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🦟 Simulado FEPESE – São José/SC
Cargo: Agente de Combate às Endemias – Conhecimentos Específicos
Distribuição Equilibrada: 30 Questões • Gabaritos A-E Balanceados
SUS • Vigilância Epidemiológica • Controle de Vetores • Educação em Saúde • Legislação • Banca FEPESE
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa A
Princípios do SUS (Lei 8.080/90, Art. 7º): Universalidade (acesso para todos), integralidade (atenção completa), equidade (igualdade com diferenças), descentralização (gestão nos três níveis), participação da comunidade (controle social). Estes princípios fundamentam toda a organização do sistema de saúde brasileiro e orientam as ações dos agentes de combate às endemias.
📚 Referência: BRASIL. Lei nº 8.080/1990, Art. 7º. BRASIL. Constituição Federal, Art. 196-200.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa B
Conceitos epidemiológicos: Endemia – ocorrência habitual e constante de uma doença em determinada região (ex: dengue no Brasil). Epidemia – aumento súbito e significativo do número de casos acima do esperado. Surto – epidemia de extensão limitada, geralmente restrita a uma localidade. Estes conceitos são fundamentais para o trabalho do agente de combate às endemias na vigilância epidemiológica.
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. 4ª ed. Brasília: MS, 2019. ROUQUAYROL, M.Z. Epidemiologia & Saúde. 8ª ed. MedBook, 2018.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F).
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa C
Análise das afirmativas: (V) Água limpa e parada – Aedes aegypti prefere água limpa, ao contrário do Culex. (F) Larvicida em todos – aplicar apenas onde há larvas ou impossibilidade de remoção. (V) Pesquisa larvária – examinar todos os depósitos para identificar focos. (V) Controle mecânico – remoção de criadouros é mais eficaz e sustentável. (F) Vistoria apenas com casos – deve ser sistemática e preventiva.
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle da Dengue. Brasília: MS, 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti – LIRAa. Brasília: MS, 2013.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa D
EPIs obrigatórios para ACE: Uniforme (identificação e proteção), botas de borracha (proteção contra animais peçonhentos, umidade), luvas (manuseio de materiais/produtos), óculos de proteção (aplicação de produtos químicos), máscara (quando há risco de inalação). O uso correto de EPIs é fundamental para a segurança do trabalhador e está previsto nas normas de segurança do trabalho.
📚 Referência: BRASIL. Ministério do Trabalho. NR-6 – Equipamentos de Proteção Individual. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Normas Técnicas para o Agente de Combate às Endemias. Brasília: MS, 2001.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa E
Níveis de Atenção no SUS: Atenção Básica – porta de entrada preferencial, resolve ~80% dos problemas, inclui promoção, prevenção e tratamento. Média Complexidade – consultas especializadas, exames diagnósticos. Alta Complexidade – procedimentos de alta densidade tecnológica. O agente de combate às endemias atua principalmente na atenção básica, desenvolvendo ações de vigilância epidemiológica e controle de vetores.
📚 Referência: BRASIL. Portaria GM/MS nº 2.436/2017 – PNAB. BRASIL. Portaria GM/MS nº 1.631/2015 – Critérios e Parâmetros Assistenciais.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa A
Análise das afirmativas: 1. CORRETA – Dengue: clássica, hemorrágica (DH) e síndrome do choque da dengue (SCD). 2. CORRETA – Chikungunya: febre alta, artralgia intensa e duradoura. 3. CORRETA – Zika: síndrome congênita, microcefalia. 4. INCORRETA – Febre amarela urbana é transmitida pelo Aedes aegypti, não Culex. 5. INCORRETA – Apenas febre amarela tem vacina disponível no SUS.
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Dengue: diagnóstico e manejo clínico. 5ª ed. Brasília: MS, 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Chikungunya: manejo clínico. Brasília: MS, 2017.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F).
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa B
Análise das afirmativas: (V) Lavagem das mãos – 20 segundos mínimo com água e sabão. (F) Lixo orgânico – deve ter destinação adequada, pode atrair vetores. (F) Desinfecção – elimina formas vegetativas, mas não esporos (isso é esterilização). (V) Água potável – deve atender padrões de qualidade (Portaria 2.914/2011). (V) Refrigeração – conservação adequada previne contaminação e multiplicação microbiana.
📚 Referência: BRASIL. ANVISA. RDC nº 216/2004 – Boas Práticas para Serviços de Alimentação. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação nº 5/2017 – Controle da Qualidade da Água.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa C
Leishmaniose: Doença causada por protozoários do gênero Leishmania, transmitida pela picada de flebotomíneos (Lutzomyia, Phlebotomus) – conhecidos como mosquito-palha, birigui. Formas clínicas: cutânea, mucocutânea e visceral (calazar). Controle: manejo ambiental, controle de reservatórios (cães), uso de repelentes, telas protetoras. É importante para o ACE conhecer os vetores e medidas de controle.
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral. 1ª ed. Brasília: MS, 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar. 1ª ed. Brasília: MS, 2017.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa D
Deveres do Servidor (Lei 2.248/91): Exercer com zelo as atribuições do cargo, assiduidade e pontualidade, urbanidade no tratamento com pessoas, conduta moral compatível com a função pública. Outros deveres: obediência às ordens superiores, sigilo profissional, lealdade às instituições. Estes deveres são fundamentais para o agente de combate às endemias no relacionamento com a comunidade.
📚 Referência: SÃO JOSÉ. Lei nº 2.248/1991 – Estatuto do Servidor Público Municipal, Art. 116.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa E
Raiva: Doença viral fatal (letalidade ~100%), causada pelo vírus da raiva (Lyssavirus). Transmissão: saliva de animais infectados através de mordedura, arranhadura ou lambedura em mucosas. Principais reservatórios: cães, gatos, morcegos, raposas. Prevenção: vacinação animal, profilaxia pós-exposição em humanos. O ACE deve orientar sobre a importância da vacinação animal e cuidados com animais suspeitos.
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Normas Técnicas de Profilaxia da Raiva Humana. Brasília: MS, 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. 4ª ed. Brasília: MS, 2019.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa A
Análise das afirmativas: 1. CORRETA – Cadastro completo: identificação, moradores, criadouros potenciais. 2. INCORRETA – Vistoria deve incluir áreas internas e externas. 3. CORRETA – Documentação obrigatória para controle epidemiológico. 4. INCORRETA – Recusa deve ser registrada, orientações dadas, supervisão acionada. 5. CORRETA – Examinar todos os depósitos: caixas d’água, piscinas, vasos, calhas, etc.
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Normas Técnicas para o Agente de Combate às Endemias. Brasília: MS, 2001. BRASIL. Ministério da Saúde. Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa). Brasília: MS, 2013.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F).
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa B
Análise das afirmativas: (V) Processo dialógico – educação participativa, não impositiva. (F) Apenas Aedes – deve abordar prevenção ampla de doenças. (V) Transmissíveis e não transmissíveis – promoção integral da saúde. (F) Linguagem técnica – usar linguagem acessível, adequada ao público. (V) Realidade sociocultural – considerar contexto local, crenças, costumes.
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. 3ª ed. Brasília: MS, 2010. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª ed. Paz e Terra, 1996.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa C
Prevenção de verminoses: Saneamento básico (esgoto, água tratada), higiene pessoal (lavagem das mãos, higiene alimentar), tratamento da água (fervura, cloração). Principais verminoses: ascaridíase (ingestão de ovos), ancilostomose (penetração cutânea), esquistossomose (contato com água contaminada). O ACE deve orientar sobre medidas preventivas durante as visitas domiciliares.
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância e controle de moluscos de importância epidemiológica. 2ª ed. Brasília: MS, 2008. NEVES, D.P. Parasitologia Humana. 13ª ed. Atheneu, 2016.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa D
Aplicação de larvicidas: Deve seguir orientação técnica (dosagem, produto, local), usar EPIs obrigatórios (luvas, óculos, máscara), aplicar apenas onde necessário (presença de larvas ou impossibilidade de remoção). Princípios: controle mecânico é preferível, larvicida como complemento, registro de aplicação, treinamento adequado do agente.
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue. Brasília: MS, 2009. BRASIL. ANVISA. Manual de Vigilância da Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos. Brasília: ANVISA, 2017.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F).
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa E
Análise das afirmativas: (V) Imunidade ativa – vacinação ou infecção natural produzem anticorpos próprios. (V) Imunidade passiva – temporária, soros ou anticorpos maternos. (V) Profilaxia primária – prevenção antes da doença (vacinação, saneamento). (F) Higiene das mãos – sempre necessária, antes e após uso de luvas. (F) Isolamento – é medida de controle de transmissão, não profilaxia secundária.
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Normas de Vacinação. 3ª ed. Brasília: MS, 2001. ROUQUAYROL, M.Z. Epidemiologia & Saúde. 8ª ed. MedBook, 2018.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa A
Plano de Cargos (LC 53/54-2011): Progressão horizontal – avanço dentro do mesmo nível por tempo de serviço e avaliação de desempenho satisfatória. Progressão vertical – mudança de nível por qualificação profissional (cursos, especializações). Objetivos: valorização profissional, melhoria da qualidade dos serviços, incentivo à capacitação continuada dos servidores.
📚 Referência: SÃO JOSÉ. Lei Complementar nº 53/2011. SÃO JOSÉ. Lei Complementar nº 54/2011 – Plano de Cargos, Carreiras e Salários.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa B
Análise das afirmativas: 1. CORRETA – Transmissão direta: pessoa a pessoa, sem intermediários. 2. CORRETA – Vetor biológico: agente se multiplica/desenvolve no vetor (ex: Plasmodium no Anopheles). 3. CORRETA – Fômites: objetos contaminados (roupas, utensílios). 4. INCORRETA – Transmissão vertical: gestação, parto OU amamentação. 5. CORRETA – Reservatórios: habitat natural do agente (humanos, animais, ambiente).
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. 4ª ed. Brasília: MS, 2019. ROUQUAYROL, M.Z. Epidemiologia & Saúde. 8ª ed. MedBook, 2018.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F).
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa C
Análise das afirmativas: (V) Identificação – sempre apresentar credencial, explicar objetivo da visita. (F) Entrada forçada – NUNCA entrar sem autorização, respeitar direitos do morador. (V) Cuidado com animais – atenção a cães, gatos, animais peçonhentos. (V) Orientações educativas – linguagem respeitosa, educativa, não impositiva. (F) Consumir alimentos – evitar para manter imparcialidade e segurança.
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Normas Técnicas para o Agente de Combate às Endemias. Brasília: MS, 2001. BRASIL. Constituição Federal, Art. 5º, XI – Inviolabilidade do domicílio.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa D
Febre amarela: Doença viral com duas formas epidemiológicas. Urbana: transmitida pelo Aedes aegypti (erradicada no Brasil desde 1942). Silvestre: transmitida por Haemagogus e Sabethes em áreas florestais. Prevenção: vacinação (vacina 17D) altamente eficaz. Risco: forma silvestre pode reintroduzir ciclo urbano se houver Aedes aegypti. O ACE deve orientar sobre vacinação em áreas de risco.
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. 4ª ed. Brasília: MS, 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância de Epizootias em Primatas Não Humanos. 2ª ed. Brasília: MS, 2014.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa E
Análise das afirmativas: 1. CORRETA – Separação facilita reciclagem e tratamento adequado. 2. CORRETA – Pneus são principais criadouros, devem ser furados ou cobertos. 3. INCORRETA – Descarte irregular cria criadouros, contamina solo/água. 4. CORRETA – Perfurocortantes em recipientes rígidos, evitam acidentes. 5. CORRETA – Reduz acúmulo de recipientes que podem acumular água.
📚 Referência: BRASIL. Lei nº 12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos. BRASIL. ANVISA. RDC nº 222/2018 – Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa A
Análise das afirmativas: (V) Todos os depósitos – examinar sistematicamente todos os recipientes com água. (F) Identificação laboratorial – ACE treinado pode identificar larvas de Aedes. (V) Tratamento imediato – eliminar ou tratar focos encontrados. (V) Caixas d’água tampadas – verificar se há frestas, tampas inadequadas. (F) Registro dispensável – sempre registrar, mesmo visitas negativas (controle epidemiológico).
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa). Brasília: MS, 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Normas Técnicas para o Agente de Combate às Endemias. Brasília: MS, 2001.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa B
Direitos do Servidor (Lei 2.248/91): Vencimento (remuneração básica), férias anuais de 30 dias com adicional de 1/3, licenças (saúde, maternidade, etc.), aposentadoria conforme regime previdenciário. Outros direitos: estabilidade após 3 anos (estágio probatório), progressão funcional, adicional por tempo de serviço, proteção legal no exercício das funções.
📚 Referência: SÃO JOSÉ. Lei nº 2.248/1991 – Estatuto do Servidor Público Municipal, Capítulo II – Dos Direitos e Vantagens.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa C
Segurança no trabalho para ACE: EPIs obrigatórios (uniforme, botas, luvas, óculos), comunicação de riscos (animais peçonhentos, estruturas perigosas), procedimentos seguros (manuseio de produtos químicos, entrada em imóveis). Riscos específicos: picadas de animais, quedas, exposição química, violência urbana. Prevenção: treinamento, vacinação (tétano), primeiros socorros.
📚 Referência: BRASIL. Ministério do Trabalho. NR-6 – Equipamentos de Proteção Individual. BRASIL. Ministério do Trabalho. NR-32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F).
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa D
Análise das afirmativas: (F) Poço artesiano – pode ter contaminação, necessita análise e tratamento se necessário. (V) Fervura – 1 minuto em ebulição elimina bactérias, vírus, parasitos. (V) Limpeza de caixas – a cada 6 meses, com desinfecção adequada. (V) Cloração – método eficaz, 2 gotas de hipoclorito/litro. (F) Água alterada – turbidez/odor indicam contaminação, não consumir.
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2.914/2011 – Padrões de Potabilidade da Água. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Saneamento. 3ª ed. Brasília: MS, 2006.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa E
Criadouros do Aedes aegypti: Qualquer recipiente com água limpa e parada pode ser criadouro, independente do tamanho. Exemplos: vasos de plantas, pneus, calhas, bromélias, tampinhas, pratos de vasos, bebedouros de animais, lajes, piscinas abandonadas. Características: prefere água limpa, locais sombreados, próximos a habitações humanas. Controle: eliminação mecânica é mais eficaz e sustentável.
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue. Brasília: MS, 2009. CONSOLI, R.A.G.B.; LOURENÇO-DE-OLIVEIRA, R. Principais mosquitos de importância sanitária no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1994.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa A
Análise das afirmativas: 1. CORRETA – Limpeza remove sujidade que interfere na desinfecção. 2. CORRETA – Álcool 70% é eficaz contra bactérias, vírus, fungos. 3. CORRETA – Hipoclorito tem amplo espectro antimicrobiano. 4. INCORRETA – Desinfecção elimina formas vegetativas, esterilização elimina esporos. 5. INCORRETA – NUNCA misturar produtos, pode formar gases tóxicos.
📚 Referência: BRASIL. ANVISA. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Limpeza e Desinfecção de Superfícies. Brasília: ANVISA, 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde. 2ª ed. Brasília: MS, 1994.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F).
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa B
Análise das afirmativas: (V) Ausentar-se – proibido sair sem autorização durante expediente. (F) Atividade comercial – VEDADO exercer comércio no horário de trabalho. (V) Recursos da repartição – proibido usar pessoal/materiais públicos para fins particulares. (F) Propinas – VEDADO receber vantagens indevidas (improbidade administrativa). (V) Manifestações – proibido atos político-partidários na repartição.
📚 Referência: SÃO JOSÉ. Lei nº 2.248/1991 – Estatuto do Servidor Público Municipal, Capítulo III – Das Proibições. BRASIL. Lei nº 8.429/1992 – Lei de Improbidade Administrativa.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa C
Prevenção de DCNT: Alimentação saudável (frutas, verduras, redução de sal/açúcar), atividade física regular, controle do tabagismo (principal fator de risco evitável), uso moderado de álcool. Principais DCNT: doenças cardiovasculares, diabetes, câncer, doenças respiratórias crônicas. O ACE pode orientar sobre fatores de risco durante visitas domiciliares, integrando promoção da saúde às ações de controle de vetores.
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. 3ª ed. Brasília: MS, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil 2011-2022. Brasília: MS, 2011.
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa D
Análise das afirmativas: 1. CORRETA – Ciclo completo: 7-10 dias (temperatura ~25°C). 2. CORRETA – Ovos resistem à dessecação por até 450 dias. 3. INCORRETA – Pupa NÃO se alimenta, é fase de transformação; larva se alimenta. 4. CORRETA – Hábitos diurnos, picos crepusculares (6-8h e 17-19h). 5. CORRETA – Apenas fêmeas fazem repasto sanguíneo para maturação ovariana.
📚 Referência: CONSOLI, R.A.G.B.; LOURENÇO-DE-OLIVEIRA, R. Principais mosquitos de importância sanitária no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1994. BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue. Brasília: MS, 2009.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F).
💡 Gabarito Comentado:
Alternativa E
Análise das afirmativas: (V) Notificação – comunicar imediatamente casos suspeitos à vigilância epidemiológica. (F) Diagnóstico médico – NÃO pode diagnosticar, apenas suspeitar e encaminhar. (V) Orientação – educar população sobre prevenção e controle. (V) Investigação epidemiológica – coletar dados sobre casos, contatos, ambiente. (V) Sigilo – manter confidencialidade das informações de saúde (ética profissional).
📚 Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. 4ª ed. Brasília: MS, 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Normas Técnicas para o Agente de Combate às Endemias. Brasília: MS, 2001.
A obra trata do papel do agente comunitário de saúde e endemias (ACSE) na atenção primária em saúde, visto que este é um profissional que estabelece uma ligação entre os serviços de saúde e a comunidade. Com relação aos campos de atuação do ACSE, são abordados temas como nutrição em cada fase da vida do indivíduo, primeiros socorros, processos patológicos voltados ao envelhecimento e cuidados paliativos.
🏛️ APOSTILA 1 – LEGISLAÇÃO E SUS
Legislação e Fundamentos do Sistema Único de Saúde
Concurso Agente de Combate às Endemias – São José/SC – FEPESE
Material Completo e Atualizado
📋 ÍNDICE COMPLETO
Direitos, deveres, regime disciplinar, aposentadoria
Plano de Cargos e Salários, progressão, gratificações
Princípios, diretrizes, objetivos do SUS
Universalidade, integralidade, equidade, participação
Descentralização, regionalização, hierarquização
Atenção básica, média e alta complexidade
ESF, NASF, ACS, papel do ACE
Epidemiológica, sanitária, ambiental, do trabalhador
Rede municipal, casos práticos, fluxos
10 questões comentadas com padrão da banca
1. Lei nº 2.248/1991 – Estatuto do Servidor Público
⚖️ Disposições Gerais
Âmbito de Aplicação
- Servidores públicos municipais de São José/SC
- Regime estatutário: Estabilidade após 3 anos
- Cargo público: Conjunto de atribuições e responsabilidades
- Função pública: Encargo temporário
Provimento de Cargo
- Nomeação: Concurso público ou comissão
- Posse: Até 30 dias da nomeação
- Exercício: Até 15 dias da posse
- Estágio probatório: 3 anos
Estabilidade
- Adquirida após 3 anos de efetivo exercício
- Avaliação especial de desempenho
- Perda apenas por sentença judicial ou PAD
📋 Direitos e Vantagens
Direitos Básicos
- Remuneração: Vencimento + vantagens
- Férias: 30 dias por ano
- Licenças: Saúde, maternidade, paternidade
- Aposentadoria: Conforme regime próprio
Vantagens Pecuniárias
- Gratificações: Por função, produtividade
- Adicionais: Insalubridade, periculosidade
- Auxílios: Alimentação, transporte
- 13º salário: Gratificação natalina
Licenças Principais
Tipo de Licença | Prazo | Remuneração | Observações |
---|---|---|---|
Tratamento de saúde | Até 2 anos | Integral | Perícia médica |
Maternidade | 120 dias | Integral | Prorrogável 60 dias |
Paternidade | 5 dias | Integral | Consecutivos |
Interesse particular | Até 2 anos | Sem remuneração | Após 5 anos de exercício |
⚠️ Deveres e Proibições
Deveres do Servidor
- Exercer com zelo as atribuições do cargo
- Ser leal às instituições a que servir
- Observar normas legais e regulamentares
- Cumprir ordens superiores legais
- Atender prontamente o público
- Levar ao conhecimento irregularidades
- Zelar pela economia do material público
- Guardar sigilo sobre assuntos da repartição
Proibições
- Ausentar-se do serviço durante expediente
- Retirar documentos sem autorização
- Recusar fé a documentos públicos
- Opor resistência injustificada
- Promover manifestação de apreço ou desapreço
- Cometer pessoa estranha à repartição
- Coagir ou aliciar subordinados
- Manter sob chefia cônjuge ou parente
Acumulação de Cargos
- Vedada em regra
- Exceções: 2 cargos de professor; 1 técnico/científico + 1 magistério; 2 privativos de médico
- Compatibilidade de horários
- Observância do teto remuneratório
⚖️ Regime Disciplinar
Penalidades
- Advertência: Faltas leves
- Suspensão: Até 90 dias
- Demissão: Faltas graves
- Cassação de aposentadoria: Casos específicos
- Destituição de cargo em comissão: Função gratificada
- Destituição de função gratificada: Função de confiança
Processo Administrativo Disciplinar
- Instauração: Portaria da autoridade competente
- Comissão: 3 servidores estáveis
- Prazo: 60 dias, prorrogável por igual período
- Fases: Instrução, defesa, relatório
- Ampla defesa: Garantida ao servidor
Prescrição
- Advertência: 180 dias
- Suspensão: 2 anos
- Demissão: 5 anos
2. Leis Complementares nº 53/2011 e 54/2011
💼 Plano de Cargos e Salários
Lei Complementar nº 53/2011
- Estrutura de cargos da administração municipal
- Classificação por níveis de escolaridade
- Requisitos para investidura em cada cargo
- Atribuições específicas por cargo
Cargo de Agente de Combate às Endemias
- Nível: Médio completo
- Carga horária: 40 horas semanais
- Lotação: Secretaria Municipal de Saúde
- Atribuições: Vigilância epidemiológica e sanitária
Atribuições do ACE
- Realizar visitas domiciliares para controle de vetores
- Executar ações de vigilância epidemiológica
- Orientar a população sobre prevenção de doenças
- Coletar dados para sistemas de informação
- Aplicar medidas de controle de endemias
- Participar de campanhas educativas
💰 Sistema Remuneratório
Lei Complementar nº 54/2011
- Estrutura salarial dos servidores municipais
- Tabela de vencimentos por cargo e nível
- Critérios de progressão funcional
- Gratificações e adicionais específicos
Composição da Remuneração
- Vencimento básico: Valor fixo do cargo
- Gratificações: Por função, produtividade
- Adicionais: Insalubridade, periculosidade
- Auxílios: Alimentação, transporte
Progressão Funcional
- Por tempo de serviço: A cada 3 anos
- Por mérito: Avaliação de desempenho
- Por capacitação: Cursos e treinamentos
- Percentual: 5% sobre o vencimento
Gratificações Específicas para ACE
- Insalubridade: 20% do salário mínimo
- Atividade externa: Por trabalho de campo
- Produtividade: Metas de cobertura
- Capacitação: Cursos específicos da área
📈 Desenvolvimento na Carreira
Níveis de Progressão
- Nível I: Ingresso no cargo
- Nível II: Após 3 anos + avaliação
- Nível III: Após 6 anos + capacitação
- Nível IV: Após 9 anos + especialização
- Nível V: Após 12 anos + liderança
Critérios de Avaliação
- Assiduidade: Frequência ao trabalho
- Pontualidade: Cumprimento de horários
- Produtividade: Metas alcançadas
- Qualidade: Padrão do trabalho executado
- Relacionamento: Equipe e comunidade
Capacitação Continuada
- Cursos técnicos: Área de vigilância
- Treinamentos: Novas tecnologias
- Seminários: Atualização científica
- Congressos: Intercâmbio de experiências
3. Lei nº 8.080/1990 – Lei Orgânica da Saúde
🏥 Disposições Gerais
Conceito de Saúde (Art. 3º)
A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes:
- Alimentação
- Moradia
- Saneamento básico
- Meio ambiente
- Trabalho
- Renda
- Educação
- Transporte
- Lazer
- Acesso aos bens e serviços essenciais
Objetivos do SUS (Art. 5º)
- I. Identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde
- II. Formulação de política de saúde
- III. Assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde
Campo de Atuação (Art. 6º)
- I. Execução de ações de vigilância sanitária
- II. Execução de ações de vigilância epidemiológica
- III. Saúde do trabalhador
- IV. Assistência terapêutica integral
🎯 Princípios do SUS
Princípios Doutrinários
- UNIVERSALIDADE: Acesso garantido a todos
- INTEGRALIDADE: Atenção completa ao indivíduo
- EQUIDADE: Igualdade na assistência
Universalidade
- Acesso universal e igualitário
- Independente de contribuição
- Direito de cidadania
- Cobertura para todos os brasileiros
Integralidade
- Conjunto articulado de ações
- Promoção, proteção e recuperação
- Atenção individual e coletiva
- Todos os níveis de complexidade
Equidade
- Igualdade da assistência à saúde
- Sem preconceitos ou privilégios
- Necessidades específicas de cada um
- Redução das desigualdades
🏗️ Diretrizes Organizacionais
Descentralização
- Político-administrativa: União, estados, municípios
- Comando único: Em cada esfera de governo
- Municipalização: Ênfase na gestão municipal
- Regionalização: Organização por regiões
Atendimento Integral
- Prioridade para atividades preventivas
- Sem prejuízo dos serviços assistenciais
- Promoção, proteção e recuperação
- Ações individuais e coletivas
Participação da Comunidade
- Controle social: Participação popular
- Conselhos de saúde: Deliberativos
- Conferências de saúde: Avaliação e propostas
- Representação paritária: Usuários 50%
Hierarquização
- Níveis de complexidade: Básica, média, alta
- Porta de entrada: Atenção básica
- Referência e contrarreferência: Sistema de encaminhamentos
- Resolutividade: Cada nível resolve o que pode
🔍 Vigilância em Saúde
Vigilância Epidemiológica (Art. 6º, § 2º)
Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva.
Finalidades da Vigilância Epidemiológica
- Recomendar e adotar medidas de prevenção e controle
- Promover e desenvolver pesquisas epidemiológicas
- Apoiar o planejamento e programação em saúde
Vigilância Sanitária (Art. 6º, § 1º)
Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens.
Abrangência da Vigilância Sanitária
- Controle de bens de consumo relacionados à saúde
- Controle da prestação de serviços relacionados à saúde
- Controle do meio ambiente do trabalho
- Controle de ambientes em geral
4. Princípios Fundamentais do SUS
🌟 Princípios Doutrinários Detalhados
Universalidade – Conceito Ampliado
- Acesso universal: Todos têm direito à saúde
- Sem discriminação: Raça, religião, ideologia, condição social
- Gratuidade: No ponto de atenção
- Cobertura nacional: Todo território brasileiro
- Estrangeiros: Também têm direito ao atendimento
Integralidade – Dimensões
- Horizontal: Promoção, prevenção, tratamento, reabilitação
- Vertical: Atenção básica, média e alta complexidade
- Individual: Cuidado completo à pessoa
- Coletiva: Ações de saúde pública
- Intersetorial: Articulação com outras políticas
Equidade – Aplicação Prática
- Tratar desigualmente os desiguais
- Priorizar grupos vulneráveis: Maior necessidade
- Reduzir desigualdades: Sociais e regionais
- Acesso diferenciado: Conforme necessidade
- Justiça social: Distribuição justa dos recursos
⚙️ Princípios Organizativos
Descentralização Político-Administrativa
- Comando único: Cada esfera tem autonomia
- União: Políticas nacionais, regulação
- Estados: Coordenação regional, apoio técnico
- Municípios: Execução das ações
- Responsabilidades compartilhadas: Cooperação federativa
Regionalização e Hierarquização
- Regiões de saúde: Territórios organizados
- Redes de atenção: Integradas e articuladas
- Porta de entrada: Atenção básica
- Níveis crescentes: De complexidade
- Referência: Encaminhamento para nível superior
- Contrarreferência: Retorno ao nível de origem
Participação Popular
- Controle social: Participação da sociedade
- Conselhos de saúde: Órgãos colegiados
- Conferências: Avaliação e diretrizes
- Representação paritária: 50% usuários
- Caráter deliberativo: Poder de decisão
🎯 Aplicação dos Princípios no Trabalho do ACE
Universalidade na Prática
- Visitar todos os domicílios: Sem exceção
- Atender toda população: Da área de abrangência
- Não discriminar: Por condição social ou econômica
- Garantir acesso: Às ações de vigilância
Integralidade no Combate às Endemias
- Ações preventivas: Eliminação de criadouros
- Ações educativas: Orientação à população
- Vigilância ativa: Busca de casos
- Articulação: Com outros setores
Equidade nas Ações
- Priorizar áreas de risco: Maior vulnerabilidade
- Atenção diferenciada: Grupos específicos
- Frequência adequada: Conforme necessidade
- Recursos direcionados: Onde há maior necessidade
5. Diretrizes Organizacionais
🏛️ Descentralização do SUS
Competências da União
- Formular políticas nacionais de saúde
- Coordenar e fiscalizar o SUS
- Normatizar e avaliar ações e serviços
- Prestar cooperação técnica aos estados e municípios
- Controlar portos, aeroportos e fronteiras
Competências dos Estados
- Promover descentralização para os municípios
- Prestar apoio técnico e financeiro
- Coordenar redes regionais de saúde
- Executar ações de média e alta complexidade
- Normalizar complementarmente as ações
Competências dos Municípios
- Planejar, organizar e avaliar ações
- Executar serviços de vigilância epidemiológica
- Executar serviços de vigilância sanitária
- Dar execução às ações de saúde do trabalhador
- Formar consórcios administrativos intermunicipais
🌐 Regionalização
Conceito de Região de Saúde
- Espaço geográfico contínuo
- Constituído por agrupamentos de municípios limítrofes
- Delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais
- Redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhadas
Objetivos da Regionalização
- Garantir acesso a ações e serviços
- Promover equidade no acesso
- Otimizar recursos disponíveis
- Racionalizar gastos e investimentos
- Potencializar processo de descentralização
Instrumentos de Planejamento
- Mapa da Saúde: Descrição geográfica da distribuição de recursos
- Contrato Organizativo: Acordo de colaboração federativa
- Planos de Saúde: Municipal, estadual, nacional
- Relatórios de Gestão: Prestação de contas
📊 Hierarquização dos Serviços
Atenção Básica
- Porta de entrada: Primeiro contato
- Resolutividade: 80% dos problemas
- Coordenação do cuidado: Articulação da rede
- Territorialização: Área de abrangência definida
Atenção de Média Complexidade
- Consultas especializadas: Ambulatoriais
- Exames diagnósticos: Complementares
- Procedimentos: Terapêuticos especializados
- Urgência e emergência: Não hospitalares
Atenção de Alta Complexidade
- Procedimentos de alta tecnologia
- Alto custo operacional
- Hospitais especializados: Referência regional
- Transplantes: Procedimentos complexos
Sistema de Referência
🔄 Fluxo de Referência e Contrarreferência
6. Organização dos Serviços de Saúde
🏥 Atenção Básica
Características da Atenção Básica
- Primeiro nível de atenção à saúde
- Porta de entrada preferencial do SUS
- Orientada pelos princípios da universalidade, acessibilidade e coordenação do cuidado
- Vínculo e continuidade do cuidado
- Integralidade da atenção
- Responsabilização pela população adscrita
- Humanização da atenção
- Equidade e participação social
Estratégia Saúde da Família (ESF)
- Equipe multiprofissional: Médico, enfermeiro, técnico, ACS
- Território definido: 3.000 a 4.000 pessoas
- Cadastramento: Famílias da área
- Diagnóstico situacional: Problemas de saúde
- Planejamento local: Ações prioritárias
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)
- Equipe multiprofissional: Apoio às ESF
- Profissionais: Psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista
- Matriciamento: Apoio técnico-pedagógico
- Ações compartilhadas: Com as equipes de SF
🏥 Atenção de Média Complexidade
Componentes
- Atenção ambulatorial especializada: Consultas
- Atenção hospitalar: Internações
- Atenção às urgências: UPA, SAMU
- Atenção psicossocial: CAPS
Serviços Ambulatoriais
- Consultas especializadas: Cardiologia, neurologia
- Exames diagnósticos: Ultrassom, endoscopia
- Procedimentos: Pequenas cirurgias
- Reabilitação: Fisioterapia, fonoaudiologia
Atenção Hospitalar
- Internação clínica: Tratamento de doenças
- Internação cirúrgica: Procedimentos operatórios
- Obstetrícia: Partos normais
- Pediatria: Internação de crianças
Urgência e Emergência
- SAMU: Atendimento móvel
- UPA: Unidades de pronto atendimento
- Pronto-socorro: Hospitalar
- Classificação de risco: Protocolo Manchester
🏥 Atenção de Alta Complexidade
Características
- Alta densidade tecnológica: Equipamentos sofisticados
- Alto custo: Procedimentos caros
- Especialização: Profissionais altamente qualificados
- Referência regional: Atende várias regiões
Principais Serviços
- Cardiologia: Cirurgias cardíacas, hemodinâmica
- Oncologia: Tratamento do câncer
- Neurologia: Neurocirurgias
- Transplantes: Órgãos e tecidos
- Queimados: Tratamento especializado
- Traumatologia: Politraumatizados
Organização
- Hospitais de referência: Regionais e nacionais
- Centros especializados: Por patologia
- Regulação: Central de vagas
- Protocolos: Critérios de acesso
🎯 Papel do ACE na Organização
Inserção na Atenção Básica
- Integração com ESF: Trabalho conjunto
- Território compartilhado: Mesma área de abrangência
- Ações complementares: Vigilância epidemiológica
- Informações compartilhadas: Situação de saúde
Articulação com Outros Níveis
- Notificação: Casos suspeitos para investigação
- Encaminhamento: Situações que requerem especialista
- Contrarreferência: Recebimento de informações
- Vigilância ativa: Busca de casos em hospitais
Contribuição para o Sistema
- Prevenção primária: Evita adoecimento
- Detecção precoce: Identifica casos iniciais
- Redução de custos: Evita internações
- Melhoria da qualidade: Vida da população
7. Atenção Básica em Saúde
👥 Equipe de Saúde da Família
Composição Mínima da ESF
- Médico: Generalista ou especialista em MFC
- Enfermeiro: Generalista ou especialista em SF
- Auxiliar/Técnico de enfermagem
- Agentes Comunitários de Saúde: 4 a 6 por equipe
Profissionais Complementares
- Agente de Combate às Endemias: Vigilância epidemiológica
- Cirurgião-dentista: Saúde bucal
- Auxiliar/Técnico em saúde bucal
Atribuições Comuns da Equipe
- Territorialização: Mapeamento da área
- Cadastramento: Famílias e indivíduos
- Diagnóstico situacional: Problemas de saúde
- Planejamento: Ações prioritárias
- Desenvolvimento: Ações de promoção
- Acompanhamento: Grupos prioritários
🏠 Agente Comunitário de Saúde
Perfil do ACS
- Residir na área: Há pelo menos 2 anos
- Ensino fundamental: Completo
- Curso introdutório: 40 horas
- Vínculo: Com a comunidade
Atribuições do ACS
- Cadastrar famílias: E atualizar informações
- Identificar situações de risco: Individual e coletivo
- Realizar visitas domiciliares: Conforme planejamento
- Desenvolver ações educativas: Promoção da saúde
- Orientar famílias: Utilização dos serviços
- Acompanhar grupos específicos: Gestantes, crianças
Território de Atuação
- Microárea: 150 a 250 famílias
- Máximo 750 pessoas: Por ACS
- Área rural: Até 500 pessoas
- Cobertura: 100% das famílias
🦟 Agente de Combate às Endemias
Perfil do ACE
- Ensino médio: Completo
- Curso de formação: Específico para a função
- Conhecimento técnico: Vetores e doenças
- Habilidades: Comunicação e educação
Atribuições Específicas do ACE
- Realizar reconhecimento geográfico: Da área de atuação
- Executar ações de campo: Controle de vetores
- Realizar pesquisa entomológica: Levantamento de índices
- Executar ações de controle: Mecânico, biológico, químico
- Realizar atividades educativas: Comunidade
- Notificar autoridade sanitária: Situações de risco
Integração ACE x ACS
- Território compartilhado: Mesma área de abrangência
- Ações complementares: Vigilância integrada
- Troca de informações: Situações de risco
- Educação conjunta: Atividades comunitárias
🎯 Processo de Trabalho na Atenção Básica
Territorialização
- Mapeamento: Área de abrangência
- Identificação: Recursos e equipamentos
- Reconhecimento: Problemas e potencialidades
- Definição: Microáreas e responsabilidades
Diagnóstico Situacional
- Perfil demográfico: População por faixa etária
- Perfil epidemiológico: Principais agravos
- Condições de vida: Saneamento, habitação
- Recursos disponíveis: Equipamentos sociais
Planejamento Local
- Priorização: Problemas mais relevantes
- Definição de metas: Quantitativas e qualitativas
- Cronograma: Atividades e prazos
- Responsabilidades: Cada membro da equipe
Monitoramento e Avaliação
- Indicadores: Cobertura, qualidade
- Sistemas de informação: SIAB, e-SUS
- Reuniões de equipe: Avaliação periódica
- Ajustes: Correção de rumos
8. Vigilância em Saúde
🔍 Conceitos Fundamentais
Vigilância em Saúde
Processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública.
Componentes da Vigilância
- Vigilância Epidemiológica: Doenças e agravos
- Vigilância Sanitária: Produtos, serviços e ambientes
- Vigilância Ambiental: Fatores ambientais
- Vigilância da Saúde do Trabalhador: Ambientes de trabalho
Objetivos da Vigilância
- Detectar mudanças: Padrões de ocorrência
- Identificar epidemias: Precocemente
- Orientar medidas: Prevenção e controle
- Avaliar impacto: Intervenções realizadas
📊 Vigilância Epidemiológica
Definição Legal (Lei 8.080/90)
Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva.
Funções da Vigilância Epidemiológica
- Coleta de dados: Notificação, investigação
- Processamento: Análise e interpretação
- Análise: Identificação de padrões
- Recomendações: Medidas de controle
- Promoção: Ações de prevenção
- Avaliação: Efetividade das medidas
- Divulgação: Informações relevantes
Sistema de Notificação
- SINAN: Sistema de Informação de Agravos de Notificação
- Lista Nacional: Doenças de notificação compulsória
- Notificação imediata: Até 24 horas
- Notificação semanal: Até 7 dias
Investigação Epidemiológica
- Confirmação diagnóstica: Caso suspeito
- Identificação da fonte: Infecção ou contaminação
- Modo de transmissão: Como se propagou
- Grupos expostos: População em risco
- Medidas de controle: Imediatas e tardias
🛡️ Vigilância Sanitária
Conceito
Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços.
Áreas de Atuação
- Alimentos: Produção, manipulação, comercialização
- Medicamentos: Produção, distribuição, uso
- Cosméticos: Fabricação e comercialização
- Saneantes: Produtos de limpeza
- Serviços de saúde: Hospitais, clínicas
- Meio ambiente: Água, ar, solo
Instrumentos de Ação
- Licenciamento: Autorização para funcionamento
- Inspeção: Verificação das condições
- Fiscalização: Cumprimento das normas
- Monitoramento: Acompanhamento contínuo
- Educação: Orientação aos regulados
🌍 Vigilância Ambiental e do Trabalhador
Vigilância Ambiental em Saúde
- Qualidade da água: Consumo humano
- Qualidade do ar: Poluição atmosférica
- Solo contaminado: Substâncias tóxicas
- Desastres naturais: Impactos na saúde
- Vetores: Controle de populações
Vigilância da Saúde do Trabalhador
- Ambientes de trabalho: Condições de segurança
- Processos produtivos: Riscos ocupacionais
- Agravos relacionados: Acidentes, doenças
- Promoção da saúde: Ambientes saudáveis
Papel do ACE na Vigilância
- Vigilância entomológica: Monitoramento de vetores
- Vigilância ambiental: Criadouros e focos
- Educação sanitária: Orientação à população
- Notificação: Situações de risco
- Controle integrado: Ações intersetoriais
9. Aplicação Prática em São José/SC
Caso 1: Surto de Dengue no Bairro Kobrasol
Situação
Local: Bairro Kobrasol, São José/SC
Problema: 15 casos confirmados de dengue em 2 semanas
População: 8.000 habitantes na área
Ações do ACE
- Investigação epidemiológica: Identificação de casos
- Pesquisa entomológica: Levantamento de índices
- Eliminação de criadouros: Visitas domiciliares
- Educação da população: Palestras e orientações
- Articulação intersetorial: Limpeza urbana
Resultados
- Redução do IIP de 8% para 1%
- Controle do surto em 4 semanas
- Zero óbitos por dengue
- Maior conscientização da população
Caso 2: Programa de Controle da Leishmaniose
Contexto
Área: Região rural de São José
Problema: Casos de leishmaniose visceral canina
Risco: Transmissão para humanos
Estratégias Implementadas
- Inquérito canino: Coleta de sangue em cães
- Controle vetorial: Borrifação residual
- Educação em saúde: Cuidados com animais
- Vigilância ativa: Busca de casos humanos
Impacto
- Redução de 70% nos casos caninos
- Zero casos humanos no período
- Melhoria do conhecimento da população
🏛️ Estrutura Municipal de Vigilância
Secretaria Municipal de Saúde
- Vigilância Epidemiológica: Coordenação municipal
- Vigilância Sanitária: Fiscalização local
- Vigilância Ambiental: Controle de vetores
- Laboratório: Apoio diagnóstico
Equipes de Campo
- 12 ACEs: Distribuídos por território
- 4 supervisores: Coordenação técnica
- 2 veículos: Apoio logístico
- Equipamentos: Pulverizadores, EPIs
Parcerias Intersetoriais
- Educação: Ações nas escolas
- Meio Ambiente: Controle de criadouros
- Obras: Melhorias de infraestrutura
- Comunicação: Campanhas educativas
🔄 Fluxo de Notificação Municipal
10. Questões Estilo FEPESE
Questão 1
Segundo a Lei nº 8.080/1990, são princípios do Sistema Único de Saúde:
a) Universalidade, integralidade e equidade
b) Eficiência, eficácia e efetividade
c) Prevenção, promoção e recuperação
d) Descentralização, regionalização e hierarquização
e) Participação, controle social e transparência
Questão 2
De acordo com o Estatuto do Servidor Público de São José (Lei nº 2.248/1991), o estágio probatório tem duração de:
a) 1 ano
b) 2 anos
c) 3 anos
d) 4 anos
e) 5 anos
Questão 3
A vigilância epidemiológica, segundo a Lei nº 8.080/1990, tem como finalidade:
a) Apenas notificar doenças transmissíveis
b) Controlar exclusivamente epidemias
c) Proporcionar conhecimento e detecção de mudanças nos fatores determinantes da saúde
d) Fiscalizar estabelecimentos de saúde
e) Regular medicamentos e alimentos
Questão 4
Na organização do SUS, a atenção básica caracteriza-se por ser:
a) O nível de maior complexidade tecnológica
b) A porta de entrada preferencial do sistema
c) Exclusiva para atendimentos de urgência
d) Destinada apenas a procedimentos cirúrgicos
e) Restrita a consultas especializadas
Questão 5
O princípio da descentralização no SUS significa:
a) Concentração de recursos na União
b) Comando único em cada esfera de governo
c) Centralização das decisões em Brasília
d) Uniformização de todos os serviços
e) Padronização nacional de procedimentos
Questão 6
Segundo as Leis Complementares nº 53/2011 e 54/2011 de São José/SC, a progressão funcional pode ocorrer por:
a) Apenas tempo de serviço
b) Somente mérito profissional
c) Tempo de serviço, mérito e capacitação
d) Exclusivamente por capacitação
e) Apenas por indicação superior
Questão 7
A integralidade da atenção no SUS significa:
a) Atendimento apenas curativo
b) Foco exclusivo na prevenção
c) Conjunto articulado de ações de promoção, proteção e recuperação
d) Atendimento somente hospitalar
e) Ações dirigidas apenas a grupos específicos
Questão 8
Na Estratégia Saúde da Família, cada equipe deve ser responsável por:
a) 1.000 a 2.000 pessoas
b) 2.000 a 3.000 pessoas
c) 3.000 a 4.000 pessoas
d) 4.000 a 5.000 pessoas
e) 5.000 a 6.000 pessoas
Questão 9
O controle social no SUS é exercido através de:
a) Apenas profissionais de saúde
b) Somente gestores públicos
c) Conselhos e conferências de saúde
d) Exclusivamente pelo Ministério da Saúde
e) Apenas por organizações privadas
Questão 10
Segundo o Estatuto do Servidor de São José/SC, a licença para tratamento de saúde:
a) É sempre sem remuneração
b) Tem prazo máximo de 1 ano
c) Pode ser concedida por até 2 anos com remuneração integral
d) Não requer perícia médica
e) É limitada a 6 meses
🎯 CONCLUSÃO
Parabéns por completar a Apostila 1!
Você agora domina os fundamentos legais e organizacionais do SUS essenciais para o concurso de Agente de Combate às Endemias de São José/SC.
Continue estudando as próximas apostilas e boa sorte na prova!
🧼 APOSTILA 2 – HIGIENE, SEGURANÇA E EDUCAÇÃO
Higiene Pessoal, Coletiva e Ambiental
Segurança no Trabalho e EPIs
Educação em Saúde e Promoção de Hábitos Saudáveis
Concurso Agente de Combate às Endemias – São José/SC – FEPESE
📋 ÍNDICE COMPLETO
Cuidados corporais, bucais, das mãos e vestuário
Saneamento básico, limpeza urbana, controle de pragas
Qualidade da água, ar, solo e habitação
NRs aplicáveis, prevenção de acidentes, ergonomia
Tipos, uso correto, manutenção e descarte
Metodologias, comunicação, participação comunitária
Alimentação, atividade física, prevenção de doenças
Casos reais, estratégias educativas, abordagem comunitária
10 questões comentadas com padrão da banca
1. Higiene Pessoal
🚿 Conceitos Fundamentais
Definição de Higiene Pessoal
Conjunto de práticas e cuidados que visam manter a limpeza do corpo e prevenir doenças, promovendo o bem-estar físico e mental do indivíduo.
Importância da Higiene Pessoal
- Prevenção de doenças: Infecciosas e parasitárias
- Bem-estar físico: Conforto e saúde corporal
- Bem-estar mental: Autoestima e confiança
- Integração social: Aceitação e relacionamentos
- Produtividade: Melhor desempenho no trabalho
Princípios Básicos
- Regularidade: Práticas diárias e sistemáticas
- Adequação: Conforme idade e atividade
- Individualidade: Produtos e cuidados pessoais
- Qualidade: Produtos seguros e eficazes
🧴 Higiene Corporal
Banho Diário
- Frequência: Pelo menos uma vez ao dia
- Temperatura: Água morna (não muito quente)
- Duração: 5 a 15 minutos
- Produtos: Sabonete neutro ou específico
- Atenção especial: Dobras cutâneas, pés, genitais
Cuidados com o Cabelo
- Lavagem: 2-3 vezes por semana (cabelo normal)
- Shampoo: Adequado ao tipo de cabelo
- Condicionador: Apenas no comprimento
- Secagem: Toalha limpa, evitar calor excessivo
- Escovação: Diária, com escova limpa
Cuidados com as Unhas
- Corte regular: Semanalmente
- Formato: Reto (pés) e arredondado (mãos)
- Limpeza: Escova macia e sabão
- Instrumentos: Sempre limpos e desinfetados
- Evitar: Roer unhas, cutículas
🦷 Higiene Bucal
Escovação dos Dentes
- Frequência: Após cada refeição (mínimo 3x/dia)
- Técnica: Movimentos circulares suaves
- Tempo: Pelo menos 2 minutos
- Escova: Cerdas macias, trocar a cada 3 meses
- Pasta: Com flúor, quantidade adequada
Uso do Fio Dental
- Frequência: Diariamente, preferencialmente à noite
- Técnica: Movimentos suaves, sem forçar
- Objetivo: Remover placa entre os dentes
- Complemento: Nunca substitui a escovação
Enxaguante Bucal
- Uso: Complementar, não obrigatório
- Indicação: Conforme orientação profissional
- Tempo: 30 segundos a 1 minuto
- Não engolir: Apenas bochechar e cuspir
👐 Higiene das Mãos
Importância
As mãos são o principal veículo de transmissão de microrganismos. A higienização adequada é a medida mais eficaz para prevenir infecções.
Quando Higienizar
- Antes de: Comer, preparar alimentos, tocar o rosto
- Depois de: Usar o banheiro, tossir, espirrar
- Ao chegar: Em casa, no trabalho
- Após contato: Animais, lixo, superfícies contaminadas
- No trabalho: Antes e após cada atividade
Técnica Correta (OMS)
- Molhar as mãos com água corrente
- Aplicar sabão suficiente para cobrir as mãos
- Esfregar palma com palma
- Palma direita sobre dorso esquerdo e vice-versa
- Palma com palma com dedos entrelaçados
- Dorso dos dedos com palmas opostas
- Polegar direito com palma esquerda e vice-versa
- Pontas dos dedos na palma oposta
- Enxaguar com água corrente
- Secar com toalha limpa ou papel
2. Higiene Coletiva
🏘️ Conceitos e Importância
Definição de Higiene Coletiva
Conjunto de medidas e práticas aplicadas a grupos populacionais e ambientes coletivos, visando prevenir doenças e promover a saúde pública através do controle de fatores ambientais e sociais.
Objetivos
- Prevenção de doenças: Transmissíveis e não transmissíveis
- Promoção da saúde: Coletiva e individual
- Melhoria da qualidade de vida: Populacional
- Controle de fatores de risco: Ambientais e sociais
- Sustentabilidade: Ambiental e social
💧 Saneamento Básico
Abastecimento de Água
- Captação: Fontes seguras e protegidas
- Tratamento: Filtração, desinfecção, fluoretação
- Distribuição: Rede adequada e manutenção
- Qualidade: Monitoramento constante
- Quantidade: Suficiente para todas as necessidades
Esgotamento Sanitário
- Coleta: Rede coletora abrangente
- Transporte: Sistema de bombeamento
- Tratamento: Estações de tratamento (ETE)
- Disposição final: Corpos d’água ou reuso
- Manutenção: Preventiva e corretiva
Manejo de Resíduos Sólidos
- Coleta regular: Domiciliar e comercial
- Transporte adequado: Veículos apropriados
- Tratamento: Reciclagem, compostagem
- Disposição final: Aterros sanitários
- Coleta seletiva: Separação na origem
🐭 Controle de Pragas Urbanas
Principais Pragas
- Roedores: Ratos e camundongos
- Insetos: Baratas, formigas, moscas
- Artrópodes: Aranhas, escorpiões
- Pombos: Aves urbanas
Métodos de Controle
- Controle físico: Barreiras, armadilhas
- Controle químico: Inseticidas, rodenticidas
- Controle biológico: Predadores naturais
- Manejo integrado: Combinação de métodos
Medidas Preventivas
- Eliminação de abrigos: Entulhos, frestas
- Controle de alimentos: Armazenamento adequado
- Eliminação de água: Vazamentos, acúmulos
- Limpeza regular: Ambientes e equipamentos
- Vedação: Ralos, aberturas
3. Higiene Ambiental
🌍 Conceitos e Fundamentos
Definição
Conjunto de conhecimentos e técnicas aplicadas ao controle dos fatores ambientais que podem exercer efeitos nocivos sobre o bem-estar físico, mental e social do ser humano.
Objetivos da Higiene Ambiental
- Prevenir doenças: Relacionadas ao ambiente
- Promover saúde: Através de ambientes saudáveis
- Controlar poluição: Ar, água, solo, ruído
- Preservar recursos: Naturais e biodiversidade
- Garantir sustentabilidade: Para futuras gerações
💧 Qualidade da Água
Padrões de Potabilidade
- Físicos: Cor, turbidez, sabor, odor
- Químicos: pH, cloro, metais pesados
- Microbiológicos: Coliformes, bactérias patogênicas
- Radioativos: Atividade alfa e beta
Métodos de Tratamento
- Coagulação/Floculação: Remoção de partículas
- Sedimentação: Separação por gravidade
- Filtração: Remoção física de impurezas
- Desinfecção: Cloro, ozônio, UV
- Fluoretação: Prevenção de cáries
🌬️ Qualidade do Ar
Principais Poluentes
- Material particulado: PM10, PM2.5
- Gases: CO, NO2, SO2, O3
- Compostos orgânicos: Benzeno, formaldeído
- Metais pesados: Chumbo, mercúrio
Efeitos na Saúde
- Respiratórios: Asma, bronquite, pneumonia
- Cardiovasculares: Infarto, hipertensão
- Neurológicos: Déficit cognitivo
- Câncer: Pulmão, bexiga
🏠 Habitação Saudável
Características de uma Habitação Saudável
- Localização adequada: Longe de fontes poluidoras
- Estrutura segura: Materiais não tóxicos
- Ventilação natural: Renovação do ar
- Iluminação natural: Entrada de luz solar
- Proteção contra vetores: Telas, vedações
Saneamento Domiciliar
- Água potável: Armazenamento adequado
- Esgoto: Ligação à rede ou fossa séptica
- Lixo: Coleta regular e acondicionamento
- Drenagem: Escoamento de águas pluviais
4. Segurança no Trabalho
⚠️ Fundamentos da Segurança do Trabalho
Conceitos Básicos
- Segurança do trabalho: Conjunto de medidas preventivas de acidentes
- Acidente de trabalho: Evento súbito durante atividade laboral
- Doença ocupacional: Adquirida pelo exercício do trabalho
- Risco ocupacional: Probabilidade de ocorrência de danos
Objetivos
- Prevenir acidentes: E doenças ocupacionais
- Proteger a saúde: Física e mental do trabalhador
- Promover bem-estar: No ambiente de trabalho
- Aumentar produtividade: Através da segurança
- Reduzir custos: Com acidentes e afastamentos
📋 Normas Regulamentadoras Aplicáveis ao ACE
NR-06 – Equipamentos de Proteção Individual
- Fornecimento: Gratuito pelo empregador
- Certificação: CA (Certificado de Aprovação)
- Treinamento: Uso correto dos EPIs
- Substituição: Quando danificados
NR-09 – Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais
- Identificação: Agentes nocivos
- Avaliação: Níveis de exposição
- Controle: Medidas preventivas
- Monitoramento: Saúde dos trabalhadores
NR-32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde
- Riscos biológicos: Microrganismos patogênicos
- Riscos químicos: Produtos de limpeza, medicamentos
- Imunização: Vacinas obrigatórias
- Gerenciamento de resíduos: Classificação e descarte
⚡ Tipos de Riscos Ocupacionais
Riscos Físicos (Verde)
- Ruído: Equipamentos, tráfego
- Calor: Exposição solar prolongada
- Radiações: Solar (UV)
- Umidade: Ambientes úmidos
- Vibrações: Equipamentos motorizados
Riscos Químicos (Vermelho)
- Inseticidas: Organofosforados, piretróides
- Larvicidas: Produtos químicos
- Solventes: Produtos de limpeza
- Poeiras: Materiais particulados
- Gases: Veículos, equipamentos
Riscos Biológicos (Marrom)
- Vírus: Dengue, zika, chikungunya
- Bactérias: Leptospirose, tétano
- Parasitas: Leishmaniose
- Fungos: Micoses
- Animais peçonhentos: Serpentes, aranhas
Riscos Ergonômicos (Amarelo)
- Postura inadequada: Trabalho em pé prolongado
- Esforço físico: Carregamento de equipamentos
- Movimentos repetitivos: Aplicação de produtos
- Jornada prolongada: Horas extras
- Estresse: Pressão, responsabilidade
Riscos de Acidentes (Azul)
- Quedas: Escadas, telhados, fossas
- Cortes: Ferramentas, vidros
- Choques elétricos: Equipamentos
- Atropelamentos: Trânsito urbano
- Agressões: Animais, pessoas
5. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
🦺 Conceitos e Legislação
Definição de EPI (NR-06)
Todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
Responsabilidades do Empregador
- Fornecer gratuitamente: EPIs adequados
- Treinar o trabalhador: Uso correto
- Tornar obrigatório: O uso
- Substituir imediatamente: Quando danificado
- Responsabilizar-se: Higienização e manutenção
Responsabilidades do Empregado
- Usar apenas: Para finalidade destinada
- Responsabilizar-se: Guarda e conservação
- Comunicar: Alterações que o tornem impróprio
- Cumprir determinações: Do empregador
👷 EPIs Específicos para ACE
Uniforme
- Calça comprida
- Camisa manga longa
- Tecido resistente
- Cores claras
Calçado de Segurança
- Biqueira de aço
- Solado antiderrapante
- Impermeável
- Cano alto
Luvas
- Nitrila ou látex
- Resistente a químicos
- Descartáveis
- Cano longo
Óculos de Proteção
- Lentes resistentes
- Proteção lateral
- Anti-embaçante
- Filtro UV
Máscara/Respirador
- PFF2 ou N95
- Filtro químico
- Vedação adequada
- Válvula de exalação
Proteção da Cabeça
- Capacete ou boné
- Proteção solar
- Aba larga
- Material resistente
🔧 Uso Correto e Manutenção
Inspeção Antes do Uso
- Verificar integridade: Rachaduras, furos
- Testar funcionamento: Válvulas, vedações
- Conferir prazo: Validade do produto
- Limpar se necessário: Antes da utilização
Colocação Correta
- Ordem adequada: Sequência de colocação
- Ajuste perfeito: Sem folgas ou apertos
- Vedação completa: Máscaras e óculos
- Movimentação livre: Não restringir movimentos
EPI | Limpeza | Frequência | Substituição |
---|---|---|---|
Uniforme | Lavagem com sabão | Diária | Quando desgastado |
Calçado | Água e sabão | Após cada uso | 6-12 meses |
Luvas | Descartáveis | Uso único | Após cada uso |
Óculos | Água e detergente | Diária | Quando riscado |
Máscara PFF2 | Não lavar | Descartável | Após 8 horas |
6. Educação em Saúde
📚 Conceitos e Fundamentos
Definição de Educação em Saúde
Processo educativo de construção de conhecimentos em saúde que visa à apropriação temática pela população, contribuindo para o exercício da cidadania e melhoria da qualidade de vida.
Objetivos
- Desenvolver consciência crítica: Sobre determinantes da saúde
- Capacitar para ação: Individual e coletiva
- Promover autonomia: Nas decisões de saúde
- Fortalecer participação: Social e comunitária
- Transformar realidades: Locais de saúde
Princípios
- Participação ativa: Do educando no processo
- Dialogicidade: Troca de saberes
- Problematização: Da realidade local
- Contextualização: Cultural e social
- Integralidade: Visão ampla da saúde
🎯 Metodologias Educativas
Metodologias Tradicionais
- Palestras: Exposição de conteúdo
- Demonstrações: Técnicas práticas
- Distribuição de materiais: Folhetos, cartilhas
- Campanhas: Massivas de informação
Metodologias Participativas
- Roda de conversa: Diálogo horizontal
- Oficinas: Construção coletiva
- Teatro popular: Dramatização de situações
- Jogos educativos: Aprendizado lúdico
- Mapeamento participativo: Diagnóstico comunitário
Tecnologias Educacionais
- Materiais impressos: Cartilhas, folders
- Recursos audiovisuais: Vídeos, slides
- Mídias digitais: Apps, sites, redes sociais
- Materiais interativos: Jogos, simuladores
🗣️ Comunicação em Saúde
Elementos da Comunicação
- Emissor: Profissional de saúde (ACE)
- Mensagem: Informação de saúde
- Canal: Meio de transmissão
- Receptor: População, comunidade
- Feedback: Retorno, compreensão
Estratégias Eficazes
- Linguagem simples: Acessível ao público
- Escuta ativa: Atenção às necessidades
- Empatia: Compreensão do outro
- Respeito cultural: Valores locais
- Feedback constante: Verificar compreensão
🔄 Processo de Educação em Saúde
7. Promoção de Hábitos Saudáveis
🌟 Conceitos de Promoção da Saúde
Definição (Carta de Ottawa – 1986)
Processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo.
Campos de Ação
- Elaboração de políticas: Públicas saudáveis
- Criação de ambientes: Favoráveis à saúde
- Reforço da ação: Comunitária
- Desenvolvimento de habilidades: Pessoais
- Reorientação dos serviços: De saúde
🥗 Alimentação Saudável
Princípios da Alimentação Saudável
- Variedade: Diferentes grupos alimentares
- Equilíbrio: Proporções adequadas
- Moderação: Quantidades apropriadas
- Prazer: Satisfação ao comer
- Dimensão cultural: Respeito aos hábitos locais
Guia Alimentar para População Brasileira
- Regra de ouro: Prefira alimentos in natura
- Use óleos e sal: Com moderação
- Limite alimentos processados: E evite ultraprocessados
- Coma com regularidade: E atenção
- Coma em ambientes: Apropriados e em companhia
🏃 Atividade Física e Saúde
Benefícios da Atividade Física
- Físicos: Fortalecimento muscular, cardiovascular
- Mentais: Redução do estresse, ansiedade
- Sociais: Integração, relacionamentos
- Cognitivos: Melhora da memória, concentração
Recomendações (OMS)
- Adultos: 150 min/semana atividade moderada
- Ou: 75 min/semana atividade vigorosa
- Fortalecimento muscular: 2x por semana
- Idosos: + exercícios de equilíbrio
💉 Prevenção de Doenças
Níveis de Prevenção
- Primária: Antes da doença (vacinação)
- Secundária: Detecção precoce (rastreamento)
- Terciária: Após diagnóstico (reabilitação)
- Quaternária: Evitar intervenções desnecessárias
Imunização
- Calendário vacinal: Todas as idades
- Campanhas: Influenza, COVID-19
- Cobertura: Meta de 95%
- Vigilância: Eventos adversos
8. Aplicação Prática no Trabalho do ACE
Caso 1: Educação em Saúde sobre Dengue
Situação
Local: Escola Municipal, São José/SC
Público: 150 alunos do ensino fundamental
Objetivo: Prevenir dengue através da educação
Estratégia Educativa Utilizada
- Teatro de fantoches: História do mosquito Aedes
- Jogo da memória: Criadouros do mosquito
- Oficina prática: Identificação de focos
- Música educativa: “Não deixe a água parada”
- Desenho coletivo: Casa sem criadouros
Resultados
- 100% dos alunos participaram ativamente
- Criação de “agentes mirins” na escola
- Redução de 80% dos focos no entorno
- Multiplicação para famílias
Caso 2: Promoção de Hábitos Saudáveis em Comunidade
Contexto
Local: Bairro Forquilhinha, São José/SC
Problema: Alta prevalência de hipertensão e diabetes
População: 500 famílias
Ações Desenvolvidas
- Diagnóstico participativo: Mapeamento de problemas
- Grupo de caminhada: 3x por semana
- Oficinas culinárias: Alimentação saudável
- Horta comunitária: Produção de hortaliças
- Medição de pressão: Mensal na comunidade
Impactos Observados
- 60 pessoas participando regularmente
- Redução média de 10 mmHg na pressão
- Perda de peso em 70% dos participantes
- Maior coesão social na comunidade
9. Questões Estilo FEPESE
Questão 1
Segundo a NR-06, são responsabilidades do empregador em relação aos EPIs, EXCETO:
a) Fornecer gratuitamente aos trabalhadores
b) Treinar o trabalhador sobre o uso adequado
c) Tornar obrigatório o uso
d) Adquirir EPIs sem Certificado de Aprovação
e) Substituir imediatamente quando danificado
O empregador deve fornecer apenas EPIs com Certificado de Aprovação (CA) válido, conforme exigência da NR-06.
Questão 2
A higienização das mãos é considerada a medida mais eficaz para prevenir infecções. Segundo a técnica recomendada pela OMS, o tempo mínimo para fricção das mãos com sabão é de:
a) 10 segundos
b) 20 segundos
c) 40 segundos
d) 60 segundos
e) 90 segundos
A OMS recomenda fricção das mãos com sabão por 40-60 segundos para higienização eficaz.
Questão 3
Na educação em saúde, a metodologia que se caracteriza pela troca horizontal de saberes entre educador e educando é denominada:
a) Tradicional
b) Bancária
c) Participativa
d) Expositiva
e) Demonstrativa
A metodologia participativa caracteriza-se pelo diálogo horizontal e construção coletiva do conhecimento.
Questão 4
Os riscos ocupacionais são classificados em cinco grupos. O risco representado pela cor vermelha refere-se aos riscos:
a) Físicos
b) Químicos
c) Biológicos
d) Ergonômicos
e) De acidentes
Os riscos químicos são representados pela cor vermelha no mapa de riscos.
Questão 5
Segundo a Carta de Ottawa (1986), são campos de ação da promoção da saúde, EXCETO:
a) Elaboração de políticas públicas saudáveis
b) Criação de ambientes favoráveis à saúde
c) Reforço da ação comunitária
d) Medicalização da população
e) Desenvolvimento de habilidades pessoais
A medicalização não é um campo de ação da promoção da saúde, que busca capacitar as pessoas para maior controle sobre sua saúde.
Questão 6
No controle de pragas urbanas, a medida preventiva mais importante é:
a) Aplicação de inseticidas
b) Uso de armadilhas
c) Eliminação de abrigos e alimentos
d) Controle biológico
e) Fumigação
A eliminação de abrigos, alimentos e água é a medida preventiva mais eficaz no controle de pragas.
Questão 7
O saneamento básico compreende quatro componentes principais. São eles:
a) Água, esgoto, lixo e energia
b) Água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem
c) Água, ar, solo e habitação
d) Água, esgoto, ar e transporte
e) Água, lixo, energia e telecomunicações
Os quatro componentes do saneamento básico são: abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana.
Questão 8
Na prevenção de doenças, o nível que se caracteriza pela detecção precoce através de exames de rastreamento é denominado prevenção:
a) Primária
b) Secundária
c) Terciária
d) Quaternária
e) Quinária
A prevenção secundária caracteriza-se pela detecção precoce de doenças através de exames de rastreamento.
Questão 9
Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, a regra de ouro da alimentação saudável é:
a) Comer de 3 em 3 horas
b) Evitar carboidratos
c) Prefira alimentos in natura ou minimamente processados
d) Consumir apenas alimentos orgânicos
e) Fazer dietas restritivas
A regra de ouro do Guia Alimentar é preferir alimentos in natura ou minimamente processados como base da alimentação.
Questão 10
A qualidade da água para consumo humano deve atender padrões de potabilidade. O parâmetro microbiológico mais importante para avaliação é:
a) pH
b) Turbidez
c) Coliformes
d) Cloro residual
e) Dureza
Os coliformes são os principais indicadores microbiológicos da qualidade da água, indicando possível contaminação fecal.
🎯 Conclusão
Esta apostila apresentou os principais conceitos sobre higiene, segurança e educação em saúde aplicados ao trabalho do Agente de Combate às Endemias. O domínio destes conhecimentos é fundamental para o exercício profissional competente e para o sucesso no concurso da FEPESE.
Pontos-chave para revisão:
- Técnicas corretas de higiene pessoal e coletiva
- Normas de segurança do trabalho e uso de EPIs
- Metodologias de educação em saúde
- Estratégias de promoção de hábitos saudáveis
- Aplicação prática no trabalho do ACE
Continue estudando e boa sorte no concurso! 🍀
🦟 APOSTILA 3 – CONTROLE DE VETORES E VIGILÂNCIA
Cadastro e Vistoria de Imóveis
Pesquisa Larvária e Aplicação de Larvicidas
Conceitos de Endemia, Epidemia e Surto
Concurso Agente de Combate às Endemias – São José/SC – FEPESE
📋 ÍNDICE COMPLETO
Conceitos básicos, tipos de vetores, importância epidemiológica
Biologia, ciclo de vida, comportamento, criadouros
Metodologia, instrumentos, classificação de imóveis
Técnicas, índices larvários, coleta e identificação
Tipos, técnicas, dosagens, segurança
Conceitos, sistema de vigilância, notificação
Definições, características, investigação
Estratégias, métodos, participação comunitária
Situações reais, protocolos, tomada de decisão
15 questões comentadas com padrão da banca
1. Fundamentos do Controle de Vetores
🦟 Conceitos Fundamentais
Definição de Vetor
Artrópode que transmite, carrega ou alberga um agente etiológico de doença e o transfere para um hospedeiro suscetível.
Tipos de Vetores
- Vetor biológico: O agente se multiplica no vetor (ex: Aedes aegypti)
- Vetor mecânico: Apenas transporta o agente (ex: moscas)
- Vetor primário: Principal responsável pela transmissão
- Vetor secundário: Importância epidemiológica menor
Importância do Controle de Vetores
- Prevenção de doenças: Interrupção da transmissão
- Redução da morbidade: Diminuição de casos
- Proteção coletiva: Benefício populacional
- Economia em saúde: Redução de custos
- Qualidade de vida: Melhoria do bem-estar
🎯 Estratégias de Controle
Controle Químico
- Larvicidas: Eliminação de larvas
- Adulticidas: Eliminação de adultos
- Repelentes: Proteção individual
- Inseticidas residuais: Ação prolongada
Controle Físico
- Eliminação de criadouros: Remoção de água parada
- Modificação ambiental: Alteração do habitat
- Barreiras físicas: Telas, tampas
- Armadilhas: Captura de vetores
Controle Biológico
- Predadores: Peixes larvófagos
- Parasitas: Fungos entomopatogênicos
- Competidores: Outras espécies
- Técnicas genéticas: Mosquitos estéreis
Aedes aegypti
- Dengue, Zika, Chikungunya
- Febre Amarela Urbana
- Criadouros artificiais
- Hábitos domésticos
Culex quinquefasciatus
- Filariose linfática
- Encefalites virais
- Água poluída
- Atividade noturna
Anopheles
- Malária
- Coleções hídricas naturais
- Atividade crepuscular
- Áreas rurais/silvestres
Triatoma (Barbeiro)
- Doença de Chagas
- Habitações precárias
- Atividade noturna
- Hematófago
2. Aedes aegypti – Vetor Principal
🔬 Características Biológicas
Morfologia
- Tamanho: 3-4 mm de comprimento
- Cor: Escuro com listras brancas
- Pernas: Listradas de branco
- Tórax: Desenho em forma de lira
- Abdome: Listras transversais brancas
Comportamento
- Hábitos: Doméstico e peridoméstico
- Atividade: Diurna (manhã e tarde)
- Alimentação: Sangue humano (fêmeas)
- Voo: Baixo, silencioso, até 100m
- Repouso: Locais escuros e úmidos
🔄 Ciclo Biológico (Holometábolo)
Características de Cada Fase
- Ovo: Resistente à dessecação, até 450 dias viáveis
- Larva: 4 estádios (L1, L2, L3, L4), aquática
- Pupa: Não se alimenta, móvel na água
- Adulto: Reprodução após 2-3 dias da emergência
🏠 Criadouros Preferenciais
Criadouros Domésticos
- Caixas d’água: Descobertas ou mal vedadas
- Tonéis e tambores: Armazenamento de água
- Cisternas: Sem tampa adequada
- Reservatórios elevados: Mal conservados
Criadouros Peridomésticos
- Vasos de plantas: Pratos com água
- Pneus: Abandonados com água
- Lixo: Recipientes descartáveis
- Calhas: Entupidas com água parada
- Piscinas: Abandonadas ou mal tratadas
Criadouros Naturais (Menos Comuns)
- Bromélias: Água acumulada nas folhas
- Ocos de árvores: Com água da chuva
- Pedras: Cavidades com água
⚠️ Fatores que Favorecem a Proliferação
Fatores Climáticos
- Temperatura: 25-30°C (ideal)
- Umidade: Acima de 60%
- Chuvas: Aumento de criadouros
- Estações: Verão mais favorável
Fatores Ambientais
- Urbanização: Desordenada
- Saneamento: Deficiente
- Abastecimento de água: Irregular
- Coleta de lixo: Inadequada
Fatores Sociais
- Densidade populacional: Alta
- Mobilidade urbana: Intensa
- Conhecimento: Insuficiente sobre prevenção
- Participação: Baixa da comunidade
3. Cadastro e Vistoria de Imóveis
📋 Conceitos e Objetivos
Definição de Cadastro
Registro sistemático de todos os imóveis de uma área, com informações sobre características físicas, moradores e situação epidemiológica.
Objetivos do Cadastro
- Conhecer a área: Características e população
- Planejar ações: Baseadas na realidade local
- Organizar trabalho: Rotinas e cronogramas
- Monitorar resultados: Efetividade das ações
- Avaliar cobertura: Percentual de imóveis visitados
Definição de Vistoria
Inspeção sistemática de imóveis para identificar, eliminar ou tratar criadouros de vetores, além de orientar moradores sobre prevenção.
🏘️ Classificação de Imóveis
Por Tipo de Uso
- Residencial (R): Casas, apartamentos
- Comercial (C): Lojas, escritórios
- Industrial (I): Fábricas, galpões
- Público (P): Escolas, hospitais, órgãos públicos
- Terreno Baldio (TB): Lotes vazios
- Ponto Estratégico (PE): Locais de risco
Por Situação na Vistoria
- Trabalhado (T): Vistoria realizada
- Fechado (F): Ninguém para atender
- Recusado (R): Morador recusou vistoria
- Recuperado (RE): Fechado que foi trabalhado
Pontos Estratégicos
- Borracharias: Depósito de pneus
- Ferro-velhos: Materiais diversos
- Cemitérios: Vasos com água
- Oficinas: Recipientes diversos
- Depósitos: Materiais de construção
🔄 Fluxo da Vistoria Domiciliar
📝 Instrumentos de Trabalho
Formulários Principais
- Boletim de Campo (BC): Registro diário das atividades
- Levantamento de Índice Rápido (LIRAa): Pesquisa amostral
- Cadastro de Imóveis: Informações básicas
- Relatório de Atividades: Consolidação mensal
Equipamentos Necessários
- Lanterna: Inspeção de locais escuros
- Espelho: Verificação de caixas d’água
- Puçá: Coleta de larvas
- Pipeta: Coleta de amostras pequenas
- Tubos coletores: Armazenamento de larvas
- Etiquetas: Identificação de amostras
Materiais de Apoio
- Prancheta: Suporte para formulários
- Caneta/lápis: Preenchimento
- Calculadora: Cálculos de índices
- Mapa da área: Orientação espacial
4. Pesquisa Larvária
🔍 Conceitos e Metodologia
Definição
Atividade de busca, identificação, coleta e registro de formas imaturas (larvas e pupas) de vetores em seus criadouros naturais ou artificiais.
Objetivos
- Detectar presença: De vetores na área
- Identificar criadouros: Tipos e características
- Calcular índices: Infestação larvária
- Monitorar tendências: Populacional dos vetores
- Avaliar eficácia: Das medidas de controle
Tipos de Pesquisa
- Pesquisa regular: Rotina de trabalho
- LIRAa: Levantamento rápido amostral
- Pesquisa focal: Investigação de casos
- Pesquisa especial: Situações específicas
📊 Índices Larvários
Índice de Infestação Predial (IIP)
Fórmula: IIP = (Imóveis positivos / Imóveis pesquisados) × 100
- Interpretação: % de imóveis com larvas
- Meta: Manter abaixo de 1%
- Alerta: Acima de 1% = risco de epidemia
Índice de Infestação de Recipientes (IIR)
Fórmula: IIR = (Recipientes positivos / Recipientes pesquisados) × 100
- Interpretação: % de recipientes com larvas
- Complementa: Informações do IIP
Índice de Breteau (IB)
Fórmula: IB = (Recipientes positivos / Imóveis pesquisados) × 100
- Interpretação: Número de recipientes positivos por 100 imóveis
- Sensibilidade: Maior que IIP
Índice | Baixo Risco | Médio Risco | Alto Risco |
---|---|---|---|
IIP | < 1% | 1% – 3,9% | ≥ 4% |
IB | < 5 | 5 – 19 | ≥ 20 |
🧪 Técnicas de Coleta
Materiais para Coleta
- Puçá: Rede fina para captura
- Pipeta: Coleta de pequenos volumes
- Concha coletora: Recipientes grandes
- Tubos de ensaio: Armazenamento
- Etiquetas: Identificação
Procedimentos de Coleta
- Identificar o criadouro: Tipo e localização
- Coletar amostra: Larvas e/ou pupas
- Acondicionar: Em tubo com água
- Etiquetar: Data, local, coletor
- Registrar: No formulário apropriado
- Transportar: Ao laboratório
Identificação de Larvas
- Aedes aegypti: Sifão curto, dentes do pente
- Aedes albopictus: Sifão com espinho único
- Culex: Sifão longo e fino
- Anopheles: Sem sifão respiratório
5. Aplicação de Larvicidas
💊 Tipos de Larvicidas
Larvicidas Químicos
- Temefós (Abate): Organofosforado, granulado
- Diflubenzuron: Inibidor de quitina
- Novaluron: Regulador de crescimento
- Spinosad: Origem bacteriana
Larvicidas Biológicos
- Bacillus thuringiensis israelensis (Bti): Bactéria
- Bacillus sphaericus: Específico para Culex
- Metarhizium anisopliae: Fungo entomopatogênico
Vantagens dos Biológicos
- Seletividade: Específicos para mosquitos
- Segurança: Baixa toxicidade
- Resistência: Menor desenvolvimento
- Ambiente: Biodegradáveis
⚗️ Técnicas de Aplicação
Critérios para Aplicação
- Criadouros positivos: Com presença de larvas
- Criadouros potenciais: Risco de infestação
- Impossibilidade de eliminação: Física do criadouro
- Autorização do morador: Para aplicação
Cálculo de Dosagem
Fórmula básica: Dosagem = Volume do criadouro × Concentração recomendada
Exemplo Prático – Temefós 1%
- Caixa d’água 1000L: 10g de temefós
- Tambor 200L: 2g de temefós
- Vaso sanitário: 0,1g de temefós
Tipo de Criadouro | Volume Médio | Dosagem Temefós 1% | Duração |
---|---|---|---|
Caixa d’água | 500-2000L | 5-20g | 2-3 meses |
Tambor/Tonel | 200L | 2g | 2-3 meses |
Vaso sanitário | 10L | 0,1g | 2-3 meses |
Ralo/Calha | 1-5L | 0,01-0,05g | 1-2 meses |
⚠️ Segurança na Aplicação
Equipamentos de Proteção
- Luvas: Nitrila ou látex
- Máscara: PFF2 ou respirador
- Óculos: Proteção contra respingos
- Uniforme: Manga longa, calça comprida
Cuidados Especiais
- Não aplicar: Em água para consumo direto
- Orientar moradores: Sobre o produto aplicado
- Registrar aplicação: Local, data, produto
- Armazenar adequadamente: Produtos não utilizados
Contraindicações
- Reservatórios de água potável: Sem tratamento
- Presença de peixes: Ornamentais ou consumo
- Recusa do morador: Não autorização
- Criadouros elimináveis: Preferir eliminação
6. Vigilância Epidemiológica
👁️ Conceitos Fundamentais
Definição (Lei 8.080/90)
“Conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.”
Objetivos
- Detectar precocemente: Casos e surtos
- Monitorar tendências: Epidemiológicas
- Identificar fatores de risco: E grupos vulneráveis
- Avaliar medidas: De prevenção e controle
- Orientar políticas: De saúde pública
Funções da Vigilância
- Coleta de dados: Sistemática e contínua
- Análise e interpretação: Dos dados coletados
- Investigação: De casos e surtos
- Recomendação: De medidas de controle
- Avaliação: Das ações implementadas
- Divulgação: De informações relevantes
📊 Sistema de Vigilância
Componentes do Sistema
- Vigilância epidemiológica: Doenças e agravos
- Vigilância sanitária: Produtos e serviços
- Vigilância ambiental: Fatores ambientais
- Vigilância da saúde do trabalhador: Riscos ocupacionais
Níveis de Atuação
- Municipal: Execução das ações
- Regional: Coordenação e apoio técnico
- Estadual: Normatização e supervisão
- Federal: Políticas nacionais
Fluxo de Informações
- Notificação: Unidades de saúde
- Investigação: Vigilância municipal
- Digitação: Sistema de informação
- Análise: Dados epidemiológicos
- Retroalimentação: Informações para serviços
📋 Notificação Compulsória
Doenças de Notificação Imediata (24h)
- Dengue: Casos graves e óbitos
- Chikungunya: Todos os casos
- Zika: Todos os casos
- Febre Amarela: Casos suspeitos
- Malária: Área não endêmica
Instrumentos de Notificação
- SINAN: Sistema de Informação de Agravos de Notificação
- Ficha de notificação: Padronizada por agravo
- Ficha de investigação: Dados complementares
- Relatórios: Consolidação de dados
Responsabilidades
- Profissionais de saúde: Notificar casos suspeitos
- Serviços de saúde: Garantir notificação
- Vigilância: Investigar e confirmar casos
- Laboratório: Diagnóstico diferencial
7. Endemia, Epidemia e Surto
📈 Conceitos Epidemiológicos
Endemia
Definição: Ocorrência habitual de uma doença ou agravo em uma população e área geográfica específica, com incidência relativamente constante ao longo do tempo.
Características:
- Permanência: Presença constante na população
- Estabilidade: Flutuações previsíveis
- Adaptação: Equilíbrio hospedeiro-parasita
- Sazonalidade: Variações esperadas
Exemplos: Malária na Amazônia, Dengue no Sudeste
Epidemia
Definição: Ocorrência de casos de uma doença em número claramente superior ao esperado para uma população, área e período específicos.
Características:
- Aumento súbito: Acima do esperado
- Propagação: Rápida na população
- Temporalidade: Período limitado
- Espacialidade: Área definida
Surto
Definição: Tipo de epidemia restrita a um espaço delimitado (escola, hospital, bairro), com casos relacionados entre si.
Características:
- Área restrita: Espaço delimitado
- Fonte comum: Exposição relacionada
- Período curto: Duração limitada
- Investigação: Mais detalhada
🔍 Investigação Epidemiológica
Objetivos da Investigação
- Confirmar diagnóstico: Clínico e laboratorial
- Identificar fonte: De infecção
- Determinar modo: De transmissão
- Identificar expostos: E grupos de risco
- Implementar medidas: De controle
Etapas da Investigação
- Verificação do diagnóstico: Confirmação dos casos
- Confirmação da epidemia: Comparação com padrão esperado
- Caracterização da epidemia: Pessoa, tempo, lugar
- Formulação de hipóteses: Sobre causas
- Teste de hipóteses: Estudos analíticos
- Medidas de controle: Implementação
- Avaliação: Efetividade das medidas
- Relatório final: Documentação
Medidas de Controle
- Controle da fonte: Eliminação ou tratamento
- Interrupção da transmissão: Controle de vetores
- Proteção dos suscetíveis: Vacinação, quimioprofilaxia
- Educação em saúde: Orientação da população
⚡ Situações de Emergência
Critérios para Emergência em Saúde Pública
- Magnitude: Grande número de casos
- Gravidade: Alta letalidade
- Velocidade de propagação: Rápida disseminação
- Transcendência: Repercussão social
- Vulnerabilidade: Falta de medidas de controle
Ações Imediatas
- Notificação imediata: Autoridades sanitárias
- Investigação de campo: Equipe especializada
- Coleta de amostras: Diagnóstico laboratorial
- Isolamento: Casos quando indicado
- Controle de vetores: Intensificação
- Comunicação: População e mídia
Sala de Situação
- Monitoramento: Contínuo da situação
- Análise de dados: Em tempo real
- Tomada de decisão: Baseada em evidências
- Coordenação: Das ações de resposta
8. Controle Integrado de Vetores
🎯 Estratégia Integrada
Conceito de Controle Integrado
Abordagem que combina diferentes métodos de controle de vetores de forma racional, baseada em conhecimento científico e considerando eficácia, sustentabilidade e impacto ambiental.
Princípios Fundamentais
- Conhecimento do vetor: Biologia e ecologia
- Monitoramento contínuo: Populações de vetores
- Seletividade: Métodos específicos
- Sustentabilidade: Ambiental e econômica
- Participação comunitária: Envolvimento da população
Componentes da Estratégia
- Vigilância entomológica: Monitoramento de vetores
- Controle químico: Uso racional de inseticidas
- Controle físico: Manejo ambiental
- Controle biológico: Agentes naturais
- Educação e mobilização: Social
🏘️ Participação Comunitária
Importância da Participação
- Sustentabilidade: Ações permanentes
- Efetividade: Maior cobertura
- Apropriação: Comunidade como protagonista
- Multiplicação: Conhecimento disseminado
Estratégias de Mobilização
- Reuniões comunitárias: Informação e discussão
- Capacitação de lideranças: Multiplicadores locais
- Campanhas educativas: Meios de comunicação
- Parcerias institucionais: Escolas, igrejas, associações
- Mutirões de limpeza: Ação coletiva
Indicadores de Participação
- Adesão às ações: % de participação
- Redução de criadouros: Por iniciativa própria
- Notificação de focos: Pela comunidade
- Sustentabilidade: Continuidade das ações
Caso Prático: Surto de Dengue em São José/SC
Situação
Local: Bairro Kobrasol, São José/SC
População: 15.000 habitantes
Problema: 150 casos confirmados em 30 dias
IIP anterior: 0,8% (janeiro)
IIP atual: 4,2% (março)
Ações Implementadas
- Investigação epidemiológica: Identificação de casos
- Bloqueio de transmissão: Controle químico
- Intensificação da pesquisa: Larvária casa a casa
- Eliminação de criadouros: Mutirão comunitário
- Educação em saúde: Campanha intensiva
Resultados (60 dias)
- Redução de 90% nos casos novos
- IIP reduzido para 1,2%
- 80% dos imóveis visitados
- 500 criadouros eliminados
- Participação de 60% da comunidade
9. Questões Estilo FEPESE
Questão 1
O Aedes aegypti apresenta ciclo biológico holometábolo. A fase do desenvolvimento que NÃO se alimenta é:
a) Ovo
b) Larva
c) Pupa
d) Adulto jovem
e) Adulto reprodutor
A pupa é a fase de transformação entre larva e adulto, não se alimentando durante este período.
Questão 2
O Índice de Infestação Predial (IIP) é calculado pela fórmula:
a) (Imóveis positivos / Total de imóveis da área) × 100
b) (Imóveis positivos / Imóveis pesquisados) × 100
c) (Recipientes positivos / Recipientes pesquisados) × 100
d) (Recipientes positivos / Imóveis pesquisados) × 100
e) (Larvas coletadas / Imóveis pesquisados) × 100
O IIP é a relação percentual entre imóveis positivos e imóveis efetivamente pesquisados.
Questão 3
Segundo as diretrizes do Ministério da Saúde, o IIP deve ser mantido abaixo de:
a) 0,5%
b) 1%
c) 2%
d) 3%
e) 5%
A meta é manter o IIP abaixo de 1% para reduzir o risco de epidemias.
Questão 4
A aplicação de larvicida temefós 1% em uma caixa d’água de 1000 litros requer:
a) 1g do produto
b) 5g do produto
c) 10g do produto
d) 15g do produto
e) 20g do produto
A dosagem padrão é 1g de temefós 1% para cada 100 litros de água.
Questão 5
A vigilância epidemiológica tem como função primordial:
a) Tratar pacientes doentes
b) Fornecer informações para ação
c) Aplicar medicamentos
d) Realizar cirurgias
e) Distribuir alimentos
A vigilância epidemiológica visa fornecer informações para orientar as ações de saúde pública.
Questão 6
Uma epidemia caracteriza-se por:
a) Ocorrência habitual de casos
b) Ausência total de casos
c) Número de casos acima do esperado
d) Casos esporádicos isolados
e) Casos importados de outras regiões
Epidemia é a ocorrência de casos em número claramente superior ao esperado.
Questão 7
Os criadouros preferenciais do Aedes aegypti são:
a) Águas correntes e limpas
b) Águas paradas e limpas
c) Águas poluídas e paradas
d) Águas salobras
e) Águas com alta salinidade
O Aedes aegypti prefere águas paradas e limpas para depositar seus ovos.
Questão 8
O período de incubação extrínseca do vírus da dengue no Aedes aegypti é de aproximadamente:
a) 3-5 dias
b) 8-12 dias
c) 15-20 dias
d) 25-30 dias
e) 35-40 dias
O período de incubação extrínseca é de 8-12 dias em temperatura de 25-28°C.
Questão 9
Na vistoria domiciliar, um imóvel é classificado como “Fechado” quando:
a) O morador recusa a vistoria
b) Não há ninguém para atender
c) A vistoria foi realizada
d) Há presença de larvas
e) É um terreno baldio
“Fechado” indica que não havia ninguém no imóvel para autorizar a vistoria.
Questão 10
O controle integrado de vetores baseia-se em:
a) Uso exclusivo de inseticidas
b) Apenas eliminação física de criadouros
c) Combinação racional de diferentes métodos
d) Somente controle biológico
e) Apenas educação em saúde
O controle integrado combina diferentes métodos de forma racional e sustentável.
Questão 11
A resistência dos ovos do Aedes aegypti à dessecação pode chegar a:
a) 30 dias
b) 90 dias
c) 180 dias
d) 450 dias
e) 600 dias
Os ovos podem permanecer viáveis por até 450 dias em condições adversas.
Questão 12
O Bacillus thuringiensis israelensis (Bti) é um larvicida:
a) Químico organofosforado
b) Biológico bacteriano
c) Químico piretróide
d) Físico mineral
e) Químico organoclorado
O Bti é uma bactéria que produz toxinas específicas para larvas de mosquitos.
Questão 13
Um surto diferencia-se de uma epidemia por:
a) Maior número de casos
b) Maior gravidade dos casos
c) Área geográfica mais restrita
d) Maior duração no tempo
e) Maior letalidade
O surto é uma epidemia restrita a um espaço geográfico delimitado.
Questão 14
A notificação de casos de dengue deve ser feita em até:
a) 24 horas
b) 48 horas
c) 7 dias
d) 15 dias
e) 30 dias
A dengue tem notificação compulsória em até 7 dias, exceto casos graves (24h).
Questão 15
O principal objetivo da pesquisa larvária é:
a) Coletar mosquitos adultos
b) Identificar criadouros com formas imaturas
c) Aplicar inseticidas
d) Orientar a população
e) Distribuir repelentes
A pesquisa larvária visa identificar e quantificar criadouros com larvas e pupas.
🎯 Conclusão
Esta apostila abordou os aspectos fundamentais do controle de vetores e vigilância epidemiológica, essenciais para o trabalho do Agente de Combate às Endemias. O domínio destes conhecimentos é crucial para o exercício profissional competente e para o sucesso no concurso da FEPESE.
Pontos-chave para revisão:
- Biologia e controle do Aedes aegypti
- Técnicas de cadastro e vistoria de imóveis
- Pesquisa larvária e cálculo de índices
- Aplicação segura de larvicidas
- Conceitos de vigilância epidemiológica
- Diferenciação entre endemia, epidemia e surto
Continue estudando e boa sorte no concurso! 🍀
🦠 APOSTILA 4 – DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS E PREVENÇÃO
Dengue, Chikungunya, Zika, Febre Amarela
Verminoses, Raiva, Leishmaniose
Fontes de Infecção e Formas de Transmissão
Concurso Agente de Combate às Endemias – São José/SC – FEPESE
📋 ÍNDICE COMPLETO
Definições, classificações, cadeia epidemiológica
Dengue, Chikungunya, Zika, Febre Amarela
Esquistossomose, Ascaridíase, Ancilostomose
Raiva, Leishmaniose, Leptospirose
Reservatórios, portadores, fontes ambientais
Direta, indireta, vetorial, vertical
Primária, secundária, terciária
Notificação, investigação, medidas de controle
Situações práticas, diagnóstico diferencial
15 questões comentadas com padrão da banca
1. Conceitos Fundamentais
🔬 Definições Básicas
Doença Transmissível
Doença causada por um agente infeccioso específico ou seus produtos tóxicos, que se manifesta pela transmissão desse agente ou de seus produtos, de uma pessoa ou animal infectado ou de um reservatório para um hospedeiro suscetível.
Agente Etiológico
Microrganismo (vírus, bactéria, fungo, protozoário, helminto) capaz de produzir doença em condições naturais.
Hospedeiro
Pessoa ou animal que alberga um agente infeccioso e oferece condições para sua sobrevivência e multiplicação.
Reservatório
Qualquer pessoa, animal, artrópode, planta, solo ou matéria inanimada onde um agente infeccioso vive e se multiplica, dependendo principalmente dele para sua sobrevivência.
⛓️ Cadeia Epidemiológica
🔄 Elos da Cadeia de Transmissão
Características dos Elos
- Agente: Virulência, patogenicidade, infectividade
- Reservatório: Humano, animal, ambiental
- Porta de saída: Respiratória, digestiva, geniturinária
- Transmissão: Direta, indireta, vetorial
- Porta de entrada: Pele, mucosas, via parenteral
- Hospedeiro: Suscetibilidade, imunidade
📊 Classificação das Doenças
Por Agente Etiológico
- Viroses: Dengue, Zika, Chikungunya, Febre Amarela
- Bacterioses: Leptospirose, Tuberculose
- Protozooses: Malária, Leishmaniose, Chagas
- Helmintoses: Esquistossomose, Ascaridíase
Por Forma de Transmissão
- Transmissão direta: Pessoa a pessoa
- Transmissão indireta: Veículos, fômites
- Transmissão vetorial: Artrópodes
- Transmissão vertical: Mãe para filho
Por Reservatório
- Antroponoses: Reservatório humano
- Zoonoses: Reservatório animal
- Sapronoses: Reservatório ambiental
2. Arboviroses
🦟 Conceito de Arboviroses
Definição
Arboviroses são doenças causadas por vírus transmitidos por artrópodes (ARthropod-BOrne VIRUSes). No Brasil, as principais são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Características Gerais
- Agente: Vírus RNA
- Vetor: Aedes aegypti (principal)
- Reservatório: Humano (ciclo urbano)
- Distribuição: Áreas tropicais e subtropicais
- Sazonalidade: Maior incidência no verão
DENGUE
- 4 sorotipos (DENV 1-4)
- Febre alta, cefaleia
- Mialgia, artralgia
- Pode evoluir para formas graves
- Notificação compulsória
CHIKUNGUNYA
- Vírus CHIKV
- Artralgia intensa
- Febre alta súbita
- Pode cronificar
- Incapacitante
ZIKA
- Vírus ZIKV
- Febre baixa ou ausente
- Exantema pruriginoso
- Microcefalia congênita
- Síndrome de Guillain-Barré
FEBRE AMARELA
- Vírus YFV
- Ciclo silvestre e urbano
- Icterícia, hepatite
- Alta letalidade
- Vacina disponível
🩺 Dengue – Aspectos Clínicos
Classificação Clínica (OMS 2009)
Dengue sem Sinais de Alarme
- Febre: 2-7 dias, alta (39-40°C)
- Cefaleia: Intensa, frontal
- Mialgia/Artralgia: “Dor quebradeira”
- Dor retro-orbitária: Característica
- Exantema: Maculopapular
- Náuseas e vômitos: Frequentes
Dengue com Sinais de Alarme
- Dor abdominal intensa: Contínua
- Vômitos persistentes: Mais de 3 episódios/hora
- Sangramento de mucosas: Epistaxe, gengivorragia
- Letargia/Irritabilidade: Alteração do sensório
- Hepatomegalia: > 2cm do rebordo costal
- Aumento do hematócrito: Com queda de plaquetas
Dengue Grave
- Choque: Extravasamento plasmático
- Sangramento grave: Hemorragias importantes
- Comprometimento de órgãos: Fígado, SNC, coração
Fases da Doença
🦴 Chikungunya – Características
Quadro Clínico
- Febre alta: Início súbito (39-40°C)
- Artralgia intensa: Simétrica, incapacitante
- Articulações mais afetadas: Punhos, tornozelos, falanges
- Exantema: Maculopapular (50% dos casos)
- Cefaleia: Intensa
- Mialgia: Menos intensa que dengue
Fases da Doença
- Aguda (até 14 dias): Febre e artralgia intensa
- Subaguda (15 dias a 3 meses): Melhora da febre, persistência da artralgia
- Crônica (> 3 meses): Artralgia persistente, pode durar anos
Diagnóstico Diferencial
- Dengue: Plaquetopenia mais comum
- Zika: Febre baixa, prurido intenso
- Artrite reumatoide: Evolução crônica
🤱 Zika – Aspectos Especiais
Quadro Clínico
- Febre: Baixa ou ausente (37,8-38,5°C)
- Exantema: Maculopapular, pruriginoso
- Artralgia: Menos intensa que chikungunya
- Conjuntivite: Não purulenta (90% dos casos)
- Cefaleia: Leve a moderada
- Edema: Principalmente em mãos e pés
Complicações Neurológicas
- Síndrome de Guillain-Barré: Paralisia flácida ascendente
- Meningoencefalite: Rara
- Mielite: Inflamação da medula
Síndrome Congênita do Zika
- Microcefalia: Perímetro cefálico < percentil 3
- Calcificações cerebrais: Alterações neurológicas
- Alterações oculares: Coriorretinite, atrofia óptica
- Deficiência auditiva: Neurossensorial
- Artrogripose: Contratura articular
Transmissão Sexual
- Persistência no sêmen: Até 6 meses
- Recomendação: Uso de preservativo
- Período crítico: Gravidez
🟡 Febre Amarela
Ciclos de Transmissão
Ciclo Silvestre
- Vetores: Haemagogus, Sabethes
- Reservatório: Primatas não humanos
- Ambiente: Matas e florestas
- Casos humanos: Acidentais
Ciclo Urbano
- Vetor: Aedes aegypti
- Reservatório: Humano
- Ambiente: Áreas urbanas
- Status no Brasil: Erradicado desde 1942
Quadro Clínico
- Período de incubação: 3-6 dias
- Fase inicial: Febre, cefaleia, mialgia
- Período de remissão: 24-48 horas
- Fase tóxica (15%): Icterícia, hemorragias, insuficiência renal
- Letalidade: 20-50% nas formas graves
Prevenção
- Vacina: Vírus vivo atenuado (17D)
- Eficácia: > 95%
- Duração: Proteção por toda a vida
- Contraindicações: Imunodeprimidos, gestantes
3. Verminoses
🪱 Conceitos Gerais
Definição
Doenças causadas por helmintos (vermes) que parasitam o organismo humano, podendo causar desde infecções assintomáticas até quadros graves com comprometimento nutricional e de órgãos.
Classificação dos Helmintos
- Nematódeos (vermes cilíndricos): Ascaris, Ancylostoma, Enterobius
- Cestódeos (vermes achatados): Taenia solium, Taenia saginata
- Trematódeos (vermes foliáceos): Schistosoma mansoni
Fatores Predisponentes
- Saneamento deficiente: Falta de água tratada e esgoto
- Condições socioeconômicas: Pobreza, baixa escolaridade
- Hábitos de higiene: Inadequados
- Clima: Tropical e subtropical
- Solo: Contaminado com fezes
🔄 Esquistossomose Mansônica
Agente Etiológico
Schistosoma mansoni – Trematódeo dioico que vive nos vasos mesentéricos
Ciclo Biológico
Quadro Clínico
- Fase aguda (4-8 semanas): Febre, cefaleia, mialgia, hepatoesplenomegalia
- Fase crônica intestinal: Diarreia, dor abdominal, sangue nas fezes
- Fase hepatoesplênica: Fibrose hepática, hipertensão portal
- Complicações: Varizes esofágicas, ascite, hemorragia digestiva
Diagnóstico
- Parasitológico: Ovos nas fezes (Kato-Katz)
- Imunológico: ELISA, IFI
- Ultrassonografia: Fibrose hepática
Prevenção
- Saneamento básico: Tratamento de esgoto
- Controle de caramujos: Moluscocidas
- Educação sanitária: Evitar contato com águas suspeitas
- Tratamento de casos: Praziquantel
🪱 Ascaridíase
Agente Etiológico
Ascaris lumbricoides – Nematódeo, maior helminto intestinal humano
Transmissão
- Via: Fecal-oral
- Forma infectante: Ovos embrionados no solo
- Período de maturação: 2-4 semanas no solo
- Resistência: Ovos resistem por anos no ambiente
Ciclo no Hospedeiro
- Ingestão: Ovos embrionados
- Eclosão: Larvas no intestino delgado
- Migração: Fígado → pulmões → traqueia
- Deglutição: Retorno ao intestino
- Maturação: Vermes adultos no intestino
Quadro Clínico
- Fase de migração: Tosse, febre, eosinofilia (Síndrome de Löffler)
- Fase intestinal: Dor abdominal, náuseas, diarreia
- Infecções maciças: Obstrução intestinal, desnutrição
- Complicações: Vólvulo, perfuração, pneumonia por aspiração
Prevenção
- Saneamento básico: Destino adequado de fezes
- Higiene pessoal: Lavagem das mãos
- Higiene alimentar: Lavagem de frutas e verduras
- Educação sanitária: Orientação da população
🩸 Ancilostomose
Agentes Etiológicos
- Ancylostoma duodenale: Mais comum no Nordeste
- Necator americanus: Mais comum no Sudeste e Sul
Transmissão
- Via: Penetração ativa pela pele
- Forma infectante: Larvas filarióides no solo
- Condições favoráveis: Solo úmido, temperatura 25-30°C
- Locais de penetração: Pés descalços, mãos
Quadro Clínico
- Dermatite: “Bicho geográfico” no local da penetração
- Fase pulmonar: Tosse, dispneia (rara)
- Fase intestinal: Dor epigástrica, diarreia
- Anemia ferropriva: Principal manifestação
- Hipoproteinemia: Perda de proteínas
Patogenia da Anemia
- Espoliação sanguínea: 0,2-0,5 ml/verme/dia
- Anticoagulantes: Produzidos pelo verme
- Deficiência de ferro: Perda crônica de sangue
- Má absorção: Lesão da mucosa intestinal
Prevenção
- Uso de calçados: Proteção dos pés
- Saneamento básico: Destino adequado de fezes
- Melhoria habitacional: Pisos adequados
- Tratamento de casos: Albendazol, mebendazol
Verminose | Agente | Transmissão | Principal Sintoma | Diagnóstico |
---|---|---|---|---|
Esquistossomose | S. mansoni | Penetração pela pele | Diarreia sanguinolenta | Ovos nas fezes |
Ascaridíase | A. lumbricoides | Fecal-oral | Dor abdominal | Ovos nas fezes |
Ancilostomose | Ancylostoma/Necator | Penetração pela pele | Anemia | Ovos nas fezes |
Enterobíase | E. vermicularis | Fecal-oral | Prurido anal | Fita gomada |
4. Zoonoses
🐕 Conceito de Zoonoses
Definição (OMS)
Doenças e infecções naturalmente transmissíveis entre animais vertebrados e o homem.
Classificação
- Zoonoses diretas: Transmissão direta animal-homem
- Ciclozoonoses: Necessitam de mais de uma espécie de vertebrado
- Metazoonoses: Transmitidas por invertebrados
- Saprozoonoses: Necessitam de desenvolvimento no ambiente
Importância
- Saúde pública: Risco para populações
- Economia: Perdas na pecuária
- Bem-estar animal: Sofrimento dos animais
- Segurança alimentar: Contaminação de alimentos
🦇 Raiva
Agente Etiológico
Vírus da raiva – Lyssavirus, RNA, neurotropo
Ciclos Epidemiológicos
Ciclo Urbano
- Principais reservatórios: Cães e gatos
- Transmissão: Mordedura, arranhadura, lambedura
- Status no Brasil: Controlado nas grandes cidades
Ciclo Silvestre
- Reservatórios: Morcegos, raposas, saguis
- Importância: Crescente em áreas rurais
- Morcegos hematófagos: Transmissão para herbívoros
Patogenia
- Inoculação: Vírus na ferida
- Replicação local: Músculos e tecido conjuntivo
- Invasão neural: Junções neuromusculares
- Migração centrípeta: Pelos nervos periféricos
- SNC: Encefalite fatal
Quadro Clínico
- Incubação: 20-60 dias (variável)
- Pródromo: Febre, cefaleia, mal-estar
- Fase neurológica: Hidrofobia, aerofobia, espasmos
- Coma e morte: 2-10 dias após sintomas
- Letalidade: Praticamente 100%
Profilaxia
- Pré-exposição: Vacina para grupos de risco
- Pós-exposição: Vacina + soro (casos graves)
- Esquema vacinal: 5 doses (0, 3, 7, 14, 28 dias)
- Limpeza da ferida: Água e sabão abundantes
🪲 Leishmaniose
Agentes Etiológicos
- Leishmania (Leishmania) amazonensis: LTA
- Leishmania (Viannia) braziliensis: LTA
- Leishmania (Leishmania) chagasi: LVA
Vetores
- Lutzomyia longipalpis: LV (calazar)
- Lutzomyia whitmani: LTA
- Lutzomyia intermedia: LTA
Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA)
Formas Clínicas
- Cutânea localizada: Úlcera com bordas elevadas
- Cutânea difusa: Múltiplas lesões nodulares
- Mucocutânea: Lesões destrutivas de mucosas
Características da Úlcera
- Bordas elevadas: “Moldura de quadro”
- Fundo granuloso: Avermelhado
- Indolor: Geralmente
- Evolução crônica: Meses a anos
Leishmaniose Visceral Americana (LVA)
Quadro Clínico
- Febre: Irregular, prolongada
- Hepatoesplenomegalia: Progressiva
- Emagrecimento: Acentuado
- Palidez: Anemia
- Hemorragias: Plaquetopenia
Diagnóstico
- Parasitológico: Pesquisa de amastigotas
- Imunológico: ELISA, IFI, teste rápido
- Molecular: PCR
- Intradermorreação: Montenegro (LTA)
Prevenção
- Controle do vetor: Inseticidas, telas
- Controle de reservatórios: Cães infectados
- Proteção individual: Repelentes, roupas
- Manejo ambiental: Limpeza de quintais
Caso Clínico: Suspeita de Leishmaniose Visceral
História
Paciente: Criança de 3 anos, sexo masculino
Procedência: Área rural de São José/SC
Queixa: Febre há 2 meses, emagrecimento, aumento do abdome
Exame Físico
- Febre: 38,5°C
- Palidez cutâneo-mucosa ++/4+
- Hepatomegalia: 4 cm do RCD
- Esplenomegalia: 6 cm do RCE
- Linfonodomegalia generalizada
Exames Laboratoriais
- Hemoglobina: 6,2 g/dL
- Leucócitos: 2.800/mm³
- Plaquetas: 85.000/mm³
- Teste rápido para LV: Positivo
Conduta
- Confirmação diagnóstica: Mielograma
- Tratamento: Anfotericina B lipossomal
- Investigação epidemiológica: Busca de casos
- Controle vetorial: Borrifação residual
5. Fontes de Infecção
🎯 Conceitos Fundamentais
Fonte de Infecção
Pessoa, animal, objeto ou substância a partir da qual um agente infeccioso passa para um hospedeiro suscetível.
Reservatório
Habitat natural onde o agente infeccioso vive, se multiplica e do qual depende para sua sobrevivência.
Diferença entre Fonte e Reservatório
- Reservatório: Habitat natural do agente
- Fonte: Local de onde o agente sai para infectar
- Exemplo: Solo (reservatório) → ferida contaminada (fonte)
👥 Tipos de Reservatórios
Reservatório Humano
- Casos clínicos: Pessoas com sintomas
- Casos subclínicos: Infecção sem sintomas
- Portadores: Eliminam agente sem doença
- Exemplos: Dengue, tuberculose, hepatite A
Tipos de Portadores
- Portador incubatório: Elimina durante incubação
- Portador convalescente: Elimina após cura clínica
- Portador são: Nunca apresentou sintomas
- Portador crônico: Elimina por longo período
Reservatório Animal
- Animais domésticos: Cães, gatos, bovinos
- Animais silvestres: Morcegos, roedores, primatas
- Artrópodes: Mosquitos, carrapatos
- Exemplos: Raiva, leishmaniose, febre amarela
Reservatório Ambiental
- Solo: Tétano, histoplasmose
- Água: Cólera, leptospirose
- Plantas: Esporotricose
- Matéria orgânica: Fungos, bactérias
🔄 Dinâmica das Fontes
Fatores que Influenciam a Infectividade
- Concentração do agente: Carga viral/bacteriana
- Virulência: Capacidade de causar doença
- Via de eliminação: Respiratória, fecal, sanguínea
- Duração da eliminação: Período infectante
- Resistência ambiental: Sobrevivência fora do hospedeiro
Período de Transmissibilidade
- Definição: Período em que a fonte pode transmitir
- Variação: Específica para cada doença
- Exemplos:
- Dengue: 1 dia antes até 6º dia de febre
- Tuberculose: Até 15 dias de tratamento
- Hepatite A: 2 semanas antes até 1 semana após icterícia
Identificação de Fontes
- Investigação epidemiológica: Busca ativa
- Exames laboratoriais: Confirmação diagnóstica
- Estudos de contatos: Rastreamento
- Vigilância de reservatórios: Monitoramento animal
6. Formas de Transmissão
🔄 Classificação Geral
Transmissão Direta
Transferência imediata do agente infeccioso de uma fonte infectada para um hospedeiro suscetível, sem a participação de veículos ou vetores.
Modalidades de Transmissão Direta
- Contato direto: Toque, beijo, relação sexual
- Gotículas: Partículas > 5μm, alcance < 1 metro
- Aerossóis: Partículas < 5μm, suspensas no ar
- Inoculação direta: Mordeduras, arranhões
Transmissão Indireta
Transferência do agente através de veículos contaminados ou vetores.
Modalidades de Transmissão Indireta
- Veículos: Água, alimentos, objetos
- Vetores: Artrópodes hematófagos
- Solo: Contato com terra contaminada
- Ar: Núcleos de gotículas ressecadas
💧 Transmissão por Veículos
Transmissão Hídrica
- Mecanismo: Ingestão de água contaminada
- Agentes: Vírus, bactérias, protozoários, helmintos
- Doenças: Cólera, hepatite A, giardíase, esquistossomose
- Prevenção: Tratamento da água, saneamento
Transmissão Alimentar
- Mecanismo: Ingestão de alimentos contaminados
- Contaminação: Produção, manipulação, armazenamento
- Doenças: Salmoneloses, toxinfecções, hepatite A
- Prevenção: Higiene alimentar, refrigeração
Transmissão por Fômites
- Definição: Objetos inanimados contaminados
- Exemplos: Roupas, utensílios, equipamentos
- Doenças: Conjuntivites, infecções hospitalares
- Prevenção: Desinfecção, esterilização
Transmissão pelo Solo
- Mecanismo: Contato com solo contaminado
- Formas: Penetração ativa, ingestão
- Doenças: Ancilostomose, tétano, larva migrans
- Prevenção: Uso de calçados, saneamento
🦟 Transmissão Vetorial
Conceito
Transmissão através de artrópodes hematófagos que transportam o agente infeccioso de um hospedeiro infectado para um suscetível.
Tipos de Transmissão Vetorial
Transmissão Biológica
- Características: Agente se multiplica no vetor
- Período de incubação: Extrínseca no vetor
- Exemplos: Dengue (Aedes), malária (Anopheles)
- Eficiência: Alta, vetor permanece infectivo
Transmissão Mecânica
- Características: Agente não se multiplica no vetor
- Transporte: Passivo do agente
- Exemplos: Conjuntivite (moscas)
- Eficiência: Baixa, período curto
Principais Vetores no Brasil
Vetor | Doença | Tipo de Transmissão | Ambiente |
---|---|---|---|
Aedes aegypti | Dengue, Zika, Chikungunya | Biológica | Urbano |
Anopheles | Malária | Biológica | Rural/Silvestre |
Lutzomyia | Leishmaniose | Biológica | Rural/Periurbano |
Triatoma | Doença de Chagas | Mecânica | Rural |
👶 Transmissão Vertical
Conceito
Transmissão do agente infeccioso da mãe para o filho durante a gestação, parto ou amamentação.
Modalidades
Transmissão Transplacentária
- Via: Circulação materno-fetal
- Período: Durante a gestação
- Agentes: Vírus pequenos, protozoários
- Exemplos: Zika, toxoplasmose, sífilis
Transmissão Perinatal
- Via: Canal de parto, secreções
- Período: Durante o parto
- Agentes: Vírus, bactérias
- Exemplos: HIV, hepatite B, estreptococo B
Transmissão por Aleitamento
- Via: Leite materno
- Período: Durante amamentação
- Agentes: Vírus principalmente
- Exemplos: HIV, HTLV
Prevenção da Transmissão Vertical
- Pré-natal adequado: Diagnóstico precoce
- Tratamento materno: Redução da carga viral
- Profilaxia neonatal: Medicamentos, vacinas
- Orientação sobre aleitamento: Quando contraindicado
7. Medidas de Prevenção
🛡️ Níveis de Prevenção
Prevenção Primária
Objetivo: Evitar a ocorrência da doença através da eliminação ou redução dos fatores de risco.
Estratégias:
- Promoção da saúde: Educação, melhoria das condições de vida
- Proteção específica: Vacinação, quimioprofilaxia
- Controle de vetores: Eliminação de criadouros
- Saneamento básico: Água tratada, esgoto, lixo
Prevenção Secundária
Objetivo: Detectar e tratar precocemente a doença, impedindo sua progressão.
Estratégias:
- Rastreamento: Exames em populações assintomáticas
- Diagnóstico precoce: Identificação de casos iniciais
- Tratamento oportuno: Intervenção no início da doença
- Controle de contatos: Investigação epidemiológica
Prevenção Terciária
Objetivo: Reduzir as sequelas e complicações da doença já estabelecida.
Estratégias:
- Tratamento adequado: Evitar complicações
- Reabilitação: Recuperação funcional
- Prevenção de recidivas: Tratamento de manutenção
- Cuidados paliativos: Melhoria da qualidade de vida
💉 Imunização
Conceitos Básicos
- Imunidade ativa: Produção de anticorpos pelo próprio organismo
- Imunidade passiva: Transferência de anticorpos prontos
- Vacina: Preparação antigênica que induz imunidade ativa
- Soro: Preparação com anticorpos específicos
Tipos de Vacinas
- Vírus vivo atenuado: Febre amarela, tríplice viral
- Vírus inativado: Poliomielite (Salk), raiva
- Toxóide: Tétano, difteria
- Subunidades: Hepatite B, influenza
Programa Nacional de Imunizações (PNI)
- Calendário básico: Crianças, adolescentes, adultos
- Campanhas: Influenza, febre amarela
- Grupos especiais: Gestantes, imunodeprimidos
- Vigilância: Eventos adversos pós-vacinação
Contraindicações Gerais
- Doença febril aguda: Adiar vacinação
- Imunodeficiência: Vacinas vivas contraindicadas
- Gestação: Vacinas vivas geralmente contraindicadas
- Alergia grave: Componentes da vacina
🏠 Medidas Ambientais
Saneamento Básico
- Abastecimento de água: Tratamento, distribuição
- Esgotamento sanitário: Coleta, tratamento
- Manejo de resíduos: Coleta, destinação adequada
- Drenagem urbana: Controle de águas pluviais
Controle de Vetores
- Eliminação de criadouros: Remoção de água parada
- Controle químico: Larvicidas, adulticidas
- Controle biológico: Predadores naturais
- Manejo integrado: Combinação de métodos
Melhoria Habitacional
- Construção adequada: Materiais, ventilação
- Telas protetoras: Janelas, portas
- Armazenamento de água: Recipientes fechados
- Peridomicílio: Limpeza, organização
Educação em Saúde
- Informação: Transmissão de conhecimentos
- Comunicação: Diálogo com a comunidade
- Mobilização social: Participação ativa
- Mudança de comportamento: Adoção de práticas saudáveis
8. Questões Estilo FEPESE
Questão 1
O Aedes aegypti é vetor de várias arboviroses. A doença que NÃO é transmitida por este mosquito é:
a) Dengue
b) Zika
c) Chikungunya
d) Malária
e) Febre amarela urbana
A malária é transmitida pelo mosquito Anopheles, não pelo Aedes aegypti.
Questão 2
Na dengue, os sinais de alarme que indicam evolução para forma grave incluem:
a) Febre alta e cefaleia
b) Mialgia e artralgia
c) Vômitos persistentes e dor abdominal intensa
d) Exantema e prurido
e) Conjuntivite e edema
Vômitos persistentes e dor abdominal intensa são sinais de alarme na dengue.
Questão 3
A principal característica clínica da chikungunya é:
a) Febre baixa
b) Artralgia intensa
c) Exantema pruriginoso
d) Conjuntivite
e) Icterícia
A artralgia intensa e incapacitante é a principal característica da chikungunya.
Questão 4
A complicação mais grave associada à infecção pelo vírus Zika em gestantes é:
a) Aborto espontâneo
b) Parto prematuro
c) Microcefalia fetal
d) Malformação cardíaca
e) Diabetes gestacional
A microcefalia fetal é a principal complicação da síndrome congênita do Zika.
Questão 5
O agente etiológico da esquistossomose mansônica é:
a) Ascaris lumbricoides
b) Schistosoma mansoni
c) Ancylostoma duodenale
d) Enterobius vermicularis
e) Taenia solium
O Schistosoma mansoni é o trematódeo causador da esquistossomose mansônica.
Questão 6
A transmissão da ancilostomose ocorre principalmente por:
a) Ingestão de ovos
b) Penetração ativa de larvas pela pele
c) Picada de mosquito
d) Contato sexual
e) Via respiratória
As larvas filarióides penetram ativamente pela pele, principalmente dos pés descalços.
Questão 7
O principal sintoma da ancilostomose é:
a) Diarreia sanguinolenta
b) Anemia ferropriva
c) Obstrução intestinal
d) Prurido anal
e) Icterícia
A anemia ferropriva é causada pela espoliação sanguínea pelos vermes adultos.
Questão 8
A raiva é uma zoonose com letalidade de praticamente:
a) 10%
b) 25%
c) 50%
d) 75%
e) 100%
A raiva tem letalidade de praticamente 100% após o início dos sintomas.
Questão 9
O vetor da leishmaniose visceral no Brasil é:
a) Aedes aegypti
b) Culex quinquefasciatus
c) Lutzomyia longipalpis
d) Triatoma infestans
e) Anopheles darlingi
A Lutzomyia longipalpis é o principal vetor da leishmaniose visceral no Brasil.
Questão 10
A transmissão vertical ocorre:
a) Entre pessoas da mesma família
b) Da mãe para o filho
c) Entre animais e humanos
d) Por vetores
e) Por fômites
A transmissão vertical é da mãe para o filho durante gestação, parto ou amamentação.
Questão 11
São exemplos de doenças de transmissão hídrica:
a) Dengue e malária
b) Cólera e hepatite A
c) Raiva e leishmaniose
d) Tuberculose e meningite
e) Sífilis e gonorreia
Cólera e hepatite A são transmitidas pela ingestão de água contaminada.
Questão 12
A prevenção primária tem como objetivo:
a) Tratar casos já diagnosticados
b) Evitar a ocorrência da doença
c) Reduzir sequelas
d) Reabilitar pacientes
e) Diagnosticar precocemente
A prevenção primária visa evitar a ocorrência da doença através da eliminação de fatores de risco.
Questão 13
O hospedeiro intermediário da esquistossomose é:
a) Mosquito Aedes
b) Caramujo Biomphalaria
c) Barbeiro Triatoma
d) Flebótomo Lutzomyia
e) Carrapato Amblyomma
O caramujo do gênero Biomphalaria é o hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni.
Questão 14
A fase crítica da dengue ocorre entre os dias:
a) 1º e 2º
b) 3º e 4º
c) 4º e 6º
d) 7º e 8º
e) 9º e 10º
A fase crítica da dengue ocorre entre o 4º e 6º dias, quando pode haver extravasamento plasmático.
Questão 15
O período de incubação da febre amarela é de:
a) 1-2 dias
b) 3-6 dias
c) 7-10 dias
d) 15-20 dias
e) 30-45 dias
O período de incubação da febre amarela é de 3 a 6 dias.
🎯 Conclusão
Esta apostila apresentou os principais aspectos das doenças transmissíveis de importância para o Agente de Combate às Endemias. O conhecimento sobre arboviroses, verminoses, zoonoses e suas formas de transmissão é fundamental para o trabalho de prevenção e controle.
Pontos-chave para revisão:
- Características clínicas das arboviroses
- Ciclos de transmissão das verminoses
- Aspectos epidemiológicos das zoonoses
- Fontes de infecção e reservatórios
- Formas de transmissão direta e indireta
- Medidas de prevenção e controle
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