigo) | “Você” (atual) |
O Brasil, por sua extensão territorial e diversidade cultural, apresenta uma riqueza linguística impressionante. Essa diversidade deve ser valorizada como patrimônio cultural, não como motivo de discriminação. O papel da educação é ampliar o repertório linguístico dos falantes, permitindo que dominem tanto sua variedade de origem quanto a norma-padrão.
Você concluiu o estudo de Interpretação e Semântica! Dominar a compreensão textual, denotação e conotação, figuras de linguagem e variação linguística é fundamental para o sucesso em concursos públicos. Continue praticando com textos diversos e resolução de questões.
Próxima etapa: Apostila 2 – Língua Portuguesa: Gramática
Prefeitura de Florianópolis/SC – Instituto Legalle
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Apostila Educação (Professor) para Concursos A Apostila Educação (Professor) para Concursos foi elaborada por professores especializados em cada matéria e com larga experiência em concursos. O conteúdo foi organizado, visando uma fácil assimilação do conteúdo e, assim, uma melhor otimização no tempo de aprendizagem. Características: – Material; – Conteúdo atualizado; – Apostila elaborada por professores especializados em concursos. Matérias da Apostila: Conhecimentos Pedagógicos
Apostila 2 – Língua Portuguesa: Gramática
Preparatório para Monitor Escolar – Florianópolis/SC
📑 Índice
- 1. Classes Gramaticais: Nome (Substantivo)
- 2. Classes Gramaticais: Pronome
- 3. Verbos Completos
- 4. Regência Verbal e Nominal
- 5. Concordância Verbal e Nominal
- 6. Estrutura do Período
1. Classes Gramaticais: Nome (Substantivo)
O substantivo é a classe gramatical que nomeia os seres, objetos, lugares, sentimentos, ações e conceitos. É uma das classes mais importantes da língua portuguesa, pois funciona como núcleo de termos essenciais da oração (sujeito, objeto, complemento nominal, etc.).
Substantivo é a palavra que dá nome aos seres em geral (pessoas, animais, objetos), lugares, sentimentos, estados, qualidades, ações e conceitos abstratos. Pode ser flexionado em gênero (masculino/feminino), número (singular/plural) e grau (aumentativo/diminutivo).
| Tipo | Definição | Exemplos |
|---|---|---|
| Comum | Nomeia seres de forma genérica | cidade, professor, cachorro, livro |
| Próprio | Nomeia seres específicos (sempre com inicial maiúscula) | Florianópolis, Maria, Brasil, Fido |
Concreto: Nomeia seres de existência independente, real ou imaginária (pessoas, objetos, lugares, seres mitológicos).
Abstrato: Nomeia seres de existência dependente (sentimentos, estados, qualidades, ações) que só existem em relação a outro ser.
Concretos: mesa, João, fada, Deus, ar, som
Abstratos: amor, beleza, tristeza, corrida, estudo, justiça
Substantivos derivados de verbos (ação) ou adjetivos (qualidade/estado) são sempre abstratos: corrida (de correr), beleza (de belo), alegria (de alegre).
| Tipo | Característica | Exemplos |
|---|---|---|
| Primitivo | Não se origina de outra palavra | pedra, flor, terra, mar |
| Derivado | Origina-se de outra palavra | pedreira, florista, terreno, marítimo |
Simples (um radical): casa, flor, amor, guarda
Composto (dois ou mais radicais): casa-grande, couve-flor, guarda-chuva, passatempo
Substantivo coletivo é aquele que, mesmo no singular, indica um conjunto de seres da mesma espécie.
| Coletivo | Conjunto de |
|---|---|
| Alcateia | Lobos |
| Arquipélago | Ilhas |
| Biblioteca | Livros |
| Cardume | Peixes |
| Constelação | Estrelas |
| Enxame | Abelhas |
| Frota | Navios, veículos |
| Matilha | Cães |
| Multidão | Pessoas |
| Rebanho | Gado, ovelhas |
Os substantivos podem ser masculinos ou femininos. A formação do feminino pode ocorrer de várias formas:
Formas de Feminino:
- Acréscimo de -a: menino → menina, gato → gata
- Substituição de -o por -a: lobo → loba, porco → porca
- Acréscimo de sufixos: poeta → poetisa, ator → atriz, imperador → imperatriz
- Palavras diferentes (heterônimos): homem → mulher, boi → vaca, cavalo → égua
- Substantivos uniformes: o/a estudante, o/a artista, o/a colega
Comum de dois gêneros: mesma forma, artigo diferente (o/a dentista)
Sobrecomum: um só gênero para ambos os sexos (a criança, a vítima, o cônjuge)
Epiceno: animais com um só gênero (a cobra macho/fêmea, o jacaré macho/fêmea)
A formação do plural dos substantivos segue regras específicas de acordo com a terminação da palavra:
| Terminação | Regra | Exemplos |
|---|---|---|
| Vogal, ditongo oral | + S | casa → casas, pai → pais |
| -ão | -ões, -ães, -ãos | balão → balões, pão → pães, mão → mãos |
| -m | -ns | homem → homens, jardim → jardins |
| -r, -s, -z | + ES | flor → flores, país → países, luz → luzes |
| -al, -el, -ol, -ul | -is | animal → animais, papel → papéis, anzol → anzóis |
| -il (tônico) | -is | barril → barris, funil → funis |
| -il (átono) | -eis | fóssil → fósseis, réptil → répteis |
Regra geral: Flexionam-se substantivos, adjetivos e numerais. Verbos, advérbios e preposições ficam invariáveis.
Exemplos:
• couve-flor → couves-flores (subst. + subst.)
• guarda-chuva → guarda-chuvas (verbo + subst.)
• beija-flor → beija-flores (verbo + subst.)
• sempre-viva → sempre-vivas (advérbio + adj.)
Os substantivos podem ser flexionados em grau aumentativo e diminutivo, de forma sintética (com sufixos) ou analítica (com palavras auxiliares).
| Grau | Forma Sintética | Forma Analítica |
|---|---|---|
| Aumentativo | casarão, bocarra, homenzarrão | casa grande, boca enorme |
| Diminutivo | casinha, boquinha, homenzinho | casa pequena, boca minúscula |
O grau dos substantivos pode expressar não apenas tamanho, mas também afetividade, ironia ou desprezo:
• “Que filminho chato!” (diminutivo depreciativo)
• “Meu filhinho querido!” (diminutivo afetivo)
• “Aquele mulherão!” (aumentativo admirativo)
2. Classes Gramaticais: Pronome
O pronome é a classe gramatical que substitui ou acompanha o substantivo, indicando sua posição em relação às pessoas do discurso ou situando-o no espaço e no tempo. É fundamental para evitar repetições e estabelecer coesão textual.
Pronome é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo, relacionando-o às pessoas do discurso. Pode indicar posse, localização espacial ou temporal, indefinição, entre outras relações.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso e podem ser do caso reto (função de sujeito) ou oblíquo (função de complemento).
| Pessoa | Reto | Oblíquo Átono | Oblíquo Tônico |
|---|---|---|---|
| 1ª sing. | eu | me | mim, comigo |
| 2ª sing. | tu | te | ti, contigo |
| 3ª sing. | ele, ela | o, a, lhe, se | ele, ela, si, consigo |
| 1ª plural | nós | nos | nós, conosco |
| 2ª plural | vós | vos | vós, convosco |
| 3ª plural | eles, elas | os, as, lhes, se | eles, elas, si, consigo |
O, A, OS, AS: Objeto direto (Eu o vi. / Comprei-as.)
LHE, LHES: Objeto indireto (Dei-lhe o livro. / Obedeci-lhes.)
ME, TE, SE, NOS, VOS: Objeto direto ou indireto (Ele me viu. / Ele me deu o livro.)
Correto: “Trouxeram o livro para eu ler.” (eu = sujeito de “ler”)
Correto: “Trouxeram o livro para mim.” (mim = complemento, sem verbo)
Errado: “Trouxeram o livro para mim ler.”
Os pronomes possessivos indicam posse, relação de pertencimento entre o ser e as pessoas do discurso.
| Pessoa | Singular | Plural |
|---|---|---|
| 1ª pessoa | meu, minha, meus, minhas | nosso, nossa, nossos, nossas |
| 2ª pessoa | teu, tua, teus, tuas | vosso, vossa, vossos, vossas |
| 3ª pessoa | seu, sua, seus, suas | seu, sua, seus, suas |
• “Este é o meu livro.” (posse da 1ª pessoa)
• “Onde está a tua caneta?” (posse da 2ª pessoa)
• “Eles trouxeram seus documentos.” (posse da 3ª pessoa)
Os pronomes demonstrativos indicam a posição de um ser no espaço, no tempo ou no texto, em relação às pessoas do discurso.
| Pessoa | Pronomes | Uso |
|---|---|---|
| 1ª pessoa | este, esta, estes, estas, isto | Perto de quem fala / tempo presente / o que será dito |
| 2ª pessoa | esse, essa, esses, essas, isso | Perto de quem ouve / tempo passado recente / o que foi dito |
| 3ª pessoa | aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo | Longe de ambos / tempo passado distante / referência anterior |
Espaço:
• “Este livro aqui é meu.” (perto de quem fala)
• “Esse livro aí é seu?” (perto de quem ouve)
• “Aquele livro lá é dele.” (longe de ambos)
Tempo:
• “Este ano está sendo difícil.” (ano atual)
• “Esse ano que passou foi bom.” (passado recente)
• “Aquele ano de 2010 foi marcante.” (passado distante)
Texto:
• “Ouça isto: você foi aprovado!” (anunciar)
• “Você foi aprovado. Isso é ótimo!” (retomar)
Os pronomes indefinidos referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo vago, impreciso ou genérico.
Principais Pronomes Indefinidos:
- Variáveis: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vário, tanto, quanto, qualquer
- Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, nada, algo, cada, outrem, quem
• “Alguém bateu à porta.”
• “Ninguém apareceu na reunião.”
• “Comprei alguns livros.”
• “Cada aluno trouxe seu material.”
• “Tudo está pronto para a festa.”
Os pronomes relativos retomam um termo anterior (antecedente) e introduzem uma oração subordinada adjetiva.
| Pronome | Uso | Exemplo |
|---|---|---|
| que | Universal (pessoas, coisas) | O livro que comprei é ótimo. |
| quem | Pessoas (com preposição) | A pessoa de quem falei chegou. |
| qual, quais | Com artigo (o qual, a qual) | A casa na qual moro é antiga. |
| onde | Lugar (= em que) | A cidade onde nasci é pequena. |
| cujo | Posse (concorda com o possuído) | O autor cujo livro li é famoso. |
| quanto | Após “tudo”, “todo”, “tanto” | Fez tudo quanto pôde. |
• NUNCA use artigo após “cujo” (❌ cujo o livro)
• “Cujo” concorda com o termo seguinte (possuído): “O autor cujos livros li…”
• Indica posse/relação: “A casa cujas janelas são azuis…”
Os pronomes interrogativos são usados em perguntas diretas ou indiretas.
Interrogação Direta:
• “Que horas são?”
• “Quem chegou?”
• “Qual é seu nome?”
• “Quanto custa?”
Interrogação Indireta:
• “Não sei que horas são.”
• “Perguntei quem havia chegado.”
A colocação dos pronomes oblíquos átonos em relação ao verbo pode ser: próclise (antes), ênclise (depois) ou mesóclise (no meio).
PRÓCLISE (antes do verbo) – obrigatória:
• Palavras negativas: “Não me falaram nada.”
• Advérbios: “Aqui se trabalha.”
• Pronomes relativos: “A pessoa que me ajudou…”
• Conjunções subordinativas: “Quando me virem…”
• Frases interrogativas: “Quem te disse isso?”
• Frases exclamativas: “Quanto nos custou!”
ÊNCLISE (depois do verbo):
• Início de frase: “Diga-me a verdade.”
• Verbo no imperativo afirmativo: “Faça-o agora.”
• Verbo no infinitivo impessoal: “É preciso ajudá-lo.”
• Verbo no gerúndio: “Saiu, deixando-nos sozinhos.”
MESÓCLISE (no meio do verbo):
• Futuro do presente: “Contar-lhe-ei tudo.”
• Futuro do pretérito: “Contar-lhe-ia tudo.”
3. Verbos Completos
O verbo é a classe gramatical que expressa ação, estado, fenômeno da natureza ou mudança de estado. É o núcleo do predicado e a palavra mais importante da oração, pois estabelece relações de tempo, modo, pessoa e número.
Verbo é a palavra variável que indica ação (correr, estudar), estado (ser, estar), fenômeno natural (chover, ventar) ou mudança de estado (tornar-se, ficar). Flexiona-se em modo, tempo, número, pessoa e voz.
O verbo é formado por radical (parte invariável que contém o significado básico) e desinências (partes variáveis que indicam as flexões).
CANT-A-VA-MOS
• CANT = radical (significado básico)
• A = vogal temática (indica a conjugação: 1ª)
• VA = desinência modo-temporal (pretérito imperfeito do indicativo)
• MOS = desinência número-pessoal (1ª pessoa do plural)
Os verbos em português são classificados em três conjugações, de acordo com a vogal temática:
| Conjugação | Vogal Temática | Exemplos |
|---|---|---|
| 1ª conjugação | -A- | cantar, amar, estudar, falar |
| 2ª conjugação | -E- | vender, comer, beber, correr |
| 3ª conjugação | -I- | partir, sorrir, abrir, sair |
Os modos verbais indicam a atitude do falante em relação ao fato expresso pelo verbo.
Modos Verbais:
- Indicativo: Expressa certeza, fato real (Eu estudo todos os dias.)
- Subjuntivo: Expressa dúvida, hipótese, desejo (Espero que você estude.)
- Imperativo: Expressa ordem, pedido, conselho (Estude mais!)
| Tempo | Uso | Exemplo (cantar) |
|---|---|---|
| Presente | Ação atual, habitual ou verdade universal | eu canto |
| Pretérito Perfeito | Ação concluída no passado | eu cantei |
| Pretérito Imperfeito | Ação contínua ou habitual no passado | eu cantava |
| Pretérito Mais-que-perfeito | Ação anterior a outra no passado | eu cantara |
| Futuro do Presente | Ação futura certa | eu cantarei |
| Futuro do Pretérito | Ação futura em relação ao passado (condicional) | eu cantaria |
| Tempo | Uso | Exemplo (cantar) |
|---|---|---|
| Presente | Dúvida, desejo no presente | que eu cante |
| Pretérito Imperfeito | Hipótese, condição | se eu cantasse |
| Futuro | Hipótese futura | quando eu cantar |
O imperativo expressa ordem, pedido, conselho ou súplica. Possui duas formas: afirmativa e negativa.
Imperativo Afirmativo:
• Tu: presente do indicativo sem o “s” (tu cantas → canta tu)
• Você, nós, vós, vocês: presente do subjuntivo (cante você, cantemos nós)
Imperativo Negativo:
• Todas as pessoas: presente do subjuntivo (não cantes tu, não cante você)
Imperativo Afirmativo:
canta tu / cante você / cantemos nós / cantai vós / cantem vocês
Imperativo Negativo:
não cantes tu / não cante você / não cantemos nós / não canteis vós / não cantem vocês
As formas nominais são aquelas que podem exercer função de substantivo, adjetivo ou advérbio, além da função verbal.
| Forma | Terminação | Função | Exemplo |
|---|---|---|---|
| Infinitivo | -ar, -er, -ir | Substantivo | cantar, vender, partir |
| Gerúndio | -ndo | Advérbio | cantando, vendendo, partindo |
| Particípio | -ado, -ido | Adjetivo | cantado, vendido, partido |
Alguns verbos possuem duas formas de particípio:
• Regular (com ter/haver): “Tinha aceitado o convite.”
• Irregular (com ser/estar): “Foi aceito no emprego.”
Exemplos: aceitar (aceitado/aceito), entregar (entregado/entregue), pagar (pagado/pago)
Verbos auxiliares são aqueles que se juntam a um verbo principal para formar tempos compostos ou locuções verbais.
Principais Verbos Auxiliares:
- TER e HAVER: Formam tempos compostos (Tenho estudado. / Havia chegado.)
- SER: Forma voz passiva (O livro foi lido.)
- ESTAR: Indica ação em desenvolvimento (Estou estudando.)
- IR: Indica futuro próximo (Vou viajar amanhã.)
A voz verbal indica a relação entre o sujeito e a ação expressa pelo verbo.
| Voz | Característica | Exemplo |
|---|---|---|
| Ativa | Sujeito pratica a ação | O professor corrigiu as provas. |
| Passiva Analítica | Sujeito sofre a ação (ser + particípio) | As provas foram corrigidas pelo professor. |
| Passiva Sintética | Sujeito sofre a ação (verbo + se) | Corrigiram-se as provas. |
| Reflexiva | Sujeito pratica e sofre a ação | O menino machucou-se. |
4. Regência Verbal e Nominal
Regência é a relação de dependência que se estabelece entre um termo regente (verbo ou nome) e seus complementos (termos regidos). A regência determina se o complemento virá ou não precedido de preposição.
Regência Verbal: Relação entre o verbo (termo regente) e seus complementos (termos regidos).
Regência Nominal: Relação entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e seus complementos.
A regência verbal estuda a relação entre os verbos e seus complementos, determinando se estes exigem ou não preposição.
Exigem complemento sem preposição obrigatória (objeto direto).
• Comprei um livro. (comprar algo)
• Encontrei meu amigo. (encontrar alguém)
• Ela ama seus filhos. (amar alguém)
Exigem complemento com preposição obrigatória (objeto indireto).
• Gosto de chocolate. (gostar DE algo)
• Preciso de ajuda. (precisar DE algo)
• Obedeço aos meus pais. (obedecer A alguém)
Exigem dois complementos: um sem preposição (OD) e outro com preposição (OI).
• Dei o livro (OD) ao professor (OI). (dar algo A alguém)
• Informei o resultado (OD) aos alunos (OI). (informar algo A alguém)
• Paguei a conta (OD) ao garçom (OI). (pagar algo A alguém)
| Verbo | Regência | Exemplo |
|---|---|---|
| ASPIRAR | VTD (respirar) / VTI (desejar – A) | Aspirei o ar. / Aspiro a uma vaga. |
| ASSISTIR | VTI (ver – A) / VTI (ajudar – A) / VI (morar – EM) | Assisti ao filme. / Assisto em SP. |
| VISAR | VTD (mirar, carimbar) / VTI (objetivar – A) | Visei o alvo. / Viso à aprovação. |
| PREFERIR | VTDI (preferir algo A algo) | Prefiro café a chá. |
| OBEDECER | VTI (A) | Obedeço às leis. |
| PAGAR/PERDOAR | VTD (coisa) / VTI (pessoa – A) | Paguei a conta. / Paguei ao garçom. |
| ESQUECER/LEMBRAR | VTD (sem SE) / VTI (com SE – DE) | Esqueci o livro. / Esqueci-me do livro. |
| IMPLICAR | VTD (acarretar) / VTI (antipatizar – COM) | Isso implica mudanças. / Implico com ele. |
| CHEGAR/IR | VI (A, não EM) | Cheguei à escola. / Vou ao cinema. |
| NAMORAR | VTD (sem preposição) | Namoro Maria. (não “com Maria”) |
❌ “Prefiro mais café do que chá.” → ✅ “Prefiro café a chá.”
❌ “Assisti o filme.” → ✅ “Assisti ao filme.”
❌ “Vou na escola.” → ✅ “Vou à escola.”
❌ “Namoro com ela.” → ✅ “Namoro ela.”
❌ “Esqueci de você.” → ✅ “Esqueci você.” OU “Esqueci-me de você.”
A regência nominal estuda a relação entre nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) e seus complementos, que sempre vêm precedidos de preposição.
| Nome | Preposição | Exemplo |
|---|---|---|
| Acessível | A | Acessível a todos |
| Acostumado | A, COM | Acostumado a/com o frio |
| Apto | A, PARA | Apto para o cargo |
| Atento | A | Atento às aulas |
| Capaz | DE | Capaz de vencer |
| Compatível | COM | Compatível com o sistema |
| Contrário | A | Contrário à proposta |
| Fácil/Difícil | DE | Fácil de resolver |
| Favorável | A | Favorável à mudança |
| Grato | A | Grato a você |
| Imune | A, DE | Imune a doenças |
| Necessário | A | Necessário à vida |
| Paralelo | A | Paralelo à rua |
| Próximo | A, DE | Próximo de/a casa |
| Respeito | A, POR, COM | Respeito aos mais velhos |
Para memorizar a regência nominal, associe o nome ao verbo correspondente:
• Obediente a (obedecer a)
• Fiel a (ser fiel a)
• Amor a (amar – sem prep., mas o substantivo pede)
• Respeito a (respeitar – VTD, mas o substantivo pede prep.)
5. Concordância Verbal e Nominal
Concordância é o mecanismo pelo qual as palavras alteram suas terminações para se adequarem umas às outras. A concordância verbal refere-se à relação entre verbo e sujeito, enquanto a concordância nominal trata da relação entre nomes (substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome).
Concordância Verbal: O verbo concorda com o sujeito em número (singular/plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª).
Concordância Nominal: Adjetivos, artigos, numerais e pronomes concordam com o substantivo em gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural).
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
• O aluno estuda. (singular)
• Os alunos estudam. (plural)
• Tu estudas. (2ª pessoa singular)
• Nós estudamos. (1ª pessoa plural)
Antes do verbo: Verbo no plural
• “João e Maria chegaram cedo.”
Depois do verbo: Plural ou concorda com o mais próximo
• “Chegaram João e Maria.” OU “Chegou João e Maria.”
Com pessoas diferentes: Prevalece a 1ª sobre a 2ª e a 3ª
• “Tu e ele estudareis.” (2ª + 3ª = 2ª plural)
• “Eu e tu estudaremos.” (1ª + 2ª = 1ª plural)
Com expressões como “a maioria de”, “a maior parte de”, “grande número de”, o verbo pode concordar com o núcleo da expressão (singular) ou com o especificador (plural).
• A maioria dos alunos passou. (concordância com “maioria”)
• A maioria dos alunos passaram. (concordância com “alunos”)
• Grande parte das pessoas compareceu/compareceram.
Com “QUE”: Verbo concorda com o antecedente
• “Fui eu que fiz o trabalho.” (concorda com “eu”)
• “Fomos nós que fizemos o trabalho.” (concorda com “nós”)
Com “QUEM”: Verbo na 3ª pessoa do singular OU concorda com o antecedente
• “Fui eu quem fez o trabalho.” (3ª pessoa)
• “Fui eu quem fiz o trabalho.” (concorda com “eu”)
Verbos impessoais não possuem sujeito e ficam sempre na 3ª pessoa do singular.
Principais Verbos Impessoais:
- HAVER (sentido de existir, ocorrer, tempo decorrido): “Havia muitas pessoas.” / “Há dois anos…”
- FAZER (tempo decorrido, clima): “Faz dois anos…” / “Faz frio aqui.”
- Fenômenos da natureza: “Choveu muito.” / “Nevou ontem.”
❌ “Haviam muitas pessoas.” → ✅ “Havia muitas pessoas.”
❌ “Fazem dois anos.” → ✅ “Faz dois anos.”
Mas: Quando HAVER é auxiliar, concorda normalmente:
✅ “Os alunos haviam estudado.” (auxiliar de “estudado”)
Quando o sujeito é uma oração, o verbo fica no singular.
• É necessário que todos compareçam.
• Convém estudar mais.
• Parece que vai chover.
Sem especificador: Concorda com a porcentagem
• “1% compareceu.” / “2% compareceram.”
Com especificador: Pode concordar com a porcentagem ou com o especificador
• “1% dos alunos faltou/faltaram.”
• “50% da turma passou/passaram.”
Artigos, adjetivos, numerais e pronomes adjetivos concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem.
• O menino bonito. (masculino singular)
• As meninas bonitas. (feminino plural)
• Dois livros novos. (masculino plural)
Opção 1: Concorda com o mais próximo
• “Comprei camisa e vestido novo.”
• “Comprei vestido e camisa nova.”
Opção 2: Vai para o plural (masculino se houver substantivos de gêneros diferentes)
• “Comprei camisa e vestido novos.”
Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, geralmente concorda com o mais próximo.
• “Tenho ótima memória e raciocínio.”
• “Tenho ótimo raciocínio e memória.”
Expressões que NÃO variam:
- É BOM, É NECESSÁRIO, É PROIBIDO: Invariáveis quando o substantivo não tem artigo
• “É proibido entrada.” (sem artigo)
• “É proibida a entrada.” (com artigo) - MEIO: Invariável quando é advérbio (= um pouco)
• “Ela está meio cansada.” (advérbio)
• “Comprei meia dúzia.” (numeral) - BASTANTE: Variável quando é adjetivo, invariável quando é advérbio
• “Há bastantes pessoas.” (adjetivo = muitas)
• “Elas estudaram bastante.” (advérbio = muito)
| Expressão | Regra | Exemplo |
|---|---|---|
| ANEXO, INCLUSO | Concordam com o substantivo | Seguem anexas as fotos. |
| EM ANEXO | Invariável | Seguem em anexo as fotos. |
| OBRIGADO | Concorda com quem agradece | Ela disse: “Obrigada.” |
| MESMO, PRÓPRIO | Concordam com o substantivo | Elas mesmas fizeram. |
| MENOS, ALERTA | Sempre invariáveis | Havia menos pessoas. / Fiquem alerta. |
| POSSÍVEL | Concorda com o artigo | O mais rápido possível. / Os mais rápidos possíveis. |
Em questões de concordância, sempre identifique:
1. Qual é o sujeito? (para concordância verbal)
2. Qual é o substantivo? (para concordância nominal)
3. Há algum caso especial? (expressões partitivas, verbos impessoais, etc.)
4. Qual é a regra aplicável?
6. Estrutura do Período
O período é a frase organizada em orações, delimitado por ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação ou reticências. Compreender a estrutura do período é fundamental para análise sintática e interpretação textual.
Frase: Enunciado com sentido completo (pode ou não ter verbo).
Oração: Enunciado com verbo ou locução verbal.
Período: Frase formada por uma ou mais orações.
• Período Simples: Uma oração (oração absoluta)
• Período Composto: Duas ou mais orações
Sujeito é o termo sobre o qual se declara algo. Concorda com o verbo em número e pessoa.
| Tipo de Sujeito | Característica | Exemplo |
|---|---|---|
| Simples | Um núcleo | O aluno estuda. |
| Composto | Dois ou mais núcleos | João e Maria estudam. |
| Oculto/Elíptico | Não expresso, mas identificável | Ø Estudei muito. (eu) |
| Indeterminado | Existe, mas não se pode/quer identificar | Falaram mal de você. / Precisa-se de ajuda. |
| Inexistente | Não existe (verbos impessoais) | Choveu ontem. / Há problemas. |
Predicado é tudo o que se declara sobre o sujeito. Classifica-se de acordo com o tipo de verbo.
| Tipo | Verbo | Núcleo | Exemplo |
|---|---|---|---|
| Verbal | Significativo (ação, fenômeno) | Verbo | O aluno estuda muito. |
| Nominal | De ligação (ser, estar, ficar, etc.) | Predicativo | O aluno é inteligente. |
| Verbo-nominal | Significativo + predicativo | Verbo e predicativo | O aluno chegou cansado. |
Principais verbos de ligação: ser, estar, permanecer, ficar, continuar, parecer, andar (= estar), tornar-se, virar
Eles ligam o sujeito a uma característica (predicativo do sujeito):
• “Maria é professora.” (predicativo: professora)
• “Ele ficou nervoso.” (predicativo: nervoso)
| Complemento | Característica | Exemplo |
|---|---|---|
| Objeto Direto | Complemento sem preposição obrigatória | Comprei um livro. |
| Objeto Indireto | Complemento com preposição obrigatória | Gosto de chocolate. |
Complemento nominal é o termo que completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), sempre com preposição.
• Tenho necessidade de ajuda. (complementa “necessidade”)
• Sou favorável à proposta. (complementa “favorável”)
• Agiu favoravelmente ao réu. (complementa “favoravelmente”)
Agente da passiva é o termo que indica quem pratica a ação em uma oração na voz passiva. Vem precedido de preposição (geralmente “por”).
• O livro foi escrito pelo autor.
• As provas foram corrigidas pelo professor.
| Termo | Função | Exemplo |
|---|---|---|
| Adjunto Adnominal | Caracteriza ou determina o substantivo | O meu livro novo |
| Adjunto Adverbial | Indica circunstância (tempo, lugar, modo, etc.) | Estudei ontem. / Moro aqui. |
| Aposto | Explica, resume ou especifica outro termo | João, meu amigo, chegou. |
| Vocativo | Chama, invoca (isolado por vírgula) | Maria, venha aqui! |
Adjunto Adnominal:
• Refere-se sempre a substantivo
• Indica posse, qualidade, origem
• Sentido ativo: “A descoberta do cientista” (o cientista descobriu)
Complemento Nominal:
• Refere-se a substantivo, adjetivo ou advérbio
• Completa o sentido
• Sentido passivo: “A descoberta da vacina” (a vacina foi descoberta)
No período composto por coordenação, as orações são independentes sintaticamente, ou seja, uma não exerce função sintática em relação à outra.
| Tipo | Conjunções | Exemplo |
|---|---|---|
| Assindética | Sem conjunção | Estudei, passei. |
| Aditiva | e, nem, mas também | Estudei e passei. |
| Adversativa | mas, porém, contudo, todavia | Estudei, mas não passei. |
| Alternativa | ou, ou…ou, ora…ora | Estude ou reprove. |
| Conclusiva | logo, portanto, pois (depois do verbo) | Estudei, logo passarei. |
| Explicativa | pois (antes do verbo), porque, que | Estude, pois a prova é difícil. |
No período composto por subordinação, uma oração exerce função sintática em relação à outra (oração principal).
Exercem função de substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc.).
| Tipo | Função | Exemplo |
|---|---|---|
| Subjetiva | Sujeito | É necessário que você estude. |
| Objetiva Direta | Objeto Direto | Espero que você passe. |
| Objetiva Indireta | Objeto Indireto | Preciso de que você me ajude. |
| Completiva Nominal | Complemento Nominal | Tenho certeza de que passarei. |
| Predicativa | Predicativo | O problema é que não estudei. |
| Apositiva | Aposto | Só quero isto: que você seja feliz. |
Exercem função de adjetivo, caracterizando um substantivo. São introduzidas por pronomes relativos.
Restritiva: Restringe, limita o sentido (sem vírgula)
• “Os alunos que estudaram passaram.” (só os que estudaram)
Explicativa: Explica, generaliza (com vírgula)
• “Os alunos, que estudaram, passaram.” (todos estudaram e passaram)
Exercem função de advérbio, indicando circunstâncias.
| Tipo | Conjunções | Exemplo |
|---|---|---|
| Causal | porque, pois, como, já que | Passei porque estudei. |
| Consecutiva | que (precedido de tão, tal, tanto) | Estudei tanto que passei. |
| Condicional | se, caso, desde que | Se estudar, passará. |
| Concessiva | embora, ainda que, mesmo que | Embora estudasse, não passou. |
| Comparativa | como, assim como, mais…que | Estudo mais que você. |
| Conformativa | conforme, como, segundo | Conforme prometido, estudei. |
| Final | para que, a fim de que | Estudo para que passe. |
| Temporal | quando, enquanto, logo que | Quando cheguei, ele saiu. |
| Proporcional | à medida que, à proporção que | À medida que estudo, aprendo. |
Substantivas: Podem ser substituídas por “ISSO”
• “Espero que você passe.” = “Espero ISSO.”
Adjetivas: Podem ser substituídas por um adjetivo
• “O aluno que estuda passa.” = “O aluno estudioso passa.”
Adverbiais: Podem ser substituídas por um advérbio
• “Passei porque estudei.” = “Passei por isso.”
Você concluiu o estudo de Gramática! Dominar substantivos, pronomes, verbos, regência, concordância e estrutura do período é essencial para o sucesso em concursos públicos. Continue praticando com exercícios e análise de textos.
Próxima etapa: Apostila 3 – Fundamentos da Educação
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